domingo, 2 de maio de 2010

Para sempre, Mãe

Por que Deus permite
que as mães vão-se embora? Mãe não tem limite,
é tempo sem hora,
luz que não apaga
quando sopra o vento
e chuva desaba,
veludo escondido
na pele enrugada,
água pura, ar puro,
puro pensamento.

Morrer acontece
com o que é breve e passa
sem deixar vestígio.
Mãe, na sua graça,
é eternidade.
Por que Deus se lembra
- mistério profundo -
de tirá-la um dia?
Fosse eu Rei do Mundo,
baixava uma lei:
Mãe não morre nunca,
mãe ficará sempre
junto de seu filho
e ele, velho embora,
será pequenino
feito grão de milho.

Poema dedicado ao Dia da Mãe de Carlos Drummond de Andrade
Detalhe da Tela de Gustav Klimt  ‘As três fases da mulher’

PS: Poema enviado por um leitor do blog para comemorar este Dia da Mãe.

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