domingo, 28 de fevereiro de 2010

Chile 8.8

O sismo de magnitude 8,8 que abalou o Chile ontem é um dos mais violentos abalos dos últimos cem anos. Estimava-se inicialmente que tivesse causado cerca de 400 mortos e afectado dois milhões de pessoas, mas neste momento a contagem das vítimas ultrapassa as 700. O sismo provocou ainda alertas de tsunami em vários países do Pacífico.

Por o epicentro ter sido a cerca de 90 quilómetros da cidade de Conceição, a mais atingida, a alguma distância de locais povoados e com uma profundidade na ordem dos 35 quilómetros o balanço de vítimas não será tão elevado como, por exemplo, no Haiti.
As notícias relatam também que pelo Chile ser normalmente afectado por sismos as construções encontram-se relativamente bem preparadas para sofrerem estes impactos, tal como se passa no Japão e ao contrário do Haiti.

Ler mais notícias aqui, aqui, aqui, aqui, aqui e aqui. E podem ver notícias em directo do Chile aqui.

Solidariedade ao povo chileno neste momento difícil.

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Bandeira Nacional "cai por terra" no Marco

Fui avisado por um leitor que dos 3 mastros com bandeiras colocados nas entradas do Marco por Manuel Moreira dois deles e respectivas bandeiras cairam com o temporal.
O mastro com a Bandeira Nacional e o mastro colocado em Rio de Galinhas cairam. Ou segundo outras fontes a Bandeira da Europa caiu e os outros mastros foram retirados.
O que não se percebe ainda é porque razão é que cairam mas especula-se que foi devido a má construção dos mesmos agravado pelo facto da autarquia não ter tido o cuidado de retirar as bandeiras nesta situação de mau tempo. Recordo que praticamente todo o território nacional estava em alerta "laranja" prevendo-se ventos na ordem de 100 km/h e rajadas que podiam ir até aos 130 km/h.
A queda do mastro não terá provocado vítimas, por pouco, mas a toda a situação chegou a interromper a circulação do trânsito durante bastante tempo.
O que vai agora fazer Manuel Moreira?
Insistir e recolocar os mastros gastando com isto mais dinheiro dos contribuintes ou pedir explicações a quem construiu os mastros e obrigar o responsável pela obra a reparar os danos?
Averiguará as causas e os reponsáveis do acidente?
Ou simplesmente mandará guardar os ditos mastros e bandeiras que tanta polémica já deram?

PS: Fui questionado por criticar o executivo por causa de uma bandeira. Para mim não era uma bandeira qualquer, escrevia sobre a Bandeira Nacional. Será que agora vou ser questionado por criticar o executivo por causa destes mastros e respectivas bandeiras?

Entretando verifiquei que Bruno Caetano colocou um post no Marco Hoje sobre este assunto intitulado Bandeiras Parte Tudo em que se explica melhor o sucedido. Pedro Costa Silva também do Marco Hoje escreveu um post com o título Bandeiras. João Monteiro Lima colocou no Marco 2009 o post As Bandeiras e o Mau Tempo.
A versão online de A Verdade também noticiou aqui, aqui e aqui.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

o meu país

o meu país é a minha rua
com as suas árvores, de matizes
primaveris e outonais
que não se importavam
com as pancadas dos chutos da bola
dos miúdos que sabiam ainda
como era brincar na rua.

o meu país é a minha terra
ladeada de rios de peixes saudáves,
serpenteada de caminhos e terrenos aráveis,
pistas de desgaste da borracha queimada
dos remendos das calças, em dias
e dias de felicidade inacabada.

o meu país sou eu, és tu,
são eles, somos os que o querem,
lhe dizemos que sim
e outros, que vindo,
também o dirão,
ou não.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Afinal já tinham sido avisados



Biosfera RTP2, Abril de 2008

Recebi de várias fontes este vídeo que circula bastante pela net que demonstra claramente que existem tragédias que podem ser evitadas.
Para quem não quiser "perder tempo" a ver o vídeo posso só referir uma frase:

"Os PDM continuam a ignorar os riscos e a permitir construcções ao longo das ribeiras."

Se virem o vídeo perceberão a importância de o divulgar.
É um documento muito importante que demonstra como é importante escolher bem os nossos lideres pois das suas boas e más decisões dependem literalmente a nossa vida.
Pode ler mais sobre esta tragédia aqui, aqui, aqui, aqui, aqui e ainda aqui. Ou aqui, aqui e aqui. E por fim aqui, sem comentários.

Decreto-lei 150/87, de 30 de Março

O leitor António Ferreira alertou-nos que o Decreto-lei 150/87, de 30 de Março, estabelece as regras que devem ser observadas no uso da Bandeira Nacional. O n.º 4 do citado diploma especifica os locais onde a Bandeira Nacional pode ser hasteada e, salvo melhor opinião, um qualquer mastro junto à estrada, não reúne as condições esse efeito, logo não se aplica a regras na observância de luto nacional.

A redacção desse artigo é a seguinte:

1. A Bandeira Nacional será hasteada em edifícios de carácter civil ou militar, qualificados como monumentos nacionais, e nos demais edifícos públicos ou instalações onde funcionam serviços da administração pública, regional e local e da administração das regiões autónomas, bem como nas sedes dos institutos públicos e das empresas públicas.
2. A Bandeira Nacional poderá também ser hasteada pelos institutos públicos e empresas públicas, fora dos locais da respectiva sede, bem como por instituições privadas ou pessoas singulares, desde que sejam respeitados os procedimentos legais e protocolares em vigor.

Realmente também não vejo onde está enquadrada a situação da Bandeira Nacional que está no dito mastro.

António ferreira continua e afirma que A lei termina (art.º 10º) “Em actos públicos (…), poderá ser suspensa em lugar honroso e bem destacado, mas nunca usada como decoração, revestimento ou com qualquer finalidade que possa afectar o respeito que lhe é devido.
Prestando um pouco de atenção, constatamos que nem sempre a Bandeira Nacional é respeitada pelos cidadãos.

E termina recomendando a consulta do citado diploma.

Eu já o li e realmente é algo de devia ser analisado pelo executivo da autarquia. Fica a sugestão.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

É um erro reconstruir o que a enxurrada levou

Mais uma opinião a ter em conta na reconstrução da Madeira. Ler mais aqui.

Se a Senhora não sabe como resolver o défice, então demita-se

Hoje Manuela Ferreira Leite no meio de um conjunto desastroso de declarações afirma não saber como resolver até 2013 o problema do défice. Ler mais aqui e ainda aqui. Antes já tinha realizado um rol de afirmações disparatadas que nem vale a pena mencionar. Esquece-se que foi Ministra das Finanças e que em muito contribuiu para a situação em que o país se encontra. Há poucos dias deixou passar o Orçamento Geral do Estado para 2010. Acredito que tem consciência que palavras destas ditas por um líder da oposição tem um impacto negativo na imagem do país.

O MFL parece não saber é que os Portugueses com Nós já sabiam que ela não sabia como resolver o défice, afinal as suas propostas cabiam numa folha A4. Foi por isso que nas recentes eleições demonstraram bem que não consideravam que o seu partido poderia servir como alternativa de governo. Assim a direita votou útil em Paulo Portas e a esquerda refugiou-se em Francisco Louça. Apesar de tudo José Sócrates conseguiu um resultado que muitos, inclusive eu, não esperavam.

Neste momento estar a realizar declarações deste tipo não beneficia o PSD, nenhum dos candidatos à sua presidência, nem a credibilidade da bancada laranja no Parlamento e muito menos o país.

Assim como português o que lhe recomendo é que se demita também de deputada da nação e que se afaste de vez da política, assim já teremos de assistir a mais cenas tristes com a que ocorreu recentemente no Parlamento, como se pode ler aqui.

O Marco é Portugal, mas haverá escada ?

Bruno Caetano pergunta no blog Marco Hoje se o Marco Não é Portugal?. Isto a propósito das famosas bandeiras não terem respeitado os três dias de luto nacional pela tragédia ocorrida na Madeira.

Recordo os Marcoenses como Nós que por causa da necessidade de manutençao das mesmas bandeiras foi necessário, ao Presidente da Câmara recorrer aos Bombeiros de Penafiel. A razão era que a escada dos nossos estava avariada.

Agora era importante perceber se a verdadeira causa do não respeito do luto foi por mais um descuido do executivo ou se ainda terá a ver com a escada dos bombeiros. Pois se no primeiro caso é imperdoável, no segundo arriscamos a que o Marco apareça nos jornais e televisões deste país pelas piores razões e que eventualmente tenham que existir mais três dias luto por vítimas de mais um desleixo.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Resposta a um post

O nosso leitor Miguel enviou-nos os seguintes comentários referentes ao post "Barragens destroem o ecossistema do rio Tâmega", considerei este destaque é relevante para os Marcoenses como Nós.

