segunda-feira, 30 de maio de 2011

Perspectivas, por António Ferreira

Já tinha lido que a convicção religiosa de um autarca tinha condicionado a sua atitude na tomada de uma determinada decisão. Há dias fiquei a saber que um outro autarca, “todas as noites”, reza pelo autarca adversário.

Também tive conhecimento que num acto oficial um cidadão usou da palavra para criticar um autarca a quem não foi concedido o direito de resposta. As críticas foram quase unânimes.
Há dias, tive oportunidade de assistir ao inicio do que perspectivei como mais um ataque a um autarca. Desconheço se lhe foi dada oportunidade de defesa ou se o visado ignorou o incidente.

Há dias fiquei a saber que para uma determinada classe profissional, além da classificação obtida no final da formação, normalmente expressa numa escala de 0 a 20, há uma outra escala obtida por analogia com o mercado automóvel. Assim, temos os Rolls-Royce, os BMW de gama alta e os outros. Há uma autarquia que recorre ao serviço dos BMW’s, por insuficiência de fundos para “andar” de Rolls-Royce. Na minha opinião essa “marca”, contratada “no estrangeiro” nunca ganhou qualquer processo. Os da “casa” nunca perderam nenhuma demanda. Só não percebi de onde advém a competência para esta hierarquização.
Inferi que alguns são criticados por não se oporem à realização de obras não cabimentadas e os mesmos críticos quando incorrem no mesmo erro admitem que “foram pressionados”.

Há dias percebi que há eventos onde se aprende pouco.

Há dias assim

Fundação Santo António – Comemora Dia Mundial da Criança

A Fundação Santo António em parceria com a Junta de Freguesia de Vila Boa do Bispo, promove, uma vez mais, a comemoração do DIA MUNDIAL DA CRIANÇA, no próximo dia 1 de Junho, a partir das 10 horas, na Sede da Instituição, em Vila Boa do Bispo, Marco de Canaveses.

Este evento conta com a colaboração de seis Cursos de Educação e Formação das entidades formativas Margem, Lda. e Perímetro, Lda. e dirige-se, preferencialmente, às crianças dos Jardins de Infância e Escolas do 1º Ciclo da freguesia de Vila Boa do Bispo a que se associam os utentes do Centro de Dia da Casa-do-Povo de Vila Boa do Bispo, utentes da Cercimarco, utentes da Fundação Santo António e muitos outros colaboradores, voluntários e amigos.

Esperam-se cerca de 500 participantes que na manhã do dia 1-6-2011, desfrutarão das inúmeras actividades programadas no PARQUE DOS SORRISOS.

Será, certamente, uma manhã de convívio com muita alegria e animação entre os mais jovens aos quais se associarão os mais crescidos e vários representantes de entidades locais bem como da autarquia para comemorar este dia especial para os mais novos.

Futre, os políticos… e a SIC

A SIC ontem demonstrou de um modo vergonhoso como é que uma certa “elite” trata os portugueses menos desfavorecidos. Durante todo dia e de um modo totalmente ostentatório aquele canal transmitiu aos portugueses como é que uma “elite” goza de todas as mordomias enquanto os portugueses das classes média e baixa sofrem todos os dias com a crise.

Pelos vistos é isto que o canal de Pinto Balsemão defende para o país, uns (e poucos) a usufruírem das mordomias e outros a pagarem tudo e ainda a serem acusados de viverem acima das suas possibilidades. Se existem portugueses que acreditam nesta visão do mundo em que uns são barões e os outros são criados, em que uns são obrigados a realizar todos os sacrifícios e outros continuam a viver à grande e à francesa. Se alguns acreditam numa sociedade insustentável em que é possível que uma grande maioria viva na maior profunda crise e uma minoria ostente o maior despudor pelas dificuldades dos primeiros.

Eu sinto-me envergonhado, sinto-me espoliado, sinto-me revoltado e sobretudo enganado.

No meio de toda essa festa Futre foi diferente, e deixou um recado aos políticos, e … a todos aqueles que estavam naquela sala que se esqueceram das dificuldades dos portugueses.

domingo, 29 de maio de 2011

Demasiado mau para ser verdade

Ontem em Braga cerca de dez crianças foram apanhadas na arruada do PSD. 

A tuba dirigiu-se para a feira romana onde estavam crianças a tocar. Com Passos Coelho a aproximar-se, algumas crianças, apertadas entre a multidão começaram a chorar. Uma mãe, visivelmente nervosa dizia ao: "Eu não encontro a minha filha". A mulher pediu para falar com o líder do PSD a quem disse que não concordava com a presença dele ali, uma vez que estavam ali crianças.

As jornalistas do i e da tvi24.pt foram ameaçadas. Pode-se ler aqui e aqui.

