sexta-feira, 29 de abril de 2011

Câmara Municipal “opta” por criar Biblioteca em Sobretâmega... por Cristina Vieira

O Agrupamento de Escolas do Marco, fez uma visita no inicio deste ano à EB1 de Eiró, Soalhães. Ficaram os Professores e o executivo da Junta de Freguesia a saber, nesse dia, de que esta Escola iria ser contemplada com uma Biblioteca. Esta Biblioteca seria fruto de uma candidatura à Rede de Bibliotecas Escolares (RBE).

Fiquei surpresa quando consultei a plataforma da RBE, e verifiquei que constavam nessa plataforma candidaturas do Marco de Canaveses, nomeadamente de Constance, Sobretãmega e Sande, mas não estava contemplada a EB1 de Eiró.

Questionei o Agrupamento de Escolas, que me informou que as candidaturas tinham sido articuladas entre o bibliotecário da câmara municipal e o do agrupamento. E que teria sido a autarquia, a co-responsabilizar-se, por escrito, pelas obras a realizar nas escolas a candidatar. Salvaguardando contudo, que teriam dado instruções para a realização da candidatura para Soalhães, e que consideravam esta escola prioritária.

Na penúltima reunião de assembleia, questionei o executivo de câmara sobre esta questão.

A resposta da Sra. Vereadora da Educação, Dra. Gorete Monteiro foi de que, “ .. as candidaturas são feitas pelos agrupamentos de escolas, e não pela câmara municipal…”.

De facto, não são as câmaras que fazem as candidaturas, mas pelos vistos o executivo da Câmara do Marco decidiu intervir neste processo. Contra a vontade do Agrupamento de Escolas, decidiu dar instruções para que a candidatura fosse para Sobretâmega.

Numa comunicação do Agrupamento sobre este assunto, o bibliotecário explicita esta situação, e passo a citar:

“Como o senhor director saberá, as candidaturas, que são por nós submetidas, estão absolutamente dependentes da assunção da co-responsabilidade da câmara municipal, que deverá promover as obras de requalificação até ao inicio do ano lectivo seguinte e que, por isso, assume essa disponibilidade, com assinatura do senhor presidente, e num outro documento, projecta o espaço que sofrerá as devidas requalificações. Foi isso mesmo que solicitei ao senhor Dr. João Duque (bibliotecário da câmara municipal), que a dias do término da candidatura, me informou ser opção da câmara municipal do marco de canaveses a requalificação para o concurso do espaço de Sobretâmega.”

Os Soalhenses saberão tirar as devidas ilações desta opção da câmara municipal.

Como disse, e volto a dizer, nada me move contra as outras candidaturas, só não compreendo porque não se fez também a de Soalhães.

As crianças de Soalhães não terão o mesmo direito?

Cristina Vieira

PSD engana os Marcoenses

Por um lado os deputados do PSD estiveram há poucas semanas, por cá, a prometer a realização das obras da IC35 e na última sessão da Assembleia Municipal os deputados municipais deste partido prometiam a defesa desta via e a electrificação da Linha do Douro, mas hoje Pedro Passos Coelho não deixou dúvidas aqui:

“a aposta tem que ser na economia e isso não significa fazer TGV nem auto-estradas, mas sim um investimento reprodutivo”

Não me ficam dúvidas que o PSD não vai apostar nem no IC35, nem na Linha do Douro, nem em qualquer outras infra-estrutura viária.

Também tenho que concluir que deve ser para não mostrar qual a sua verdadeira agenda política, que 38 dias após ter rejeitado o PEC, ainda não propôs nenhuma alternativa ao país, nem apresentou um programa de governo para as próximas eleições.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Nem queria acreditar !

E contra factos não há argumentos

A primeira intervenção, e talvez a mais incisiva, esteve a cargo de João Valdoleiros (infelizmente por dificuldades “técnicas” da Rádio Marcoense não consegui ouvir algumas intervenções, nomeadamente a João Monteiro Lima da qual tinha muita expectativa em ouvir).

A falar em nome do Partido Socialista recordou que se confirmavam as observações que tinham sido realizadas a propósito do orçamento de 2010, na altura da sua discussão e aprovação, nomeadamente que o orçamento era “demasiado optimista e em claro contra ciclo com a actual conjuntura económica nacional e local”.

O total das receitas cobradas face ao orçamento regista um desvio para menos 5.585.188 euros. Lembrou que o PS tinha alertado para a falta de rigor do orçamento o que não impediu a sua aprovação pela maioria PSD.

Da leitura do Relatório de Gestão não é dada importância especial a esta diferença! Aliás é escrito que “...as receitas correntes, atingindo elevadas percentagens de execução…” e “…as receitas de capital obtiveram taxas de execução satisfatórias…”

Comparando com as receitas cobradas em 2009 existe uma redução de 1.965.566 euros.

Importante é que se tivermos cuidado de consultar o Orçamento de 2011, que foi aprovado em 9 de Dezembro de 2010, verificaremos que o valor previsto para a receita é de 26.761.708 euros pelo que o executivo camarário terá que descobrir receitas "extras" no valor de 3.842.613 euros!

Quais serão as desculpas que teremos para o ano de 2011?

Será por causa deste exageros nas previsões que Manuel Moreira continua a recusar a dar a informação da execução orçamental como a lei obriga?

Nesta sessão Manuel Moreira disse que “não deitava a toalha ao chão, mas ela estava a 5 cm do chão”.

Se ele próprio não acredita na capacidade do seu executivo porque é que continua a insistir nas mesmas “receitas”?

(A análise destas contas continuará em postais seguintes)

Assembleia Municipal - Antes da Ordem do Dia

Ontem como já é hábito assisti à sessão da Assembleia Municipal via Rádio Marcoense. Uma das vantagens é que posso calmamente ouvir as intervenções e simultaneamente gravar as mesmas para que não me venham acusar de faltar á verdade ou não ser rigoroso.

A minha primeira impressão desta sessão é que existiram desde logo, no período antes da ordem do dia, algumas intervenções e “debates” interessantes. Uma “Novela Mexicana” apresentada por Bento Marinho que dará de certeza ainda muito que falar nas próximas semanas. Depois apareceram as habituais queixas dos vários deputados da “oposição” sobre a ineficácia deste executivo camarário: obras prometidas mas nem sequer iniciadas, os mais diversos problemas a que ninguém dá andamento, a deterioração evidente do património público, a falta da qualidade da água da albufeira do Torrão e o esquecimento total dos problemas das freguesias “menos importantes”.

Os deputados da “maioria” não tendo obra para apresentar optaram por criticar o governo e dar início à pré-campanha eleitoral.

Interessante foi ouvir Manuel Moreira a admitir que seis anos de governação são mais do que suficientes para que o actual Governo não se venha desresponsabilizar com a herança do passado e a minimização que fez sobre a influência da crise externa nos problemas do país.

Mas caro Senhor Presidente da Câmara, isso será sinal que aceita que após seis anos de estar à frente do executivo camarário já é tempo de deixar de falar dos erros alheios do passado para se responsabilizar pela ineficácia do seu executivo?

Tive ainda a oportunidade de assistir à mesquinhez de um deputado da “maioria”, que nem sequer vou-me dar ao trabalho de indicar o seu nome, que tentou “tirar satisfações” por o líder da bancada do PS, João Valdoleiros, ter “votado contra” a sua integração na última sessão da Assembleia Municipal. Este deputado tinha chegado atrasado uma hora e vinte minutos. Para que lhe ser permitido integrar a sessão alegou o que estaria definido no regimento da Assembleia Municipal, mas para isso precisaria da unanimidade dos votos dos deputados presentes.

Esqueceu-se de referir que este regimento foi, nessa mesma sessão, considerado “ilegal” para impedir a resposta do Vereador Artur Melo a uma ataque pessoal de outra triste figura da política Marcoense. Nessa altura António Coutinho referiu que o regimento “ilegal” nunca se deveria sobrepor á Lei. Com verdade e rigor podemos verificar que no Decreto Lei 5ª, no seu Artigo 46.º - A, define que compete à mesa “proceder à marcação e justificação de faltas dos membros da Assembleia Municipal”.

Assim João Valdoleiros lembrou a esse deputado que só deveria estar incomodado com a mesa que cumpriu escrupulosamente a lei.

Não contente, e sem resposta para este argumento de João Valdoleiros, voltou a atacar o líder da bancada do PS alegando que este estaria interessado em estar na Assembleia Municipal só “para proporcionar rendimento”. Isto a propósito da senha de presença que João Valdoleiros recebeu nessa sessão da Assembleia Municipal.

A resposta de João Valdoleiros foi novamente arrasadora para o jovem e inexperiente deputado da “maioria”. Disse-lhe vigorosamente que:

“A minha senha de presença foi oferecida logo de entrada à Casa de Povo de Toutosa por causa de terem ficado sem viatura”.

