domingo, 31 de julho de 2011

Muitos comentários e muita polémica

Nas últimas semanas algumas polémicas tem originado muitos comentários no MCN que merecem ser (re)lidos:
 
A primeira polémica surge associada ao post “Confusão na Educação I”, não por causa do que se passava no Ministério de Educação, mas devido à confusão que pelos vistos existe também no Agrupamento das Escolas do Marco. 
 
São trinta e seis comentários que abordam a substituição da subdirectora, o modo peculiar como esta substituição foi comunicada, com acusações de má educação, abusos de poder, prepotência, incompetência, incúria e até de desvios de dinheiro. Um autêntico “lavar roupa suja sem saber de que lado está a nódoa”, como escrevia um dos nossos leitores.
 
Esta substituição não será já a primeira, anteriormente terá sido também dada uma entrevista pelo Director do Agrupamento ao jornal A Verdade onde se dizia que os professores do agrupamento eram incompetentes, especulou-se que este não terminaria o seu mandato porque teria intenções de pedir a reforma antecipada, …
  
Como conclusão concordo com outro leitor que afirma que lhe parece que o problema está no facto dos diferentes Órgãos da Escola não funcionarem devidamente e estaria a falar mais concretamente do seu Conselho Geral.
 
A segunda polémica foi provocada pelo último "Comunicado do PS Marco", o que levou que muitos leitores demonstrassem o seu descontentamento com Manuel Moreira. Quarenta e seis comentários de leitores onde se cruzam acusações de Boys, de Tachos, de Cartões de Partido e de Padrinhos. Discutiu-se se um assessor devia ser escolhido pela fidelidade ou pela competência para o cargo.
 
Debateu-se sobretudo a justiça deste fabuloso aumento a um assessor quanto todo o país e os próprios funcionários da autarquia tem cortes nos seus salários. Criticou-se o executivo por gastar o dinheiro em festas, quando não existe dinheiro para obras.
 
Não tendo argumentos os defensores do executivo camarário tentaram desviar a atenção mais uma vez para ataques mais ou menos pessoais contra aqueles que não tem responsabilidade na situação grave por que passa o nosso concelho.
  
Interessante foi que se também falou da posição de Bento Marinho, que tem vindo a distanciar-se cada vez mais das posições de Manuel Moreira. Como foi bem lembrado por um leitor este até já ameaçou abandonar o seu lugar de deputado na Assembleia Municipal.
  
Também escrevi este post por sugestão de um leitor que considera que toda esta última polémica não é mais do que a “ponta do iceberg", da relação entre Bento Marinho e Manuel Moreira.

Os ponteiros do Relógio, por Rodrigo Lopes

Por volta das 15.00h do dia 29 de Julho de 2011, mais de 20 sessões de Audiências de Julgamento, foi aberta a Audiência de Discussão e Julgamento para leitura do acórdão do conhecido processo do "Relógio".
Os Advogados de defesa já haviam esgrimido todos os seus argumentos, alguns deles foram demasiado políticos e pouco jurídicos. De tudo um pouco se passou ao longo das diversas sessões de audiências de julgamento. A prova foi esmiuçada ao pormenor, no que diz respeito à prova produzida, pouco terá escapado ao colectivo de juízes, pois o rigor, a exigência e atenção dispensada por esse colectivo de juízes, foi notória. Este acórdão era esperado com muita expectativa, quer por juristas quer pela comunidade Marcoense e, naturalmente, pelos próprios arguidos.
A questão que se colocava, era saber se um autarca, por ter sido eleito pelo Povo, podia usar dinheiro público, afecto ao interesse público, na comparticipação de uma prenda de aniversário a um outro autarca, neste caso, o então Presidente da Câmara?
Como é sabido, os orçamentos das Juntas de Freguesia são muito reduzidos, pelo que uma contribuição de €500,00, tendo em conta esse orçamento, não é propriamente algo de simbólico.
Porventura alguém admitiria como lícito que os Presidentes da Câmara deste País decidissem juntarem-se para presentear um outro Presidente, comparticipando cada um com €10.000,00, por exemplo, com dinheiro do erário público, para deste modo, oferecerem um apartamento a esse Presidente de Câmara?
Claro que não.
Não tenho dúvidas que estes autarcas são pessoas de bem, talvez demasiado pessoas de bem, que deram pelas suas terras o que sabiam e podiam dar. Mas uma coisa resultou evidente deste processo Judicial, a impreparação de alguns autarcas para ocuparem os cargos para que foram eleitos. Não sabem quais são as suas competências, o que podem e não podem fazer no exercício dos seus cargos.
A política Marcoense sempre se centrou no culto da personalidade, e assim continua a ser. Esse culto da personalidade esvaziou o sentido da independência dos Presidentes de Junta, que uma vez eleitos, procuram abrigo junto do Sr. Presidente da Câmara, na perspectiva de obter vantagens, que de outro modo, não obteriam para a sua Freguesia, e por essa razão, aderem ao seu grupo político, perdendo o sentido crítico nas opções políticas, passando a comportarem-se, nas palavras do Sr. Juiz Presidente como, "uma Maria vai com todas". E a Maria, que até era inocente, de tanto ir com todas, deixou de se esforçar e de pensar pela sua cabeça, até que um dia as coisas acontecem, e acontecem aos melhores, precisamente porque se instalou o sentido da preguiça do pensamento, da independência, de pensar pela sua própria cabeça.
O que, lamentavelmente, aconteceu a estes autarcas pode acontecer novamente. Os ponteiros do relógio continuar a andar no mesmo sentido.
Nada mudou. A maioria tem sempre razão, os Presidentes de Junta, eleitos como Independentes, deixam de ser independentes e integram o grupo político maioritário. Os Presidentes estão, salvo algumas excepções, com a maioria, a maioria está com a maioria e com o Presidente. O Presidente decide, a maioria apoia, nunca discorda, têm sempre razão. Na composição da mesa da Assembleia Municipal, nem um elemento da oposição tem lugar, uma só cabeça decide a interpretação que dá ao Regimento.
Assim se reforça o culto da personalidade.
O País está a fazer um esforço colossal, os portugueses e os Marcoenses sentem na pele a crise nacional e internacional. Depois de se ter prometido não subir os impostos, a primeira medida deste governo foi, precisamente, subir os impostos aos Portugueses, cortando metade do subsídio de Natal. Os portugueses aceitam, resignam-se, pelo bem do País, e fazem o esforço que lhes é pedido. Esse esforço é para todos os portugueses, mesmo para os militantes do PSD.
No entanto, o Sr. Presidente da Câmara decide aumentar em 16% uma assessor, militante do PSD, com o argumento de que, com as medidas governativas, o vencimento liquido do assessor foi reduzido. Pois bem, foi o do assessor e foram os salários de todos os Portugueses. E foram reduzidos porque o objectivo era precisamente esse, ou melhor, o objectivo até não era reduzir, era pagar menos, era reduzir despesa pública. Aumentando o vencimento para compensar a redução da retribuição, é humilhar os restantes portugueses e Marcoenses, é dar um sinal de que uns são mais que os outros, é desviar-se do sentido de mobilização do País e colocar de lado o Marco do esforço nacional e colectivo que nos é pedido.
Impunha-se ao PSD uma tomada de posição contra esta medida, que envergonha o Marco e os Marcoenses.
Relativamente ao Acórdão que condenou os autarcas do Marco, esgotou-se a 1ª etapa, certamente que virá a fase do Recurso, vamos esperar o que daí resultará.
Mas uma coisa é certa, nada será como dantes, e seja qual for o resultado final, valeu a pena, a Maria pode continuar a ir com todas, mas agora sabe que pode perder a
sua inocência, e que mais vale andar só que mal acompanhada.