Como se não chegasse a arruada dirigiu-se para o lugar onde se estava a preparar o comício do PS.

Talvez as provocações que têm sido realizadas nos últimos dias em comício do PS não sejam actos isolados, o que me faz perguntar.

É esta a democracia que Passos Coelho quer para o nosso país?

Momentos de uma campanha eleitoral V



"Uma enxadazinha fazia-lhe bem", diz Passos a quem o manda trabalhar.

Percebe-se o nervosismo crescente de Pedro Passos Coelho nesta campanha. Os portugueses tem também de avaliar a capacidade de um candidato conseguir decidir e agir debaixo da pressão a que os próximos governantes vão ter que suportar.

Nota negativa para Passos.

sábado, 28 de maio de 2011

Verdade e Rigor (Juros da Dívida Pública)

Momentos de uma campanha eleitoral IV

Vale a pena ler aqui "campanhas sujas ", por O Jumento.

"O Presidente da República pediu e algumas personalidades já fizeram referência a esse apelo, mas a verdade é que a presente campanha é uma das mais sujas de que Portugal tem memória".

Momentos de uma campanha eleitoral III

 Vale a pena ler aqui "o acelerador de mentiras", por O Jumento.

[...] Mas com este caso infeliz das supostas nomeações metidas na gaveta para ludibriar os próximos governantes, que segundo Miguel Relvas deverão ser uns idiotas chapados nomeados por Passos Coelho percebe-se que a grande função do secretário-geral do PSD é a de acelerador de mentiras [...]

Não existindo factos para criticar inventam-se estórias que se mostram totalmente insustentáveis.

Momentos de uma campanha eleitoral II

Sócrates agora comparado a Drácula, pode-se ler aqui.

Primeiro Sócrates foi comparado a Hitler (por Eduardo Catroga); depois a Saddam Hussein (por Nuno Morais Sarmento); agora José Luís Arnaut decidiu fazer uma nova comparação. Desta vez com uma figura de ficção.

"Estamos a viver um momento em que o Drácula se quer passar por vítima. Mas nós sabemos quem é o Drácula e quem são as vítimas".

Depois de uma má proposta de revisão constitucional, de um mau program eleitoral, de muitas poucas ideias com apoio dos portugueses restou ao PSD recorrer ao insulto. Em verdade e rigor deste modo o povo português fica totalmente esclarecido do que poderia esperar de um governo PSD.

Insultos.

Momentos de uma campanha eleitoral I

Pires de Lima desafia Passos a pôr PSD "na ordem", pode-se ler aqui.

"Se tem autoridade no seu partido, está na hora de pôr ordem na sua gente, não toda, mas alguma que se está a comportar menos bem", lembrando que durante o dia ouviu "uma série de comentários de que não gostei".

Depois de ter sido ultrapassado pela direita pelo PSD, o CDS começa a perceber em verdade e rigor os comportamentos da actual equipa dirigente do PSD.

terça-feira, 24 de maio de 2011

Comunicado do PS/Marco

O líder do Partido Socialista marcoense pede para divulgar o seguinte:

O Partido Socialista de Marco de Canaveses congratula-se com a decisão do Governo de Portugal em conceder um novo plano de reequilíbrio financeiro para a autarquia no valor de 7 milhões de euros. Este plano tinha sido aprovado pelo município em Abril de 2009 e teve no dia 18 deste mês despacho conjunto favorável pelas Secretarias de Estado da Administração Local e do Orçamento.

A partir de agora as empresas credoras do município que se encontravam numa situação de ruptura financeira, com ameaças de fecharem as portas e criarem ainda mais desemprego num concelho já de si tão debilitado neste aspecto, vão poder receber aquilo a que têm direito, respirar e ter um novo alento, podendo continuar a contribuir para a economia local. Ao decidir desta forma, o Governo foi, também, sensível aos argumentos que lhe apresentamos e deu mostras de grande atenção aos problemas sociais e económicos que o município enfrenta.

Porém, a par da satisfação que esta decisão nos merece fica desde já a autarquia obrigada a um conjunto de medidas para que consiga cumprir cabalmente aquilo que apresentou no referido Plano. Deverá ser reduzido o excesso de endividamento líquido total para o nível zero até 2017 e manter-se assim até 2025; as despesas com o pessoal, incluindo tarefas e avenças, deverão ser no máximo 40% das receitas correntes, quando actualmente são mais de 44%; o prazo de pagamento de médio durante este período deverá ser inferior a 40 dias, o que não acontece actualmente.

Aproximam-se, pois, tempos de grande exigência aos quais devemos dar o nosso melhor contributo. Querendo o PS/Marco continuar a contribuir para a melhoria da situação no município, suscitará na próxima reunião pública da Câmara Municipal a discussão deste tema, nomeadamente para o pleno conhecimento do Plano apresentado no anterior mandato. Só com este documento em mão poderemos aferir qual o destino da verba de 7 milhões, sendo certo que a aprovação deste Plano consigna aquela verba ao que dele consta, ou seja, somente poderá ser usada para aquilo que foi pedida.