Este episódio mostra que alguma da juventude que nasceu após o 25 de Abril está na política só com uma ideia em mente:

“A oportunidade de ganhar alguma coisa com a política”

Já na ordem do dia o tema quente foi a “aprovação das contas”.

A este tema em particular vou dedicar vários postais a dar desse modo a minha opinião sobre o “mau” estado das contas do município.

Desporto Escolar em Bitetos

Em Bitetos, Várzea do Douro (Marco de Canaveses), no próximo dia 30 de Abril, às 10h, realiza-se a 1ª prova de canoagem do campeonato regional Norte de Desporto Escolar.

É uma organização das Escolas Básica 2,3 de Alpendorada, Sande e pela Secundária do Marco de Canaveses, em conjunto com a DREN e pelo clube de canoagem, Ginásio Clube de Alpendorada (GCA).

É uma das maiores provas de canoagem do Desporto Escolar onde estão representadas escolas de toda a zona Norte do país, com cerca de 200 atletas em prova.

O grande cais Bitetos fornece uma óptima bancada sobre o rio Douro e visibilidade das pistas de velocidade e circuito.

Estarão representadas as instituições locais, Junta de Freguesia de Várzea do Douro, pelo seu presidente, José Oliveira; Câmara Municipal do Marco de Canaveses, Dr. Manuel Moreira; representantes da DREN, Dr. Pedro Menezes, Dr.ª Manuela Couto.

A cobertura deste evento estará a cargo da Douro Verde TV e RTP.

terça-feira, 26 de abril de 2011

Marco arrasa Algarve!

O fim-de-semana alargado de Páscoa ficou marcado por uma visita de sucesso marcoense ao Algarve, não para passar férias, mas para ganhar as 2 finais de Sub-12 do Open Juvenil do Montechoro Sports & LeisureClub. Nem a chuva com que foi brindado à chegada impediu que o nosso pequeno campeão Guilherme "O Verme" triunfasse mais uma vez, tanto em singulares como em pares, com uma vitória por duplo 6-0 na final de singulares a demonstrar a superioridade do pequeno grande talento marcoense do Ténis.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Reacções aos Discursos dos "Presidentes da República"

Mário Soares foi o único dos Presidentes da República a ostentar um cravo na lapela e que explicou com clareza porque chegamos a esta situação. Acusou a "falta de solidariedade europeia" e lamentou que outros Estados como a Bélgica, a Espanha e talvez mesmo a Itália e até a França "irão porventura ser vítimas", como pode ser lido aqui.

Do discurso do actual Presidente da República, que pode ler aqui, destaco esta frase a propósito das próximas eleições:

"Não podem ser feitas promessas que não poderão ser cumpridas."

Tenho pena que esta regra não tenha sido seguida nas últimas eleições e lembrei-me logo de um candidato, a esta próximas eleições, que já prometeu crescimentos de 3 e 4% ao ano no PIB se for eleito.

Entretanto já se podem encontrar reacções a esta cerimónia bastante duras como será o caso da de José Lello, que se pode ler aqui, e que terá escrito no Facebook:

“Este Presidente é mesmo foleiro. Nem sequer convidou os deputados para a cerimónia do 25 Abril.”

A ser verdade considero estranho e desprestigiante para o sistema representativo que aqueles que (ainda) são os nossos representantes eleitos tenham ficado fora desta comemoração (quase) oficial do 25 de Abril de 1974.

De outras reacções, que também poderão ler aqui, destaco a do líder da CGTP-IN, Carvalho da Silva, que defendeu hoje que, com exceção de Jorge Sampaio, as intervenções do Presidente da República e dos antigos Chefes de Estado foram de “continuidade” sem olhar aos “problemas concretos das pessoas”.

Pessoalmente tenho que que concordar com ele e estou espantado que essa intervenção tenha sido praticamente ignorada pelos media. Os media estarão mais preocupados em procurar nos discursos palavras que fomentem ainda mais "sangue" entre os diversos orgãos do Estado e entre os diversos partidos.

Já hoje de tarde em S. Bento, José Sócrates diz que Portugal teria evitado muita coisa se houvesse espírito de concertação, pode ser lido aqui.

E eu não poderia estar mais de acordo com esta "reacção" do ainda Primeiro Ministro. Pois se agora estão todos os "políticos" (com excepção do BE e do PCP) a ter um discurso de concertação e a pedir para bem do país que os partidos cheguem a acordos para sair desta situação, porque é que não tiveram essa atitude antes de terem por "birra" recusado o PEC IV e com isso acabarmos por ser obrigados a ter um PEC bem mais duro para o país e para os portugueses?

Será que na hipótese do PS ganhar as eleições sem maioria vai desta vez respeitar a vontade popular e dar condições para que José Sócrates possa governar?

PS propôs comemorar o 25 de Abril na Sala do Senado

A vice-presidente da bancada do PS, Ana Catarina Mendonça Mendes, propôs uma comemoração alternativa para assinalar os 37 anos do 25 de Abril na Sala do Senado, mas com excepção do PCP, os grupos parlamentares não responderam à proposta, pode-se ler aqui.

A queda do Estado Novo

sábado, 23 de abril de 2011

A qualidade da água do Tâmega coloca a população em risco

Um relatório de Janeiro de 2011 da Câmara Municipal de Marco de Canaveses, a que tive acesso, declara sem reservas que o estado da água na albufeira da Barragem do Torrão

«pode colocar em risco as populações humanas que utilizam a água para consumo ou recreio.»

Esta era já a mesma conclusão de outros estudos que tem vindo a ser realizados desde 2002.

Não me surpreende porque já era este o alerta dado por neste blog, em vários outros sites, na própria televisão e nos movimentos da nossa região preocupados com a qualidade da água no Rio Tâmega e tinha sido uma das primeiras preocupações que o Partido Socialista tinha demonstrado no mandato iniciado no final do ano 2009.

Pode confirmar aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui e aqui.


Recordo que na Assembleia Municipal de 5 de Fevereiro de 2010 o líder da bancada socialista, João Valdoleiros, questionou o executivo camarário exactamente sobre a questão da albufeira do Torrão e da possibilidade da situação agravar-se com a construção da Barragem do Fridão.

Manuel Moreira declarou que tentaram saber junto da Comissão da Região Norte se por ventura essa Barragem vier a ser construída a mesma irá causar qualquer tipo de impacto na Barragem do Torrão. A resposta obtida, é que efectivamente, não haverá grandes impactos. Alegando que, não se encontrava completamente seguro quanto a esta temática, mas que no entanto, tenta acreditar nos técnicos.

Pessoalmente não me parece que a posição do responsável máximo da autarquia se pode limitar a uma posição destas. Está em causa, como se volta a verificar neste relatório a saúde pública das populações.

Na Assembleia Municipal de 23 de Abril de 2010 José Mota, em resposta a algumas questões do Presidente da Junta de Freguesia do Torrão, solicitou-lhe um encontro a sós para se inteirar melhor da situação do saneamento e do pó das pedreiras. Quanto ao pó das pedras aduziu uma razão que é, a de alguns empresários deitarem água na transformação do granito em pedreiras a céu aberto e não em pavilhões como manda a lei. Prometeu que iriam identificar e punir os prevaricadores. Quanto à questão das descargas no rio Bufa, informou já ter identificado a sua origem na fossa da Agrela em Vila Boa de Quires.

E reconheceu que este problema das linhas de água só será eliminado com o saneamento que não existe no caso.

Na minha opinião esta a linha política de não informar correctamente as populações e de se optar por conversas de gabinete leva ao arrastar da situação, a não se conseguir responsabilizar os culpados por esta situação e que a população não se aperceba do risco que está a correr na utilização directa ou indirecta da água do Rio Tâmega.

O relatório sobre o estado de situação do Rio Tâmega – Albufeira do Torrão foi elaborado a pedido de Manuel Moreira em consequência da tomada de conhecimento da manifestação de uma categoria de ocorrências estranhas observadas na albufeira junta à freguesia de Sobre-Tâmega. O ‘fenómeno’ observado é a expressão física da perda progressiva acentuada de qualidade do meio hídrico.

Esta situação é devida a um processo denominado eutrofização que neste caso provocou a proliferação de um tipo de fitoplâncton dominado pelas cianobactérias, vulgarmente conhecidas por algas azuis, Microcystis aeruginosa e Pseudanabaena mucicola, diatomáceas e clorófitas, espécies responsáveis por tornar as águas neste troço do rio altamente tóxicas.

São apresentadas imagens já bem conhecidas por nós e que tinham sido divulgadas por nós e por outros sites já mencionados anteriormente.