Rodrigo Lopes

Atleta marcoense campeão nacional - com fotos




O jovem Pedro Pinto do CC Marco renovou o título de campeão nacional na categoria de infantis no Campeonato Nacional que decorreu durante o fim-de-semana de 23 e 24 de Julho na cidade de Mangualde.
Os jovens ciclistas da “Escola de Ciclismo Poeta José Monteiro” - Clube de Cicloturismo do Marco voltaram a marcar a diferença e os bons resultados nas diversas categorias em que participaram, permitiram ao clube marcuense conquistar o segundo lugar do pódio entre todos os clubes participantes.
Na classe de Infantis, Pedro Pinto foi primeiro, seguido de Manuel Baião que foi segundo, e que é justamente o vice-campeão nacional, enquanto Leandro Silva foi 4.º classificado. Emanuel Oliveira foi 14.º e João Silva conquistou o 18.º lugar.
Na classe de Benjamins Vítor Queirós terminou na quarta posição, e na categoria de iniciados Nuno Moura terminou em 14.º lugar. Finalmente na categoria de juvenis Jorge Silva terminou a classificação geral em oitavo lugar, enquanto Joaquim Moura terminou em 78.º lugar.
Os jovens atletas da Escola Poeta José Monteiro deixaram orgulhosos os dirigentes do clube que tem investido muito do seu tempo - obrigados mesmo a um esforço financeiro para conseguir manter os jovens em competição, numa equipa verdadeiramente 100% amadora.
Os jovens ciclistas da Escola Poeta José Monteiro são treinados pelo técnico Sérgio Pinto, apoiado por Joaquim Azevedo e José Fernando Oliveira. O trabalho desempenhado por estes responsáveis, a par dos jovens ciclistas, merece ser destacado, pois a escola lançada à três anos, o que corresponde à participação em três campeonatos, em todos conquistou pelo menos um titulo
de campeão nacional, um feito nunca outrora alcançado por outra equipa.

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Tribunal condena 19 autarcas Marcoenses


O Tribunal do Marco de Canaveses condenou esta sexta-feira a três anos de prisão, com pena suspensa, 19 autarcas de freguesia por terem em 2004 usado dinheiro das juntas para pagar um relógio de ouro oferecido a Avelino Ferreira Torres.

O colectivo de juízes considerou provado que os 19 autarcas praticaram um crime de peculato em coautoria.

Os arguidos, entre os quais presidentes, secretários e tesoureiros, foram também condenados a restituir às respectivas juntas de freguesia, no prazo de três meses após trânsito em julgado do acórdão, o valor usado para a aquisição do relógio, em média cerca de 500 euros por autarquia.

Outros seis autarcas de freguesia neste processo, também arguidos e que vinham acusados pelo Ministério Público do mesmo crime, foram absolvidos pelo tribunal.

O relógio de pulso em ouro, avaliado em 15 mil euros, foi oferecido em Novembro de 2004 ao antigo presidente da câmara numa festa de aniversário e de despedida quando Avelino Ferreira Torres já tinha anunciado a sua candidatura ao município vizinho de Amarante.

Aguardam-se notícias mais pormenorizadas e comentários acutilantes. Estou com curiosidade de saber a opinião dos militantes e simpatizantes do CDS/PP e também dos seus novos colegas de coligação.

Mais notícias sobre o "relógio" aqui, aqui, aqui e aqui.

O Sr. Alfredo e a Sr.ª Teresa

O Sr. Alfredo é uma velha raposa da política nacional.
A Sr.ª Teresa é nova na política nacional.
O Sr. Alfredo é acutilante e, em regra, bem preparado.
A Sr.ª Teresa é mordaz e, em regra, mal preparada.
O Sr. Alfredo foi vitíma da verborreia da Sr.ª Teresa.
A Sr.ª Teresa recebeu na justa medida o que fez ao Sr. Alfredo.
O Sr. Alfredo gosta de servir a vingança em prato frio.
A Sr.ª Teresa ferve em pouca água.

O Mário Crespo deixou rolar o marfim.

Confira no link abaixo.
http://aeiou.expresso.pt/teresa-caeiro-e-alfredo-barroso-trocam-insultos-na-sic-noticias-video=f664495

terça-feira, 26 de julho de 2011

Como o Mercado funciona

O Estado tem a despesa mais elevada que a receita (défice público) e precisa de equilibrar as contas. O Estado decide que a maneira mais rápida e eficiente é recorrendo ao aumento da receita (leia-se aumento dos impostos directos, como o IRS, ou dos impostos indirectos, como o IVA). Para se acelerar este processo  o Estado cria um imposto extraordinário.

Ironicamente denomina-se a esta atitude como uma política de austeridade (na minha humilde opinião deveriam chamar-lhe uma política de aperto do cinto ao contribuinte fiscal).

Como o Mercado funciona, os contribuintes individualmente tomam decisões e cortam nas suas despesas, nomeadamente aqueles que tinham os seus filhos em colégios privados decidem optar por os inscrever em escolas públicas, por não terem dinheiro para pagar a mensalidade.

A falta de vagas obrigará o Estado a responder a esta procura, o que provocará um aumento das despesas na educação.

Provavelmente os nossos decisores políticos recorrerão a novo aumento da receita para voltar a equilibrar as contas públicas (leia-se novos aumentos dos impostos).

Como o Mercado continuará a funcionar, os contribuintes individualmente tomarão decisões e cortarão nas suas despesas. Possivelmente trocarão outros serviços privados pelos públicos, como por exemplo os da saúde.

Provavelmente …

Interessante é que uma decisão de reduzir o Estado mal implementada poderá provocar um crescimento do Estado!