O Governo respondeu afirmativamente aos anseios do município, permitindo terminar com um conjunto de situações que penalizavam as contas da autarquia e muitas empresas e famílias que destas dependem; cabe-nos, agora, a difícil tarefa de cumprir o atrás estipulado e para isso é necessária uma nova política financeira. Se falharmos com esta nova oportunidade que nos é dada, será pouco provável que venhamos a ter outra, dados os constrangimentos que o país vive. Por isso, cada uma das forças políticas deverá assumir as suas responsabilidades.

O PS/Marco fiel aos seus compromissos e acção desenvolvida até agora nos órgãos municipais, espera pela discussão que se fará na próxima quinta-feira, pelas 15h00, em sede de reunião de Câmara e estabelecerá, a partir daí, um conjunto de iniciativas que irão ao encontro do que se nos pede: maior exigência e rigor na gestão das contas públicas.

Tal como agora, os marcoenses poderão no futuro continuar a contar com o PS.


Artur Melo,
Presidente da CPC do PS/Marco

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Formas estranhas de criar emprego, por O Jumento

Ler na íntegra aqui no blog O Jumento.

É verdade que a longo prazo a liberalização do mercado de trabalho pode gerar emprego, mas prometer reduzir o desemprego num horizonte temporal de curto prazo facilitando o despedimento é tentar enganar os eleitores[...]

É verdade que a médio e longo prazo a redução das contribuições para a Segurança social poderão criar emprego, ao reduzir os custos do factor trabalho funciona como um estímulo ao investimento. Mas também é verdade que nenhum dos muitos desempregados encontrará emprego nos próximos meses graças a esta redução, aliás, por força da contracção da procura em consequência do aumento dos impostos sobre o consumo para compensar as despesas financeiras da redução nas contribuições é muito provável que sejam muito mais os que perdem o emprego devido à contracção da procura do que os que o encontram em consequência do aumento do investimento. Leva muito menos tempo a encerrar uma empresa que faliu por quebra da procura dos seus produtos do que a criar emprego com um novo investimento que levará muitos meses a ser concretizado.

Combinando as duas medidas poder-se-á dizer que as empresas penalizadas pela quebra do consumo aproveitar-se-ão da liberação dos despedimentos para despedir empregados. As duas medidas combinadas poderão criar emprego a longo prazo, mas a curto e médio prazo gerarão muito desemprego e nada nos garante que o saldo seja positivo. Além disso, ambas as medidas contribuem para a recessão, traduzir-se-ão numa redução dos impostos e contribuições ao mesmo tempo que aumentarão as despesas sociais, a consequência disso serão novos aumentos de impostos para manter os objectivos do défice e ao mesmo tempo pagar a dívida externa[...]

Os únicos beneficiados com esta redução são os grandes empregadores que transferirão as reduções nas contribuição directamente para os lucros, um ano depois o dinheiro que os portugueses pagaram em aumentos do IVA sobre produtos básicos será transferido para dividendos dos accionistas da PT, da EDP, dos Bancos, da SONAE, do Pingo Doce e de outras empresas que exploram um mercado onde a a concorrência é tão escassa que nem faz sentido falar de competitividade[...]

Não acredito nestas propostas e penso ser uma grande desonestidade intelectual a sua apresentação com o argumento de que vão aumentar o emprego.

Nova inoportunidade, por Leonel Moura

A ler na íntegra aqui no Jornal de Negócios.

Que Pedro Passos Coelho não está preparado para ser primeiro-ministro é uma evidência.

Aliás, não está sequer preparado para fazer uma campanha eleitoral digna desse nome. Os dislates são diários. A necessidade de explicar, emendar e desdizer uma constante.

O mais recente episódio [...] prende-se com o programa das Novas Oportunidades. Passos Coelho decidiu insultar as centenas de milhares de portugueses que nos últimos anos se esforçaram por melhorar a sua formação. Não se coibiu, com a arrogância habitual, de passar, a todos, um atestado de ignorância. Mas, bem vistas as coisas, neste assunto o maior ignorante é mesmo ele.

Criado inicialmente pelo governo de Durão Barroso com o objetivo de certificar competências, foi bastante ampliado nos governos de José Sócrates no contexto da sua política de forte aposta na educação. [...]

O reacionarismo local nunca gostou da ideia. Uns por elitismo, outros por atraso cultural. Os primeiros, na sua maioria senhores doutores, não gostam de ver a ralé aceder ao conhecimento. Os segundos, ainda não perceberam do que é feito o mundo de hoje e vivem noutro tempo, lá muito para trás. [...]