Este estudo recorda que desde 1992 que

«não será aconselhável o recreio com contacto directo e indirecto»

e adianta que

«essa proibição deverá ser acautelada nos meses de Agosto e Setembro por se tratarem dos meses críticos»

e que

«A existência de cianobactérias, produtoras de toxinas, nas águas utilizadas para recreio ou para consumo, constitui um elevado risco para a saúde pública.»

As ocorrências que provocaram este relatório aconteceram no 14 de Abril de 2010 quando os serviços técnicos municipais, foram contactados telefonicamente por um munícipe, recebendo a informação de que em pleno leito do rio do Tâmega, junto à ponte de Canaveses estariam a ocorrer estranhas formações de “bolsas de ar” ou “erupções”.

Concluindo considero que o executivo já deveria ter decretado a proibição da utilização da albufeira do Torrão para a prática de qualquer actividade naútica e alertar as populações de quais são os riscos que poderão ocorrer no consumo de água proveniente directa ou indirectamente da albufeira do Torrão.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Junta de Fornos reúne a 29 de Abril

A próxima sessão ordinária da Assembleia de Freguesia de Fornos (pública) está marcada para 29 de Abril do corrente ano, pelas 21 horas, na sede da Junta de Freguesia, com a seguinte ordem de trabalhos:

1-Leitura e votação da acta da reunião anterior;
2-Período antes da ordem do dia;
3-Apreciação, discussão e votação das contas de Gerência de dois mil e dez;
4-Ratificação do protocolo - Delegação das Competências nas Juntas de Freguesia do Concelho, para a manutenção e valorização dos estabelecimentos públicos da educação Pré-Escolar e do 1º Ciclo do Ensino Básico;
5-Período de intervenção do público.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Carta aberta ao Povo Finlandês

Encontrei por bem contar aqui os pormenores de uma história que, por muito que pareça pertencer ao passado, tão facilmente nos lembra a todos das travessuras partidas de que a História é capaz de pregar. E por muito incompreensível que possa parecer, as travessuras e partidas que a História às vezes prega, surpreendem em especial aqueles com a memória mais curta.

O local foi Lisboa, e o ano, 1940, mais concretamente o trigésimo nono dia após o final da primeira e heróica guerra combatida pelo perseverante povo Finlandês contra a tentativa estrangeira de apagar a vossa pequena nação do mapa dos países livres e independentes da Europa. A Guerra do Inverno na qual a Finlândia contrariamente ao que todos julgavam poder ser possível derrotou o bolchevismo o imperialismo Russo, teve na altura um impacto muito maior do que o que julga hoje a maior parte dos finlandeses.

Os gritos de sofrimento e os horrores da primeira guerra Russo-Finlandesa e os terríveis sacrifícios impostos ao vosso pequeno país, comoveu e tocou o coração do povo Português no outro longínquo canto deste velho continente chamado Europa. Talvez fosse por causa de um sentimento deirmandade, ou mesmo de identificação com os sacrifícios para que uma outra nação pequena e periférica acabava de ser atirada... mas a ânsia de ajudar a Finlândia rapidamente emergiu entre os Portugueses, tão orgulhosos que são hoje quanto orgulhosos eram então dos valores da independência e da nacionalidade. A nação europeia com as fronteiras mais estáveis e com a paz mais duradoura de todas, não podia permitir-se, e não permitiu, permanecer no conforto da passividade de nada fazer relativamente ao destino para o qual a Finlândia tinha sido atirada, confrontada que esta estava com o perigo iminente de se tornar em apenas mais uma província Estalinista.

Portugal era na altura um país encruzilhado, submergido em pobreza e constrangido por uma ditadura cruel e fascista. Os Portugueses eram nesses tempos quase todos invariavelmente pobres, analfabetos, oprimidos e infelizes, mas também trabalhadores, honestos, orgulhosos, unidos echeios de compaixão, mobilizados em solidariedade para oferecerem o que de mais pequenino conseguiram repescar para ajudarem o necessitado e desesperado povo Finlandês.

Em cidades e vilas e aldeias de Portugal, agricultores, operários e estudantes, pais e mães, que aos milhões talvez possuíssem não mais do que apenas 3 mudas de roupa, ofereceram os para si mais modestos e preciosos bens que, mal grado a penúria, conseguiram prescrever como dispensáveis: cobertores, casacos, sapatos e casacões, e para os mais felizardos sacos de trigo e quilos de arroz cultivados à mão nas lezírias e terras baixas dos rios portugueses. As ofertas foram recolhidas por escolas e igrejas do norte e do sul, e embarcadas para Helsínquia com a autorização prévia da Alemanha Nazi e Aliados.

Num extraordinário gesto de gratidão, o Sr. George Winekelmann, que era o então representante diplomático da Finlândia em Lisboa e Madrid, publicou um apontamento na primeira página do prestigioso jornal “Diário de Noticias” para agradecer ao povo Português a ajuda e assistência prestadas à Finlândia no mais difícil de todos os inconsoláveis tempos.

O bem-haja a Portugal foi publicado no vigésimo primeiro dia de Abril de 1940, há quase exactamente 70 anos neste dia presente que corre, e descreve que “Na impossibilidade de responder directamente a cada um dos inumeráveis testemunhos de simpatia e de solidariedade que tive a felicidade de receber nestes últimos meses, e que constituíram imensa consolação e reconforto moral e material para o meu país, que foi objecto de tão dolorosas provações, dirijo-me à Nação Portuguesa, para lhe apresentar os meus profundos e comovidos agradecimentos.

Nunca o povo finlandês esquecerá a nobreza de tal atitude. Estou certo de que os laços entre Portugal e Finlândia se tornaram mais estreitos e que sobreviverão ao cataclismo do qual foi o meu país inocente vítima, contribuindo assim para atenuar as consequências de tão injustificada agressão”.

Em virtude de um outro esforço de ajuda à Finlândia organizado por estudantes Portugueses, o Sr.George Winekelmann mais uma vez voltou à primeira página do mesmo jornal para, numa nota escrita no dia 16 de Julho de 1940, expressar o seu imenso agradecimento: “O Sr. GeorgeWineckelmann, ministro da Finlândia, esteve ontem no Ministério da Educação Nacional (…) a agradecer o interesse que lhe mereceram as crianças do seu país por ocasião do conflito com a Rússia (…) e o seu reconhecimento pela importante dádiva com que os estudantes portugueses socorreram os pequeninos da Finlândia”.

Por irónico que seja, o nacionalismo e as formas pelas quais alguns Europeus escolhem para o expressar nos dias presentes, estão em completo contraste com o valor do conceito de Nação expresso há 70 anos por um país bem mais velho, e por um povo bem menos rico e bem mais analfabeto, quando confrontado com a luta pela sobrevivência de uma nação-irmã, que é bem mais rica, bem mais instruída e….bem mais jovem.

Todos devemos ao passado a honra de não esquecer os feitos e triunfos daqueles que já não vivem. O conceito de verdadeiro nacionalismo não pode jamais ficar dissociado do dever de honrarmos o passado. Ao cabo de 870 anos de História, por vezes com feitos tremendos e ainda maiores descobertas, um dos sucessos de Portugal como nação tem sido a capacidade de o seu povo unido e homogéneo, olhar serenamente de mãos dadas para lá do horizonte da sua terra, sem nunca ter medodos desafios desconhecidos dos sete mares em frente, sem nunca fechar a ninguém as portas hospitaleiras e da amizade, e sem nunca fugir dos contratempos que possam defrontar-se-lhe na senda do seu destino.

Por mais irónico que seja, algo não parece bater certo quando a condição a que chegou a economia de um Estado de uma pequena nação, por maneira curiosa se torna talvez decisiva nas escolhas eleitorais tomadas por um povo de uma outra e ainda mais pequena nação, no outro canto tão longínquo da Europa.

Por mais que merecida ou desejável que possa ser, a recusa de auxiliar eajudar uma nação dorida e testada pelos ventos de um cataclismo financeiro não é provavelmente o passo mais sábio de países unidos por espírito e orgulhosos de honrarem os verdadeiros intrínsecos valores de solidariedade e mútua amizade, em especial quando atormentados por adversidade eventanias de crise.

Por mais corrupta que a sua elite se comporte, por mais desgovernado que o seu país ande, e por mais caloteiro que o seu Estado seja, os homens e mulheres comuns de Portugal, filhos e filhas e netos e netas daqueles que viviam há 70 anos atrás, sentem-se e são os reféns e vítimas inocentes de uma Guerra financeira que viram ser-lhes declarada contra os seus bolsos e carteiras, e que ameaça as suas honestas e modestas poupanças.