Ciclo-Turismo do Marco vice-campeão nacional

João Moura, presidente do Clube de Ciclo-turismo do Marco, escreve-nos orgulhoso dos resultados obtidos por este clube nos campeonatos nacionais em Mangualde. Por equipas, o clube marcoense foi vice-campeão nacional:


Benjamins
: Vitor Queirós - 4º Lugar

Iniciados: Nuno Moura - 14º

Infantis: Pedro Pinto - 1º Lugar - Campeão Nacional
Manuel Baião - 2º Lugar - Vice Campeão
Leandro Silva - 4º Lugar
Emanuel Oliveira - 14º
João Silva - 18º

Juvenis: Jorge Silva - 8º
Joaquim Moura - 78º

Resultado das eleições no Marco

Nas eleições para Secretário-Geral do PS, e no Marco de Canaveses, o resultado foi de 86 votos para a lista B, "A Força das Ideias", de Francisco Assis e 53 votos para a lista A, "O Novo Ciclo", de António José Seguro. É certo que a nível nacional a lista A ganhou com folgada vantagem, mas isso só reforça o excelente resultado que Francisco Assis teve no Marco, que podia ser muito mais expressivo não estivéssemos numa altura de calor e férias, o que afastou mais de metade dos militantes das urnas.

domingo, 24 de julho de 2011

António José Seguro venceu as eleições no PS

Na sua primeira declaração como líder do PS, Seguro deixou alguns recados para o Governo de coligação PSD/CDS-PP: António José Seguro afirmou que o PS não estará disponível para uma revisão da Constituição (“o PS não considera que exista um problema constitucional em Portugal”).
 
Antes, Francisco Assis tinha dito aos jornalistas, que assumia a sua derrota e não iria “iludir essa questão”. Mas prometeu que continuará a lutar pelas suas ideias “dentro e fora do PS”.
 
Manifestando-se “disponível” para “travar todos os combates políticos”, Assis rejeitou ser o protagonista de novas divisões internas: “Não concebo a existência de oposições internas. Nunca me constituirei numa reserva moral ou política.”
  
Eu tinha considerado, neste blog, que considerava que ambos poderiam realizar um bom lugar como Secretário-geral. Ontem foram concorrentes a um lugar (e eu apoiava Francisco Assis), mas de certeza que agora estarão a trabalhar em conjunto.

sábado, 23 de julho de 2011

Apertar o cinto é só para alguns


"Despacho n.º 1/XII — Relativo à atribuição ao ex-Presidente da Assembleia da República Mota Amaral de um gabinete próprio, com a afectação de uma secretária e de um motorista do quadro de pessoal da Assembleia da República.

Ao abrigo do disposto no artigo 13.º da Lei de Organização e Funcionamento dos Serviços da Assembleia da República (LOFAR), publicada em anexo à Lei n.º 28/2003, de 30 de Julho, e do n.º 8, alínea a), do artigo 1.º da Resolução da Assembleia da República n.º 57/2004, de 6 de Agosto, alterada pela Resolução da Assembleia da República n.º 12/2007, de 20 de Março, determino o seguinte:

a) Atribuir ao Sr. Deputado João Bosco Mota Amaral, que foi Presidente da Assembleia da República na IX Legislatura, gabinete próprio no andar nobre do Palácio de São Bento;

b) Afectar a tal gabinete as salas n.º 5001, para o ex-Presidente da Assembleia da República, e n.º 5003, para a sua secretária;

c) Destacar para o desempenho desta função a funcionária do quadro da Assembleia da República, com a categoria de assessora parlamentar, Dr.a Anabela Fernandes Simão;

d) Atribuir a viatura BMW, modelo 320, com a matrícula 86-GU-77, para uso pessoal do ex-Presidente da Assembleia da República;

e) Encarregar da mesma viatura o funcionário do quadro de pessoal da Assembleia da República, com a qualificação de motorista, Sr. João Jorge Lopes Gueidão;

Palácio de São Bento, 21 de junho de 2011

A Presidente da Assembleia da República, Maria da Assunção Esteves.
Publicado  DAR II Série-E — Número 1
24 de Junho de 2011"

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Entrevista com Vanessa Pinheiro - I


Já aqui falamos de Vanessa Pinheiro, jovem fotógrafa marcoense, que muito apreciamos aqui no MCN. Hoje trazemos uma entrevista com esta promissora artista.



MCN: Vanessa, fala-nos um pouco de ti.

V.P.: Tenho 16 anos e vivo em Marco de Canaveses. Adoro fotografar, especialmente a Natureza .


MCN: Quando é que percebeste que estavas apaixonada pela fotografia?

Não houve um dia em que disse "estou apaixonada pela fotografia", simplesmente tudo foi surgindo com o tempo, mas desde muito cedo que me lembro de ser eu quem já fotografava "ajuntamentos" da família e outras coisas.

MCN: Restringes o teu trabalho à fotografia digital ou já tentaste a analógica, velhinha, do rolo e do papel?

V.P.: Apenas à fotografia digital embora adore fotografias antigas.



MCN: Recorres muito ao Photoshop ou tentas que as tuas fotografias estejam, por assim dizer, acabadas?

V.P.: Tento sempre que as minhas fotografias estejam, por assim dizer acabadas, pois gosto muito da naturalidade .


MCN: Vês-te como fotógrafa profissional no Futuro, ou achas que é só um "hobby"?

V.P.: Se possível vejo-me como fotógrafa profissional no futuro, porque de facto nada me faz mais feliz do que fotografar e acho que nenhuma outra profissão se identifica comigo.


quarta-feira, 20 de julho de 2011

Comunicado do PS/Marco

Na reunião de Câmara do passado dia 14/07 foi aprovada com o voto contra do vereador do PS uma proposta do presidente da autarquia para a prestação de serviços de coordenação pedagógica no âmbito das atividades de enriquecimento curricular na área da atividade física e desportiva. Esta adjudicação mais não foi que renovar o contrato que vigorou desde julho do ano passado até agora à mesma pessoa.

Aparentemente parece tudo normal e sem qualquer reparo, mas não é assim.

Na verdade, foi adjudicado a um licenciado em Gestão de Recursos Humanos a execução desses serviços com o aumento de 16% sobre o valor do contrato anterior, ou seja, de 1.250,00€ mensais passou a auferir 1.450,00€/mês.

Ora, esta situação merece-nos a maior estranheza e repúdio, pois vivendo o país uma grave crise económica e financeira, plasmada, aliás, na lei do orçamento de estado de em vigor que impõe severas medidas restritivas à administração pública, agravadas pelas medidas de contenção e rigor previstas no memorando da troika e que o Governo PSD/CDS começou já a agravar, como compreenderão os marcoenses que se tenha aberto essa exceção?

Por outro lado, também o conteúdo da proposta nos suscita outros reparos. Em primeiro lugar, não compete à autarquia quaisquer interferências no âmbito pedagógico das atividades de enriquecimento curricular; porém e admitindo essa eventualidade, facilmente se verifica que a formação de base do assessor – Recursos Humanos – não se compagina com a função em causa – atividade física e desportiva.

O PS/Marco só tece comentários sobre aspetos políticos e sobre estes não pode deixar de notar que o referido assessor foi um anterior líder da JSD local, o que contraria a posição do presidente do PSD e primeiro-ministro de Portugal que se comprometeu a despartidarizar a administração central.