Passos Coelho claramente não percebe. Ainda jovem tem uma visão arcaica da educação. Considera que a requalificação das escolas é um luxo e que a profissionalização dos adultos um embuste. São "slogans" que lhe ficam mal e que só mostram impreparação. Como alguém disse, quem acha que a educação é cara, então faça as contas a quanto custa a ignorância.

Na ânsia de desfazer tudo o que Sócrates fez, Passos Coelho vai assim alinhando com as posições mais retrógradas. Hoje o PSD, que em tempos foi social-democrata, define-se como um partido contra a educação, a ciência e a cultura.

Por isso, com tantas e tão frequentes inoportunidades, talvez não fosse má ideia Passos Coelho ir até ao Brasil fazer companhia a Eduardo Catroga e esperar, na praia, pelo resultado das eleições. O país agradecia.

sábado, 21 de maio de 2011

Testes Nacionais do 9º ano

Ou quando não se gostam de comentários.

Aqui no Blasfémias li um post intitulado "Paixão pela Educação" onde se tentava denunciar o facilitismo dos testes nacionais dos alunos do 9º ano.

Apontaram-se três das perguntas em especial para comprovarem este mito urbano. Eu li o post, li os comentários e tive o cuidado de ir ler a totalidade do exame.

De facto o exame não é assim tão fácil como querem dar a entender e pelo que está escrito no Blasfémias em duas das três perguntas que estavam em causa para meu espanto os inteligentes comentadores enganaram-se nas respostas. Nada de mais pois é sempre fácil criticar para quem eventualmente teria negativa neste teste nacional.

Pior é que coloquei um comentário às 17h30, onde basicamente desafiava os autores dos vários comentários depreciativos a terem coragem para responder ao referido teste, para eu então começar a rir.

Quando às 20:51 vou verificar se algum administrador do Blasfémias se deu ao trabalho de aprovar o meu comentário, verifico (o que pode ser comprovado pela imagem abaixo) que o meu comentário aguardava a aprovação apesar de uma grande número de comentários realizados posteriormente terem sido entretanto aprovados.



Será que os autores do Blasfémias estão atrapalhados em responder ao teste nacional dos alunos do 9º ano?

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Verdade e Rigor (Números)

Nos últimos anos o número mais discutido tem sido o valor do défice (ou défices) que afinal está na origem da actual intervenção da “troika” ou triunvirato. Os últimos Orçamentos Gerais do Estado e os PEC’s foram altamente influenciados pelos valores altos do défice e quase todos os partidos concordaram que a prioridade deveria ser baixar este valor. Os 78 mil milhões de Euros serão disponibilizados se o Governo, que seja escolhido em função dos resultados eleitorais de 5 de Junho, cumpra esse rigoroso programa de intervenção na economia.

Medidas como cortar o investimento público, cortar os custos no Estado, diminuir as transferências para as regiões e para as autarquias, aumentar a poupança dos cidadãos, aumentar impostos, diminuir apoios sociais, ou medidas como diminuir os funcionários públicos, encerrar institutos do Estado, diminuir o número de concelhos e freguesias, entre muitas outras medidas de cortes de custos vão sem dúvida diminuir o défice (ou défices).

O que eu concordo. Estas medidas além de serem inevitáveis para corrigir erros de despesismos de anos a fio, que a não serem tomadas implicariam consequências muito mais gravosas para todos nós.

Mas estas medidas tem outras consequências na economia menos desejáveis.

Qualquer pessoa com o mínimo de conhecimento de Economia tem obrigação de saber que estas medidas em Verdade e Rigor provocam recessão económica e desemprego.

Se diminuímos o investimento, se encerramos organismos do Estado, se forçamos os cidadãos a poupar ou se exigimos que se cortem nos custos o PIB forçosamente diminuirá.

Se diminuímos os funcionários do Estados, das autarquias e das regiões, se paramos investimentos, se existe menos consumo por parte do Estado e dos cidadãos o emprego forçosamente descerá, o que implicará necessariamente um aumento dos desempregados.

Fico é profundamente admirado com as reacções de políticos e comentadores face aos últimos números apresentados sobre o PIB e o Desemprego. Em Verdade e Rigor ou estão a enganar os Portugueses ou são incompetentes, pois a única certeza que posso dar a todos é que nos próximos meses iremos de certeza ter aumento do Desemprego e diminuição do PIB.

O que neste caso por muito desagradável que seja é inevitável.