Mas não obstante confrontados nos agora tempos de hoje, em aparente insolvência e nas mais sozinhas de todas as suas horas, com o desespero e adversidade, eu estou confiante e seguro de queos Portugueses de hoje, mães e pais, agricultores, trabalhadores, padres e estudantes, e até mesmo crianças, de lés a lés naquele país se elevariam da consciência, a fim de mostrar os seus mais sinceros e genuínos sentimentos de nacionalismo e humildade para ajudarem e confortarem Finlândia e o povo finlandês, se alguma outra vez cataclismo ou desastre batesse à porta da Finlândia e iluminasse a ideia obscura da extinção da heróica nação Finlandesa, tal como aconteceu há sete décadas passadas.

Todos nós podemos aprender com as pequenas e genuínas lições dos tempos que lá vão.

Hélder Fernandes Correspondente da TSF

PSD/Porto ignora escolha da concelhia

Pode-se ler aqui um artigo de António Orlando sobre o processo de escolha da lista de candidatos a deputados no PSD/Porto. Em causa está a escolha realizada pela CPC do PSD/Marco de Canaveses. 

O presidente da Comissão Politica Concelhia (CPC) do PSD/Marco de Canaveses, Rui Cunha Monteiro, eleito por esmagadora maioria da concelhia para representar o órgão nas listas de candidatos a deputados pelo Circulo Eleitoral do Porto, nas próximas legislativas, foi preterido em detrimento de Luís Vales. Este último, deputado em final de mandato e ex-militante da JSD, não teve um único voto da concelhia, mas acabou por ser o 16ª da lista aprovada pelo PSD/Porto e liderada por José Pedro Aguiar Branco.

Segundo a concelhia laranja, a distrital do PSD, liderada por Marco António Costa, fez tábua rasa das próprias regras por ela criada para escolher os membros da lista a candidatos ao parlamento. Segundo a fonte, as regras davam às concelhias o poder de escolher os seus representantes, através de eleição por voto secreto. Assim, em reunião da CPC, do passado dia 12, foram apresentadas duas listas, uma liderada pelo presidente da concelhia, Rui Cunha Monteiro, na Lista "A" e outra, a "B" liderada por Luís Vales. A votação não deixou margem para dúvidas: Lista A - 12 votos; Lista B - 0 votos; foi ainda apurado um voto em branco.

“Classifico esta atitude pouco inteligente. Os órgãos distritais e nacionais deviam ter em conta as posições das bases. Esta decisão, seguramente não vai ajudar em nada a mobilização em torno do partido, por ventura terá consequências em termos de desmobilização e das próprias pessoas acreditarem nos nossos líderes, no caso com responsabilidades que tem nos órgãos distritais”, classifica Sérgio Sousa, secretário-geral do PSD/Marco. O social-democrata admite “ter pouca vontade em participar nesta campanha eleitoral”.

Este aparente desrespeito da distrital do PSD/Porto pela concelhia do Marco, não é caso virgem. No passado, ao abrigo de um acordo entre distritais do PSD e CDS, os social-democratas, no Marco, ficaram impedidos de concorrerem às eleições autárquicas´97, abrindo, na ocasião, as portas à reeleição de Avelino Ferreira Torres (CDS). Luís Filipe Menezes, à data, presidia ao PSD/Porto.

“Não quero dizer que há aqui uma perseguição. Digo apenas que Rui Cunha Monteiro foi o mandatário da candidatura de Aguiar Branco à presidência do PSD”, disse de forma enigmática, Sérgio Sousa remetendo para cada um a retirada das ilações que este processo encerra.

António Orlando

terça-feira, 19 de abril de 2011

Jovens Marcoenses brilham no Ciclismo




A Escola de Ciclismo Poeta José Monteiro, do Clube de Cicloturismo do Marco, obteve mais um excelente resultado na classificação geral final por equipas, numa das mais importantes provas do calendário do ciclismo, organizada pela Federação Portuguesa de Ciclismo e que decorreu no domingo, dia 17 de Abril de 2011 na cidade de Penafiel.
Os jovens do clube marcuense conquistaram mesmo todos os lugares do pódio na classe de infantis, com Leandro Silva a obter o 1.º lugar, seguido de Manuel Baião, que foi segundo e de Pedro Pinto, que se classificou na terceira posição.
Destaque ainda, nesta classe para o 9.º lugar de Emanuel Oliveira.
Nas restantes categorias, Vítor Queirós foi 5.º classificado em Benjamins. Nuno Moura conquistou a 9.ª posição na classe de Iniciados, enquanto Jorge Magalhães obteve o quarto lugar na classe de Juvenis.
As excelentes prestações dos jovens da formação do Clube de Cicloturismo do Marco, nos diversos escalões, permitiram a conquista do 2.º lugar na classificação geral por equipas.

Recorde-se que o país se encontra em termos de competições organizadas pela Federação Portuguesa de Ciclismo, dividido em duas zonas – A e B, que correspondem no primeiro caso à área geográfica que compreende a região norte, desde Valença até Aveiro, sendo considerada a Zona B, o restante território nacional a sul de Aveiro.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

O Inacreditável Cabeça de Lista de Lisboa do PSD

Entre declarações e desmentidos, entrevistas a semanários ou às televisões, entre o Bloco de Esquerda e o PSD, entre ser candidato à Presidência da República ou à Presidência da Assembleia da República, Fernando Nobre é coerentemente incoerente.

E não é que no seu novo perfil do Facebook (o antigo foi fechado para não ser alvo de mais críticas por parte dos seus ex-apoiantes) se continua a declarar como candidato à Presidência da Assembleia da República, agora com novo fôlego! Mas mais uma vez é dito aqui que este é só o perfil não oficial!

Mesmo que Fernando Nobre não soubesse ficava bem que alguém do PSD o avisasse que a eleição é para Deputado. Também era importante que alguém explicasse a Pedro Passos Coelho que as próximas eleições são para eleger Deputados, e que o líder do partido que conseguir ter mais Deputados eleitos será convidado para constituir um Governo que deverá ter um Programa de Governo com algumas ideias de como pretenderá governar o país. Recordo que já passaram 27 dias depois da rejeição do PEC IV e este político não foi capaz de explicar qual é a sua alternativa para o PEC IV.

Era interessante percebermos se vamos ter aumentos no IRS, nomeadamente através da criação de um novo escalão de 55%, como o Cabeça de Lista de Lisboa propõe aqui, ou se em vez disso o IRS não aumentará como o Cabeça de Lista de Vila Real sugere. No aumento do IVA para 25% estão os dois de acordo.

Depois gostaria de perceber se o PSD é um partido claramente de Esquerda (leia-se na linha do Bloco de Esquerda) como é defendido pelo Cabeça de Lista de Lisboa ou se é um partido neo-liberal como tenta defender o Cabeça de Lista de Vila Real.

Ainda gostaria de perceber se existiu um compromisso para a eleição do próximo Presidente da Assembleia da República como o Cabeça de Lista de Lisboa o afirmou ou se é melhor esperar pelo esclarecimento deste como o Cabeça de Lista de Vila Real pretendia (e digo pretendia porque o Cabeça de Lista de Lisboa ainda não lhe fez a vontade como se pode ver no seu novo perfil do Facebook).

Estou mesmo curioso é de saber se foi por causa do Cabeça de Lista de Lisboa ou do Cabeça de Lista de Vila Real que Manuela Ferreira Leite, António Capucho, Luis Filipe Menezes, Paulo Rangel, Morais Sarmento, Pacheco Pereira entre outros não estão nas Listas do PSD para Deputados.

Em contrapartida como foi que o Cabeça de Lista de Lisboa, sendo tão de esquerda, aceitou que para Cabeça de Lista de Viana do Castelo fosse escolhido um ex-elemento da Nova Democracia, como se pode ler aqui. Ou será que este último também não se importar alinhar pelas ideias de esquerda do seu novo colega de Lisboa. O que não deixa de ser um evolução para quem era considerado pelo 31 da Armada de ter falta de humor e uma propensão para um estilo caceteiro-armado-em-intelectual (óculos de massa preta oblige), com uma notória falta de educação, mas com facilidade para resvalar para a ofensa de baixo nível.

São dois sapos que Portas (o Paulo) terá que engolir numa (im)possível coligação entre o seu Partido com o novo partido do antigo mandatário do seu irmão Miguel, como se pode ler aqui no Insurgente (aliás é interessante perceber a opinião do Insurgente sobre Fernando Nobre).

Mas se prentender antes ter uma prova da coerência deste político português sugiro a visualização deste vídeo.

domingo, 17 de abril de 2011

Reduções nas Autarquias

Tudo aponta para que seja inevitável a redução de Juntas de Freguesia e até do número de Câmaras. A 10 de Março, Fernando Ruas da ANMP já aceitava discutir as reduções, como se pode ler aqui.
  
Esta declaração foi realizada à Lusa em resposta a propostas de um grupo de empresários para o programa do Governo do PSD.