Caro amigo Jorge, gostaria de responder à última questão que deixa no seu post. Existirão outras alternativas?
Pois bem, a nossa vizinha Espanha aposta forte em parques eólicos e em energia solar por painéis fotovoltaicos.
Quem conhece a nossa costa marítima sabe bem, em especial, no Norte como ela é ventosa. Para além das inúmeras serranias onde também não falta a força do vento. Temos "combustível" suficiente para fazer funcionar inúmeros parques eólicos.
Quanto à energia solar, lembrar-lhe-ei que somos o país da Europa com maior número de horas solares. Tivessem tido os diversos governos que já geriram este Portugal, apostado em conceder benefícios palpáveis a todos, que quisessem apostar na energia solar e uma grande percentagem de moradias familiares e não só, teriam uma poupança enorme na factura da energia.
Não nos podemos esquecer que por detrás da política, estão os grandes interêsses capitalistas, EDP, GALP, a travar o lançamento das energias renováveis.
O Ambiente, para esses senhores, vem depois.

O que é da ribeira, a ribeira virá buscar

Vale a pena ler aqui e reflectir. O que aconteceu aconteceu e agora temos que lamber as feridas, mas não podemos esquecer rapidamente tudo o que se passou na Madeira nos últimos dias e voltar aos mesmos erros do passado.

E o caso não é só aplicável, longe disso, ao Funchal, no continente repetem-se em muitos lugares os mesmos erros, a memória é que é curta.

Nada de novo

Arrelia-me que conversas privadas cheguem a publico. Por isso não tenho comprado o Sol nem sequer tenho visto notícias na TV e, mesmo o Publico, só o leio ao fim-de-semana. Tanto andei arredio das novidades que dei por mim, numa visita ao cabeleireiro, a olhar para a televisão estupefacto com certas notícias, até de futebol (!).
Durante uma semana ou assim só se falou de conversas que o Primeiro-Ministro teve ao telefone com amigos e que, não se sabe bem como, chegaram aos jornais.
Uma vez tive uma conversa privada que alguém se achou no direito de a gravar e mandar por e-mail a alguém que a reenviou, até ao ponto de voltar a mim.
Além do perverso e estúpido que isto tem (não falando no lado ilicito), uma conversa privada cabe no foro privado, no contexto que quem lê ou ouve não sabe ao certo qual é. No contexto cabe o estado de espírito de quem tem a conversa, o que fez antes e depois de a ter e, finalmente, a mensagem que queria passar. Retirar tudo e ficar só com uma série de palavras umas a seguir às outras não tem significado. A isto chama-se comunicação, há anos que é estudada, mas há por aí uns palermas que ainda não fazem a mínima ideia do que se trata. Que alguns tenham responsabilidades políticas e legais não se compreende bem. Mas isso pode ser também uma questão de comunicação...

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Tragédia na Madeira


Antes de mais as minhas primeiras palavras vão para os familiares das vítimas e para todos os que sofreram com a tragédia.
Mas não posso deixar de mesmo nesta altura ter que ser frio e objectivo e criticar erros para que se aprenda, pelo menos alguma coisa, com estas tragédias. Assim tenho que realçar a opinião que até agora é a mais lúcida nos comentários que li, vi ou ouvi, que pode ser lida por si aqui. A Quercos afirma que esta trágédia é também “consequência dos inúmeros erros de ocupação do território” que se têm vindo a registar ao longo dos anos naquela ilha". Aliás a Quercus já tinha alertado aqui para essa situação ao dizer que "a Região caminha para a ´artificialização´ ".
E olhando as imagens das ribeiras na televisão vejo muros de suporte, muros de suporte, mais um muro para obter-se uma metro a mais de terreno. Entubamento de ribeiras, construção em leito de cheia, desflorestação e as ribeiras não perdoaram. A incompetência de alguns cria o sofrimento de muitos.
Recordo que quando se realizam e se aprovam PDM's é para evitar estas e outras situações.

Mais notícias aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui e ainda aqui.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Duas noites para esquecer em Vila Boa do Bispo

Na noite de 16 para 17 Ladrões levam oito computadores da Casa do Povo de Vila Boa do Bispo , na de 18 para 19 Noite de vandalismo em Vila Boa do Bispo.

Preocupa-me e é por causa destes acontecimentos que os Marcoenses como Nós do Baixo do Concelho se sentem abandonados.

Toponímia em debate?

Nota-se um pouco de mau estar em JCP do Blogue Marco 2009 quando este aqui afirma que a "Comissão Municipal de Toponímia apenas foi chamada a pronunciar-se sobre a mudança do nome do estádio". Realmente Manuel Moreira deixou outra ideia na última Assembleia Municipal. Depois no caso do Estádio Municipal este já tinha um padrinho, desde a campanha eleitoral, o vereador Artur Melo. E por fim eu pessoalmente não gostaria de ser utilizado para realizar o que a Assembleia Municipal do mandato anterior já tinha pedido e que só agora o executivo municipal teve coragem de permitir.

As possíveis outras mudanças "anunciadas" por Manuel Moreira já não serão tão fáceis de realizar, pois nas zonas mais urbanizadas uma alteração de um via tem implicações e custos que podem não ser agradáveis para a população. E nós já sabemos que se custa ao actual executivo tomar decisões muito mais difícil é quando pode existir contestação.

Transferências do Orçamento Geral do Estado Crescem

A transferência do Orçamento Geral do Estado de 2010 para o Município de Marco de Canaveses relativamente aos impostos subiu de um total de 13.811.250 euros para 14.501.813 euros (um crescimento de 5%).

A transferência do Orçamento Geral do Estado para as 31 freguesias relativamente aos impostos sobe de1.088.525 euros para 1.126.929 euros (um crescimento de 3,5%) sendo que a mais beneficiada é Soalhães com 74.596 euros e as menos são Freixo, Magrelos, Manhuncelos, Maureles, Rosem, São Nicolau, Torrão e Toutosa com 26.653 euros.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Desemprego dispara em Marco de Canaveses

O desemprego no primeiro mês de 2010 dispara de uma forma assustadora para um valor de 3.815 desempregados registados segundo o IEFP como pode verificar aqui.
Este valor representa um acréscimo de 250 Marcoenses como Nós que se encontram à procura de emprego relativamente a Dezembro de 2009, mas a 904 novos desempregados comparativamente ao mês de Janeiro do ano passado. Este último valor corresponde a um crescimento de 31%.

O crescimento do desemprego registou-se em todos escalões independentemente do género, tempo de inscrição, situação face à procura de emprego, grupo etário ou nível escolar. Não será difícil de prever dada as constantes más notícias sobre a economia em geral que nos próximos meses a situação piorará.
Não será que está na altura que todos os Marcoenses como Nós, independentemente da cor, reflictam em conjunto e tentem procurar soluções realista para a curto prazo tentarem inverter esta situação?
Ou pelo menos considerarem procurar acções que minimizem as situações em que estes Marcoense como Nós se encontram?

Pode ler mais aqui, aqui e aqui.

Comentário de Miguel Fontes

O leitor Miguel Fontes comenta um post de Jorge Valdoleiros:

Admirei a cultura histórica do autor do post, Sr. Jorge Valdoleiros, caso raro nos nossos dias, dando-me a certeza que ainda há Portugueses, que se preocupam e têm orgulho em conhecer a História de Portugal.

Também sou admirador do economista Medina Carreira e de Campos e Cunha. No programa da TV, a que assisti recentemente, embora nem sempre de acordo com tudo lá discutido, pelos dois convidados, preocupante mesmo, foi a confirmação por Campos e Cunha, da emigração dos nossos “cérebros”.

Num país pobre de recursos naturais e após a perda dum “Império”, esse sim, muito rico daqueles recursos, assistir à fuga dos mais capazes e nada fazer para o obstar, só pode fazer aumentar a sensação de frustação e de desesperança, que atinge um número cada vez maior de Portugueses.

Permita-me Sr. Jorge Valdoleiros, enfatizando as palavras de Luís Vaz de Camões, personagem ímpar da nossa História, no seu leito de morte, “Morro de mal com El-Rei por amor aos homens e morro de mal com os homens por amor a El-Rei”, que são muito poucos, na actualidade política, os Portugueses merecedores de Camões.

Miguel Fontes

Os estrangeiros

Estava a ouvir Medina Carreira e Campos e Cunha (dois socialistas), e o primeiro afirmava que a resolução do problema financeiro português só seria conseguido com um estrangeiro, pois os políticos portugueses não tem coragem para as decisões necessárias.
Por gostar de história comecei a recordar-me de quem ao longo dos séculos conseguiu mudar Portugal.
Primeiro, foi D. Afonso Henriques, recordo que este era filho de um franco, D. Henrique, neto do Duque Henrique de Borgonha.
Segundo, foram os Infantes D. Duarte, D. Pedro e D. Henrique, filhos da inglesa D. Filipa de Lencastre e netos de João de Gant, 1º Duque de Lencastre.
Terceiro, D. Pedro IV de Portugal (D. Pedro I do Brasil) filho da espanhola D. Carlota Joaquina de Bourbon, neto de Rei D. Carlos IV da Espanha. Este casou primeiro com a Arquiduquesa Dona Leopoldina, filha do Imperador Francisco I da Áustria, e depois com Maria Teresa de Bourbon, Princesa das Duas Sicílias, de um ramo dos Bourbons franceses. A Rainha D.Maria II foi filha do seu primeiro casamento.

