quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Tarifário das Aguas do Marco


A leitora Carla Ribeiro sobre as Águas do Marco:

Recentemente tive necessidade de pedir a ligação de um contador à rede de abastecimento de água num propriedade urbana no centro da cidade. A Águas do Marco informou-me que o custo seria de cerca de 300 a 400 euros mais 23% IVA. Ora achei isto exagerado já que se trata de uma taxa e não do pagamento de nenhum produto ou serviço.

Consultei o tarifário deles on-line e lá estavam as taxa exorbitantes que praticam. Mais indignada fiquei com verifiquei os tarifários dos concelhos vizinhos de Penafiel, Amarante e Baião e constatei que estes não praticam qualquer taxa para este serviço, ou no caso de Baião, cobram apenas 8 euros.

Num país em que 400 euros é pouco menos que o salário mínimo, e num concelho em que o nível de desemprego é acima da média nacional, isto parece-me injustificável, senão mesmo ilegal (irei investigar). É vergonhoso e imoral sabendo que se trata de um serviço essencial e os residentes neste concelho não têm outra opção senão pagar estas taxas.

Será um bom tema para lançar a debate.

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

"Hora do Conto!", por António Ferreira


Durante alguns meses os Marcoenses foram convidados para múltiplos eventos, foram-lhes oferecidos vários espetáculos, um ou outro porco assado e massacrados com longos e vazios discursos. Por algumas semanas a crise não fez parte do nosso quotidiano, nem do discurso dos candidatos.

As localidades foram massivamente invadidas por coloridos painéis apelando ao voto. Para “seduzir” o eleitorado foram usados todos os meios possíveis, “foi linda a festa, pá”. 

Apurados os resultados e depois da tomada de posse dos eleitos, fui visualizar as paginas criadas nas redes sociais. Surpreendido, nem tanto. Aqui, registo que, estranhamente, há unanimidade. Ninguém se lembrou de convidar os eleitores, os Marcoenses, para a tomada de posse.

Em desespero consultei a página da Assembleia Municipal que, sobre a tomada de posse que ocorreu recentemente, nada assinala. Na página da Câmara Municipal, o reeleito Presidente, telegraficamente, convida “a população”, durante a campanha designados de Marcoenses, para assistir à tomada de posse.

O mais recente anuncio na referida página, colocado em 18/10/2013, tem um sugestivo titulo - Hora do conto com “O Urso e a Formiga”. 

Os Marcoenses voltarão a ser convidados daqui a quatro anos, até lá, tal como no anúncio citado, segue-se a “Oficina de Encantos”!

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

“Erro de casting”, por António Ferreira

Concluído mais um acto eleitoral, analisando os resultados obtidos pelas duas forças partidárias que, aparentemente, sobrevivem, umas breves reflexões.
Assim, tendo por base os resultados obtidos pelo PSD e pelo PS nas autárquicas de 2005, 2009 e 2013, constatamos alguns dados interessantes que podem, ou não, explicar o sucesso de uns e o insucesso de outros.
No PSD, o número de votos obtido pela lista de candidatos à Câmara foi, sempre, superior à soma do número de votos obtido pelas listas de candidatos às Assembleias de Freguesia. No PS verifica-se o contrário, a lista de candidatos à Câmara obteve, sempre, um menor número de votos que a soma do número de votos obtido pelas listas de candidatos às Assembleias de Freguesia.
A diferença entre o número de votos obtido pela lista de candidatos à Câmara e a soma do número de votos dos candidatos às Assembleias de Freguesia, no PSD, tem decrescido sistematicamente, atingindo o valor mais baixo nas eleições de 2013 (553 votos). Pelo contrário, no PS verificamos que a diferença tem vindo a aumentar, atingindo o valor mais alto nas eleições de 2013 (3003 votos). 
Nestas eleições de 2013, apesar do PSD ter perdido 2724 votos, o PS recuperou apenas 1476 votos. 
Para as Assembleias de Freguesia, entre 2005 e 2013, o PS tem vindo a aumentar o número de votos obtidos, tendo hoje mais 1986 votos que em 2005, enquanto que para a Câmara, no mesmo período, a diferença situa-se em, apenas, mais 402 votos.
Com o aparecimento do actual líder da autarquia, a lista de candidatos à Câmara apresentada pelo PSD, quase triplicou o número de votos. Este efeito não se replicou, nem se aproximou, com nenhuma das listas de candidatos à Câmara apresentadas pelo PS.
Provavelmente o PS, se pretende liderar a autarquia, deve rever os critérios na indigitação do seu candidato a líder, começando por construir uma “Job description” do candidato.

