As causas do despovoamento,em especial do Norte de Portugal,são múltiplas e bem conhecidas.Desde os tempos da ditadura salazarista,década de 60,iniciou-se um movimento de emigração,primeiro de modo clandestino,o chamado "ir a salto",arriscando a liberdade e até a própria vida,até ao modo de hoje,o legal,por uma parte muito significativa da mão de obra indiferenciada,para a Europa,em especial.A pobreza,a falta de hábitos em condições de vida digna,o baixo nível de escolaridade,a falta de formação profissional,acabaram por serem condições que proporcionaram aos emigrantes portugueses uma boa aceitação e procura,pelos mercados europeus necessitados de mão de obra não especializada(isto é,os trabalhadores de pá e pica).Por outro lado,a atracção pelos grandes meios citadinos,localizados preferencialmente no litoral português,com muito melhores condições de vida,acesso à Saúde,à Escola,à Formação Universitária,onde também se localizam os principais polos industriais e como tal do Emprego.Acresce que as vias de comunicação,em especial as rodoviárias,ultrapassadas há muito pelo volume de trânsito para as quais foram projectadas,reduziam ainda mais as hipóteses de desenvolvimento industrial do Interior,prejudicando o escoamento de mercadorias e a recepção das necessárias matérias primas. Com o advento da Democracia,em especial com a integração na Europa da CEE e beneficiando das ajudas de carácter financeiro daquela instituição,os Portugueses viram a pouco e pouco,melhorar a sua qualidade de vida e o mercado do trabalho. Infelismente e em consequência duma série de alternâncias governamentais,todas incapazes de promover as profundas reformas estruturantes de que Portugal necessitava,surgem novamente a pobreza,o desemprego,a instabilidade social.Aumenta drasticamente a Dívida Pública e o Futuro advinha-se extremamente sombrio. E que soluções se nos apresentam para ultrapassar,quer o Despovoamento,quer a Crise Económico-Social? Para o Despovoamento,há quem preconize ser a Regionalização a solução do problema.Fazer a gestão dos interêsses das populações com uma governação de proximidade.À priori,parece uma boa aposta. Creio que para a solução da Crise haverá que contar por um lado com a melhoria dos mercados internacionais,com o fim da especulação dos preços dos combustíveis fósseis e com soluções de colaboração político-partidária,constituindo-se como que um governo de salvação nacional,para a aprovação dum orçamento susceptível de aliviar a carga fiscal das pequenas e médias empresas,as maiores responsáveis pelo número crescente de desempregados,assim como o aproveitamento das verbas ainda disponíveis em programas de apoio da CEE.Necessário se torna também uma forte aposta na escolaridade,na formação profissional,na instalação e criação de empresas com modernos componentes tecnológicos,para poderem ser competitivas no mercado da exportação.Para tal,quer o Governo,quer os Municípios,deverão desenvolver políticas globais,de atracção e fixação dos empresários,dispostos a investir. Portugal tem um potencial turístico que está longe de ser bem explorado - clima ameno,óptima solaridade,povo hospitaleiro por onde seja que viajemos,níveis de segurança pessoal e de bens acima da média europeia(ainda),óptima gastronomia,artesanato indígena(os chineses andam distraidos),etc.
Concordo muito com o que disse. E o que me continua a espantar é que os políticos não consigam ter soluções para problemas já tão bem diagnosticados, ou simplesmente não está nas suas agendas a resolução destes problemas
As causas do despovoamento,em especial do Norte de Portugal,são múltiplas e bem conhecidas.Desde os tempos da ditadura salazarista,década de 60,iniciou-se um movimento de emigração,primeiro de modo clandestino,o chamado "ir a salto",arriscando a liberdade e até a própria vida,até ao modo de hoje,o legal,por uma parte muito significativa da mão de obra indiferenciada,para a Europa,em especial.A pobreza,a falta de hábitos em condições de vida digna,o baixo nível de escolaridade,a falta de formação profissional,acabaram por serem condições que proporcionaram aos emigrantes portugueses uma boa aceitação e procura,pelos mercados europeus necessitados de mão de obra não especializada(isto é,os trabalhadores de pá e pica).Por outro lado,a atracção pelos grandes meios citadinos,localizados preferencialmente no litoral português,com muito melhores condições de vida,acesso à Saúde,à Escola,à Formação Universitária,onde também se localizam os principais polos industriais e como tal do Emprego.Acresce que as vias de comunicação,em especial as rodoviárias,ultrapassadas há muito pelo volume de trânsito para as quais foram projectadas,reduziam ainda mais as hipóteses de desenvolvimento industrial do Interior,prejudicando o escoamento de mercadorias e a recepção das necessárias matérias primas.
ResponderEliminarCom o advento da Democracia,em especial com a integração na Europa da CEE e beneficiando das ajudas de carácter financeiro daquela instituição,os Portugueses viram a pouco e pouco,melhorar a sua qualidade de vida e o mercado do trabalho.
Infelismente e em consequência duma série de alternâncias governamentais,todas incapazes de promover as profundas reformas estruturantes de que Portugal necessitava,surgem novamente a pobreza,o desemprego,a instabilidade social.Aumenta drasticamente a Dívida Pública e o Futuro advinha-se extremamente sombrio.
E que soluções se nos apresentam para ultrapassar,quer o Despovoamento,quer a Crise Económico-Social?
Para o Despovoamento,há quem preconize ser a Regionalização a solução do problema.Fazer a gestão dos interêsses das populações com uma governação de proximidade.À priori,parece uma boa aposta.
Creio que para a solução da Crise haverá que contar por um lado com a melhoria dos mercados internacionais,com o fim da especulação dos preços dos combustíveis fósseis e com soluções de colaboração político-partidária,constituindo-se como que um governo de salvação nacional,para a aprovação dum orçamento susceptível de aliviar a carga fiscal das pequenas e médias empresas,as maiores responsáveis pelo número crescente de desempregados,assim como o aproveitamento das verbas ainda disponíveis em programas de apoio da CEE.Necessário se torna também uma forte aposta na escolaridade,na formação profissional,na instalação e criação de empresas com modernos componentes tecnológicos,para poderem ser competitivas no mercado da exportação.Para tal,quer o Governo,quer os Municípios,deverão desenvolver políticas globais,de atracção e fixação dos empresários,dispostos a investir.
Portugal tem um potencial turístico que está longe de ser bem explorado - clima ameno,óptima solaridade,povo hospitaleiro por onde seja que viajemos,níveis de segurança pessoal e de bens acima da média europeia(ainda),óptima gastronomia,artesanato indígena(os chineses andam distraidos),etc.
Concordo muito com o que disse. E o que me continua a espantar é que os políticos não consigam ter soluções para problemas já tão bem diagnosticados, ou simplesmente não está nas suas agendas a resolução destes problemas
ResponderEliminar