Só tenho pena é que exista um político que esteja a prometer um aumento do PIB em 3 ou 4% quando deveria saber que isso é praticamente impossível.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Investir na Educação ou, …

Mais um contributo sobre a Educação do nosso estimadíssimo amigo e leitor António Ferreira:


Nos últimos anos tem sido publicada legislação que visa “a prevenção da exclusão social e do abandono escolar e a promoção do sucesso escolar e educativo, de modo que todos, independentemente das suas condições sociais, económicas, culturais e familiares, cumpram a escolaridade obrigatória e tenham a possibilidade de concluir com sucesso o ensino secundário, em qualquer das suas modalidades” (Decreto-lei 55/2009). O mesmo diploma considera modalidades de apoios no âmbito da acção social escolar “os apoios alimentares, os transportes escolares, o alojamento, os auxílios económicos, a prevenção de acidentes e o seguro escolar”.
“Considerando a importância do desenvolvimento de actividades de enriquecimento curricular ou outras actividades extra curriculares, (…), para o desenvolvimento das crianças e consequentemente para o sucesso escolar futuro” (Despacho 16795/2005) e, “tendo presente o papel fundamental que as autarquias e as associações de pais desempenham ao nível da promoção e organização de actividades de enriquecimento curricular que permitem que actualmente muitas escolas do 1.º ciclo proporcionem actividades de enriquecimento curricular” (idem), o diploma define “Regime normal” como, “a distribuição da actividade educativa na educação pré-escolar e curricular no 1.º ciclo do ensino básico pelo período da manhã e da tarde, interrompida para almoço”. De acordo com esta norma, “são obrigatoriamente organizadas em regime normal as actividades educativas na educação pré-escolar e as actividades curriculares do 1.º ciclo do ensino básico”, podendo a título excepcional “dependente da autorização da respectiva direcção regional de educação e unicamente desde que as instalações não o permitam em razão do número de turmas constituídas no estabelecimento de ensino por reporte às salas disponíveis, poderá a actividade curricular no 1.º ciclo do ensino básico ser organizada em regime duplo, com um turno de manhã e outro de tarde”.
Hoje, defender o “regime duplo” e ou “limitar” o acesso às modalidades de apoios no âmbito da acção social escolar, além de eventualmente violar a lei, não se está, salvo melhor opinião, a promover o sucesso escolar e educativo.

…, tentar amealhar tostões com a Educação.

terça-feira, 17 de maio de 2011

Verdade e Rigor (Construção Civil)

Segundo a AECOPS (Associação das Empresas de Construção, Obras Públicas e Serviços), 970 construtoras terão falido durante o ano de 2010, pode-se ler aqui. Este ano durante o primeiro trimestre já se apontam mais de 152 novos casos de insolvência.

Em Outubro de 2008 apareciam  aqui os relatos de Marcoenses que a crise no imobiliário espanhol determinou o regresso a Portugal.

Em Março de 2009 Patrões e trabalhadores de uma empresa de construção civil, manifestavam-se em frente à Câmara de Marco de Canavezes. Reclamavam o pagamento de uma divida de duzentos e cinquenta mil euros. A autarquia respondeu que, nesse momento, não tinha dinheiro disponível.


Em Abril de 2009, podia ler-se aqui que o número de desempregados entre os operários da construção civil poderia subir para os 59 mil e que a crise afectava, entre outros concelhos, Marco Canaveses.

Espanha que continuava a não ser uma alternativa e procuravam-se obras desesperadamente além-fronteiras.

Em Junho de 2010, podia-se ler aqui, que o sector da construção civil continuava a ser um dos mais afectados pela situação económica.

Em Fevereiro de 2011 lia-se aqui que o fim do boom migratório para Espanha deixou as aldeias do Marco de Canaveses ainda mais desertas. Os homens foram para França, Suíça, Angola, Brasil...



Analisando o Portal Estatístico de Informação Empresarial do IRN podemos obter o gráfico que nos dá a evolução do total dos trabalhadores no concelho do Marco e a evolução dos trabalhadores do CAE da construção. As conclusões que podemos chegar são várias, nomeadamente:
    
- O CAE da construção emprega cerca de 50% dos trabalhadores Marcoenses, o que demonstra a grande dependência da economia local deste sector;

- As oscilações na evolução do número total de trabalhadores empregados dependem muito da evolução do número de empregados deste sector;

- Se a crise no sector da construção se continuar a agravar deve-se esperar um agravamento da economia local.

Estando claro que a crise no sector imobiliário ainda esta para durar e que o investimento público em obras públicas será muito limitado nos próximos anos, pergunto:

- Se o cancelamento das obras públicas, com financiamento garantido, como a linha do TGV terão um efeito positivo para a nossa economia local?

- Se uma iniciativa como as Novas Oportunidades que tem como principal objectivo a elevação dos níveis de qualificação de base da população adulta não é fundamental para a população do Marco?

- Se muitos trabalhadores e empresários deste importante sector para o nosso concelho não deverão ponderar muito bem quem deverão apoiar nas próximas eleições?