Já este mês de Abril voltou a dizer-se aqui que "os salários estão assegurados, mas a partir daí já temos muitas dificuldades, como no pagamento a fornecedores, por exemplo. As receitas são curtas."

Com os cortes às transferências para as autarquias, negociados entre governo e PSD no Orçamento do Estado para este ano, ficaram evidentes alguns problemas de tesouraria.

Se a dificuldade de financiamento do Estado levar a um atraso nas transferências para as câmaras são inevitáveis os problemas para os municípios. Tudo o que cria problemas ao Estado cria problemas às autarquias, que são dependentes das transferências. A maioria já enfrenta problemas de tesouraria. As dificuldades passam ainda pela necessidade de crédito. Depois do chumbo do PEC IV já se sabia que ia piorar.

Mas agora, reduzir o número de câmaras municipais é dos temas a estudar pela troika como medidas de contrapartida à ajuda internacional a Portugal, como se pode ler aqui.

O governo já tinha um plano mas não era tão ambicioso como aquele que pode ser aplicado pela troika e tinha como primeiro objectivo a redução de freguesias.

Mas a ANMP não fecha a porta ao debate e Ruas admite que "há margem" para reduzir o número de câmaras municipais. A reforma pode juntar-se a outras, defende o autarca, como "por exemplo a redução dos deputados e o fim dos governos civis", como se pode ler aqui.

Na minha opinião o município de Lisboa esteve bem que soube antecipar os acontecimentos e sem pressões externas começou a realizar as reformas necessárias. Em contrapartida no Marco nada se faz e espera-se sempre uma solução milagrosa ainda que esta seja contrária ao que nos indica o bom senso.
  
E agora?

sábado, 16 de abril de 2011

É mesmo só para o tacho

Fernando Nobre assume que só lhe interessa lugar de presidente da AR aqui. O PSD dividido mas a maioria dos críticos próximos de Passos prefere manter o anonimato.

Pacheco Pereira criticara a "postura" de Fernando Nobre no seu blogue Abrupto por lhe adivinhar "uma mistura de vaidade e aproveitamento biográfico sem pudor, populismo e ignorância". Acusou-o ainda de fazer "política do pior".

Já Marques Mendes considerou “uma fraude” para o partido que escolheu Nobre e para os eleitores que nele votarem se ele abandonar a Assembleia da República se não for eleito presidenta da mesma.

Santana Lopes também não poupou críticas e o sabe-se que mesmo no circulo mais intimo de Passos Coelho no PSD o assunto á polémico.

Eu pessoalmente considero que não basta alguém dizer-se independente, pertencer a uma OMG e criticar genericamente os políticos para se considerar o dono da cidania.

Importante era mostrar-se acima das mordomias dos políticos, ter um discurso político coerente, demonstrar a independência e a boa gestão da sua OMG, e dar um exemplo quando se trata de ter posições políticas.

Fernando Nobre está a dar razão aos seus críticos e principalmente a desiludir os seus ex-apoiantes.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Quem diria que irias mudar, por um lugar, Fernando...

Os "Homens da Luta" não perdoam Fernando Nobre, como pode ler e ver aqui.



Quem diria que irias mudar, por um lugar, Fernando...
Quem como eu te ouvia falar não dá para crer, Fernando ...
O tacho é bastante tentador, sabemos bem.
E agora estás no PPD/PSD, Fernando...

Outra vez Falâncio!

Quem diria que irias mudar, por um lugar, Fernando...
Quem como eu te ouvia falar não dá para crer, Fernando ...
O tacho é bastante tentador, sabemos bem.

Dá-lhe Falâncio

E agora estás no PPD/PSD, Fernando...

A minha análise, por João Valdoleiros

Nos últimos tempos, e compreensivelmente, o tema de abertura dos telejornais dos diferentes canais de televisão, as capas dos vários órgãos de informação escrita e até de algumas revistas de publicação quinzenal, é a famigerada crise, apresentada sob os mais variados vértices, por mais ou menos críticos, que eles possam ser.

Todo o cidadão, dum modo geral, se inquirido sobre esta coisa da crise, já tem uma opinião formada (ou talvez, formatada). Dizem, é muito grave, o País está na bancarrota, o desemprego sobe, o crédito mal parado idem, o incumprimento do crédito pelas famílias e empresas igualmente, a economia agoniza, o Estado está sem dinheiro para cumprir as suas mais imediatas obrigações, interna e externamente, etc., etc..
   
Enfim todo um rosário de lamentações, um arraial de críticas a Sócrates e ao seu Governo, outro tanto ao partido que o apoia.

No meio desta tempestade de raios e coriscos, que desabou sobre Portugal e os Portugueses, diz praticamente toda a gente, a começar pela conveniente omissão de sua Ex.cia o Senhor Presidente da República (presidente de todos os Portugueses) quanto à progenitura da crise económico-financeira, que acabou por atingir com tal violência o sistema capitalista, primeiro, o norte-americano e depois, o europeu, como não podia deixar de acontecer, tal é a sua interligação, deixando-o praticamente à beira dum novo “crash” como o de 1929, que a culpa é do Sócrates.

Ora, nada mais fácil, que arranjar um culpado, a quem atribuir a paternidade da nossa crise (da dos outros também, norte-americana, europeia, japonesa, etc.) e se ele está logo aqui à mão, porque não? Sempre é mais conhecido para a populaça, que o tal Obama ou a Merkel, tanto mais, que esses não costumam baixar o olhar, nem se preocupam com quem calcam aos pés.

Tipicamente, os Portugueses, latinos como são, raramente param para pensar, antes de pronunciarem as suas sentenças, nos mais variados tribunais populares, que se recriam por tudo quanto é local de maior ou menor convívio social.

Desde os populares treinadores de bancada aos “experts” em todos os assuntos políticos, económicos, financeiros, na Saúde, no Ensino, na Administração Central ou Local, etc., de tudo se encontra a granel.
  
Como também me aconteceu ter nascido Português, ter recebido educação escolar à portuguesa, entretanto ter vivido já algumas décadas e como tal adquirido alguma experiência de vida, mas sempre com uma preocupação em mente, não abrir a boca sem pensar, para não correr o risco dos meus conterrâneos duvidarem da minha sanidade mental, decidi-me por escrever este poste sobre a crise, focando-me SÓ num único vértice e deixando todos os outros para os mais entendidos na matéria,os tais “experts”.

Assim sendo, a minha exclusiva intenção é que me expliquem como um GOVERNO MINORITÁRIO, pôde, no entendimento da sábia, competente, atenta e interessada Oposição, levar o País à tal bancarrota.
     
Afinal e para não me alongar muito mais, quem falhou, Sócrates ou a Oposição?

E por hoje me fico.

João Valdoleiros

Crise de Tudo

Não sei o que se passou, se não gostam da cor dos olhos dos membros do Governo, ou se há outros olhos com cor mais favorável. O que é certo é que já não mandamos no país. Não sei o que podemos fazer para ganhar de volta Portugal. Eu sei o que vou fazer e em Junho vou votar segundo a minha consciência e não vou votar como me manda o FMI ou a Europa ou lá o que é. Este Governo nunca devia ter caído e Portugal também não. Estão ambos de joelhos e não vou ser eu a deixar de lhes dar a mão. Tirem as vossas própria conclusões a partir deste artigo que encontrei no Publico online:

Portugal não necessitaria de um resgate se não tivesse ficado sob uma pressão “injusta a arbitrária” dos mercados, afirma o sociólogo Robert M. Fishman, da Universidade de Notre Dame, nos EUA.
Esta ideia é defendida na coluna de opinião de Fishman desta semana no New York Times, onde diz também que o pedido de ajuda de Portugal à União Europeia e ao FMI deve ser visto como “um aviso às democracias em todo o lado”.

Robert M. Fishman, cuja actividade de investigação se dedica a tópicos como democracia e práticas democráticas ou as consequências da desigualdade, o pedido de ajuda de Portugal “não é na verdade por causa da dívida”.

Apesar de o país ter apresentado “um forte desempenho económico nos anos 1990 e estar a gerir a sua recuperação da recessão global melhor do que vários outros países na Europa”, ficou sob a pressão “injusta a arbitrária dos negociantes de obrigações, especuladores e analistas de crédito”, que “por vistas curtas ou razões ideológicas” conseguiram “fazer cair um governo eleito democraticamente e potencialmente atar as mãos do próximo”.

Fishman sublinha que a crise em Portugal é “completamente diferente” das vividas pela Grécia e pela Irlanda, e que as “instituições e políticas económicas” tinham “alcançado um sucesso notável” antes de o país ter sido “sujeito a ataques sucessivos dos negociantes de obrigações”.

Nota que a dívida pública é bastante inferior à italiana e que o défice orçamental foi inferior ao de várias outras economias europeias e avança duas hipóteses para o comportamento dos “mercados”: cepticismo ideológico dobre o modelo de economia mista (publica e privada) vigente até agora em Portugal e/ou falta de perspectiva histórica.