Será que Medina tem mesmo razão?

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

E o que não está nos Artigos 37.º e 38.º

Na Constituição Portuguesa não está escrito, nem poderia estar, que tudo o que é dito ou escrito por um cidadão ou por um jornalista nos seus direito de liberdade de expressão ou de imprensa é verdade. Também não é dito que o cidadão ou o jornalista não possa ser influenciado sobre o que diz ou o que escreve. Não existe nada na Constituição ou na Lei que impeça um cidadão ou um jornalista de recusar dizer ou escrever uma mentira ou inverdade quando influenciado por terceiros. Não existe também nada que forçe um jornalista a trabalhar para um orgão de comunicação social que tenha tentado que ele desrespeite os seus direitos.
Os jornalistas, sobretudo os mais séniores, deveriam ter a obrigação de perceber que são um dos poderes principais que existem hoje nas democracias, para o bem e para o mal, e como tal todos os outros poderes tentam influenciar o que por eles é transmitido ao público em geral. Também deveriam perceber que essas tentativas de influência só existem porque os influenciadores acreditam que conseguem influenciar.

Uma pergunta:

Se não existissem jornalistas influenciáveis valeria a pena aos assessores de imprensa telefonarem para os orgãos de comunicação social?
É certo que muitos tentam que cada um de nós se esqueça que tem que defender os Artigos 37.º e 38.º, e quem diz que nunca foi alvo de uma tentativa dessas estará a mentir ou nunca foi incómodo. Eu já fui alvo dessas tentativas e sou um mero cidadão.
Pode continuar a seguir a polémica aqui, aqui, aqui e ainda aqui.

Fernando Nobre

Vi agora na RTP1 que Fernando Nobre, presidente da AMI, vai apresentar a sua candidatura à Presidência da República, pensando-se que será apoiado por importantes militantes socialistas. E não é que um ou dois não muito importantes militantes do Marco não queriam obrigar todos os outros militantes socialistas do Marco a apoiar Manuel Alegre? Que giro isto de tentar andar à frente do tempo...

Simpática Missiva

O leitor Miguel Fontes simpáticamente reconhece o esforço de quantos vão colaborando neste espaço:

Aos fundadores e colaboradores do novo blogue da blogosfera marcoense, os meus parabéns e votos de permanência por muitos e longos anos.
Verifico com agrado tratar-se dum blogue dirigido aos Marcoenses em geral, parecendo haver a legítima preocupação da maior parte dos seus colaboradores de ajudar a criar uma consciência crítica, abordando e informando os Marcoenses, de modo desassombrado de tanta coisa, que parecia ser necessário haver conhecimento por parte da população.
Os meus melhores cumprimentos,

Miguel Fontes

Artigos 37.º e 38.º da Constituição Portuguesa

Artigo 37.º
Liberdade de expressão e informação
1. Todos têm o direito de exprimir e divulgar livremente o seu pensamento pela palavra, pela imagem ou por qualquer outro meio, bem como o direito de informar, de se informar e de ser informados, sem impedimentos nem discriminações.
2. O exercício destes direitos não pode ser impedido ou limitado por qualquer tipo ou forma de censura.
3. As infracções cometidas no exercício destes direitos ficam submetidas aos princípios gerais de direito criminal ou do ilícito de mera ordenação social, sendo a sua apreciação respectivamente da competência dos tribunais judiciais ou de entidade administrativa independente, nos termos da lei.
4. A todas as pessoas, singulares ou colectivas, é assegurado, em condições de igualdade e eficácia, o direito de resposta e de rectificação, bem como o direito a indemnização pelos danos sofridos.

Artigo 38.º
Liberdade de imprensa e meios de comunicação social
1. É garantida a liberdade de imprensa.
2. A liberdade de imprensa implica:
a) A liberdade de expressão e criação dos jornalistas e colaboradores, bem como a intervenção dos primeiros na orientação editorial dos respectivos órgãos de comunicação social, salvo quando tiverem natureza doutrinária ou confessional;
b) O direito dos jornalistas, nos termos da lei, ao acesso às fontes de informação e à protecção da independência e do sigilo profissionais, bem como o direito de elegerem conselhos de redacção;
c) O direito de fundação de jornais e de quaisquer outras publicações, independentemente de autorização administrativa, caução ou habilitação prévias.
3. A lei assegura, com carácter genérico, a divulgação da titularidade e dos meios de financiamento dos órgãos de comunicação social.
4. O Estado assegura a liberdade e a independência dos órgãos de comunicação social perante o poder político e o poder económico, impondo o princípio da especialidade das empresas titulares de órgãos de informação geral, tratando-as e apoiando-as de forma não discriminatória e impedindo a sua concentração, designadamente através de participações múltiplas ou cruzadas.
5. O Estado assegura a existência e o funcionamento de um serviço público de rádio e de televisão.
6. A estrutura e o funcionamento dos meios de comunicação social do sector público devem salvaguardar a sua independência perante o Governo, a Administração e os demais poderes públicos, bem como assegurar a possibilidade de expressão e confronto das diversas correntes de opinião.
7. As estações emissoras de radiodifusão e de radiotelevisão só podem funcionar mediante licença, a conferir por concurso público, nos termos da lei.

Estes são os dois dos mais importantes artigos da nossa Constituição Portuguesa. Coloco-os aqui para que possamos reflectir sobre tudo o que se tem dito, ou sussurrado, nos últimos tempos sobre este tema, por exemplo aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui e ainda aqui.

Na minha opinião pessoal estes artigos referem-se a direitos, mas também a deveres que todos nós temos que defender. E como noutros casos tanto é culpado quem influencia como aquele que é influenciado.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Maratona Ambiental, por Fernando Costa

O nosso amigo Fernando Costa volta a colaborar connosco, desta vez a propósito da iniciativa Limpar Portugal. A sua atenção vira-se para a sua freguesia, Alpendorada. A reportagem, com fotografias e tudo, é bastante completa e extensa, daí que publiquemos apenas o inicio do texto e para quem quiser ler o artigo completo disponibilizamo-lo aqui para download.

Já no próximo mês de Março vai realizar-se a campanha LIMPAR PORTUGAL. Em Alpendorada há muito que limpar, a começar pela consciência de muitas pessoas. No dia 14.02.2010, numa das caminhadas habituais que faço periodicamente pelos espaços de Alpendorada, em contacto directo com a natureza, constatei in loco o desprezo e o desrespeito pela Natureza e pela nossa terra. Pela manhã, visitei o ribeiro que nasce no lugar de Lamaçais e vai desaguar à Albufeira da Barragem do Torrão, na direcção do local onde existira uma pequena praia fluvial, antes da construção da barragem. É um espaço propício para zona verde e de lazer, com todas as condições para tal: água, sombras de árvores de grande porte, maioritariamente, carvalhos, muros a delimitar os vários declives do terreno e uma paisagem única e maravilhosa. Será, pois, urgente a transformação deste caixote de todo o tipo de lixo num pequeno paraíso!

Abanar o Poder Local

A frase não é minha.
Mas neste caso não é de nenhum anónimo, antes pelo contrário é o título do livro de Luís Macedo e Sousa que neste momento estou a ler e gostaria de partilhar uma frase para reflexão do seu prefácio e da autoria de Roberto Carneiro:

Uma imprensa local forte é indispensável à existência de territórios desenvolvidos

Cogitações Variadas

Mais um post que me pediram para publicar, começa-me a preocupar é um certo medo das pessoas se identificarem! O título é do autor.

Um destes dias, dei comigo a meditar sobre a sorte, a má sina que parece traçada, para a minha terra, o Marco de Canaveses.
Depois da péssima publicidade criada, pela antiga e conhecida estória da “Queima da bruxa de Soalhães”, tristemente verdadeira, o anátema lançado sobre as gentes da minha Terra, colou-se à nossa pele de tal modo, que percorrendo qualquer região do nosso Portugal, se inquiridos da nossa origem, de imediato todos nos identificavam, como sendo “gentes da terra do mata e queima”.
Correram os anos e a nossa triste sina, nunca nos deixou de perseguir e recordar que, apesar de abençoados por nos considerarem terras de Santa Maria, ela não desistiria de nos fazer viver os seus desígnios.
E eis que, outro terrível anátema, caiu sobre nós, Marcoenses, o de nos considerarem conterrâneos de Ferreira Torres.
Aquela figura que governou, melhor, “reinou” no meu Marco de Canaveses, qual monarca absoluto, désposta total, rasgando todos os códigos de conduta política e social, troçando e amesquinhando os seus adversários políticos, não respeitando oposições, nem instituições, acaba por ser conhecido em todo o Portugal, no mão sentido, como nosso conterrâneo.
Nem mesmo a sua condenação pela Justiça, de crimes cometidos na gestão da coisa pública, alguns em proveito próprio, foi facto que levasse a totalidade dos Marcoenses, a reprovar a sua conduta.
Lamentavelmente largos milhares dos meus conterrâneos, concederam-lhe novamente o seu apoio, a única força que a Democracia trouxe a muitos de nós, o poder decisório do voto, apesar de a sua gestão e conduta político-social nos fazer regressar ao passado e passarmos a ser rotulados como gentes da Terra do Ferreira Torres.

