
Em Espanha, o cenário de perda de credibilidade do Bankia junto dos clientes e de forte queda do valor das acções, força o governo espanhol a intervir, passando a controlar o quarto maior banco do país. Com esta injecção de capital prevista na nacionalização do Bankia, o quarto maior banco espanhol, as ajudas do Estado ao sector financeiro do país ascendem a 17.404 milhões de euros, através do Fundo de Reestruturação Ordenada Bancária (FROB), pode-se ler aqui e aqui.
Na política nacional, Vítor Gaspar, o ministro das Finanças admitiu hoje no Parlamento que a evolução do desemprego está a lançar uma “incerteza considerável” sobre a execução da Segurança Social, isto na sequência da notícia, que as previsões serão “substancialmente revistas” depois do quarto exame regular da troika, que decorrerá ainda este mês, pode-se ler aqui.
Com impacto directo nas contas do nosso município, ficamos a saber aqui, que o Governo vai reter 5% da receita dos municípios com o imposto municipal sobre imóveis (IMI) para financiar a reavaliação dos prédios urbanos, que está actualmente em curso. Em causa estarão cerca de 55 milhões de euros, pode ler mais aqui.
E ao fim da noite António José Seguro afirmou, que “está disponível para ir para a rua à frente de qualquer manifestação”, referindo-se ao que fará caso sejam postas em causa as “funções sociais do Estado”. Na minha opinião esta posição é tardia, dado que a actual maioria está a ir muito para além do acordado com a troika, recusa qualquer tipo de consenso político com os outros partidos, que atingiu o seu ponto máximo no processo de apresentação do Documento de Estratégia Orçamental.
Não acreditando na estória dos brandos costumes do nosso povo, sei que sempre que os portugueses foram para a rua lutar pelos seus direitos conseguiram resultados e mudaram o rumo da História. Esperar chegar à situação dramática da Grécia para perceber que a receita da troika não funciona, também no nosso país, é um erro. Assim defendo, que activamente cada um de nós tem de lutar pelo nosso país, não excluindo que essa luta seja realizada na rua de uma forma cívica para que os políticos europeus, nacionais e locais percebam que tem de sem mais demoras mudar as suas políticas.