Situações como esta são uma afronta a quem trabalha e passa pelas naturais dificuldades destes tempos, sobretudo os restantes funcionários camarários que, diária e abnegadamente, servem os munícipes; mas, quem lhes tece públicas loas, dá-lhes no recato do gabinete esta discriminação negativa.

O PSD local comporta-se como o autêntico Frei Tomás: “Olha para o que ele diz mas não para o que faz”.


Artur Melo, Presidente da Comissão Política Concelhia do PS

Marco de Canaveses, 2010-07-19

terça-feira, 19 de julho de 2011

O fim da vergonha

Acho que nunca vi nada tão vergonhoso como hoje nas notícias da televisão: Macário Correia e o seu homólogo de Albufeira, que tanto se revoltaram, manifestaram e espumaram contra as portagens na Via do Infante afinal agora são a favor... "É inevitável", ouvi, completamente boquiaberto. Segundo os dois invertebrados, porque surgiram "novos dados". Acrescento que o "novo dado" é o facto de o Governo agora ser da mesma cor que eles.
Em Política há quem ache que vale tudo. Eu continuo a achar que não! Que saudades do tempo em que os autarcas defendiam as pessoas das suas terras...

P.S. Em pouco tempo vamos ver "novos dados" a surgir para justificar a não construção do IC35 e da electrificação da via férrea até ao Marco...

A colossal medida preventiva, por Pedro Marques Lopes

Artigo de opinião retirado do DN.
 
1. Afinal, a razão para o novo imposto extraordinário não se prende com nenhum desvio colossal nas contas do Estado. Já se suspeitava, e o ministro das Finanças foi claro. De facto, descobrir um colossal desvio tendo apenas resultados do primeiro trimestre (tipicamente o período económico mais fraco) e numa altura em que as medidas de corte na despesa, entre outras, ainda não estavam implementadas não seria muito provável ou, no mínimo, seria difícil de acreditar.
 
Mas nós, portugueses, somos um povo crédulo. Continuamos a acreditar, por exemplo, que a primeira medida dum político, mal se senta na cadeira governamental, não é aumentar impostos mesmo que tenha jurado a pés juntos que não o iria fazer. Foi assim com Barroso, depois com Sócrates e agora com Passos Coelho - para a próxima, os candidatos a primeiro-ministro podem poupar-se ao esforço de fazer programas e promessas, não vale a pena.
 
A verdade, nua e crua, é que nada indicia que as medidas acordadas no programa com a troika não são suficientes para que o défice combinado não fosse alcançado.
 
Estamos assim, segundo Vítor Gaspar, perante um imposto extra ordinário preventivo. Uma coisa do género: "Na dúvida tiramos-vos o vosso dinheiro, não vá acontecer qualquer coisa."
 
Se o objectivo é prevenir qualquer acontecimento extraordinário que possa impedir o cumprimento rigoroso dos acordos com a troika talvez seja melhor levarem-nos o subsídio de Natal todo. Pensando melhor, como nunca se sabe o que os gregos irão fazer ou se a sra. Merkel acorda um dia destes maldisposta ou pode dar-se o caso das nossas exportações não se portarem como o esperado, é capaz de ser melhor começar a estudar a possibilidade de lançar um imposto superextraordinário sobre o salário de Outubro ou Novembro. Era provável que o novíssimo imposto "mais vale prevenir que remediar" não nos salvasse, mas ao menos o Governo ficava de consciência tranquila.
  
Estava eu convencido de que quem tinha especial afeição por impostos preventivos era a gente de esquerda e de extrema-esquerda. Segundo eles, quanto mais dinheiro dermos ao Estado mais ele será capaz de nos prevenir de todos os males, sobretudo dos males que nós provocamos a nós próprios. É melhor entregarmos o nosso dinheiro todo ao Estado que ele depois logo vê o que é melhor. Pensava eu que um Governo de direita preferia, até aos limites do possível, manter o máximo de dinheiro nas mãos dos particulares. Não devem ser estes o real motor da economia? Não será verdade que quanto mais dinheiro lhes tirarmos menos desenvolvimento económico teremos? Pelos vistos, temos um Governo com intenções liberais e actos socialistas.
 
Medidas extraordinárias de cortes na despesa é que nem vê-las. Nas palavras do sr. ministro, precisam de ser bem estudadas. Claro, lançar impostos dá muito menos trabalho, já poupar é o cabo dos trabalhos.
  
Como português crédulo, estou disposto a acreditar que daqui a uns meses veremos um plano sério de poupança na máquina do Estado. Lembro-me, porém, que os actuais governantes disseram que tinham preparado um programa que podia ser aplicado imediatamente. Estão a pensar melhor para que fique mesmo bom, deve ser isso. O problema é que no entretanto já foi criada uma comissão de acompanhamento para acompanhar o acordo com a troika com 30 técnicos, assim uma espécie de Governo paralelo e que se destina, salvo melhor opinião, a controlar os ministros, não vão eles começar a disparatar - depreendo de forma injusta provavelmente que não há grande confiança nas capacidades dos ministros. Também foi anunciada a criação dum conselho de finanças públicas com técnicos nacionais e estrangeiros. Enfim, cria-se despesa para controlar a despesa. Aonde é que eu ouvi isto? Bom, isto já tinha ouvido, impostos preventivos é que não.
 
2. A questão nunca foi a de ficar parado esperando que a Europa resolvesse os nossos problemas todos. É fundamental fazer as reformas tantas vezes adiadas, equilibrar as nossas finanças públicas e libertar a actividade económica da incompetente mão estatal. Agora se alguém pensa que sem colaboração externa (refiro-o pela enésima vez), lançando impostos injustos, desnecessários e que apenas irão somar recessão à recessão, resolveremos alguma coisa de substancial, é melhor que se desengane.
  
3. Vítor Gaspar disse que existe uma crise em alguns países do euro. Não era, com certeza, o que queria dizer. Mal estávamos se o nosso ministro das Finanças não soubesse que existe, sim, uma crise do euro.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Rola & Queima

A Junta de Freguesia de Soalhães e o Grupo Desportivo e Recreativo de Soalhães, vão levar a cabo no próximo dia 06 de Agosto a já tradicional Corrida de Rolamentos, Rola&Queima.

Junto este vídeo que encontrei no Youtube com imagens de uma das edições anteriores

sábado, 16 de julho de 2011

O imposto por "prudência", por António Pina


Os portugueses ouviram ontem da parte do ministro das Finanças tudo o que sempre (ou, pelo menos, de há umas semanas para cá) quiseram saber sobre o novo imposto extraordinário mas tinham medo de perguntar.

Trata-se, como os portugueses devem lembrar-se (se tiverem melhor memória do que o primeiro-ministro), do imposto que Passos Coelho, em campanha, tinha "garantido" que, a ser necessário, incidiria sobre o consumo e não sobre o "rendimento das pessoas" e que, afinal, vai incidir sobre o rendimento de 1, 7 milhões de famílias e de 700 mil reformados.