Menos desemprego no mês de Abril

Analisando os dados do IEFP relativamente ao mês de Abril de 2011 podemos verificar que o número total de Marcoenses inscritos nos centros de emprego era de 3.680 desempregados. Este valor continua numa tendência descendente desde Setembro de 2010. Comparando com mês homólogo do ano anterior registam-se menos 430 inscritos.

A descida no desemprego no concelho do Marco tem sido mais sentida nas mulheres, com um tempo de inscrição inferior a um ano, à procura de um novo emprego, nas idades etárias abaixo dos 35 anos e com formação do 1º ou 2º ciclo do ensino básico.

Papéis e papelões

Completando o que disse o Jorge em baixo, acrescento que o que não leio em lado nenhum nos blogs marcoenses nem ouço em assembleias nem em reuniões públicas, é pessoas ligadas ao PSD a dar opiniões, sugestões ou a propor seja o que for de construtivo. Pelo contrário, os opinion makers e responsáveis ligados ao partido do poder no Marco só sabem achincalhar, apoucar e insultar as pessoas que, na oposição, apresentam propostas para melhorar a nossa terra. Pior ainda quando se ocupam a "deitar abaixo" a família dos mesmos.
Portanto, os socialistas do Marco fazem política, o que custa muito a quem está no poder. Quem está no poder, ou nas suas bordas, faz baixa-política, quando a faz.
Senhor João Moura, quando vier cá, venha com espírito aberto, leia, escute e pense um pouco e, principalmente, pense e fale pela própria cabeça, porque isso é que é bonito. Ah! E conte o número de posts que publicamos e veja em quantos fazemos isso que diz. Se calhar chega a uma estatística bem interessante... E, principalmente, apareça sempre!

Confusão de um leitor

O leitor João Moura escreveu num comentário que:

“De vez em quando, gosto de passar os olhos pelos blogues marcuenses para ver do que falam os ditos bloguers que têm opinião sobre tudo e todos.

O meu espanto é que neste blogue apenas encontrei post a criticar negativamente os partidos da oposição. Porque não encontro textos construtivos e elucidativos sobre o programa que o PS tem para as eleições? Estes senhores do PS Marco não sabem fazer outra coisa que não dizer mal dos outros? Poderiam, de vez em quando, falar sobre os projectos que o partido tem para o país, para o concelho, para o futuro. Mas agora querem imitar o bloco de esquerda ou o PCP? O PS é um partido de Governo, não de oposição. Podem fazer o favor de explicar aos leitores o que pensa o PS para o futuro de Portugal e deixar o negativismo para os pequenos partidos e sem aspiração a governo”.

Estou de acordo que o dever de todos nós é de sermos construtivos e de propormos soluções para o país ou para o nosso concelho. Mas como deve perceber também devemos ser críticos e desmontar a propostas de que não concordamos.

Se estiver atento e em momentos oportunos já aqui deixei propostas minhas, ou de terceiros, que considerei apoiar. Vários leitores do MCN também contribuíram com as suas propostas e sempre que solicitado por autarcas, associações ou qualquer partido político transmitimos também aqui as propostas destas organizações. Sem querer ser exaustivo recordo alguns dos temas propostos, nomeadamente:

- Reorganização das freguesias do Marco (que afinal até o PS, PSD, PP, FMI, BCE e UE concordam necessário);
- Propostas de cortes em algumas despesas no orçamento municipal (que vão ser necessários);
- Moderação nas contratações de funcionários e assessores (que existe agora quem queira ser muito mais radical);
- Ponderação como deveriam ser (re)negociados os contratos da autarquia;
- Cuidado como deveriam ser distribuídos os subsídios às associações;
- Justiça na distribuição dos subsídios às freguesias (que parcialmente foi seguido no último orçamento municipal);
- Defesa da qualidade da água que bebemos e da água dos nossos rios (o que já obrigou a que fossem realizados alguns estudos que mostraram a justificação desta nossa preocupação);
- Preocupação com a sustentabilidade da segurança social;
- Apoio aos idosos isolados do nosso concelho;
- Futuro das energias e a sua influência na nossa biosfera e no impacto na economia;
- Política de taxas municipais;
- Política de apoio ao desporto;

Como vê existem muitas propostas a ser divulgadas e debatidas no MCN. O que devia é não confundir as minhas posições pessoais com as de qualquer partido. Se eu pretender apoiar ou criticar qualquer posição de qualquer partido estarei faze-lo em meu nome. A liberdade de ter uma posição política foi-me dada em 25 de Abril de 1974 e confirmada pela Constituição, e eu vou defender sempre esse meu direito.

Agora não gosto que se "confunda" o cidadão Jorge Valdoleiros com qualquer partido político, pois são coisas bem diferentes.