A alternativa é continuar a tentar aprender por “tentativa e erro”.

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Esclarecimento, por Artur Melo

O cidadão Jorge Osório Valdoleiros fez um conjunto de insinuações que convém esclarecer:


  1. a aquisição de bens de imobilizado reflectida como despesa para campanhas eleitorais não é permitida nem considerada para esse fim;
  2. por essa razão foi efectuado um aluguer de estruturas metálicas para a campanha de 2009;
  3. quanto ao palco, ele foi desenhado e construído por um privado que o cedeu sempre que necessário;
  4. a utilização das estruturas e do palco foram alugadas ao seu legitimo proprietário pelo movimento Marco Positivo, conforme a lei em vigor.
Se houvesse o cuidado de questionar o mandatário financeiro da candidatura de 2009, António Mota, o director da campanha de 2009, Rui Valdoleiros, ou eu próprio, ou mesmo a mera consulta e informação sobre o tema, evitar-se-ia vir para a praça pública acusar inutilmente pessoas honradas.

Marco de Canaveses, 06.09.2013

Artur Melo

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Devem pensar que sou tótó !

Hipocrisia e mentira são coisas que me tiram do sério.

Pior fico quando qualquer um de nós aceita como coisa pouca ou normal e até ser aceitável por se tratar de política. Então a política não é a mais nobre das causas? É quando damos e não pretendemos receber . . . Não aceito vestir e despir , tornar a despir e vestir os princípios que nos deveriam nortear na nossa vida política, desportiva, associativa, familiar, etc. Não consigo diferenciar o homem . . .

Atacar a minha dignidade não será bom processo, simplesmente me motiva, mais e mais.

Tenho sido acusado de empregador tirano . . . diretor de campanha desonesto recentemente, faz algum tempo de insultador politico a "figuras públicas", motivador de destruição associativa . . . que mais se seguirá?

Mas é bom . . . perdoem-me, devo estar a executar um bom trabalho para ter tanta importância!

Os verdadeiros Homens da nossa terra conhecem bem os meus defeitos e as minhas virtudes.


quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Funeral interrompido por falta de sepultura

In expresso.pt:

Aquele que seria o primeiro enterro no novo espaço do cemitério da freguesia de Fornos, em Marco de Canavezes, acabou por se transformar num caso insólito. Previsto para domingo de manhã, teve que ser inesperadamente adiado. Tudo por causa de uma rocha.
A situação caricata ocorreu no preciso momento em que se ia sepultar o defunto. "O coveiro não conseguia abrir mais 50 centímetros na cova porque por baixo é só rocha", relata um cidadão ao Expresso, que pediu o anonimato. O local situa-se numa área que resulta de obras de ampliação e foi inaugurada no passado dia 18. Esta segunda-feira, o falecido aguarda na capela que a situação seja resolvida, adianta, enquanto se vêem "martelos pneumáticos de grande potência a rebentar estas rochas".
A Câmara Municipal de Marco de Canavezes confirma ter sido detetado o problema pela necessidade do enterramento, e garante que foi "posto em marcha, no imediato, um plano de contingência com os técnicos da autarquia".


Ler mais: http://expresso.sapo.pt/funeral-interrompido-por-falta-de-sepultura=f827497#ixzz2dHKuXHRF

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Um comentário assertivo

João Valdoleiros, um dos nossos leitores mais atentos e assertivos, fez há dias um comentário que nos atrevemos a passar a post com a devida vénia...