E é, a vários títulos - confirmou-o o ministro -, não um imposto extraordinário, mas um extraordinário imposto, com o qual o Governo, só por "prudência", irá cobrar 1025 milhões a portugueses escolhidos a dedo. E quem são os felizes contemplados? Quem trabalha (75% desses 1025 milhões virão de salários) e quem já trabalhou (reformados e pensionistas, que pagarão o resto da factura, com excepção de uns trocos de senhorios e de quem tiver a infeliz ideia de vender alguma casa ou terreno em 2011).

Já os portugueses que têm dinheiro a trabalhar por eles nos bancos ou nas empresas podem ficar descansados: a consigna é "trabalhadores e reformados que paguem a crise, que já estão habituados". O Governo só não irá ao bolso de quem vive com os 485 euros por mês do salário mínimo. Também por "prudência": provavelmente não encontraria lá um cêntimo, só cotão.

Confusão na Educação II

A 6 de Junho de 2010, Pedro Passos Coelho, aproveitou o almoço com militantes do seu partido para lançar criticas sobre o Governo e a intenção de encerrar escolas com menos de 20 alunos.

A 20 de Agosto de 2010, Pedro Passo Coelho declara para os media que lamenta (que a decisão de encerrar as escolas) seja tomada a três semanas do início do anos escolar.


A 4 de Março PSD, PCP, BE e CDS-PP conseguiram a cessação da vigência do decreto-lei que iria entrar em vigor no início do próximo ano letivo. Os partidos da Oposição não concordam com a extinção da Área de Projeto, com as alterações nas aulas de EVT e com a limitação do Estudo Acompanhado.

O PSD, no mesmo dia, exigiu ao Governo explicações sobre a reorganização curricular do Ensino Básico, acusando-o de querer despedir professores e de não promover melhorias educativas.

No dia 6 de Junho, Pedro Passos Coelho criticou o encerramento de escolas com menos de 20 alunos

A 3 de Julho, o Ministério da Educação - já liderado pelo recém entrado Nuno Crato - já não ia encerrar 654 escolas com menos de 21 alunos que estavam previstas fechar até ao final desse mês, no âmbito do plano de reorganização escolar.

No dia 15 de Julho, Nuno Crato anuncia que serão encerradas de imediato 266 escolas com menos de 21 alunos, e que o Estudo Acompanhado e a Àrea de Projecto vão ser suprimidos já no próximo ano lectivo.

"Não queremos mais ruído na preparação do próximo ano lectivo", explicou o Ministro da Educação Nuno Crato., a pouco mais de um mês do princípio do próximo ano lectivo.

Mas desculpe, quem é que tem estado a provocar confusão e ruído na preparação do próximo ano lectivo?

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Os melhores entre os melhores (Ministro das Finanças)

Vitor Gaspar, o novo Ministro das Finanças, é o último dos ministros que eu aqui apresentei. Independente, pouco conhecido e com pouca, ou nenhuma experiência política, não era uma opção esperada para número dois de Pedro Passos Coelho.

Tendo desempenhado o cargo de Director do Departamento de Estudos do Banco Central Europeu esperava-se que estivesse já preparado com uma resposta rápida para a crise do Euro, mas pelos visto não está.

Tendo também sido Director do Bureau de Conselheiros de Política Europeia da Comissão Europeia, uma equipa que trabalhava directamente com o presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, esperava-se que conhecesse bem a realidade dos problemas europeus. E como Portugal fica na Europa, eu esperaria que o novo ministro estivesse preparado com uma resposta rápida para os nossos problemas, mas não tinha essa resposta.

Tendo em Portugal, a sua carreira sido realizada principalmente no Banco de Portugal, onde ocupou diversos cargos, sendo o mais recente o de consultor da Administração do Banco de Portugal, eu esperaria que pelo menos tivesse um exacto conhecimento das contas públicas, mas também não as conhecia.

Porém como Vítor Gaspar é também reconhecido pelo seu trabalho ao nível da investigação económica, com trabalhos publicados em áreas como a política monetária, economia pública, economia política e integração europeia, ainda tive a esperança que ele apresentasse uma solução inovadora para os nossos problemas orçamentais. Mas a única solução apresentada foi a clássica e forte subida nos impostos, sobre trabalhadores, aposentados e desempregados.

Claro que “felizmente” poupou os detentores de capital que especulam na bolsa ou que simplesmente se aproveitam das fortes subidas de juros proporcionadas pela degradação dos ratings das agências de notação. Percebe-se esta posição porque não queremos desagradar os mercados financeiros.

Mas até hoje não tinha percebido qual a característica que fez com que merecesse um lugar de tanto destaque na governação do país.

O seu sentido de humor.

Podemos estar falidos mas é importante termos alguém que nos faça rir, e se ainda não viu esta sua actuação aconselho-o a observar a sua excelente capacidade para nos pôr a dar umas valentes gargalhadas.
 
 

quarta-feira, 13 de julho de 2011

O que pretende Pedro Passos Coelho?

24 de Junho, no dia em que se estreou como Primeiro Ministro português, ouviu Durão Barroso afirmar que  a primeira avaliação da troika em Portugal era "positiva".
 
A 29 de Junho quis mais folga orçamental do que a troika lhe deu. Foi o que revelou o programa de governo entregue no parlamento.
 
A 30 de Junho anunciou um corte no subsídio de Natal, o que garantiu ao Estado 800 milhões de Euros.
  
DN afirmou, pouco dias depois, que o Governo tinha uma almofada de segurança no défice público na ordem dos mil milhões de euros para este ano.

A 6 de Julho apanha um "murro no estômago", e eu também.

A 7 de Julho o governo declara que não pretendia adotar novas medidas de austeridade fiscal para os próximos orçamentos nacionais.

A 10 de Julho, Pedro Passos Coelho, declarou que se o Governo não estivesse a fazer o seu trabalho "bem feito", não teria da parte do presidente do BCE, dos ministros das Finanças de outros países europeus e do próprio FMI a reacção que ocorreu.

A 12 de Julho, Pedro Passos Coelho declara que existe "um desvio colossal em relação às metas estabelecidas quanto às contas".
 
Será que Pedro Passos Coelho ainda não sabe quem é o actual Primeiro Ministro de Portugal?

Confusão na Educação I


Depois da precipitação da suspensão do fecho das escolas, que já iam fechar, e sem se saber como vai ser a avaliação dos professores, o Ministério da Educação opta por não esperar por Nuno Crato para lançar o novo ano lectivo!

Sempre tive um lema:

É melhor errar por fazer do que errar por ficar quieto.

TAÇA DA LIGA MASTER LINE em Futsal feminino

A Vice-Presidência da LIMFA para o Futsal em parceria com a empresa de equipamentos desportivos MASTER LINE, leva a cabo a realização da TAÇA DA LIGA MASTER LINE em Futsal feminino.
Na próxima 6.ª-feira, 15 de Julho realizar-se-ão no pavilhão Bernardino Coutinho os jogos referentes às meias-finais, conforme grelha em anexo.

