sábado, 8 de maio de 2010

Cortes, cortes e mais cortes

Era inevitável. José Sócrates "anunciou o adiamento dos investimentos públicos que ainda não estão adjudicados como o aeroporto de Lisboa e Terceira Travessia do Tejo", pode ler-se aqui.

"Todos os países com défices elevados foram forçados a dar passos concretos de aceleração da consolidação orçamental para convencer os mercados financeiros da seriedade com que os respectivos governos estão a atacar o desequilíbrio das contas públicas."

Independentemente do mérito que poderia ter o início destas obras para alavancar algum investimento e evitar o agravamento do desemprego no sector das obras públicas, estas obras neste momento de crise teriam sempre um impacto negativo, na minha opinião, na recuperação económica e financeira do país. Nunca acreditei que teriam início num futuro breve porque independentemente da vontade política seriam necessários recursos financeiros que não estava a ver como o nosso país conseguiria atrair. Trata-se de facto duma situação de  realpolitik, a realidade entra nua e crua pelos gabinetes dos políticos. E atenção que esta falta de realismo nas promessas que se realizam ao povo português não são só destes últimos mandatos socialistas, atravessam vários governos de várias cores políticas.

Mais perto de nós, nos gabinetes da nossa câmara esta "nuvem de realismos" ainda não chegou, quando chegar teremos dado o primeiro passo para a recuperação. Até lá vivemos na ilusão.

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