Triste e mal fadada sina.

Não contente, a madrasta da nossa sina, prometeu-nos quais sereias da albufeira do Tâmega, com os seus cânticos, uma “Mudança Tranquila”.
E embalados, demasiados de nós, adormecemos e sonhamos com toda a espécie de quimeras.
Até que, à semelhança da tripulação da barca de Ulisses, encantada pelas sereias, acabamos despertos pelos maus ventos pronunciadores de tempestades terríveis, para o futuro do nosso Marco de Canaveses.
O Timoneiro da Barca já alvitra, salve-se quem puder, a carga é demasiadamente grande e arrisca-se a perda total, a bancarrota. Deixemos o destino nas mãos dos nossos conterrâneos futuros , os Deuses não estão connosco, eles que se amanhem.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Barragens destroem o ecossistema do rio Tâmega

Este é o título de mais um artigo publicado agora no Repórter do Marão e que mostra a preocupação crescente com a construção das novas barragens no rio Tâmega, nomeadamente a do Fridão.
Pessoalmente, estou muito mais preocupado com as descargas diversas que existem para os rios desta bacia do que com a construção propriamente dita das barragens, mas percebo também que estas de facto tem um impacto no ecossistema do rio Tâmega, aida que não necessariamente ao nível do aumento da poluição. O facto de a corrente sem as barragens ser mais forte poderá unicamente disfarçar a existência das diversas descargas poluentes.
Agora a população tem que ser esclarecida sobre o verdadeiro impacto que existe e que as gerações futuras vão ter que viver por causa desta geração que não dispensa um aumento exponencial do consumo da energia eléctrica. Por exemplo quando se diz que os carros eléctricos são ecológicos está-se a esquecer estes impactos que existem na obtenção da energia eléctrica mesmo que com o rótulo de renovável.
Conheço muito bem, por razões familiares, a foz do rio Cávado e sei qual foi o impacto da construção de uma datas de barragens na sua bacia. Sou dos que estou atento e percebeu quais as diferenças que existem na foz do Douro e que estão a obrigar a grandes investimentos para manter a barra navegável. Ainda me lembro da construção das outras barragens no nosso concelho e como os rios Tâmega e Douro se tornaram totalmente diferentes.
Apesar de tudo isso e se só tivesse de escolher entre a utilização de combustíveis fósseis e a utilização deste tipo de energia renovável a minha escolha seria sempre por a construção das barragens.
Mas estamos todos conscientes do verdadeiro custo desta opção? Existirão outras alternativas?

E se tivessemos ido a Mogofores?

Ontem acabou o programa "Ídolos" e com ele as noites de domingo em frente à TV. Era um espaço de revisitar um passado no Marco antigo que viu sonhos desfeitos e outros que se concretizaram. Como uma espécie de homenagem aos jovens marcoenses que sonham em ser músicos aqui deixo o link para um post escrito no MarcoHoje, numa rúbrica com o mesmo nome que esta e com o sub-título "E se tivessemos ido a Mogofores?"

http://marcohoje.blogspot.com/search?q=e+se+tivessemos+ido+a+Mogofores

Cinema neo-realista

Publico o seguinte post a pedido de um leitor que quer manter o anonimato. O título é meu:

O “cinema neo-realista” português, parece ter recebido um novo alento, com todo o estendal de notícias, dadas à estampa, sobre o badalado caso “Face Oculta”. Fala-se já existir uma discussão acesa, entre o produtor e o realizador da próxima produção cinematográfica, quanto ao nome a baptizar a futura produção.
Estão em cima da mesa, títulos como “São todos bons rapazes” e “A face oculta do Zé do Telhado”.
Curiosamente, mesmo entre os habituais e conhecidos “críticos cinematográficos” da nossa praça, o consenso está longe de se estabelecer, em especial, porque associam também à designação em disputa, a escolha e a qualidade (“cor”) do cast de actores.
Uns, criticam os actores que preferem uma maquilhagem mais avermelhada e diálogos de linguagem mais popular.
Outros, pelo contrário, defendem que a escolha deve recair nos actores adeptos da maquilhagem em tons de laranja e de falas mais eruditas.
Espero bem, que a escolha final, acabe por ser determinada, apenas e só, pelo consenso que se exige entre quem dirige e quem produz ou se assim o quiserem, por quem não tem telhados de vidro.

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Denunciar lixeiras para limpar Portugal

Uma maneira eficiente de reportar a existência de lixeiras em território nacional, acedendo a uma página de Internet, qualquer cidadão pode, referenciar a localização exacta de um depósito de resíduos.

O projecto está acessível através do endereço http://www.3rdblock.net/ e já tem referenciadas cerca de cinco mil lixeiras, "reportadas por cidadãos". Pode ler mais aqui.

sábado, 13 de fevereiro de 2010

O preto da Regaleira

Portugal foi um Império do Minho a Timor, passando por Goa, Damão e Diu "usurpadas pela força" à Nação Lusitana. Era assim que aprendíamos nos livros da Escola Primária, sempre sob o olhar atento e paternal de Américo de Deus Rodrigues Thomaz e António de Oliveira Salazar. No Marco e em outras vilas do interior de Portugal Continental os dias corriam devagar e não fora aqueles em que tinhamos de engolir um colher de óleo de figado de bacalhau, toda a rotina era a favor de uma infância saudável e segura, onde todos se conheciam e sentiam em família.
O Marco vivia muito sobre si mesmo e ir ao Porto demorava cerca de 2h, numa estrada serpenteada em que grande parte do seu percurso era ainda quase toda em paralelo. Mais tarde, quando começou a ser asfaltada baixou-se o tempo para 1h/1h30m. Para ir à capital do distrito passava-se pela "cidade da risca ao meio" e por um conjunto de terras mais pequenas que viviam precisamente da estrada, Casais Novos com a loja dos Bolinhos de Amor, Baltar com a padaria das regueifas paragem obrigatória das carreiras e Valongo com os biscoitos da Paupério.
Todas as quintas-feira era este o percurso que fazíamos na tarde de folga do meu pai: ir ao Porto. Era um ritual que em pequeno adorava fazer, pois sabia que as guloseimas me esperavam e que um Corgy Toys ou Matchbox viria comigo de volta para fazer as delicias da malta da minha idade, um Porsche Carrera ou um Ford das 24h de Le Mans entre tantos outros que tiveram na sua maior parte o mesmo destino, a pancada do martelo. No quarteirão entre a Praça D. João I e a Sampaio Bruno ficava um mundo que preenchia uma tarde bem passada todas as semanas: o café Rialto, distinto com os seus dois andares e uma escada imperial, a "tasca" da Maria Rita que cozinhava um excelente bacalhau frito da cidade, o Rei dos Queijos, onde nos abasteciamos de figos e nozes para o regresso, o café Brasileira com a mesa do grupo de amigos do contra e... a Regaleira famosa na época pelo seu bife.
Esta casa tinha um porteiro todo vestido de verde, com botões dourados e boné a condizer. Simpático até dizer basta, enorme de coração e de físico, mãos grandes, sempre a sorrir, mas do qual eu tinha um medo terrível. Era o preto da Regaleira, um homem simpático, simples e amigo das crianças, que do cimo do seu tamanho também era uma criança feliz por estar ali a fazer o seu trabalho. E eu, um miúdo que no fundo queria brincar também com ele, sentir aquela pele tocar a minha e poder contar todas estas aventuras nos dias seguintes.
Depois voltavamos para o dia-a-dia numa terra distante a 60km, 1h30m de viagem e com um retemperador sono onde cabiam sonhos em África a brincar com um miúdo como nós que também queria ser feliz, o preto da Regaleira.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Boa iniciativa para começar, mas...

Condidero que a iniciativa de ter a informação dos custos com publicidade do Estado num portal é boa, mas gostaria que estivessem também os de todas as organizações que o estado directa ou indirectamente tutela. Ler mais aqui.

Uma boa sugestão para a nossa autarquia era dar essa informação e, já agora, os gastos em almoços e jantares.

Um, dois, três ... e mais uma alegada manipulação da comunicação social

A terceira candidatura a líder do principal partido da oposição realizou-se como planeado hoje. Leia aqui a apresentação de Aguiar Branco que quer unir o seu partido.
Já esta semana se tinha realizado a segunda candidatura. Neste caso a de Paulo Rangel ,cabeça de lista laranja ao Parlamento Europeu, como pode ler aqui, e que disse pretender realizar a ruptura do que o país precisa.
O primeiro candidato, Pedro Passos Coelho, anunciado faz muito tempo, recentemente afirmou que Paulo Rangel era a "continuidade com a actual direcção", pode ler aqui. Já agora Aguiar Branco pertence a essa direcção (fui eu que disse agora).
Existe já anunciado um candidato a quarto candidato a líder, como pode ler aqui.
Foi também anunciado que o congresso e as directas eram em Março, como pode ler aqui.
Já anunciaram Manuel Moreira, que pensamos não ser candidato a líder dos laranjas (eu apoiava-o fortemente pois assim tínhamos o Presidente de regresso a Lisboa), a supostamente apoiar Pedro Passos Coelho, como se pode ler aqui.