"Mantive durante tempo, que entendi como suficiente, uma propositada atitude de contenção da minha opinião sobre a vida política do Marco, opinião que entendo democraticamente ser um direito de cidadania de todo e qualquer cidadão marcuense, e não só.
Nunca deixei de tentar acompanhar as incidências das lutas político-partidárias, procurando manter-me informado.
Porém, lamento constatar, que no Marco a proliferação dos autores anónimos se faz em progressão geométrica, talvez por se envergonharem da baixeza moral e da total falta de lisura nos seus comentários, alguns assemelhando-se a autênticos vómitos biliosos, mais próprios dos seus "maus fígados".
A Vida sempre me ensinou que a maledicência é o fruto da inveja, é a arma dos impotentes, dos incapazes, dos pobres de espírito.
Nunca perdi a crença, que um dia poderia orgulhar-me de referir em todos os lados que o Marco era a terra adotada por mim há quase 70 anos, a terra natal de meus filhos e netos, mas aquela crença começa a vacilar tal a avalanche de acontecimentos de caráter político, que são a negação dos valores que sempre defendi como democrata.
Acreditei, ilusão de velho, que o meu Marco se poderia redimir de todo um passado político que não nos honra, não nos orgulha. O vale tudo, o jogo de bastidores, nunca foram maneiras minhas de estar na Política. Não sei lidar, nem quero vir a aprender jogadas de cintura.
Tudo, e todo o meu tempo que disponibilizei na minha vida política, foram-no sem preconcebidas ideias e muito menos sem pretender quaisquer prebendas, que não servir a Democracia e o Socialismo.
Lamentavelmente, os valores da Democracia foram devorados por uma partidocracia doentia,incapaz de um ato de contrição, prenhe de ambições pessoais desmedidas.
As palavras,diz o autor,leva-as o vento, mas as obras e os atos ficam.
O Marco merece,bastante mais,melhor gente.
Os melhores cumprimentos aos leitores"
João Valdoleiros 

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Explicações

Sim, foram retirados pela administração do Marcoense 5 ou 6 comentários a um post do António Ferreira sobre o clima da escola. Não é atitude que agrade a quem escreve no Marcoense termos que ser obrigados a algo tão radical, mas não abona a favor da discussão publicar ou difundir comentários ofensivos, ainda por cima ao abrigo do anonimato. Por isso, ficou decidida uma maior rigidez em termos de avaliação do conteúdo dos mesmos. Os comentários retirados eram do tipo em que é difícil, sem conhecer a realidade dos factos, entender a sua gravidade. Por isso foram publicados. Não serão publicados mais comentários do mesmo teor e poderemos mesmo deixar de publicar comentários anónimos. Não o queríamos mas, e com o clima eleitoral e político a aquecer, a tal podemos ser obrigados.
Apelamos aos nossos estimados leitores que se identifiquem sempre que comentem, como também nos identificamos sempre que escrevemos. 
Obrigado.

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Um Marco adiado?, por António Ferreira

Este executivo fica na história do Marco. Ao “anular” o contrato em vigor com as “Aguas do Marco” já conseguiu numa instância a condenação em 17 milhões de euros a que se devem juntar os juros devidos. Dizem que em honorários para os assistentes no âmbito deste processo, já terá sido desembolsada a quantia de aproximadamente 2 milhões de euros. Só aqui, no pior cenário, e não contabilizando o investimento não realizado na rede de água e saneamento, temos quase um orçamento municipal “cabimentado”. Pelo caminho o líder da autarquia já anunciou a sua intenção de (com o nosso dinheiro) esgotar todas as possibilidades de recurso, isto é, vai “empurrar o problema com a barriga”. 

Pelos terrenos “invadidos” para a construção da Avenida Europa, dizem que a “ousadia” pode vir a custar uns módicos 4 milhões de euros. 

Manuel Moreira continua a afirmar que paga as obras que faz. No caso de sair vencedor nestas eleições, com que verba pretende pagar?

Estranhamente, o Centro Cultural Casa dos Arcos, dizem-me que terá obtido um financiamento, em aproximadamente 80% mas, por que dificuldades financeiras da autarquia para suportar a parte que lhe competia, ficou adiado. 

O Centro Escolar de Soalhães, financiado em cerca de 85%, não viu a luz porque a autarquia não dispunha da verba correspondente a 15% do investimento. De realçar que para implantar o projeto, a autarquia adquiriu um terreno pela módica quantia de 500 mil euros que posteriormente “descobre” não permitir a construção! Foi-se o projecto do Centro Escolar, mas pode a autarquia dedicar-se à agricultura! 

Se era genuína a vontade de construir o Centro Escolar poderiam seguir a metodologia utilizada no caso “Nanta”. Segundo o que me foi dado ler, terá sido construída uma obra, em terreno que não o permitia, e posteriormente, por proposta da autarquia, foi suspenso o PDM! 

Por oposição o projeto de requalificação urbana, financiado a 85%, não teve qualquer entrave! Opções! 
Este executivo herdou uma Câmara com uma elevada divida e consegue o feito de quase duplicar a divida sem obra. É obra!