No domingo, 17 de Julho pelas 19h30 realizar-se-á a final e consequente entrega de prémios.

TAÇA DA LIGA, MASTER LINE – 1.ª MÃO

EQUIPAS
N.º JOGO
DIA
HORA

PAVILHÃO
FC Aliviada
FC Légua
2
0
TA01
1–Jul
21h00
Aliviada
GDR Soalhães
AD Constance
2
5
TA02
1–Jul
22h00
Aliviada
CD Favões
AD Carvalhosa
6
0
TA03
1–Jul
21h00
Favões

TAÇA DA LIGA, MASTER LINE – 2.ª MÃO

EQUIPAS
N.º JOGO
DIA
HORA

PAVILHÃO
FC Légua
FC Aliviada
0
2
TA04
8–Jul
22h00
Aliviada
AD Constance
GDR Soalhães
10
1
TA05
8–Jul
21h00
Aliviada
AD Carvalhosa
CD Favões
0
6
TA06
8–Jul
21h00
BCoutinho

TAÇA DA LIGA, MASTER LINE – 1/2 FINAL

EQUIPAS
N.º JOGO
DIA
HORA

PAVILHÃO

AD Constance
FC Légua
TA07
15–Jul
20h30

BCoutinho
CD Favões
FC Aliviada
TA08
15–Jul
22h00

TAÇA DA LIGA, MASTER LINE – FINAL
EQUIPAS
N.º JOGO
DIA
HORA

PAVILHÃO
Vencedor TA07
Vencedor TA08
TA09
17–Jul
19h30
BCoutinho


Visto de fora...

Nem por acaso, depois de escrever o último post descobri esta opinião de Miguel Sousa Tavares que acerta na mouche e complementa na perfeição aquilo que escrevi:

http://sicnoticias.sapo.pt/especiais/portugal2011/article698731.ece

Clarificação

O debate de ontem entre os dois candidatos a Secretário-Geral do PS teve um momento que me ajudou a clarificar ainda mais as posições de ambos em relação a um assunto que me preocupa e que, felizmente, tem estado no centro do debate: organização interna do partido. Sobre a proposta de Francisco Assis para que se pense a participação de simpatizantes, ouvi o seguinte:

Seguro – Isso mata o debate político.
Assis – Não mata nada.
Seguro – Temos de valorizar o debate no PS para trazermos mais pessoas.
Assis – A militância não é só de dois em dois anos ou de quatro em quatro anos. Não pode existir só uma lógica de arregimentação.
Seguro – Não denigras o PS.
Assis – Quem és tu para dizer isso?
Seguro – Olha, se eu ganhar contarei com o teu contributo.
Assis – Eu também, mas a questão de fundo é que há no PS sítios onde as coisas funcionam muito mal, com uma espécie de passageiros clandestinos.


Assis toca no ponto. Os militantes tendem a considerar-se uma elite e esta proposta de discussão que a moção de Francisco Assis lança pode ser, se bem direccionada e se for beber aos bons exemplos, uma definitiva revisão até do papel dos partidos na sociedade. Falar disto é fácil, fazer a mudança já exige um grande líder e muita coragem. Reacções como a de AJS serão muitas...

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Protesto em versão musical



This movie was record today, with the Moody's rating agency website going really slow after a portuguese facebook movement to open the page at the same time... i'm affraid i came late because the protest was scheduled for 15 p.m. but i still saw the website really slow!!!

RATINGS UP YOUR ASS!!!!!

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Revolta e desabafo de um leitor

Caro Jorge Valdoleiros,

Habituei-me a ler os seus posts e à sua dedicação pela seriedade e honestidade e por isso lhe dirijo este meu comentário para o seu blog:

Ontem, quando almoçava no baixo concelho, em trabalho, chegou-me ás mãos a carta que envio anexada e que me revoltou. O deputado marcoense Luís Vales, eleito pelo PSD, na sua primeira acção, mostra bem que afinal o país não está bem entregue. Enviou a carta que aqui pode ler, só para sua promoção e dos seus amigos do partido, a custos da Assembleia da Republica (papel e envelope timbrado e cada selo de 32 cêntimos), para todos os militantes do PSD do Marco e autarcas do PSD, que são bem mais de mil.

Indignou-me ver que, com os impostos dos Marcoenses e mal tomou posse logo desatou a esbanjar o nosso dinheiro de contribuintes marcoenses para os seus interesses e dos do seu partido. É uma vergonha escandalosa porque quem o faz com mil euros também o faz com cem mil.

Depois fala do IC35 e da electrificação da linha do comboio. Mau é se não consegue estas obras! Quem tanto criticou o PS, que fazia parar o Marco, não fazendo essas obras e que agora está no Poder.

E Manuel Moreira, que tanto se queixa de falta de dinheiro, mas quando é para se promover e aos do seu partido já gosta, mesmo que seja estragando dinheiro dos contribuintes.

Pedem ao povo sacrifícios e usam dinheiros públicos desta maneira, não é sério. Em nome dos pobres tive que desabafar.

Com os melhores cumprimentos,
António Costa

quinta-feira, 7 de julho de 2011

BCE aceita dívida portuguesa com rating lixo

Esta é uma boa notícia para Portugal porque a suspensão da exigência de um rating mínimo para que as obrigações do Estado português sejam aceites como colateral para emprestar dinheiro aos bancos europeus. O mesmo procedimento já tinha sido aceite para a Grécia e a Irlanda.

A necessidade deste rating (e só das Standard & Poor’s, Moody’s, FitchRatings e DBRS) é, que na opinião de muitos economistas, dava força para estas agências pressionarem os Estados Europeus (sobretudo os mais fracos). Esta era uma das medidas que se pedia que a EU e o BCE tivessem adoptado, pois não se poderá esperar que essas agências, que são empresas com fortes interesses privados, estejam preocupados com a nossa economia (antes pelo contrário).

Será que outras medidas, como seja o caso de emissão de dívida europeia e a possibilidade generalizada dos Estados serem financiados directamente junto do BCE, não poderiam ser também adoptadas?

Para já ficamos pelo menos compensados seguramente da subida da taxa de referência do BCE para 1,5 por cento, mas melhor para a nossa economia seria que o BCE não tivesse alterado essa taxa de referência.

De facto não percebo qual a preocupação do BCE em manter o Euro tão forte, pois isso só dificultará ainda mais as exportações para fora da Zona Euro, nomeadamente para os Estados Unidos.

Sobre este tema sugiro a leitura no “The Portuguese Economy”, onde Álvaro Almeida escreve que “A decisão da Moddy’s foi correcta…”, e baseia-se para dar esta opinião no que está escrito num dos últimos relatórios do FMI, no qual o Moody’s se terá em parte baseado para justificar a nota atribuída a Portugal.

Um dos participantes neste blog costumava ser o nosso Ministro da Economia.