E no que seria o fim de semana dos laranjas, num plano maquiavélico o Sol, coloca um Polvo no centro das atenções, se quiser pode também ler aqui.

Um comentador já acusa o governo de assim estar a manipular a comunicação social e colocar para segundo plano a escolha do próximo líder laranja, isso tem que ler aqui, ou em alternativa aqui.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Tâmega no seu melhor e a política de avestruz

Para saber como tem sido "bem tratado" o rio onde aprendi a nadar procurei na internet relatos de como ele tem sido visto por pesoas que nas margens dele vivem. E os resultados da minha pesquisa foram:

O Tâmega, a Poluição e o Alguedo em Anabela Magalhães
Quercus pede ao Ministério Público para investigar poluição “insustentável” do rio Tâmega no Público
Falta de Educação Ambiental: O Caso do Rio Tâmega no ProfBlog
Poluição no Bufa no Marco 2009
PS Marco denunciou foco de poluição no Marão Online
Descarga poluente contaminou Rio Odres na Verdade
Descarga poluente no Rio Bufa na Verdade
O rio Bufa mas Bufa Mesmo no Marcoense como Nós



Sem mais comentários

Sem novidades

Orçamento Geral do Estado de 2010 foi aprovado na generalidade, como aqui diz, em novidades. PS, PSD e CDS permitem em conjunto passar o documento.
Mas Portas ameaça voto diferente na votação final, leia aqui.
Enquanto isso os laranjas estão mais preocupados com os seus problemas internos, como se pode ler aqui, aqui, aqui e aqui.
Enquanto lá fora a UE resolve ajudar a Grécia, o que nos deixa a todos mais aliviados, e possivelmente mais irresponsáveis pois acreditamos que também poderemos ser salvos pela Europa.

Agora já percebi a importância de termos uma bandeira da UE à porta do Marco.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Geração quê?

in http://emportuguescorrecto.blogs.sapo.pt:


A reunião da associação centrou-se no problema das cotas em atraso.
A palavra cota, entre outros significados, é usada para designar a vestimenta que os antigos usavam sobre a armadura; o corpete usado pelas damas; o código usado para identificar um livro, arquivo ou processo e uma antiga medida indiana. Embora seja também considerada sinónima de “quota”, havendo alguns linguistas que defendem que se trata da mesma palavra mas com grafias diferentes, outros consideram que se deve preferir a grafia “quota” para designar a parte de um bem que cabe a cada indivíduo de uma sociedade e a contribuição financeira dos sócios para a associação a que pertencem. Assim, deverá escrever-se:
- A reunião da associação centrou-se no problema das quotas em atraso.
- Para renovar a requisição do livro na biblioteca, basta indicar a respectiva cota.
- Antigamente os cavaleiros usavam uma cota de malha.
- Os agricultores exigem o aumento da quota do leite.

Aviso da Junta de Freguesia de Constance

Abílio Moreira de Castro, Presidente da Freguesia de Constance, pede-nos para informar o falecimento do Pai do Sr. Presidente da Assembleia de Freguesia de Constance, o corpo encontra-se em câmara ardente, na Igreja de Constance, o funeral realiza-se, dia 11 de Fevereiro pelas 10horas, seguindo para o cemitério desta freguesia

Gratos pela atenção prestada

O Presidente da Freguesia de Constance

Abílio Moreira de Castro

O rio Bufa, mas bufa mesmo...

Segundo o Jornal A verdade ocorreu mais uma descarga poluente no rio Bufa afluente do rio Tâmega e de acordo com a mesma fonte , aquele desagua próximo do parque Fluvial do Tâmega. Por ironia do destino, o assunto do Ambiente ou melhor dizendo do PÉSSIMO Ambiente no Concelho do Marco ,foi devidamente levantado por um deputado do Partido Socialista na última Assembleia Municipal, quando este colocou o problema - e bem - das Industrias poluentes existentes no Concelho tendo questionado o Executivo sobre, se haveria algum Plano de Contingência para ocorrer a tais casos ,indo ainda mais longe,ou seja questionou o responsável do Ambiente no Municipio no sentido de saber se estavam devidamente identificadas as àreas onde existam possibiliade de ocorrerem desastres Ambientais face às Industrias em presença e que eventualmente poderiam concorrer para tais problemas e que medidas estavam preparadas para, pelo menos, tentar evitar tais acontecimentos. Ora, ficou o POVO MARCOENSE a saber que nestas coisas basta chamar a G.N.R. (Sepna) e mais alguém que está o assunto resolvido. Triste figura andam a fazer os nossos responsáveis camarários quando a SAÚDE PÚBLICA é posta em causa e nada de substantivo é feito por quem tinha obrigaçaõ de o fazer. Acordem Marcoenses duma vez por todas, pois o assunto segundo José Baldaia Pinto refere não é a primeira vez e a actuação do PELOURO responsável pela Protecção Civil é a que se vê.Segundo o Jornal A verdade ocorreu mais uma descarga poluente no rio Bufa afluente do rio Tâmega e de acordo com a mesma fonte , aquele desagua próximo do parque Fluvial do Tâmega. Por ironia do destino, o assunto do Ambiente ou melhor dizendo do PÉSSIMO Ambiente no Concelho do Marco ,foi devidamente levantado por um deputado do Partido Socialista na última Assembleia Municipal, quando este colocou o problema - e bem - das Industrias poluentes existentes no Concelho tendo questionado o Executivo sobre, se haveria algum Plano de Contingência para ocorrer a tais casos ,indo ainda mais longe,ou seja questionou o responsável do Ambiente no Municipio no sentido de saber se estavam devidamente identificadas as àreas onde existam possibiliade de ocorrerem desastres Ambientais face às Industrias em presença e que eventualmente poderiam concorrer para tais problemas e que medidas estavam preparadas para, pelo menos, tentar evitar tais acontecimentos. Ora, ficou o POVO MARCOENSE a saber que nestas coisas basta chamar a G.N.R. (Sepna) e mais alguém que está o assunto resolvido. Triste figura andam a fazer os nossos responsáveis camarários quando a SAÚDE PÚBLICA é posta em causa e nada de substantivo é feito por quem tinha obrigaçaõ de o fazer. Acordem Marcoenses duma vez por todas, pois o assunto segundo José Baldaia Pinto refere não é a primeira vez e a actuação do PELOURO responsável pela Protecção Civil é a que se vê.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Ex-vice de Ferreira Torres acusado de ilegalidades

Ler esta notícia no JN a propósito do que já foi comentado atempadamente aqui, e como tal já foi discutido também aqui, explicando que pouco se está a fazer para se repetirem situações semelhantes.

Também não percebi o que se disse ou não disse na altura dos acontecimentos, nomeadamente nas sessões das assembleias municipais ao tempo dos acontecimentos. Agora o que é necessário é que a justiça funcione e rapidamente. O que é necessário para os actuais responsáveis autárquicos é que reformulem o sistema para evitar que estas situações se repitam.

E o resto é a treta do costume.

Regimento

Por ser de um geração que começou na política muito cedo e sempre habituado a discussões muito acaloradas e sem nenhumas restrições regimentais, estávamos a gozar o direito à nossa opinião pela primeira vez em muitos anos, estranho os debates que existem nas várias assembleias deste país.

Existem poucos intervenientes, as discussões estão sempre limitadas, e de facto a maioria consegue "calar" as opiniões discordantes. Mesmo aqueles que teriam bons argumentos a colocar se questionam se vale a pena perder o seu latim, pois as maiorias rodeiam-se por volta dos seus chefes e falam a só uma voz. E, sobretudo no poder local, os próprios eleitos interrogam-se se vale a pena atacar aqueles que detêm o poder. Existem sempre umas "bocas" de aviso à navegação.

Para perceber melhor estas sessões li o regimento. Percebi logo as limitações várias que as minorias tem no nosso sistema "democrático". O tempo útil para debate é sempre controlado e até posso aplaudir António Coutinho que é bastante flexível nas contagens dos tempos. Os vereadores da oposição só falam se o presidente deixar. Não é se a Assembleia deixar, é se o presidente do executivo deixar, e quando deixa faz sentir a todos que é com a sua permissão. Lá estamos com a mania da "realeza".

Mais espantado fico quando alguns "iluminados" sugerem que este e aquele deveriam ter falado. É interessante porque no seu tempo não era assim.

Perguntar não ofende, por Fernando Costa



Fernando Costa, presidente da ARADUM, sobre os trabalhos na sede desta associação:

Foi instalado em Alpendorada no recém criado jardim, junto ao restaurante Caçador o quiosque pertença da Câmara Municipal do Marco, que já esteve instalado na cidade do Marco. Esta estrutura vai ser explorada pelo Futebol Clube de Alpendorada.
Para além de alguma polémica já criada, seria importante saber porquê e quais os critérios porque foi atribuída esta estrutura ao FCA e não a outro organismo, associação ?
Não tem já o FCA espaço mais que suficiente nas suas instalações para as actividades ?
Perguntar não ofende.