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Um Marco para TODOS?, por António Ferreira

Para quem tem necessidade de estacionar na Alameda Dr. Miranda da Rocha, normalmente depara com dificuldade em encontrar lugar. Se for frequentador com alguma assiduidade, facilmente constata que no parque as viaturas ali estacionadas, permanecem no local por algumas horas. Num rápido olhar, verifica que no local onde deveria estar visível o titulo de estacionamento, um significativo número dos veículos ostenta um cartão sem referência a qualquer diploma legal, sem identificar a viatura ao qual está associado, entre outros pormenores, com a seguinte informação, “Estacionamento devidamente autorizado em toda a área envolvente aos Paços do Concelho”, seguida da assinatura do responsável máximo da autarquia. 
Apetece dizer TODOS iguais, apesar de alguns, salvo melhor e esclarecida opinião, terem tratamento diferenciado.

segunda-feira, 22 de julho de 2013

"Somos gente séria..."

É absolutamente extraordinário o esforço que se faz nas redes sociais para se parecer socialista... Até eu quase que acreditava...

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Um Município “Ocupado”, por António Ferreira

Ao longo destes últimos oito anos, sob a bandeira da mudança, este município foi sendo “ocupado”.
Apesar da débil situação financeira encontrada, isso não impediu o seu responsável de adquirir uma viatura para seu uso exclusivo e de afectar um condutor. Apesar das debilidades financeiras anunciadas, ao longo de quase oito anos, este funcionário, não prescindiu da mordomia de diariamente se fazer deslocar em viatura com condutor cedidos pela autarquia, efectuando duas viagens de ida e volta Marco de Canaveses/Porto. 
Quanto custou ao erário público esta mordomia?
Apesar da débil situação financeira, não se inibiu de apresentar, em 14/04/2010, a Declaração de Nulidade da Deliberação Camarária de, 15 de Março de 2004. Hoje os Marcoenses podem pagar um pouco menos pelo serviço de agua e saneamento, mas não há mais um cidadão a beneficiar deste serviço e paira sobre todos, mesmo os que não usufruem dele, a ameaça de uma penalização no valor de 17 milhões de euros decorrente da decisão tomada. 
Que investimento ficou por realizar decorrente desta tomada de decisão?  
Apesar de se afirmar Marcoense, rodeou-se de pessoas, sem questionar a suas competências, “estranhas” ao Marco. 
Pergunto será o Marco tão desprovido de quadros?
Ao longo de anos foi anunciando obras umas, aparentemente, que não eram da autarquia, Casa de Quintã, Projecto Douro-Carrapatêlo, anunciou outras que rapidamente esqueceu, Centro Escolar de Fornos, Centro Escolar de Soalhães e, anunciou outras como o Centro Cultural Casa dos Arcos e a Criação da Casa do Agricultor cujo “rasto” se desconhece.
Com a exceção de alguns metros de pavimentos realizados nos últimos dias, todos os passeios da cidade, que há oito anos ficaram por acabar, mantém-se no mesmo estado. 
Como compreender esta requalificação Urbana quando na mesma cidade a meia dúzia de metros há ruas onde os peões não têm passeios?
Brindou-nos com muitos discursos, muitas festinhas, esteve presente na maioria das procissões, colocou mastros nas entradas da cidade mas, deste mandato destaco como obra “emblemática” a renomeação do estádio dito, Municipal.

terça-feira, 16 de julho de 2013

Dissidências no paraíso

Partido habitualmente dado a consensos, o PSD Marco parece estar a implodir. Hoje saiu no Jornal de Notícias o abandono em massa da direcção  concelhia, em desacordo com a inclusão de Luís Vales na lista da Câmara para as autárquicas de 2013 em vez do n.º 4 desejado pela concelhia, o seu presidente Rui Cunha Monteiro.
O que perpassa disto tudo é que começa a não haver lugares para todos (até estes são finitos, infelizmente para Manuel Moreira), para oferecer em troca de vagas na vereação. 
E parece que a assembleia municipal começa a ser pouco para quem se serve do Marco em vez de servir o Marco... 

Lembrete

Lembra-se o PSD/Marco e o seu candidato que o máximo que uma candidatura pode gastar em campanha são 100 e tal mil euros. Calculando que existem uns 200 outdoors do PSD espalhados pelo concelho, cada um (custo da estrutura, mão de obra e lona), a rondar os 1000 euros, dá 200 mil euros. Mais o custo da enorme sede de campanha, o PSD Marco já duplicou o que é legal. Espero que haja alguém atento a isto...
Ainda por cima em tempo de crise, imagine o leitor o jeito que este dinheiro daria a tantas famílias que por todo o nosso concelho passam dificuldades.