“Os fundamentalistas do mercado detestam as intervenções de tipo keynesiano em áreas da política de habitação em Portugal – que evitou uma bolha e preservou a disponibilidade de rendas urbanas de baixo custo – e o rendimento assistencial aos pobres”, diz ainda Fisherman no seu texto, intitulado “O resgate desnecessário a Portugal”.

Neste cenário, acusa as agências de notação de crédito (rating) de, ao “distorcerem as percepções do mercado sobre a estabilidade de Portugal”, terem “minado quer a sua recuperação económica, quer a sua liberdade política”.

E conclui que o destino de Portugal deve constituir “um claro aviso para outros países, incluindo os Estados Unidos”, pois é possível que o ano em curso marque o início de uma fase de “usurpação a democracia por mercados desregulados”, e em que as próximas vítimas potenciais são a Espanha, a Itália ou a Bélgica, num contexto em que os governos têm “deixado tudo aos caprichos dos mercados de obrigações e das agências de notação de crédito”.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Esqueletos no Armário

Testemunha confirma em tribunal que Oliveira e Costa vendeu as acções da SLN com prejuízo, como pode ler aqui. Feitas as contas teve um prejuízo de 275 mil euros com a venda daquelas acções a Cavaco Silva e Patrícia Montez.

Oliveira Costa está a ser julgado por burla qualificada, branqueamento de capitais, fraude fiscal qualificada e aquisição ilícita de acções.

Oliveira Costa foi Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais do X Governo Constitucional, chefiado por Cavaco Silva.

Há dois dias outra testemunha tinha revelado que uma offshore, alegadamente utilizada por Oliveira Costa para obter liquidez para um aumento de capital da SLN, foi adquirida pelo ex-líder parlamentar do PSD Duarte Lima, como se pode ler aqui.

Também na passada segunda-feira a editorial Caminho decidiu suspender, para já, a apresentação, no Funchal, do livro “Jardim, a Grande Fraude - Uma Radiografia da Madeira Nova”, por falta de local!

O livro retrata a ascensão de Alberto João Jardim ao poder e os anos da sua governação na Madeira, uma região “que se desenvolveu por fora, com estradas e túneis, e não por dentro”, mantendo “a maior taxa de desemprego, abandono escolar e analfabetismo do país e uma dívida pública de seis mil milhões de euros”.

Não é preciso de dizer qual é o partido desta personalidade madeirense.

Assim não me surpreende que o líder do PSD hoje queira saber se não existirão mais “esqueletos no armário”.

Eu devolvo a pergunta:

“Pedro, existem mais esqueletos que tu ou os teus colegas de partido tenham escondidos por aí?”

O Agente Duplo

Na sequência da sugestão do leitor António Ferreira, transcrevemos na íntegra o interessantíssimo artigo de hoje de Manuel António Pina," pescado" no JN online:

Tenho, cá para mim, uma teoria que tem vindo a tornar-se crescentemente "sustentável" (finalmente consegui escrever a palavra "sustentável"; tantas vezes deglutida por aí, com óbvios sinais de prazer, julguei que tivesse um sabor especial; não sabe a nada).

Onde é que eu ia? Ah, a tal teoria. É ela que o juvenil Pedro Passos Coelho, putativo futuro ex-primeiro ministro, é um infiltrado do PS.

A coisa (a teoria) começou a ganhar corpo durante as campanhas contra os contribuintes conhecidas por PEC 1, PEC 2 e PEC 3, e pelos subsequentes pedidos de desculpas do jovem líder aos portugueses por se ter alistado (forçado por quem?) nas expedições punitivas do PS contra funcionários públicos, pensionistas, desempregados & afins.

Depois, sempre que as sondagens pareciam dar ao PSD vantagem sobre o PS, Passos Coelho vinha a público estragar tudo: foi o anúncio de que o PSD acabaria com a proibição de despedimentos sem justa causa, com a escola pública, com o SNS; de que o PSD aumentaria o IVA; de que o PEC 4 não foi, afinal, "suficientemente longe"... Agora, coincidindo com nova sondagem, revelou à TVI que, contrariamente ao que dissera para justificar o voto do PSD contra o PEC 4, teve conhecimento prévio do documento e até o debateu pessoalmente com o primeiro-ministro em S. Bento.

Se Passos Coelho não for o director-sombra de campanha do PS para as próximas eleições é, pelo menos, um agente duplo.

Emplastros, Plebe e os Negócios do Marco

A leitora Rosária Carvalho em mais uma reflexão sobre o Marco:

Muito entusiasmo e expectativa porque acreditava que ia reencontrar velhos conhecidos, e lá fui eu toda aperaltada para a velha escola, em busca de memórias esquecidas, dos “gajos” daquela altura. Eis que ali chego e logo vi, que afinal, aquele não era um encontro de velhos alunos. Perdoem a sinceridade, mas logo percebi que tinha entrado numa feira de vaidades, com direito a emplastros e tudo.
Afinal porque razão algumas pessoas fazem questão de aparecer em todo o lado, mesmo quando não tem nada a ver com o assunto? Não estudaram naquela escola, não deram um tostão do seu bolso para aquela escola, porque raio tinha que estar logo ali na primeira fila, de sorriso rasgado como se jurasse para si próprio que ali estudou e ali estava parte da sua vida.
Mas o mais surrealista estava para vir, ouvir o discurso de determinada personalidade, justificado no facto de ter sido escolhido pelos colegas do seu tempo, só mesmo para quem não conhecia os colegas do seu tempo, os mesmo colegas, onde estava aquilo que vulgarmente se chamam de cromos da época e outros verdadeiras referências da escola.
A diferença reside apenas num Marco elitista e ainda feudal onde os plebeus não têm lugar, porque não tem pai rico nem conta no BES.
O que mais me admira, é o silêncio e atitude sadomasoquista que os marcoenses continuam a revelar. Então não é que ao ler o jornal a Verdade, vejo uma notícia onde se conta uma estória de um documento que devia estar num processo, desapareceu ao que parece em plena câmara municipal? Factos demasiado graves são ali apontados, de negócios eventualmente escuros e nem uma palavra em lado nenhum sobre o assunto?
Mas afinal este não será um caso de polícia? Vai passar tudo em claro como se nada se tivesse passado?
Ainda no Marco comentei com pessoa amiga sobre este assunto, que me lembrou negócios do género fabricados em tempos num concelho da região, e como a “gerência” mudou, alguns protagonistas de outros negócios similares, tiveram que arrumar a bagagem, e para grande azar terão aterrado algures por aí, ao que dizem o pára-quedas avariou quando sobrevoavam uma certa casa de cor branca.
Depois de me contar algumas estórias conhecidas em outras paragens, essa mesma pessoa lá me foi preparando, minha amiga, disse-me, este será apenas um negócio entre outros que estão para vir, porque hoje em dia ninguém dá nada a ninguém!
Lá me contou aquilo que pensa. Entendo melhor guardar para mim, mas uma coisa não posso deixar de perguntar: Que é que se passa com os marcoenses para não reagirem quando estas negociatas são em proveito próprio de algumas pessoas, sem nenhum beneficio para o concelho? Ainda não perceberam que andam a gozar forte e feio com a cara de todos os marcoenses? Não acham que já foram sacrificados e envergonhados durante anos a mais? Querem continuar a ser bombos da festa e chacota nacional?
Irra, que estou farta!

terça-feira, 12 de abril de 2011

Prova dos 9

Santana Lopes, Fernando Rosas e a própria Constança Cunha e Sá, hoje na Prova dos 9 na TVI 24, classificaram o convite de Fernando Nobre com atributos tais como fura-vidas, mau para o PSD, degradação do sistema político, escolha inexplicável ou jogada política. Discutiu-se muito o facto de Fernando Nobre ser um terceira ou quarta escolha depois das recusas conhecidas de Manuel Ferreira Leite, Marques Mendes António Capucho ou Luis Filipe Menezes. Não é preciso dizer muito mais sobre este assunto.

Sobre a notícia da reunião que afinal existiu entre Pedro Passos Coelho e José Sócrates os atributos foram espanto, brincadeiras de criança, verdade ou falsidade, mudança da história dos acontecimentos, insólito, lamento, pantomina, oportunismo para precipitar as eleições ou posições contraditórias.

Capacidade de organização, unanimismo, Zé para trás e para a frente, impressionado pela união, recuperação do PS, a intervenção de Jaime Gama foram as frases em destaque sobre o Congresso do PS.
   
Outros assuntos falados foram as sondagens que penalizam o PSD, as declarações de Teixeira de Santos, a chegada do FMI, o PEC IV e as novas medidas mais duras, as coligações negativas, soluções de esquerda sem o PS e obviamente as eleições que podem decidir as alternativas a adoptar.