Mas recordo que o MCN tem como finalidade principal discutir o nosso Marco. E para o bem e para o mal só existem dois partidos que sozinhos ou em coligação governaram esta terra: o PSD e o CDS/PP. Pelo que dada a situação a que chegou este Município é natural que as minhas críticas sejam maioritariamente dirigidas às políticas destes dois partidos.

domingo, 15 de maio de 2011

Confusão e Caciquismo

Alberto João Jardim garante que não haverá na Madeira alterações nas autarquias, pode-se ler aqui. Esta afirmação foi realizada na freguesia da Ilha, concelho de Santana, que tem 15 quilómetros quadrados e possui cerca de 240 habitantes.

A RA da Madeira possui 11 concelhos e além desta pequena freguesia tem outras tais como Jardim do Mar, no concelho da Calheta, e Ribeira da Janela, no concelho de Porto Moniz de dimensão semelhantes.

Será que mais uma vez vamos estar sujeitos a que a Madeira esteja acima da solidariedade nacional e que zonas bem mais pobres tenham que suportar o esforço da austeridade enquanto Alberto João Jardim continua a desbaratar impunemente o dinheiro dos contribuintes.

Afina Paulo Portas tinha razão no debate com Pedro Passos Coelho quando recordou os caciques laranjas do poder local. E lá está o maior de todos a marcar posição.

Mas obviamente que Paulo Portas no seu partido não terá nenhum cacique em funções porque o povo do Marco soube correr com um dos maiores caciques que alguma vez existiram na política portuguesa.

sábado, 14 de maio de 2011

Miguel Sousa Tavares, hoje no Expresso

‘(…) Acho que nunca tinha visto um partido tão mal preparado para uma campanha eleitoral. Certamente que há outra e melhor gente no PSD, mas remeteram-se ou foram remetidos ao silêncio. E, perplexo, o país pergunta-se se são estes, que só acumulam asneiras, disparates, ignorância e incompetência chocantes e até argumentam por palavrões e insultos, que querem mesmo governar Portugal. (…)’

Continuam as confusões no PSD e agora no PP

Para Bruxelas cortar quatro pontos na TSU é "ousado", pode-se ler aqui.

É uma questão complicada. A redução deve ser "importante" [mas] quatro pontos percentuais é alto - não digo que é excessivo mas é preciso pensar bem nisto. Um tal valor deve ser compensado de várias formas. Desde logo, com o IVA através das taxas mais baixas, mas quais?

Engraçado é que aqui também se fala de "importante" e nada mais. Isto porque a tradução de "major" é "importante". Dada a confusão dentro do PSD e sem argumentos para lidar com a questão da TSU, muitos dos seus apoiantes deram um significado diferente a esta palavara.

Se fosse "importante" quantificar o valor da taxa, essa quantificação deveria ter ficado clara no memorando. E não ficou.

Novidade é que no debate de Pedro Passos Coelho e Paulo Portas, que este claramente ganhou, falou-se de "reservas" ao acordo com o triunvirato, como se existissem outros documentos assinados separadamente entre o PSD ou o PP e o trunvirato.

Não, Pedro Passos Coelho e Paulo Portas, os senhores acordaram com o triunvirato exactamente o que está escrito no memorando e como sabem qualquer alteração tem de ser aceite pelo FMI, BCE e UE.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Confusão total no PSD - Parte II|

Pedro Passos Coelho vai alterar o programa eleitoral!

Pode-se ler aqui que Pedro Passos Coelho prometeu esta quinta-feira melhorar o programa eleitoral do PSD para a educação.

Considero uma boa atitude, mas já agora era importante alterar mais uma dezenas de outros pontos do longo programa eleitoral do PSD e esclarecer se o TSU desce 4 pontos, ou 8 pontos ou 10 pontos?

Se é um ponto de cada vez, ou se vai ser "talvez" no fim da legislatura? 

Se é compensada esta diminuição com o IVA da restauração, do vinho ou da cerveja?

Era importante esclarecerem estas coisas que não são pi....lhos.

Afinal Portas só tinha duques, por Manuel António Pina

Por volta do 10º minuto do debate entre Portas e Sócrates da passada segunda-feira, o líder do CDS/PP, depois de levar Sócrates a afirmar que a dívida portuguesa crescera menos que a de outros países europeus, sacou da cartola um gráfico, exibindo-lho, eufórico, e aos queridos telespectadores: "Apanhei-te!". E os comentadores do costume logo festejaram por tudo quanto é jornal e TV: "Vitória a Portas por KO técnico!"

A crer no gráfico de Portas (que, se não foi retirado, pode ser visto na sua página no Facebook), entre 2005 e 2011, anos de Governo PS, Portugal terá sido o país da UE onde a dívida mais cresceu em percentagem do PIB. Estava ali, no gráfico mágico, com números e tudo; e gráficos e números não mentem!