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Que clima de escola?, por António Ferreira

Neste artigo, tendo interesse direto, tentarei, tanto quanto possível, ser imparcial e utilizar uma linguagem que não baixe do nível mínimo que o respeito pela instituição Escola me obriga. Espero que me acompanhem.
Assim, acompanhei com atenção e distanciamento todo o processo que recentemente um Conselho Geral conduziu com vista à designação do Diretor do Agrupamento. Os resultados foram esclarecedores. O projeto vencedor obteve 12 votos em 21 possíveis, o segundo projeto mais votado obteve 3 votos, os demais projetos um voto cada e um dos projetos não mereceu a confiança de nenhum dos conselheiros. Resultado que foi divulgado nas redes sociais pouco mais de uma hora após ter-se iniciado a reunião. Mera constatação.
O processo de exoneração da subdiretora, precedido e seguido de outras demissões/exonerações foi exaustivamente comentado neste blog. Recordo que a exoneração foi comunicada à visada, pelo seu substituto já empossado, quando a mesma chegou à Escola sede, cerca das 8.30 hrs, apesar de no dia anterior ter estado a trabalhar normalmente na escola. Não tenho notícia de casos similares! Completa ausência de respeito pela docente e, principalmente, pela Instituição! 
Deste ato interpôs recurso para entidade competente que determinou a sua anulabilidade. 
No mesmo diploma que publica o mérito do recurso, foi publicado novo despacho de exoneração. Um extenso texto “fundamentos da exoneração”, como mencionado no diploma legal, foi afixado em local público. Deste documento, contendo várias afirmações/acusações, destaco, “… Acresce ainda, que a Subdiretora recorreu ao recurso hierárquico, não tendo, após ter tomado conhecimento de Exoneração, de que tinha dez dias de acordo com o CPA para interpelar o Diretor sobre os fundamentos do despacho de exoneração. Ora, não fez, preferindo o recurso hierárquico. Este ato, consubstancia má fé”. “Tout court”. Incompreensível! 
Durante meses a visada soube e a Comunidade Educativa conviveu pacificamente, que em local público estava afixado documento autêntico, onde constavam várias afirmações/acusações que sustentavam a exoneração que não correspondiam inteiramente à verdade. Tendo por base tais “fundamentos”, foramlhe instaurados, por Despachos de 26 de setembro de 2011 e de 06 de outubro de 2011, dois processos disciplinares que não conduziram à produção de prova que os sustentassem. 
No âmbito do segundo processo que lhe foi instaurado, mera coincidência, foi convocada para prestar declarações, no dia em que foi publicado o aviso do concurso com vista à eleição do diretor ao qual foi opositora. Foi-lhe comunicada a decisão de arquivamento do mesmo, por ter prescrito, no dia seguinte à reunião do CG que elegeu o diretor. Mera coincidência.
Ao longo de dois anos, depois de afastada do Agrupamento, esteve a ser julgada na praça pública, para no final, em segredo, ver reconhecido, como sempre defendeu, que as acusações que lhe foram imputadas e publicitadas, não se confirmaram. A quem responsabilizar? 
Ao longo deste penoso processo, que tenha conhecimento, o CG não viu necessidade para conhecer da sua versão dos motivos para a exoneração.
Ao longo de meses o mesmo CG, aparentemente, não se mostrou incomodado com o fato de os fundamentos da exoneração estarem afixados e disponíveis para consulta pública e, simultaneamente, serem objecto de processo disciplinar. Que estranho guião!
Ao longo de muitos meses foi sendo “julgada”, com base em afirmações que, em sede própria, em processos mandados instaurar por entidade competente e que designou as pessoas para os conduzir, não se confirmaram. Os processos foram arquivados sem aplicação de qualquer sanção ou advertência! 
A quem imputar responsabilidades pelos danos materiais e morais causados? 
Será esta a autonomia da Escola? Que valores transmite esta Escola?  
O CG ao demitir-se de exercer as suas competências, estava em condições para avaliar, o longo e fundamentado projecto que lhe foi apresentado no concurso supra mencionado, questiono. Este projeto não teve qualquer voto! Mera coincidência.
Deixo-vos um desafio, reelaborem os resultados!
Esta geração que frequenta a Escola, merece uma Escola que transmita valores e que contribua para a sua formação como bons cidadãos.
Há uns anos ficamos na “história” com o badalado caso dos “pontapés nas cadeiras”, ora, se for possível a analogia com o descrito e verificado nesta ESCOLA PUBLICA, hoje, esse lamentável acontecimento, que teve lugar em local publico, no calor e em resultado do jogo, poderá ser “lido” como um “tratado de boas maneiras”.
Há uma vítima identificada, dezenas de outras “mencionadas” nas várias pautas escolares, tal o nível dos resultados obtidos e que conduziram à participação no programa TEIP. 
Que estranho (e comprometedor) silêncio!