Claro que estes “analistas políticos” também tiveram que criticar José Sócrates mas nunca dando valor a uma alternativa por parte de Pedro Passos Coelho.

Se eles, nos seus discursos, não acreditam não vou ser um a acreditar numa alternativa a José Sócrates.

Claro que já se dá como certo que ou o PSD ganha por pouco ou o PS ganha por pouco. E Pedro Passos Coelho ainda tem quase dois meses para continuar a sua fraca campanha e dar uns tiros nos próprios pés.

50 anos da aventura no Espaço


Hoje comemoramos 50 anos que Iuri Alekseievitch Gagarin se tornou o primeiro ser humano a ir ao espaço a bordo da nave Vostok 1 na qual deu uma volta completa em órbita ao redor do plante e disse a famosa frase “A Terra é azul”. Foram 108 minutos em órbita que modificaram a história da Humanidade, e eu hoje só tenho uma palavra para deixar em honra deste cosmonauta russo:

“спасибо”

No ano passado tive a sorte de poder ter estado frente a frente com outro herói do espaço, Neil Armstrong. Comemorava-se os 41 anos da chegada do homem à Lua. Visitava o National Air and Space Museum em Washington DC e encontrei-me frente a frente com um deste heróis das primeira viagens do Homem ao Espaço. Recordei a valentia destes homens Russos ou Americanos, Cosmonautas ou Astronautas e as lágrimas chegaram-me aos cantos dos olhos.

Mas não me esqueci da valentia de outros exploradores que quinhentos anos antes também arriscavam a sua vida para dar novos mundos ao mundo. Não se chamavam Iuris ou Neils, mas eram Vascos, Pedros ou Fernãos. Não falavam em Russo ou Inglês mas em Português. Mas eram uns e outros Homens corajosos e aventureiros que arriscaram a sua vida para que todos nós pudéssemos ter um futuro melhor.

A todos o meu obrigado

Verdade e Rigor (Falar verdade)

Eu pessoalmente já não fico admirado quando se apanha um político a dizer uma mentira ou como é agora costume dizer uma inverdade.

Já se passou no Marco quando Manuel Moreira na Assembleia de 25 de Setembro de 2010 me acusou de factos que sabe que são falsos e que nunca tentou sequer provar o contrário como se pode ler aqui, ou nas várias mentiras que tem surgido ao longo do processo das Águas do Marco como se pode ler aqui, ou quando o PSD em bloco na Assembleia de Ariz se recusa a aceitar que o Município já estava em falência técnica pelo valor de 28 milhões de euros como se pode ler aqui, ou na mesma Assembleia Manuel Moreira não reconhecer que não tinha soluções para a situação que o Município atravessa.

Agora ontem fiquei de boca aberta quando ao assistir à entrevista de Pedro Passos Coelho ouço este admitir que afinal mentiu quando disse que o PSD tinha sido informado do conteúdo do PEC por telefone. Afinal, contrariamente a muito do que foi sendo dito durante o último mês e que justificou tantas críticas ao governo, houve um telefonema, é certo, mas este foi para marcar uma reunião em S. Bento entre Passos Coelho e Sócrates, que, segundo Judite de Sousa, terá durado quatro horas, e teve como tema as linhas de orientação do PEC que o governo ia apresentar no Conselho Europeu extraordinário de dia 11 de Março.

O Povo Livre de 16 de Março afirma claramente na sua capa que o “Governo ocultou as medidas do Parlamento e do Presidente da República”.

No interior pode-se ler que o líder do nosso Partido, Pedro Passos Coelho, “foi informado num breve telefonema pelo primeiro-ministro José Sócrates”.

Em várias reuniões públicas PPC sempre afirmou só tinha recebido apenas um telefonema a informar da intenção do Governo.

Agora Pedro Passos Coelho foi apanhado a mentir aos Portugueses.

Também estou habituado que esta geração de políticos do PSD (não são todos obviamente, mas estes em concreto que eu mencionei) mesmo quando são apanhados não tem a honradez de admitir o seu erro, nem de pedir desculpas aos visados e muito menos aos Marcoenses ou aos Portugueses.

Em todos estes casos os factos são inegáveis espero que os Marcoenses e os Portugueses na altura própria saibam punir não só a mentira mas sobretudo a falta de honradez.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Mau dia para Coelho

Primeiro foi o disparate da escolha de Fernando Nobre e o encerramento da sua página no Facebook que está a dar uma enorme polémica na blogsfera e em todos os meios de comunicação.

Depois as sondagens, como esta, tem dado uma descida constante das intenções de voto no PSD e uma aumento das intenções de votos no PS, PCP e CDS.

Mas a cereja em cima do bolo foi a entrevista com Judite de Sousa. Não foi capaz de dar uma resposta coerente, explicar quais são as soluções que tem para o país, mostrou-se nervoso e reagiu mal às intervenções da jornalista.

No meio de uma má entrevista teve ainda que admitir que afinal o telefonema que recebeu de José Sócrates a propósito do PEC IV era para o convidar para uma reunião, que ocorreu, onde iriam discutir esse plano.

Afinal quem é que tem estado a mentir?

Depois e apesar de o PSD estar há seis anos na oposição admitiu também que só conseguirá apresentar um programa de governo a meados de Maio. Será que é isto que queremos à frente de um Governo.

Eu acho que não, e cada vez mais portugueses também tem essa opinião.

Pode ler mais comentários aqui e aqui.

Deslize na Memória

Quando comecei a escrever sobre o Marco em blogs como o Marco2005 e o MarcoHoje mais tarde, tinha frequentemente (ainda tenho), a sensação que quem interessa não me ouvia. As pessoas a quem me dirigia eram e são muitas vezes pessoas com a mente impressa com certos dogmas que não seriam alterados, demovidos ou descolados por um qualquer marcoense como eles, que não vindo de fora nem tendo feito nada de "importante", aparecia como uma espécie de voz da consciência (no meu caso sem qualquer espécie de posição moral), que lhes dizia o que achava bem ou mal, representando unicamente a minha própria opinião. A estas dúvidas respondia um companheiro destas andanças daquele tempo que eles "haviam de me chamar", porque "sabiam quem eu era e o que escrevia havia de os chatear tanto que eles haviam de me querer ao lado deles".
Admito que na altura esta conversa me pareceu estranha e descontextualizada. Até 2009. Aí compreendi porque certas pessoas nesta terra barafustam. É para serem chamadas, para lhes darem cargos ou tronos ou tachos, depende do que estes precisem.
Eu não barafustava para isso. Andava aqui para ser independente, para ninguém me chatear e só eu os chatear a todos.
Até me chatear eu próprio de ser independente e achar que mais valia pertencer a algo, deixar a pele em campo em vez de ser treinador de bancada. Aí tornei-me militante, porque percebi o objectivo desta coisa de ser "independente".
Vem 2011 e o homem que acusava os "profissionais da Política" de todos os males da nação, o populista com o discurso mais fraco de todos os candidatos a Presidente da República se "vende" à primeira oferta, uma oferta, como diz Daniel Oliveira, "à medida da sua vaidade". Fernando Nobre, que teve um resultado muito acima das suas expectativas à custa do voto de alguns socialistas "estranhos", alia-se a uma direita demagoga, vazia e perigosamente ultraliberal.
Em 2011 isto não me surpreendeu. Em Matosinhos acontecia algo que tinha que ser ofuscado e uma notícia destas era necessária. E nada melhor que uma operação da bolsa mediática para isso. Até porque não estamos em período de transferência futebolísticas, o PSD comprou o passe de um ponta-de-lança que ainda não sabemos se sabe meter golos. Que os meta na própria baliza.

C.D. Favões faz 36 anos

(Clique na imagem para ampliar)

domingo, 10 de abril de 2011

Escola Pública em Marco de Canaveses

A Escola Secundária do Marco de Canaveses entrou em funcionamento no ano lectivo de 1973/74 e foi oficialmente criada por despacho ministerial de 20 de Abril de 1974, tendo funcionado provisoriamente nas instalações do extinto Externato do Marco de Canaveses. Estava Portugal nos últimos meses do antigo regime e era Ministro da Educação Nacional José Veiga Simão, que foi o grande responsável pela defesa da democratização do ensino na Primavera Marcelista e que após 25 de Abril foi deputado e ministro em vários governos do Partido Socialista.

Eu próprio que tinha frequentado o 3º ano do secundário no Liceu de Penafiel, como outros Marcoenses que da minha geração, passei a poder frequentar pela primeira vez aquele grau de ensino num estabelecimento público no nosso concelho.

Foi também na Escola Secundária do Marco de Canaveses que passei a maior parte do dia 25 de Abril de 1974 e assisti às mudanças que Portugal e a nossa terra sofreram naqueles meses cruciais para a Democracia no nosso país.