Ver por outros olhos

Por alguma razão sempre quis ser fotógrafo e nunca o consegui, talvez por falta de aplicação, talento ou até de gosto que é necessário. Como poucas actividades, a fotografia requer todos estes atributos e mais alguns, como a paciência e bom material também, porque não?
Um dia tirei um curso até. Foi na Escola Secundária, com o saudoso professor Guimarães de Biologia. O azar é que o homem, ao mexer o meu filme, o deixou cair no chão, arruinando todas as fotos que eu e o Cajó tínhamos tirado. Ainda chegámos a imprimir algumas em papel Hillford, num preto e branco glorioso, mas acho que este incidente me causou um desgosto para sempre com a fotografia enquanto arte.
Até há uns dias não tinha encontrado ninguém no Marco que me entusiasmasse neste campo. Nem nesses concursos que normalmente se realizam, nada. Até ver as fotos da Vanessa. A Vanessa Pinheiro é a fotografa mais talentosa que já conheci na nossa terra. Com 16 (!) anos, esta menina em vez de se dedicar às paixões normais na sua idade, ou além destas, adora a fotografia. Isto nota-se no seu trabalho, porque tem algumas fotos em que o objecto é a camera. Este é um dos sinais de que a jovem artista já desenvolveu uma identidade, algo importantíssimo na definição de um talento. Além disso, há aquela visão... A maneira de ver em que parece que a VP sabe mais do que nós, ou vê mais. Na verdade vê com outros olhos, os dela.
Não publico o trabalho, porque este está documentado por aí:




Ridículo

A actuação das agências de rating foi duramente criticada pelo Senado dos EUA, conforme relatório publicado há tempos. A persistência como aquelas entidades ultrapassam largamente as suas atribuições, só pode ser classificada como ridícula e extemporânea, a não ser que sirvam interesses obscuros.
Tal actuação põe em causa toda a União Europeia e seria bom que houvesse uma resposta adequada por parte da Comissão Europeia. A chanceler Merkel e o seu Ministro das Finanças já ontem deram o mote que era preciso mudar esta situação.
Por isso, esta altura não é momento para questiúnculas partidárias. É Portugal que está em causa e isso releva as diferenças que possa haver na análise do passado recente. Também porque o termo recente engloba muito mais tempo do que alguns possam pensar.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Um murro "esperado" no estômago

Passos Coelho reconheceu hojeaqui que este corte do rating, em quatro níveis, foi, um “murro no estômago”, mas aqui foi considerado mais um "pontapé nos tomates". Também se bateram novos máximos nos juros da dívida e as taxas a três anos já superam os 19%, pode-se ler aqui e aqui.

Ao contrário que o governo chegou a declarar, as medidas de austeridade anunciadas por Passos Coelho já tinham sido tomadas em conta. Disse aqui o vice-presidente da agência Moody's.
  
Cavaco Silva disse “não haver mínima justificação” para "este" corte de rating feito a Portugal

Mas João Galamba no Jugular recordou que “Cavaco critica as agências de rating, depois de ter dito que não se devia criticar as agências de rating, e diz que é necessário uma resposta europeia, depois de, no discurso da tomada de posse, ter dito que a crise era portuguesa e não ter referido, por uma única vez, a Europa e a crise financeira”.

Anteriormente o PR já tinha afiramado no JN que "A retórica de ataque aos mercados internacionais não cria um único emprego, nós devemos fazer o trabalho que nos compete por forma a reduzir a nossa dependência do financiamento externo sempre com uma grande preocupação de distribuir com justiça os sacrifícios que são pedidos aos portugueses".

A 23 de Março, Manuela Ferreira Leite, afirmava que o problema do país não estava nas medidas do PEC, mas na falta de credibilidade e de confiança no então governo, em especial no Primeiro-Ministro, José Sócrates, e no Ministro das Finanças, Teixeira dos Santos.

Gabriel Silva do Blasfémias, classificou tudo isto de uma Tremenda desilusão e escreveu que:

"Dizer que «em outubro vamos anunciar cortes» é o mesmo que os não fazer. E este choradinho sobre os ratings, é tão ridículo, tão socrático. Um país anda 3 décadas a gastar mais do que tem. Para pagar dívidas, contrai novas dívidas. E o primeiro sinal que o governo dá, não é o de cortar despesa, mas sacar mais dinheiro para manter a coisa assim".

"Queriam que a reacção fosse o quê?"

"Agora a reacção dos media e dos apoiantes do actual governo é de repúdio pelas agências de rating e atribuem as culpas à crise internacional e à Grécia. Mas qual a posição dos mesmos comentadores há quatro meses?"

Mas sejamos construtivos.

A realidade é que as “promessas” realizadas aos portugueses consistiam em cortes na despesa, sobretudo na despesa intermédia do Estado (assim ninguém percebia do que estavam a falar), uma descida substancial na TSU e que só em último caso é que alguns bens teriam o IVA alterado.

Foi “vendido e comprado” que teríamos um governo de figuras de peso político e com elevada capacidade de gestão.

Mas os investidores (nacionais e estrangeiros), não acreditaram nisso. Algumas famílias portuguesas bem conhecidas até terão andado nos últimos meses a vender os seus activos e terão transferido para o estrangeiro mais de 5 mil milhões de euros.

O que nos foi entregue, como prémio de termos oferecido uma maioria PSD/CDS, foi um governo notoriamente fraco, com muitos convites recusados e até alterações de última hora impostas pelos “lobbys” do costume. Um governo desorganizado e com um programa bastante extenso (132 páginas), mas vago e sem conteúdo.

E como primeira medida recebemos um corte de 800 milhões de euros nos nossos de rendimentos de trabalho, porque ninguém tocou nos rendimentos do capital.

Recomendo a Pedro Passos Coelho ir de férias, ler uns livros de Economia, perceber como é que os americanos e os alemães venceram a crise de 1928, e ter a coragem de alterar totalmente as suas políticas.

Mas, e principalmente, conseguir uma grande coligação dos principais partidos portugueses, e realizar o mais depressa possível uma grande remodelação do seu governo.

E, já agora, mudar-se para a Residência Oficial do Primeiro-Ministro .

terça-feira, 5 de julho de 2011

Moody's desce rating de Portugal para lixo

No dia em que faz um mês sobre a vitória eleitoral de Pedro Passos Coelho e perante o “crescente risco” de que Portugal tenha de pedir um segundo empréstimo antes de regressar aos mercados e a crescente possibilidade de uma renegociação da dívida levaram a agência de rating Moody’s a descer a nota de Portugal para um nível considerado junk (lixo), pode ler-se aqui.

Esta agência reduz assim, de uma só vez, o rating de Portugal em quatro níveis, de Baa1 para Ba2.

Em comunicado de imprensa, o ministério das Finanças acusa a agência de ignorar a “execução de medidas acordadas com a troika”, e o amplo consenso político que as suporta, e a recente adopção da taxa extraordinária, a ser aplicada em 50% do subsídio de Natal e anunciada a semana passada durante o debate do programa de Governo, lemos aqui.

