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quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Os novos PIIGS


O contágio da crise da dívida já ultrapassa os tradicionais PIIGS (Portugal, Irlanda, Itália, Grécia e Espanha), sendo que este contágio chegou a França, à Bélgica e mesmo a economias até agora intocáveis, como a Áustria e a Holanda, pode-se ler aqui.

Já lá vão NOVE países contagiados pelo que deveria ser reconhecido que o problema não é da periferia da Europa, não é dos seus dirigentes (actuais ou passados) e que existe algo mais que é necessário corrigir nestas políticas económicas.

Talvez seja também importante reconhecer que José Sócrates não terá tanta culpa assim como muitos tentaram fazer crer., nem nunca teria a possibilidade de influenciar a execução desta políticas a quase todos os países do Euro.

Talvez seja importante perceber que tanta responsibilidade (alegadamente) teriam estes países, como os seus credores (países e privados) que se prestaram a emprestar quantias absolutamente abusrdas.

Talvez seja importante perceber quem são os políticos europeus que tem forçado que a União Europeia siga este rumo em direcção a este abismo económico e financeiro.

Talvez seja tempo que os Europeus enfrentem estes políticos e mudem de vez o rumo que a União Europeia tem levado nos últimos anos.

terça-feira, 25 de maio de 2010

O CDS subiu aqui e não só

A 27 de Janeiro escrevi aqui que o CDS tinha descido para 129 pontos base. Hoje este valor atingiu, como se pode ler aqui, os 362 pontos base.

Mas a Alemanha pode estar contente com o seu desempenho? 

De certeza que não o seu valor está em 220 pontos base. "Está menos do que 5 meses atrás de nós".

A credibilidade do Euro e como consequência a resolução dos défices excessivos tem de ser encarado a sério por todos os países europeus e rapidamente.

terça-feira, 27 de abril de 2010

As Más Notícias são para Todos

As implicações da baixa do rating de Portugal, anunciada aqui, tem implicações muito negativas para todos Portugueses com Nós. Esta revisão em baixa deve-se às "fraquezas estruturais económicas e fiscais". O impacto imediato verifica-se-á nas taxas de juro associadas ao financiamento externo do governo. Teixeira de Santos diz aqui que o "País tem que responder a este ataque dos mercados" e que “não é tempo para querelas inúteis" e acrescenta que "neste momento temos medidas focadas no corte da despesa e é nessas medidas que temos de concentrar a nossa atenção: reduzir o peso do Estado, reduzir a despesa e corrigir o défice excessivo”

O que eu concordo totalmente.

Carlos Costa Pina afirma aqui que o Governo português irá adoptar "todas as medidas necessárias para garantir a confiança na nossa dívida pública". Pedro Passos Coelho, aqui, declara que "As nossas diferenças, entre o PSD e o Governo, não nos impedem de fazer a defesa do país, que está sob ataque especulativo desde sexta-feira, o que está a por em causa a nossa soberania nacional". O CDS-PP reagiu aqui sem surpresa à decisão da Standard&Poor’s de cortar nos níveis de rating. A Bolsa de Lisboa fechou em forte queda, como pode ver aqui. Os credit default swaps (CDS), subiu já para 351,9 pontos-base, como pode ler aqui. E pode ler aqui que a agência de notação financeira Fitch anunciou que reduziu o rating também.

Estas notícias vão ter também impacto nas taxas de juro reais que nós, as nossas empresas e a nossa autarquia terão que suportar num futuro próximo. O esforço de mostrar credibilidade terá que ser de todos, mas também caberá a quem tem a responsabilidade de liderar criar as condições para que todos os Portugueses e Marcoenses como Nós possam neste momento ter um papel activo.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

O CDS baixou hoje mas mantém-se com um crescimento de 48% no último mês


Segundo o site www.markit.com, o preço do CDS sobre a dívida soberana da República Portuguesa baixou para 129 pontos base (pb), uma correcção de 8,96% em relação ao fecho o dia anterior. A descida ocorrida ontem foi uma das maiores verificadas ontem na Europa.

Recorde-se que, na semana passada, o preço dos CDS para a dívida soberana portuguesa chegou a fixar-se perto dos 149 pb. Apesar da descida verificada ontem, o preço actual dos CDS para o caso português está ainda 47,55% acima do seu valor há 28 dias atrás.

O dia de ontem verificou, também, a baixa do preço dos CDS para Espanha, Itália e Irlanda, três dos cinco componentes dos hoje denominados PIIGS. O preço dos CDS para a dívida irlandesa está, ainda, acima dos relativos a Portugal; fechou ontem, no caso irlandês, nos 137,88 pb. A tendência no caso da Irlanda tem sido de baixa desde há 28 dias.

Agravou-se, entretanto, o preço dos CDS para a Islândia, que já está acima dos 620 pb. A situação da Venezuela e da Argentina, dois dos campeões, continua a subir acima dos 1000 pb.

E o que é isto do Credit Default Swap ?

Um Credit Default Swap (CDS) é um instrumento financeiro geralmente negociado por investidores no mercado de renda fixa (obrigações) para especular ou fazer hedging, caso uma empresa (ou estado) entre em incumprimento na sua dívida (risco de crédito).  Um CDS envolve duas contrapartes - um comprador de protecção na entidade de referência, e um vendedor de protecção na entidade de referência.

O risco introduzido pelo CDS é o risco de contraparte sobre o vendedor do CDS, ou seja, o comprador fica com o risco de que o vendedor não cumpra as suas obrigações, em caso de falência da entidade de referência. No caso de uma empresa estar na impossibilidade de reembolsar uma dívida emitida por ela (obrigações), o vendedor de um CDS compromete-se a reembolsar o comprador desse CDS, ou seja, quanto mais elevado é o risco de falência, mais alta é a cotação dos CDS para essa entidade.

Falando em português se descer é bom para todos nós porque vamos ter entre outras coisas juros reais mais baixos nos nossos emprêstimos e o estado (e as autarquias) ainda vão tendo quem lhes empreste dinheiro.

Se continuar a subir como no último mês, vamos ter problemas sérios...