domingo, 17 de janeiro de 2010

Trinta e um



31, além de ser o nome do meu bar preferido (que saudades...), é o número de freguesias do concelho do Marco e também vai ser o nome da minha coluna regular. À medida que as for visitando. Começamos por um freguesia que é urgente que se sinta mais marcoense: o Torrão.
A Junta de Freguesia do Torrão comemorou ontem à noite os Reis. Uma actividade muito simples que consistiu em juntar os torreenses. Devia ser esse o objectivo de todas as festas: juntar as pessoas.
E juntaram-se as pessoas do Torrão à volta da fogueira numa noite fria e húmida de Janeiro a ouvir cantar grupos de cantares tradicionais, a comer bolo-rei e a beber vinho fino.
E foi lá que soube algo extraordinário:
Na última reunião de Câmara, o vereador socialista Artur Melo (a única individualidade que acedeu ao convite e ontem esteve no Torrão, parece que a 3 anos das eleições ainda não é altura dos senhores doutores estarem junto do povo), apresentou uma proposta para o executivo comparticipar auditorias independentes às contas das juntas de Santo Isidoro e do Torrão. Obviamente, usando a prorrogativa da maioria absoluta, os vereadores PSD chumbaram a proposta, só por ter sido apresentado por um vereador da oposição.
Não é que entretanto o próprio executivo já anunciou que vai comparticipar as mesmas auditorias?
Isto é que é aprender depressa...

9 comentários:

  1. Querem lá ver...este confrade do bolo-rei e do vinho fino,não desejava nada de bom aos senhores doutores.Então numa noite enregelada e com aquela bem conhecida humidade da beira-rio,demais a mais,andando por aí aquele perigoso vírus da gripe suína,o meu amigo não queria mais nada?
    E para completar o ramalhete,isto de cantar as Janeiras à volta da fogueira,com tão fraca luz,sem maior visibilidade e concerteza com rara e humilde audiência,não dava nem para pagar o gasóleo.
    Quanto à opinião expressa pelo meu amigo,que estão a aprender depressa,só lhe digo,espere para ver.A procissão ainda não saiu do adro e os anjinhos já parecem aflitos,têm aquela visão demoníaca,que os assombra,cada vez que se agrupam.

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  2. caro Jaime

    Não é aprender depressa, é copiar vergonhosamente e sem ética e depois fazer sair a ideia que eles é que fizeram "obra". De facto este Executivo não consegue ter ideias próprias, é petulante no modo como não aceita as boas propostas do OPOSIÇÃO, sim com letra grande pois me quero referir às propostas do PS, que tem feito um trabalho responsável e tendo em conta as necessidades do Concelho. Em comentário que fiz a um outro "post" já me referia á necesidade de auditar as Freguesias, pois algumas delas apresentam "sinais" preocupantes do modo como são geridos os dinheiros públicos e aqui, doa a quem doer, é para avançar e desde já,e depois talvez se comece a ver que ainda há muita "factura" a pagar da campanha eleitoral,pois há situações que não me parecem correctas, pois configuram situações que em nada abonam em favor daquilo
    a que se chama o interesse público. O "caciquismo" tem de desaparecer do Concelho
    o mais rápidamente possível.
    Saudações
    José António

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  3. Que interessante ideia essa de auditar as contas das Juntas de Freguesia.Estou certo que o Executivo Camarário,representado na pessoa do Senhor Presidente Dr.Manuel Moreira,não colocará entraves a que tal seja realizado.Ele,mais do que ninguém,quererá que a TRANSPARÊNCIA na gestão das contas públicas, seja um dos slogans eleitoralistas,que irá adoptar de hoje em diante,nas suas mais do que frequentes intervenções em tudo quanto é órgão de comunicação social.E na qualidade de mero Observador,atrever-me-ia a sugerir ao Senhor Presidente do Executivo que inicie as auditorias pela ordem alfabética das freguesias.É que após a primeira,talvez já haja matéria muito interessante e estimulante, para os senhores vereadores e senhores deputados municipais se entreterem,pelo menos à mesa do café.

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  4. O grande erro que os Marcoenses fizeram foi, como tu já sugeriste escolher o mal menor. Como também já o disse não vejo gande diferença no comportamento democrático entre a actual maioria e as maiorias de outros tempos.
    A política de não ouvir ninguém e só eu é que sei é péssima a começar para o próprio que a pratica.
    Este infeliz exemplo é um dos muitos casos que MM já cometeu. Basta lermos as actas das reuniões do executivo e das assembleias municipais dos últimos tempos para se perceber qual a atitude desta maioria. Essa atitude existe mesmo dentro da maioria alguns elementos não conseguem sequer dar a sua opinião e seguem como carneiros as decisões de uma ou duas pessoas. (O carneiro aui é o animal, pois se Sá Carneiro estivesse vivo não deixaria que no seu partido este tipo de atitudes existisse). Nós sabemos, somos detentores da verdade absoluta e mais ninguém tem direito sequer a contestar esta verdade. Isto é fundamentalismo político. Quando alguém dá uma sugestão boa é imediatemente recusada e depois como nada fosse é tomada como ideia do Líder.
    Um dos outros exemplos mais caricatos é o nome do Estádio.
    Quando Artur Melo sugeriu o nome foi o que foi. Agora afinal é um bom nome.

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  5. Concordo em absoluto com o que o leitor Observador escreve sobre o inicio das auditorias às Freguesias, mas teremos que aguardar pelos acontecimentos, pois a "coisa" não está fácil...

    Saudações

    JOsé António

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  6. Pudera,meu caro José António.Quando se trata de negócios,pouco ou nada transparentes,a coisa rola sem papéis,sem o cumprimento da legislação.Não,não pense que é como atingamente,em que tudo se geria pela palavra dada.Agora,até essa anda desvalorizada.Sabe,é da crise de valores.Não,não,mais uma vez não confunda,refiro-me isso sim,aos valores da Ética,da Transparência.
    Vamos ter fé nos efeitos do plano-tipo da CMMC,para o combate à Corrupção e Infracções Conexas.A fazer fé,no disse-disse das tertúlias à mesa do café,o dito plano-tipo está ainda para vir à luz do dia.Será verdade?

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  7. Falou-se aqui do plano de combate à corrupção, que julgo que é obrigatório por lei. Alguém me sabe esclarecer isso e se for o caso onde pode ser consultado o plano do Marco?

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  8. Todas as organizações que gerem dinheiros públicos são obrigadas por lei a criar um plano-tipo para a prevenção da corrupção e infracções conexas.No passado dia 01/07/2009 o Conselho de Prevenção da Corrupção,através de portaria estabeleceu o prazo de 90 dias para que tais planos vigorassem em todas as autarquias.Esse prazo caducou em 01/10/2009.Entretanto na última Assembleia Municipal realizada em 19 de Dezembro de 2009,o Executivo foi questionado pelo Grupo de Deputados Municipais eleitos pelo P.S.,quanto à existência ou não de tal plano na nossa autarquia,tendo sido esclarecido pelo Senhor Presidente do Executivo que ainda estava a realizar reuniões para concretizar tal plano.Como diz o nosso Povo,"mais vale tarde do que nunca",além de que o slogan é "mudança tranquila".Carrega P.S..

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  9. Esta questão do plano para a prevenção da corrupção é um bom tema para vir a ser discutido aqui num futuro próximo.

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