- A Associação ARADUM-Associação para o Desenvolvimento Cultural do Douro, associação sem fins lucrativos, sediada em Alpendorada, com vista à realização do seu projecto cultural e social, nomedamento o ensino da música e das artes às crianças e jovens da sua área, pôs mãos á obra preparando as instalações que lhe foram cedidas.
Fotos em anexo, de colocação de granito nas janelas e dos empainelados em madeira. Obras estas feitas pelos associados.
Nesta fase necessita do apoio de todos e porque não da Camara Municipal do Marco e da junta de freguesia uma vez que está prestar um serviço de que as nossas crianças e jovens tanto necessitam.
Para além do espaço que lhe foi gentilmente cedido, irá necessitar de mais espaço físico para a realização das suas actividades.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

As bandeiras e a escada

A propósito de ficarmos a saber ou não, que foi o caso, quanto custa a manutenção das três famosas bandeiras, soube-se pela voz de Manuel Moreira que a escada dos bombeiros estava avariada. Não sei se continua, pois o Presidente resolveu o seu problema e pediu ajuda aos bombeiros de Penafiel, para chegar às bandeiras. Em troca do serviço pagou o almoço.
Tudo bem!
E já percebi porque é que a rubrica dos almoços e jantares no orçamento subiu tanto, é que agora paga-se em géneros.
Só não sei quando tivermos algum problema se devemos continuar a chamar os bombeiros do Marco ou é preferível chamar logo os de Penafiel. Pode ser que alguém se lembre de perguntar ao responsável máximo da protecção civil do nosso concelho.
Alguém sabe quem ele é?

Haja "córagem"

Há um artigo na Constituição da República Portuguesa que determina que os impostos gerados nas Regiões Autónomas são cobrados e geridos por elas. Contudo, o Orçamento de Estado transfere verbas, como para outra parte do território nacional, para autarquias e forças militares e militarizadas, entre outras.
Cria-se assim a noção, bem real, que há um sentido unívoco dos dinheiros públicos do continente para aquelas regiões. Nem a orçamento do Presidente da República recebe um cêntimo dos orçamentos insulares.
Imaginemos que um estado federal, como o Brasil ou a Alemanha, não seria viável neste quadro, pois as verbas geradas nos diferentes estados ficaria retida aí e logo não haveria um Estado Federal. Ou então, com a criação das regiões no âmbito da regionalização, deixaria de haver Portugal, pelos mesmos motivos.
Para grandes males, grandes remédios e haja "córagem" de fazer o que é preciso.

Política de Copy e Paste

Ao ler este artigo no Público sobre os plágios nos trabalhos de casa onde é referido que “Muitas crianças pensam que fazer pesquisa é ir à Internet, está aqui, corta, cola, imprime e já está”,  chamando a atenção para os “efeitos negativos na qualidade do conhecimento que se adquire”, lembrei-me logo de alguns documentos que tem sido aprovados nas nossas sessões da Assembleia Municipal.

Não deixa de ser um corta e cola de documentos anteriores ou de documentos que são enviados como modelos. E tal como nos nossas crianças quando é necessário que alguém venha explicar a matéria é um chumbo pela certa.

Os nossos políticos deveriam perceber que quando se candidatam a estes lugares é necessário terem uma preparação mínima, e quando não dominam a matéria é preferível ficarem calados.

domingo, 7 de fevereiro de 2010

JS/Marco na X Convenção Distrital

Nos passados dias 30 e 31 de Janeiro, ocorreu em Santo Tirso a “X Convenção Distrital da JS Porto”, da qual saiu como presidente o jovem maiato João Torres, que sucede assim, ao agora deputado penafidelense, Nuno Araújo. Esta foi uma Convenção muito importante para o Marco de Canaveses, visto que terá sido a representação recorde para a estrutura concelhia, em número de delegados, pelo que assegurou lugares nos mais diversos órgãos federativos.

A Comissão Política Distrital terá ainda a presença de Daniel Aguiar, elemento pertencente ao Secretariado da Concelhia do Marco de Canaveses, eleito na convenção, e Bruno Caetano, que assumirá o lugar por inerência. Por outro lado, será bastante provável que a estes se junte ainda Bruno Pinto, Secretário Distrital no anterior mandato, caso mantenha as mesmas funções executivas na Federação Distrital do Porto.

De destacar, é também o facto de ter entrado na Mesa da Convenção pela mão do Coordenador da JS Marco, Bruno Caetano, uma proposta de voto de pesar aos familiares de André, militante da JS, que faleceu na semana passada no fatídico acidente ocorrido na A4, sendo esta aprovada por unanimidade.

A JS Marco em conjunto com a JS Amarante apresentou uma Moção Sectorial relativamente à interioridade pretendendo trazer à cena política questões que muito preocupam, casos da falta de ligação para concelhos como Resende, Cinfães e Castelo de Paiva, e da ausência de competitividade económica do interior para com o literal, sendo um dos grandes responsáveis pelo abandono escolar e pela falta de mão-de-obra qualificada.

Depois das eleições nas estruturas locais e distritais, ficarão a faltar as eleições nos órgãos nacionais para que a JS continue a efectuar o extenso trabalho que tem ainda pela frente em nome dos interesses de todos os jovens portugueses.

A oposição está a escolher mal os seus alvos

Acreditando no bom senso dos portugueses que no dia a dia tem enfrentado uma data de dificuldades, que percebem que ou se corta nas despesas, ou vamos ter mais impostos, que sabem bem que se existe região quem sempre foi beneficiada ela é a Madeira, eu acredito que a estratégia de alguma oposição nesta questão da Madeira (e digo Madeira porque é injusto colocar ao mesmo nível os Açores) está totalmente errada.
Para os actuais senhores deputados, e para aqueles que passaram por lá uma data de anos, a palavra crise é só mais uma oportunidade para os seus jogos políticos. Quando saem dos passos perdidos existe sempre um bom restaurante perto para uma boa jantarada. E depois fica o vício que mesmo afastados de Lisboa não perdem.

Mas tudo isto era uma impressão que ao ver os resultados de um inquérito on-line no Público me deu alguma esperança na clarividência dos portugueses.
Um bom artigo de opinião de José Leite Pereira sobre este assunto pode ser lido aqui no JN, literalmente não pode Passar ao Lado.
E por fim que tipo de alternativa é que queriam dar neste momento a Portugal? Seria a confusão que existe nas hostes laranjas como se pode ler mais um episódio aqui.

CE fiscaliza

A decisão da Comissão Europeia poder enviar inspectores para países que não forneçam dados financeiros confiáveis na minha opinião só vem tarde, afinal partilhamos um mercado e sobretudo uma moeda, deveria por isso existir um mínimo de clareza.

Com uma fiscalização eficaz em todas as áreas dos estados e dos mercados não estavamos a passar por estas crises. Se existe responsabilidade que os estados não podem ignorar é esta.

2 assaltantes apanhados pela população em Vila Boa do Bispo

Ao dar a minha volta habitual pelos blogs do Marco li esta notícia no Vila Boa do Bispo Sempre.
Estas notícias dão-me sempre sentimento mistos. Primeiro contentamento pela capacidade dos portugueses, e neste caso dos da nossa terra, de se unirem e lutarem contra este tipo de marginais. Depois recordo-me que já fui vítima, de que não é primeira vez que existem estas situações no Marco, e que devido às leis mal feitas do nosso país estes dois assaltantes por esta hora já deverão estar em casa tranquilamente.

Elefantes Brancos para Todos

Esta notícia no Público parece não ter nada a ver com o Marco de Canaveses. Fala dos grandes elefantes brancos que são os estádios municipais criados para o campeonato da Europa.

Braga paga seis milhões de euros por ano à banca, Leiria paga cinco milhões anuais só em amortizações e juros, Aveiro despende quatro milhões no pagamento de empréstimos e na manutenção, enquanto Faro e Loulé gastam, em conjunto, 3,1 milhões por ano em empréstimos e manutenção. Coimbra é que menos paga e mesmo assim, este ano, vai transferir para a banca 1,8 milhões de euros. Somando estes valores (e em alguns casos a manutenção não está contabilizada), as seis câmaras que construíram os recintos para o Euro 2004 gastam anualmente 19,9 milhões de euros, ou 54.520 euros por dia, montante que terá tendência para aumentar com a subida das taxas de juro.

Ler também aqui.

Se juntarmos à lista de maus investimentos, pelo menos, o estádio do Boavista que terá sido um dos causadores da situação em que esse clube está. Pensarmos na asneira de em Lisboa se terem construído dois estádios, notando que o Estádio Nacional, está á porta da capital, vemos muito dinheiro mal gasto que saiu e continua sair dos bolsos de nós todos.
No Marco também temos a nossa obra do regime, que agora mudou do nome, que na minha opinião foi mais uma má decisão por parte de quem a tomou.
O grave é que todos estes dinheiros impedem que realmente se invista onde se faz a diferença, e ainda estamos com o juro baixo. E se o juro disparar, o que vai acontecer?
Mas a culpa não foi dos políticos que aprovaram essas obras, na minha opinião a culpa é exclusivamente dos eleitores que no dia da eleição optam por populistas que lhe prometem tudo e Nós acreditamos.

