A boa capacidade de gestão vê-se quando os recursos disponíveis são escassos, pois se tivermos uma capacidade infinita destes qualquer um pode realizar obra e contentar todos. Neste momento a situação da Câmara Municipal de Marco de Canaveses tem uma capacidade muito limitada de recursos e para o futuro prevejo que a dificuldade ainda será maior.
Mas estarmos a lamentar a herança do passado para justificar constantemente a incapacidade de resolver os nossos problemas do presente só impedirá que se construa algo para o futuro.
Assim, na minha opinião, deveriam ser discutidos as acções necessárias a inverter esta situação. A primeira acção que o executivo deveria tomar era conseguir saber com exactidão qual a situação das contas da autarquia. Para isso não necessárias implementar três medidas fundamentais que tem vindo a ser adiadas por dificuldades várias:
- Determinar com rigor o Imobilizado da autarquia. Não se consegue perceber que anos depois da implementação do POCAL se continue a prometer que esta tarefa será realizada em breve. Sei muito bem que é uma tarefa complicada, mas tem que ser realizada rapidamente e sem mais demoras.
- Determinar quais são as Existências da autarquia e controlar as mesmas. É outra exigência do POCAL e além disso é uma das mais elementares regras de boa gestão, não permite só obter o verdadeiro valor das existências como dos custos associados, e dificulta desvios que por muito que se possa confiar nas pessoas sempre existirão. No mínimo uma inventariação periódica das existências e um controlo da movimentações das mesmas seria mandatório, até porque é um sistema de fácil implementação.
- Implementar a Contabilidade de Custos. É também uma exigência do POCAL, e sem esta ferramenta é muito difícil ter capacidade de decisão sobre como e onde se utilizam os recursos financeiros. Impede também uma correcta contabilização das várias obras que são executadas.
A tarefas associadas a estas três medidas estão já claramente definidas e atribuídas na Estrutura e Regulamento dos Serviços da CMMC e não são de difícil implementação se existir uma liderança forte e determinada que conjuntamente com um mínimo conhecimento das respectivas áreas possam ser implementadas em questão de poucos meses e não de vários anos. Neste aspecto não posso ser acusado de demagogo pois se existem áreas que bem conheço são estas pois durante toda minha vida profissional, de mais de um quarto de século, implementei e continuo a implementar sistemas destes em organizações das mais variadas dimensões.
Meu caro Jorge Valdoleiros.As suas intervenções denotam que o meu amigo é um expert em matéria de contas,orçamentos,etc..
ResponderEliminarOutro tanto,por tudo quanto tenho apreciado, não acontece com quem aceitou ser responsável pelo pelouro desta área na nossa autarquia.
Se quisermos ser rigorosos,o responsável máximo desta situação é Manuel Moreira,pois ao fim dum mandato de 1.460 dias (4 anos),desconhecia(e dou-lhe o benefício da dúvida),que a autarquia que geria,ainda não tinha implementado o controlo dos 3 itens que o Jorge Valdoleiros apontou,absolutamente indispensáveis para que se possa avalizar tal gestão.
Ora para quem culpa e culpava Ferreira Torres de tudo e mais alguma coisa(e bem),tais lapsos,como os apontados por si,não o deixam também lá muito bem visto.
Pena é que a maioria do eleitorado Marcuense, não perceba nada do assunto e se deixe enrolar pelas falinhas mansas,pelas festas e festinhas.
Esperemos que,num futuro próximo,os eleitores Marcuenses,possam mais esclarecidos,deixar de serem encantados pelas palavras da mudança tranquila.
Antes de mais agradeço as suas palavras simpáticas sobre os meus conhecimentos, mas por motivos profissionais estive sempre ligado a estas áreas assim a minha experiência deve-se à sorte de nestes anos ter podido trabalhar e apreender com um conjunto muito alargado de especialistas destas matérias.
ResponderEliminarSobre o conhecimento desta realidade por parte de Manuel Moreira posso garantir-lhe que o tinha, pois são claramente mencionadas estas situações nos relatórios gestão da sua responsabilidade.
Sobre os eleitores Marcoenses acredito que já nas últimas eleições estariam conscientes do valor de MM, o que se passou foi a típica escolha do mal menor. Opção bem consciente de alguns (ex)políticos do Marco que bem defenderam esta causa.