Em 15 de Março o rating tinha descido dois níveis de A1 para A3, lia-se aqui.

A 5 de Abril a mesma agência tinha baixado em um nível a classificação de risco de pagamento da dívida de Portugal, passando-o de A3 para "Baa1" e era explicada pela agência com "as incertezas que se vivem no país a nível político, orçamental e económico".

Em pouco mais de Cem dias Portugal desce 7 níveis no rating da Moody’s. Esta descida coincide com o período de instabilidade política ocorrida no nosso país que começa com a retirada do apoio do PSD ao PEC IV, mas “deveria” ter acalmado com o resultado das eleições do mês passado. Mas afinal os analistas económicos não estão confiantes com o desempenho do governo liderado por Pedro Passos Coelho.

E agora Pedro, a solução vai ser anunciar mais uma subida nos impostos?

394

Tive nas mãos o caderno eleitoral para as eleições internas no PS de dia 23 de Julho. O PS/Marco, cujos militantes há pouco cabiam em três autocarros, agora já enchem um Boeing 747-400. Se tirarem os lugares para a tripulação, claro... 394 militantes, só os que podem votar nestas eleições, porque há mais!

segunda-feira, 4 de julho de 2011

A defesa de um "New Deal" Europeu

Ex-chefes de Estado e de Governo, incluindo Jorge Sampaio, defendem “new deal” europeu, pode-se ler aqui.

Mas afinal do que estão a falar estes políticos?

O New Deal foi o nome dado à série de programas implementados nos Estados Unidos entre 1933 e 1937, sob o governo do Presidente Franklin Delano Roosevelt, com o objetivo de recuperar e reformar a economia norte-americana, e assistir aos prejudicados pela Grande Depressão.

Esses programas consistiram, entre outras medidas, em:

- investimento maciço em obras públicas, o governo investiu na construção de barragens hidroeléctricas, barragens, pontes, hospitais, escolas, aeroportos etc. Tais obras geraram milhões de novos empregos;

- diminuição da jornada de trabalho, com o objectivo de abrir novos postos. Além disso, fixou-se o salário mínimo, criaram-se o seguro-desemprego e o seguro-velhice (para os maiores de 65 anos).

Embora não fosse propriamente um projecto coerente de reformas políticas, económicas e sociais, as políticas implementadas por Franklin D. Roosevelt em resposta à Grande Depressão lançaram as bases do estado keynesiano e do poder sindical nos Estados Unidos.

Essas políticas económicas, até então inusitadas, foram adoptadas quase simultaneamente por Franklin D. Roosevelt nos Estados Unidos e por Hjalmar Schacht na Alemanha e foram - cerca três anos mais tarde - racionalizadas por Keynes em sua obra clássica Teoria geral do emprego, do juro e da moeda.

Hjalmar Schacht foi Ministro da Economia do III Reich (1934-1937), tendo conseguido nessa sua gestão acabar com o desemprego na Alemanha sem provocar inflação

Sobre a crise dos anos 30 que só foi resolvida pela adopção destas medidas, sugiro a leitura de um excelente livro de Selwin Parker, intitulado “O Crash de 1929 – Lições que ficaram da grande depressão”. Infelizmente muitos dos políticos europeus, nomeadamente os portugueses, não devem ter apreendido muito com o Crash de 1929.

O Deputado Fernando Nobre já era

Fernando Nobre renuncia ao mandato de deputado, pode ler-se aqui.

Os Jovens e a Política

Fui um dos muitos presentes, na sexta-feira à noite, na conferência "Os Jovens e a Política". À chegada, a estranheza por só estarem presentes duas Jotas (JS e JSD). Da última vez em que vi um representante da JP num evento deste tipo fiquei com a ideia que aqui não iria durar muito, já a JCP parecia viva ultimamente, não estar lá ninguém causou-me estranheza, se é que no Marco algo ainda causa estranheza...
Estavam lá Luís Pinto e Bruno Caetano e deu para ver as grandes diferenças entre as duas Jotas. Os representantes da JSD falam muito e bem, levam discurso preparado, mesmo os do público (!), num dos casos escrito no telemóvel (!), comportam-se como membros de um exército, cada um com a sua estratégia, o seu papel. Cada um levantou um tema destinado a atacar o PS e o anterior governo (!). Parecem estudar todos da mesma cartilha, não têm voz própria, são organizados, falam redondinho, tipo cassete. Pena que ao fim de 5 minutos a ouvi-los, e isto é transversal, do líder ao soldado, não se extraia qualquer sumo daquilo que disseram, falam muito de ideias, mas não se ouviu uma. No mínimo estranho e a raiar o surreal, quando um deles falou em "pique-nique da amizade" ou o que o valha...
Os da JS falam pouco, curto, às vezes de forma confusa e desorganizada. Nota-se que o Bruno não é filósofo, vai directo às ideias, não está ali para vender a banha da cobra nem para pregar. Claramente não é formado em nenhuma "universidade de verão" nem usa cassete. Nota-se a sua formação em engenharia no pragmatismo. Os seus colegas são desgarrados e cada um pensa pela própria cabeça, o que é claramente uma desvantagem face à "barragem" social-democrata de ideias feitas e discursos alinhados.
Os meninos da JSD lembraram-me porque é que nunca fiz parte de uma coisas destas...

sexta-feira, 1 de julho de 2011

A terra em que vivemos

Na terra em que vivemos discute-se a atribuição de 135 (cento e trinta e cinco!) medalhas durante 2 horas numa reunião pública de Câmara!
Na terra em que vivemos recusa-se o contributo de alguns para a gigantesca dívida de 65 milhões! Um pequeno contributo, mas que se saiba o único que foi pedido aos marcoenses.
Na terra em que vivemos a mesma juventude partidária que pôs um burro num outdoor diz que quem quer "parar" o Marco é o PS, quando já temos Governo do PSD, além de uma Câmara PSD e por acaso estes dois não vão fazer nada para "avançar" com o Marco. E o outdoor continua lá...
Na terra em que vivemos os escolhidos para nos governar e os seus inúmeros assessores (de fora a maior parte), almoçam tranquila e demoradamente todos os dias, entre risadas e asneiras, parecem ou estar de férias ou ter a profissão mais relaxada do Mundo...
Na terra em que vivemos, com uma dívida gigantesca, temos como presidente um mestre de cerimónias, que gasta milhares só para promover festas. Tenho na mão o panfleto e não percebo de onde vem o dinheiro para fazer tão luxuosa obra de promoção...

Passos já tinha previsto o corte


Pode ler tudo aqui no Sol.

Chumbado donativo da JS à Câmara

Foi chumbado donativo de 65 euros por Parte da JS Marco à Câmara Municipal do Marco com 4 votos contra por parte do PSD e dois a favor do PS e Marco Confiante com Ferreira Torres. CM Marco não precisa de dinheiro afinal, Para quê fazer um empréstimo de mais 7 Milhões de Euros?

Declarações de Bruno Caetano no Facebook.