Impressões de uma Assembleia #2

De propósito deixei o lado positivo de se ir a uma Assembleia Municipal do Marco de Canaveses:
As fantásticas intervenções de João Lima, Rodrigo Lopes e João Valdoleiros, por sorte três pessoas que tenho o previlégio de ter como bons amigos. Primam pela diferença, o que por lá quer dizer preparação, rigor, humor, pertinência e utilidade. O que não é pouco, acreditem. Pelo contrário, no meio do cinzentismo geral, quem faça o trabalho de casa destaca-se!

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Dívida portuguesa deixa Wall Street com olho negro

Vale a pena ler este artigo do expresso, sem entrar em pânico.
Mais uma vez fala-se dos PIGS e dos PIIGS, explica serenamente como estamos a ser observados pelo mundo da alta finança, e o impacto dos acontecimentos nestes países da europe na situação económica norte-americana.

Impressões de uma Assembleia

Fui à Assembleia Municipal. Recomendo como esperiência sociológica. Cheguei às 21h30 e já estava a sala cheia. Há poucos lugares para o público, o que não incentiva à participação popular. Ouvi algumas intervenções que mostraram que não há assim muito a dizer entre quem parece que está ali para ver e ser visto. Há deputados municipais que dá ideia que aceitaram o lugar mas não sabiam muito bem para o que iam e ainda não sabem bem o que andam por lá a fazer. Isto não se aplica só a novos! Há quem ande por lá há 400 anos sem se perceber muito bem porquê. Mas é giro.
O própro presidente da Assembleia não parece que já cumpriu um mandato inteiro e chegou a sair para confraternizar e fazer barulho enquanto um deputado do PS falava.
Aquilo às vezes dá para rir.
O que não dá para rir é que não se fale de nada verdadeiramente importante, a falta de qualidade da maior parte das intervenções, o facto de a bancada do PSD estar lá "para ajudar o executivo", o que não se compreende bem como fazem, já que se limitam a estar bem comportadinhos e só intervir para "engraxar", o facto de quem manda na AM ser o presidente da Câmara e que os vereadores sejam uma espécie de decoração de mesa, sendo obrigados a suportar horas e horas sem possibilidade de intervir porque está ali tudo para assistir a uma espécie de diálogo cruzado em que os únicos momentos de entusiasmo foi quando Manuel Moreira parecia emociado por ver chegar um antigo autarca de esquerda, que parece rendido aos encantos de MM. O que é correspondido pela cumplicidade que foi possível constatar... Acho que uma revista cor-de-rosa seria mais apropriada para cobrir este tipo de eventos.

Dia Útil

Na sessão da Assembleia Municipal de ontem falou-se quase nada de Orçamento ou de Plano Plurianual de Investimentos, menos ainda de Corrupção ou Infracções Conexas, mas discutiu-se imenso o que é um dia útil. Lembrei-me logo da queda de Constantinopla quando os seus defensores ignorando estarem a ser cercados pelos bárbaros discutiam o sexo dos anjos.

Mas vamos tentar resolver esta questão importante da política Marceonese. O Presidente da Autarquia, Manuel Moreira, com o apoio de vários consultores externos, incluindo a sua equipa jurídica defende que um feriado é um dia útil. Na minha opinião só é útil por poder estar com a minha famíla, mas como isto não é para aqui chamado fui investigar na net se eu estava enganado e afinal os feriados tinham passado a dias úteis.

O que encontrei sobre o assunto afinal continuava a ser o mesmo que eu tinha aprendido nos meus tempos de escola:

Dia útil é um dia que não é sábado, domingo e nem feriado.

Dias úteis a partir da data - dado uma data de partida e um número de dias úteis [normalmente um número inteiro], indique a data (normalmente no futuro) a partir da data inicial que medirá o número de dias de trabalho.

E podiamos continuar com discussões interessantes como, por exemplo, os tribunias estarem abertos nos dias úteis e neste caso até dava jeito ter um juiz disponível num feriado. Aqui já não se tratava de uma Mudança Tranquila mas de uma autêntica revolução cultural.

FALEMOS A SÉRIO!

A autarquia gastou mesmo o dinheiro dos contribuintes para colocar esta questão nos tribunais? Penso que sim. E caso se confirme pedia aos militantes, simpatizantes, autarcas e outros elementos próximos do PSD Marco que recomendassem que o melhor para todos era o Presidente da Autarquia pedir a sua demissão e permitisse que alguém mais lúcido ficasse à frente dos destinos da autarquia neste momento díficil para todos os Marcoenses.

Acredito que muitos que publicamente ainda defendiam o Presidente não tinham reparado que a questão não era as 48 horas versus 2 dias, mas se um feriado era um dia útil. Ao defender o indefensável nestas situações só damos força e argumentos a quem não queremos dar.

Relatório da IGAL

Leitura do relatório por Manuel Moreira. Um rol de irregulariedades. Ministério Público vai intervir! Despachos nulos! Processos disciplinares, num dos casos o visado está reformado.

Não se percebe se Manuel Moreira continua a ler o relatório ou a fazer um discurso bem mais longo do que foi a discussão e explicação do plano anterior!

Rui Cunha intervém e acusa o executivo anterior.

João Valdoleiros fica preocupado pelo conteúdo do relatório da IGAL e chama atenção que o Plano Contra a Corrupção e Infracções Conexas tal como está não possa impedir este tipo de situações.

Para a sessão terminar só falta saber quem são os Juízes Sociais eleitos.

Tomada de Conhecimento do Plano Contra a Corrupção e Infracções Conexas

Manuel Moreira apresenta o plano e explica o atraso, tudo muito rapidamente, 2 minutos.

João Valdoleiros sugere algumas alterações para futuros planos. Começa por criticar que o Gabinete de Planeamento e Controlo faz e audita o que faz. Sugere em vez disso um Gabinete de Auditoria Interna, utilizando para a criação deste recursos internos.

Carla Babo defende, e diz que o GPC não tem pessoal afecto! E limita-se-a a recolher os relatórrios sectoriais. Diz que não existem ROC na autarquia! Não se percebe se a vereadora percebe o que é auditoria. Isto é a minha opinião.

Corrupção discutida em 9 minutos.

Votação dos Juizes Sociais

A lista está com erros! A vereadora começa por admitir, João Lima realça mais alguns e insiste que o executivo explique. Basicamente é mais um documento "copy paste".

01:05 A votação está a decorrer e vai pelos vistos demorar.

Começaram agora a discutir o orçamento

São 23:59, e mais não digo.

João Valdoleiros defende o aumento das receitas para as Juntas de Freguesia, de facto existe uma diminuição de cerca de 18% nas verbas atribuídas a estas. Em nome da transparência devia dividir-se o montante a atribuir a cada freguesia tal como está definido no POCAL.

O investimento desce 28,75%.

Os valores orçamentados em estudos pareceres, consultores e outros fazem parecer um fraco aproveitamento dos quadtos técnicos da autarquia. João Valdoleiros continua ao ataque em várias rubricas do orçamento.

Quer saber quais os projectos do QREN e quais as prioridades. E quais são as entidades a contemplar nas transferências de capital. Lembra dívidas anteriores às freguesias, e até existem Presidentes de Juntas que tiveram que dar avais pessoais.

Onde está a listagem das indústrrias mais poluentes e onde estão os riscos para a saúde pública. Lembra que os vários rios do concelho estão bastante poluídos. E o impacto no turismo desta situação.

Pede por fim a lista de assessores, avençados e tarefeiros.

João Lima chama atenção que a câmara reconhece o erro que cometeu. E o pormenor que o orçamento pode ficar aprovado duas vezes!! Chama atenção que o PSD criticava os "bolos" no orçamento, e realça o princípio da transparência na linha de João Valdoleiros. João Lima diz que continua à espera da sua lista de assessores e outros.

Monteiro da Rocha diz que se pode entrar numa embrulhada juridica com esta situação. A lei diz pelo menos dois dias úteis para que as pessoas possam ler os documentos para poderem votar em consciência.

Rui Cunha diz que o orçamento já está aprovado, e volta-se à discussão dos dias úteis, fala em boicote e de generalidades várias. E acaba sem pouco mais dizer.

00:26 Carla Babo vem defender o orçamento e queixa-se da análise muito exaustiva de João Valdoleiros.

Repete basicamente o que está no documento escrito. Relativamente aos projectos e empreitadas diz que estão no plano. Volta a falar da reduzida capacidade financeira. Diz que existem accções do controle da despesa sobretudo em bens e serviços. É generalista no critério da atribuição dos subsídios. E termina em 4 minutos.