No ano lectivo de 1975/76 eu e muitos dos meus colegas tivemos de regressar ao Liceu de Penafiel pois ainda não era possível a frequência dos antigos 6º e 7º anos do Ensino Secundário na ESMC.

Felizmente, no ano lectivo de 1976/77, com a inauguração das actuais instalações, foi possível de novo o nosso regresso à nossa terra natal para podermos ser os primeiros alunos a terminar nesse ano o ensino secundário na Escola Secundária de Marco de Canaveses. Foi também esse ano muito significativo para o nosso país por ter sido possível eleger pela primeira vez desde muitas décadas um governo democraticamente eleito, o Primeiro Governo Constitucional liderado por Mário Soares.

Deste modo sinto que esta escola foi um marco decisivo na minha formação académica e que me deu as bases para poder ter tido um carreira universitária de sucesso, mas também foi nesta escola que assisti aos principais momentos na mudança de Portugal para uma verdadeira Democracia.

Hoje a escola é constituída por quatro blocos com salas de aula, dois pavilhões polidesportivos, um ringue, um campo de futebol e diversos espaços ajardinados. Tudo espaços que já necessitavam de renovação há alguns anos.

Mas mais importante são espaços que albergam uma população de 1577 alunos, provenientes das 31 freguesias do concelho, que tem aqui a possibilidade de receberam as bases de uma formação indispensável para lutarem por um futuro de sucesso. O corpo docente da escola é constituído por 175 professores e 51 funcionários que são aqueles que muito trabalhado para que esta  “ESCOLA PÚBLICA” preste o seu dever comunitário de formar e educar os nossos jovens Marcoenses.

Estão a arrancar as obras de requalificação e ampliação, com um investimento de cerca de 15 milhões de euros, e que deverão estar concluídas no prazo de dois anos.

A recuperação da Secundária do Marco insere-se no Programa de Modernização das Escolas dos Ensinos Secundário e Básico 2/3 promovido pelo Ministério da Educação do Governo liderado por José Sócrates, a cargo da Parque Escolar, e que pretende «requalificar e modernizar os edifícios escolares, abrir a escola à Comunidade e criar um novo modelo de gestão das instalações». Recordo que este governo tem dado grande prioridade à luta pela garantia de um ensino público de qualidade, opção que nem todos tem compreendido e alguns até prefeririam que a prioridade fosse mudada para o apoio ao ensino privado.

Até Manuel Moreira, Presidente da Câmara eleito nas listas do PSD, já salientou a importância deste investimento que permitirá trazer mais qualidade e segurança ao ensino no Concelho, como se pode ler aqui:

«É com muito agrado que acolhemos a construção desta nova escola»

sábado, 9 de abril de 2011

Mais um puxão de orelhas

O PR recusou qualquer intervenção na negociação com a Oposição do pacote de “ajuda”, leia-se resgate ou intervenção, financeira a Portugal, pode ler aqui e aqui.

Sustentou, insistindo que a Constituição é clara nesta matéria e estabelece que “o Presidente da República não governa, nem legisla”.

Mas o PR assinou no dia 7 de Abril o decreto que dissolve a Assembleia da República e que fixa o dia 5 de junho de 2011 para a realização das eleições legislativas", pode ler aqui, pelo que deveria saber que ficaremos sem poder legislativo até à posse dos deputados eleitos na sequência daquelas eleições.

O PR também sabia desde 23 de Março que José Sócrates tinha apresentado a demissão, que foi por ele aceite após os partidos da Oposição terem retirado todas as condições para o Governo continuar a governar, como se pode ler aqui.

Recordo que no Artigo 186º da Constituição da República Portuguesa se pode ler: “Após a sua demissão, o Governo limitar-se-á à prática de actos estritamente necessários para assegurar a gestão dos negócios públicos”.

A opção do PR de iniciar o seu segundo mandato de forma agressiva para com o Governo foi também sua, mas como pode ver aqui no discurso de tomada posse, também disse, que:

"De acordo com a leitura que faço dos poderes presidenciais inscritos na Constituição, considero que o Presidente da República deve acompanhar com exigência a acção governativa e deve empenhar-se decisivamente na promoção de uma estabilidade dinâmica no sistema político democrático".

Agora e como único órgão de soberania totalmente em funções não querer assumir responsabilidades, mas assume posições para passar a responsabilidade para terceiros, como é caso, quando afirmou que:

“Espero que os nossos parceiros tenham em consideração que vamos para eleições a 5 de Junho, por isso o que precisamos agora é de um programa interino para que o próximo Governo possa participar nas negociações finais, porque é o próximo Governo que vai implementar o programa”.

O cenário de uma negociação a “dois tempos”, defendido também pelo PSD e CDS, já tinha sido excluído pelos Ministros das Finanças Europeus aqui, pelo que como resposta leva um valente puxão de orelhas do Comissário Europeu dos Assuntos Económicos, Olli Rehn, que aqui afirma que:

“Para bem de Portugal preferimos não falar todos os dias com dirigentes portugueses na praça pública".

Juntamente com o PSD, e os restantes partidos da Oposição, criou este nó górdio que agora não quer assumir e também já se esqueceu que no seu discurso de tomada de posse disse:

"Como tenho dito repetidamente, neste momento que não é fácil, Portugal precisa de todos. Todos somos responsáveis pelo nosso futuro colectivo. A situação do País é demasiado complexa para que alguém pense que isto não é consigo, é só com os outros".

Agora o Presidente da República Cavaco Silva já pensa que este conselho não é para ele mas só para os outros.

Finalmente recordo a todos que o pedido de resgate foi enviado, mas falta a realização de uma negociação com sucesso e a aprovação final dessa negociação pelos nossos “parceiros europeus” para que os Euros comecem a chegar. Assim e até esse momento a situação financeira do país continua na mesma, pelo que não será de se excluírem cenários de atrasos nos pagamentos de salários e de outras responsabilidades por parte do Estado, das Autarquias ou das Empresas Públicas.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Verdade e Rigor (Funcionários Públicos)

De acordo com o último Orçamento de Estado a Função Pública emprega, na Administração central e local, 663.167 funcionários. O número máximo de funcionários foi atingido em 2005 com 747.880 funcionários. Acrescem a estes números as centenas de milhares de trabalhadores das empresas públicas e municipais.

Os Governos de Cavaco Silva e de António Guterres foram permissivos quanto ao crescimento do número de funcionários e gastos com a massa salarial.

Nas autarquias continua a clara tendência para o aumento de efectivos: cerca de 10 mil de 2008 para 2009. Eram nesse ano perto de 140.000 funcionários (442 funcionários na nossa autarquia de Marco de Canaveses).

O peso dos gastos com estes funcionários públicos ultrapassa os 12% do PIB (dados de 2009) um dos mais elevados da União Europeia.

Dados retirados da revista Focus.

Abraçar a Memória

A Escola Secundária de Marco de Canaveses prepara-se para renascer.
No âmbito do programa de intervenção da Parque Escolar, do Ministério da Educação, O Edifício como existe actualmente vai desaparecer para dar lugar a uma construção mais moderna, mais confortável e mais funcional.
O actual Espaço da Secundária, que já começou a ser intervencionado, faz certamente parte do imaginário e da memória de vários milhares de pessoas… Em algumas famílias, possivelmente do imaginário de três gerações…
Não gostaria de vir revisitar o espaço e recordar pessoas e momentos mágicos de descoberta e encantamento? Será a derradeira oportunidade de visitar a Escola como cada um a viveu. Os monoblocos, vulgarmente designados por “contentores”, já começarem a ser instalados e, na interrupção lectiva da Páscoa ocorrerão as primeiras demolições.
Um grupo de antigos alunos reuniu-se para transformar o momento de despedida, em FESTA, em convívio e reencontro de velhos amigos.
Convidamos todos os actuais e antigos alunos, professores, funcionários, familiares e amigos para estarem presentes nesta Festa, no Sábado, dia 9 de Abril, às 15H00m na Escola Secundária de Marco de Canaveses.
Vamos ABRAÇAR MEMÓRIAS.
Para que possamos retratar diferentes épocas e momentos da nossa vida na Escola, queremos recolher fotografias, notícias … sobre a Escola no nosso tempo. Se as tem, partilhe-as connosco. Por favor, entregue-as na loja da CITYLAB na Praça da Cidade. Serão copiadas e os originais devolvidos.
Vamos recolher memórias para partilhar com todos.
Organização:
Antigo aluna(o) Telemóvel
Maria Santana 912.425.206

Cristina Mendes 912.432.291
Catarina Santos 912.432.777
Tó Vasconcelos 912.432.839
Professora Telemóvel
Elsa Correia 912.432.936

www.facebook.com/abracarmemorias

abracarsecundaria@gmail.com