Assumam-se, por uma única vez, deixem a Escola (respirar)!

terça-feira, 2 de julho de 2013

Mudança?, por António Ferreira

Volta ao Marcoense um "velho" amigo, leitor e contribuidor atento e querido nestas paragens:

Fui contemplado com um “infomail” titulado “a mudança continua”. Neste documento o candidato, na primeira pessoa, anuncia aquilo que todos sabíamos, é “candidato a um terceiro e último mandato”. Não é claro, no documento, se foi uma decisão que impôs aos seus pares se foi resultado do apelo dos mesmos. Mais interessante será saber que papel teve a estrutura partidária (local), cuja sigla aparece de forma reduzida e a branco, na escolha do candidato e da restante equipa. A questão está em saber se foi escolhido ou se nos foi imposto?
Quando passa a falar no plural, “iniciamos”, “continuarmos”, anuncia que “queremos que a mudança continue, para juntos continuarmos a construir “Marcos de Progresso” na:

- Educação, quando acaba de contribuir para a viabilização de um projecto num agrupamento que há quatro anos foi rejeitado. Termina o corrente ano lectivo com 50% dos agrupamentos incluídos em programas TEIP. Será esta a mudança que pretende?
Onde está o projecto do Centro Educativo de Fornos, de Soalhães, que foram exaustivamente anunciados;

- No Desporto, que marco se estará a referir o ilustre candidato, ao Futsal em Alpendurada ou outros?

- Na Requalificação Urbana, mais um belo exemplo. É inquestionável a melhoria em curso e com custos para os cidadãos, em algumas, poucas, artérias rodoviárias, as mesmas que nos últimos anos e nos mandatos anteriores foram alvo de intervenções também elas significativas, não sendo certo que traga benefícios significativos aos utentes;

Que dizer da opção de requalificação da Rua Gen. Humberto Delgado?

É certo que os passeios das principais artérias de acesso à cidade, continuam sem pavimento e, em alguns, o mato obriga mesmo à convivência de peões e automobilistas no mesmo espaço. Os mesmos passeios que, há 8 anos, ficaram por acabar, i.e. av. Sant George les Baillargeaux, entre outros.

Nem uma linha sobre a Reforma Administrativa. Nem uma linha, nem um metro, referente ao saneamento e abastecimento de água. 
Sem água e sem saneamento, será possível fazer do Marco um dos melhores municípios da Região? 
È omisso em relação à rede de transportes rodoviários e principalmente à ferrovia. 
Vários foram os eventos onde o envolvimento do candidato foi visível e deu visibilidade, designadamente, reclamando a electrificação da Linha do Douro, no entanto, o ora candidato, no exercício da função de líder da autarquia, alguma vez utilizou este meio de transporte ou sempre preferiu o cómodo transporte em automóvel colocado à sua disposição? 
Se as reais limitações financeiras “herdadas”, associadas à, ora invocada, “conjuntura crescentemente desfavorável”, são argumento suficiente para justificar alguns condicionalismos, não deveriam, estas mesmas variáveis, ter sido suficientemente ponderadas na tomada de decisão de denunciar o “contrato das águas”?
Continua?... diria que não!

segunda-feira, 1 de julho de 2013

E não dá para reformá-los?