00:31 Manuel Moreira começa a falar. Diz que vai existir um saldo orçamental do ano de 2009. As respostas por escrito foram entregues no início desta sessão, e terá lá a informação das consultadorias que são poucas. Os recibos verdes são os professores de ginástica e alguns colaboradores da acção social. As assessorias são os membros de apoio e um ou outro colaborador. Mas não diz o número.

Aguarda a resolução do tribunal arbritral da questão das Àguas do Marco. Diz que tem (ou não tem, não percebi) uma lista de empresas poluentes por causa de um plano de risco. Discute a barragem do Fridão e diz que dizem que não haverá impactos e sacode a responsabilidade para o governo e para o CCRN. Sobre a poluição do rio Tâmega teve um "jantar" de trabalho onde sugeriu que a culpa seria de Espanha.

Sobre a providência cautelar disse que era uma guerrilha pessoal e política. Diz que não haverá problema por ser votado duas vezes. Voltam-se a discutir os pareceres. Informa que o gabinete juridico não pode defender a câmara em tribunal . Volta-se a falar do caso das Àguas e diz que está a ficar muito caro e que não tinha dinheiro. Diz que fica caro estar a defender casos que vem do mandato anterior. E que são os advogados os consultores. Volta-se à discussão dos dias.

00:45
Votação com o seguinte resultado de 10 votos contras, 16 abstenções e 31 votos a favor.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Surrealista

Para quem não estiver a ouvir o debate da Assembleia Municipal fiquem a saber que os dois do costume estão a discutir se um feriado é ou não um dia útil.
Manuel Moreira defende que um feriado é um dia útil, e mais não digo.

O que fazer com AFT, MM e JCP?

José Carlos Pereira, que eu respeito por ser um grande animador da blogsfera Marcoense, tem uma pedra no sapato que se chama Artur Melo.

A propósito de tudo e de nada associa este nome a tudo que se passa de menos bom no nosso concelho. A última vez foi na sequência das tristes figuras que Avelino Ferreira Torres e Manuel Moreira tem realizado nas últimas reuniões do executivo camarário. Ambos são iguais no desrespeito pelos seus iguais e nisso José Carlos Pereira até incentiva estas disputas verbais ao dizer que "Manuel Moreira tem de responder à letra".

Será que o Presidente e este seu apoiante não percebem que estão a entrar no jogo de Avelino Ferreira Torres? Não percebem que serem iguais não os torna diferentes? E também não perceberão que este é muito mais astuto que os dois juntos?

Mas o que não percebo mesmo é que se tente sempre meter Artur Melo no mesmo saco. Ou até percebo, quando não se quer admitir que Artur Melo é muito diferente dos dois primeiros.

Basta assistir-se às reuniões do executivo ou lerem-se as respectivas actas para se perceber que Artur Melo, e mais um ou outro vereador, não tem nada a ver com os disparates destes dois. Basta conhecer-se uns e outros para se verem as diferenças.

Mas o que provam estes constantes ataques é que o verdadeiro alvo a abater talvez não seja Avelino Ferreira Torres. Afinal, como já várias vezes disse, este não é assim tão diferente daquele que quer mudar o Marco tranquilamente.

Militantes arriscam expulsão por concorrerem em lista independente

Afinal também existem expulsões de militantes no PSD, como podem ler aqui.

Estão todos loucos, menos o John Terry

Não chegava os políticos estarem loucos, e estarem a colocar em jogo o futuro a curto prazo dos portugueses, como se pode ler aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui e aqui. Já que o futuro a longo prazo está totalmente posto em causa há muitos anos.

Agora também estão loucos os jornalistas, depois da estórias de Crespo, que podem ser lidas aqui, aqui, aqui, aqui e aqui. Temos o Caso Moniz que pode ser lido agora aqui, aqui, aqui e aqui.

Será que este vírus da loucura é tão forte e virulento que ninguém percebe que estão a por em causa a estabilidade de Portugal? Se existem contas para ajustar façam isso em privado, porque os portugueses o que querem é bom senso e quem nos guie para fora deste lamaçal.

Está a bolsa a descer, o CDS a subir, o déficit a crescer, os impostos a aumentar, o desemprego a disparar e se ao menos fizessemos como os ingleses que falam de assuntos sérios, como os do escândalo de John Terry que só fez o favor de engravidar a mulher do amigo.

E que migalhas!

Por recomendação de um leitor li e também recomendo o artigo de opinião de Manuel António Pina no JN com o título Umas "migalhas" para Jardim.

Mas se Jardim tem o PSD como refém, nós neste jardim à beira-mar plantado estamos reféns de ambos.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

O gambozino

Possivelmente existem . . .
Este animal imaginário também é conhecido por Pio-Pardo, dizem-me.
Eu tenho outra teoria. Gambozinos existem e são seres complicados!
Consegue ser paciente e traiçoeiro em defesa dos seus interesses. Negoceia com o bicho mau, convive muito mal com os seus semelhantes, chegando mesmo a vias de facto. Tem também a caracteristica sui generis de emitir sons incompreensiveis. Muito aluado, talvez por ter demasiada imaginação, desorienta-se com facilidade, encontrando-se com frequência no terreno do vizinho . . . Estamos, naturalmente, em plena selva.
Bem, afinal existem ! Posso garantir que poderão ser vistos numa rua perto de nós!

Coisas a propósito das quais os marcoenses se reunem

Hoje contactei com uma instituição marcoense que se destina a apoiar algo que no Marco há muito pouco: O empreendedorismo. "No Marco empreende-se pouco", queixou-se a simpática técnica com quem me reuni. Depreendi imediatamente que a jovem nunca se tinha "metido" na política.
Porque há campos em que os marcoenses empreendem: O Mexerico, o Compadrio, a Desonestidade intelectual, a Mesquinhez e um desporto muito interessante que é a mistura de assuntos pessoais com políticos. Também há aquele de confundir quotas com cotas, mas num engenheiro até é compreensível dependendo da cota a que se está na escala da traição aos camaradas de partido. Ah! Já me esquecia da organização de jantares com adversários políticos em altura de pré-campanha, tudo em nome da amizade. Claro!

Orçamento de Súbditos

Tive acesso à acta da reunião da Assembleia Municipal de 19 de Dezembro de 2009, que aprovou o Plano Plurianual de Investimento e Orçamento para o ano financeiro de 2010, o mesmo que irá ser discutido amanhã de novo.

Para não variar, não pude recorrer ao site recentemente inagurado da Assembleia Municipal, pois a acta ainda não está lá. Serão atrasos do sistema.

Pouco se discutiu e menos se esclareceu pela parte do executivo proponente destes documentos, chegando ao ponto de na própria acta se omitirem perguntas e os esclarecimentos do Presidente ficarem para ser dados mais tarde por escrito. Conto que estes nos cheguem na próxima acta.

Agora o que considerei mais interessante foi a discussão (ou falta dela) por parte dos Presidentes das Juntas de Freguesia. Com 31 presentes esperaria ler uma forte defesa dos interesses dos seus eleitores por parte destes, mas o que li foi precisamente o contrário, com raras excepções.

Logo no início Maria Fátima Novais, Presidente da Junta de Tabuado, "apelou a que o executivo seja justo e equilibrado na distribuição de verbas pelas freguesias", claro que estamos a falar de uma autarca laranja que em vez de neste momento defender que o documento que iria discutir tivesse logo definido a verba a ser distribuída para a sua freguesia acabou por ficar nas mãos do seu Presidente e com isso deixar-se manipular ao longo do mandato que começa.

Que eu tivesse percebido só o deputado João Valdoleiros "considerou que as juntas de freguesia deveriam ter conhecimento dos montantes previstos para cada uma". Pessoalmente considero que esta definição das verbas por freguesia é o mínimo que se pode pedir de um documento destes, para evitar manipulações, para não ter que usar palavras mais fortes (Atenção ao Plano da Prevenção de Riscos de Corrupção que também vai ser discutido amanhã).

A contestação foi já maior na discussão do Protocolo entre a Câmara Municipal do Marco de Canaveses e as Juntas de Freguesia –Manutenção e Valorização dos Estabelecimentos Públicos Educação Pré-escolar e do 1.º Ciclo do Ensino Básico, que consistiu na atribuição de "um subsidio de €400.00, às Juntas de Freguesia, para que as mesmas pudessem aplicar nas escolas em tarefas elementares", penso que por sala e anual. Nunca vi tão pouco interesse pelo bem estar das crianças de um concelho. Fiquei sem palavras. É nestes momentos que não posso deixar de recordar os milhares de euros que se gastaram na tomada de posse dos autarcas.

Mas aqui realço uma nova intervenção de Maria Fátima Novais "referindo que as Juntas de Freguesia por uma maior proximidade com as escolas, têm sabido gerir de forma cabal o subsidio atribuído, tendo sempre contado com o apoio da Câmara Municipal para alguma necessidade extra".

Mais uma vez vejo um autarca que colabora com a centralização da distribuição dos subsídios do Presidente da autarquia.

A República Portuguesa faz Cem anos e um dos lemas da mesma é:

Súbditos? Não! Somos Cidadãos!