Não sei quanto tempo depois de eu, como deputado municipal do PS, ter votado contra a reforma administrativa, pela forma como foi conduzida pela Câmara e porque deu para perceber bem que pelo menos o povo de São Lourenço do Douro estava frontalmente contra e porque lá represento todo o povo do Marco e não uma freguesia ou um interesse, continua a querer justificar-se uma ou outra rebaldaria ou falta de honestidade com a atitude que tomámos enquanto grupo municipal.
Parece-me inusitado e desonesto que, a meses de distância, se diga que havia não sei que mapa que podia ser apresentado quando ninguém consultou nem ouviu ninguém. 
É preciso que quando se dá uma opinião se saiba do que se fala e, caso haja alguma dúvida, pega-se no telefone ou manda-se um e-mail e... já está! Não há nada como elucidarmo-nos porque esta coisa das redes sociais é muito gira e modernaça mas há algo muito antigo que nunca sairá der moda e que me ensinou  o prof. Dias Leite: na dúvida, calas-te, vais para casa, estudas a coisa e no dia seguinte assinas...

terça-feira, 25 de junho de 2013

Notas e comentários a rever


A política são as pessoas. Pessoas sem ideias próprias, princípios e memória . . . não comungo.
A política terá que ser sempre um meio para servir. Toda a minha vida lutei contra quem utiliza a política como um palco para se servir.
Estive motivado a participar na "luta política partidária" simplesmente com o fim de melhor poder servir a terra onde realmente vivo e trabalho todos os dias. Lastimo com preocupação as fraquezas do concelho e ambiciono uma terra melhor para todos nós.
Nos últimos 4 anos em especial foi deveras interessante conhecer este meio partidário a nivel concelhio e distrital. Se duvidas houvesse do que me esperava, foram abrilhantadas pelos atos de falta de verdade, mentira, ambição desmedida de indivíduos sem valor, etc e tal.
O requinte da malvadez terá sido o facto de ter servido de chantagem politica sobre um amigo, promovida pelo dirigente distrital, apoiado pelo dirigente concelhio numa mentira monstruosa que alegadamente a minha pessoa terá proferido numa reunião dum orgão partidário. Para meu delírio emocional a denúncia falsa partiu de 2 elementos desse mesmo órgão, nada que não esperasse dessa gente.
O tempo fará justiça às cobardias, às mentiras, à falta de ética politica e social de que fui vitima. A minha preocupação é pequena em relação à minha pessoa. Nutro na sociedade em que estou inserido faz muitos anos valores de referência, perdoem-me a modéstia. Preocupo-me sim por outras pessoas próximas arrastadas para a lama sem perceberem o elemento.
Inimaginável o desgaste dessa gente nas tricas da ambição, um dia vou voltar a elas, em vez de realmente lutarem pelo Marco ou pelo menos não destruírem o trabalho desenvolvido.
Cresci e estudei no Marco, casei, trabalhei, investi no concelho. Os meus filhos estudam no concelho, tento participar na vida marcoense tanto quanto a minha vida profissional me permite. Sou um Marcoense.
Acho uma piada imensa aquelas pessoas que descobriram o Marco recentemente e dão-se ao cúmulo de se sentirem faróis do conhecimento da nossa vida. Aparecem de 3 em 3 anos, escrevem e reescrevem sobre tudo e todos, nem tão pouco investigam o que realmente acontece, decidem por fofoquice e instintos de ego musculado. Muitas vezes têm mesmo receio de auscultar quem está próximo e pensarão que deitar borda abaixo do camião um dos eixos . . . o camião descida a mais, descida a menos vai acabar por se estacar numa valeta.





sábado, 22 de junho de 2013

Poça...

A minha 3ª assembleia municipal acabou às 3 da manhã... Perguntam os 99% dos marcoenses que não sabem o que lá aconteceu: "Foi uma reunião quentinha, cheia de polémica, para durar até essa hora?" E eu respondo:
Poça, nada disso, se não fosse o sr. Lopes do Torrão aquilo nem animava, foram mais de 3 horas de agradecimentos ao sr. Presidente pela obra feita (por falar nesta, sou só eu que está com saudades da obra imaterial?), o sr. Presidente a falar já não sei do quê, aquilo depois de muito tempo começa a ser um emaranhado de palavras indescritível mesmo que pareça uma novela já que podemos passar 15 minutos "apagados" e quando retomamos percebemos tudo... Numa palavra, doloroso...
O mais giro da noite foi aquela deputada municipal do PSD que quando está sentada, virada para a frente e vota e isso tudo é de direita, mas quando se levanta e olha para a sala de frente já se imagina do lado esquerdo e fala como se não fosse de um partido que tem praticado políticas liberais, defendendo causas de esquerda de uma forma quase escolástica. Lembro-me da escola pública e da saúde para todos... Surreal.

quinta-feira, 13 de junho de 2013

"Um ataque contra os professores é sempre um ataque contra nós próprios"



O mundo não nasceu connosco. Essa ligeira ilusão é mais um sinal da imperfeição que nos cobre os sentidos. Chegámos num dia que não recordamos, mas que celebramos anualmente; depois, pouco a pouco, a neblina foi-se desfazendo nos objectos até que, por fim, conseguimos reconhecer-nos ao espelho. Nessa idade, não sabíamos o suficiente para percebermos que não sabíamos nada. Foi então que chegaram os professores. Traziam todo o conhecimento do mundo que nos antecedeu. Lançaram-se na tarefa de nos actualizar com o presente da nossa espécie e da nossa civilização. Essa tarefa, sabemo-lo hoje, é infinita.
O material que é trabalhado pelos professores não pode ser quantificado. Não há números ou casas decimais com suficiente precisão para medi-lo. A falta de quantificação não é culpa dos assuntos inquantificáveis, é culpa do nosso desejo de quantificar tudo. Os professores não vendem o material que trabalham, oferecem-no. Nós, com o tempo, com os anos, com a distância entre nós e nós, somos levados a acreditar que aquilo que os professores nos deram nos pertenceu desde sempre. Mais do que acharmos que esse material é nosso, achamos que nós próprios somos esse material. Por ironia ou capricho, é nesse momento que o trabalho dos professores se efectiva. O trabalho dos professores é a generosidade.
Basta um esforço mínimo da memória, basta um plim pequenino de gratidão para nos apercebermos do quanto devemos aos professores. Devemos-lhes muito daquilo que somos, devemos-lhes muito de tudo. Há algo de definitivo e eterno nessa missão, nesse verbo que é transmitido de geração em geração, ensinado. Com as suas pastas de professores, os seus blazers, os seus Ford Fiesta com cadeirinha para os filhos no banco de trás, os professores de hoje são iguais de ontem. O acto que praticam é igual ao que foi exercido por outros professores, com outros penteados, que existiram há séculos ou há décadas. O conhecimento que enche as páginas dos manuais aumentou e mudou, mas a essência daquilo que os professores fazem mantém-se. Essência, essa palavra que os professores recordam ciclicamente, essa mesma palavra que tendemos a esquecer.
Um ataque contra os professores é sempre um ataque contra nós próprios, contra o nosso futuro. Resistindo, os professores, pela sua prática, são os guardiões da esperança. Vemo-los a dar forma e sentido à esperança de crianças e de jovens, aceitamos essa evidência, mas falhamos perceber que são também eles que mantêm viva a esperança de que todos necessitamos para existir, para respirar, para estarmos vivos. Ai da sociedade que perdeu a esperança. Quem não tem esperança não está vivo. Mesmo que ainda respire, já morreu.
Envergonhem-se aqueles que dizem ter perdido a esperança. Envergonhem-se aqueles que dizem que não vale a pena lutar. Quando as dificuldades são maiores é quando o esforço para ultrapassá-las deve ser mais intenso. Sabemos que estamos aqui, o sangue atravessa-nos o corpo. Nascemos num dia em que quase nos pareceu ter nascido o mundo inteiro. Temos a graça de uma voz, podemos usá-la para exprimir todo o entendimento do que significa estar aqui, nesta posição. Em anos de aulas teóricas, aulas práticas, no laboratório, no ginásio, em visitas de estudo, sumários escritos no quadro no início da aula, os professores ensinaram-nos que existe vida para lá das certezas rígidas, opacas, que nos queiram apresentar. Se desligarmos a televisão por um instante, chegaremos facilmente à conclusão que, como nas aulas de matemática ou de filosofia, não há problemas que disponham de uma única solução. Da mesma maneira, não há fatalidades que não possam ser questionadas. É ao fazê-lo que se pensa e se encontra soluções.
Recusar a educação é recusar o desenvolvimento.
Se nos conseguirem convencer a desistir de deixar um mundo melhor do que aquele que encontrámos, o erro não será tanto daqueles que forem capazes de nos roubar uma aspiração tão fundamental, o erro primeiro será nosso por termos deixado que nos roubem a capacidade de sonhar, a ambição, metade da humanidade que recebemos dos nossos pais e dos nossos avós. Mas espero que não, acredito que não, não esquecemos a lição que aprendemos e que continuamos a aprender todos os dias com os professores. Tenho esperança.
Artigo de José Luís Peixoto, publicado na revista Visão de 13 de Outubro de 2011