Mas, afinal, mentem. Para pôr o seu gráfico mentir, Portas usou o velho truque estalinista de retocar a fotografia, retirando dela os países cuja dívida tinha crescido mais do que a portuguesa (Irlanda, Grécia, Reino Unido e Letónia). Depois, para a coisa ficar um pouco mais negra, ainda falsificou os rácios da dívida sobre o PIB, aumentando cirurgicamente o de Portugal de 27,2 para 30,2% e, para que o fosso para Espanha e França ficasse maior, diminuindo os destes países de 26,7 para 17,7% e de 20,5 para 15,2%.

Azar de Portas: o "Jornal de Negócios" pagou para ver, verificou os números e lá se foi o "bluff". Com Sócrates com jogo tão fraco, só Portas se lembraria de fazer batota!

O BE e os truques de cartas

O Memorando de Políticas Económicas e Financeiras (MEFP) e o Memorando de Entendimento sobre políticas económicas específicas com condições (MoU) são os dois documentos que consagram o acordo entre o triunvirato e o Governo, como se pode ler aqui. Este acordo foi também aceite por PSD e PP.

O Governo garantiu que não enviou nenhuma carta ao FMI com compromissos adicionais sobre esta matéria, reafirmando aqui que:

“Os compromissos assumidos são apenas os que estão nos dois memorandos”

Passos Coelho desvalorizou essa carta aqui, pois de certeza que sabe que não seria possível existir uma carta nestes termos do Governo com compromissos adicionais. Esta “cartada” de Francisco Louça demonstra a situação de desespero do líder do BE, mas poderá também ser o seu “canto do cisne”.

O acordo refere o “princípio genérico” de redução da tributação que recai sobre os empregadores, sem qualquer quantificação definida, mas Eduardo Catroga sugeriu uma descida de quatro pontos da TSU poderia ser compensada por em termos de receita para o Estado por um rearranjo no IVA que gerasse mais receita, tendo sugerido a eliminação taxa intermédia de 13 por cento.

O primeiro-ministro disse que o objectivo de redução da Taxa Social Única está no acordo, mas referiu que “o Governo ficou de estudar esta medida”. E disse que, o Governo tem em mente uma descida da TSU “pequena” e “gradual”, porque não aceita transferir carga fiscal das entidades patronais para a generalidade dos contribuintes.

De facto o que está escrito no memorando é que as empresas portuguesas vão passar a pagar menos taxa social única. Para compensar os efeitos orçamentais da redução da taxa social única, o memorando prevê diversas medidas, como a alteração da estrutura e das taxas do IVA, novos cortes permanentes na despesa e o aumento de outros impostos, desde que não tenham efeitos nocivos sobre a competitividade. O documento promete medidas para mitigar “o impacto social do aumento das taxas sobre o consumo”, para assegurar que as alterações nas contribuições para a segurança social serão compensadas com a relocação de recursos suficientes para não por em causa a sustentabilidade do sistema de pensões e, por último, medidas que garantem que as alterações nos impostos se traduzem em preços mais baixos.

Agora se o PSD decidiu dar a sua solução para responder a esta imposição do triunvirato ou troika e a mesma não está a ser bem aceite é problema de Pedro Passos Coelho.

Tanto PS, PSD ou CDS terão que respeitar este compromisso, mas nada obriga que José Sócrates explique agora a sua opção. Eu pessoalmente defendo que só faz sentido a descida da TSU para TODAS as empresas se a descida não for compensada com outro tipo de impostos, como é proposto pelo PSD.
Ler aqui Pedro Passos Coelho a exigir que José Sócrates diga como vai reduzir a TSU parece-me irónico para quem demorou tanto tempo a apresentar o seu programa eleitoral.

Pior, só o BE e o CDS, que foram para os debates sem terem tido tempo para apresentar um programa eleitoral que pudesse ser discutido, mas em contrapartida sobrou tempo para "inventarem" factos políticos.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Confusão total no PSD - Parte II

"É muito simples: Eu tenho a minha opinião, o doutor Catroga tem a sua opinião, o engenheiro Carlos Moedas tem a sua opinião, até o doutor Miguel Beleza tem a sua opinião. O Vítor Bento veio também expressar a sua opinião, embora não seja membro do partido".

Declaração de PPC aqui.

Na mesma notícia temos ainda a declaração de Nogueira Leite que afirma:

"Nas contas dos sociais-democratas transmitidas aos jornalistas, está em causa um montante de 7 mil milhões de euros, o que corresponde a uma baixa de 8 a 13 pontos da TSU".

Recordo a minha sugestão anterior que ainda vão a tempo de reflectir sobre o programa eleitoral e criar uma versão 2.0, afinal ainda faltam 25 dias para as eleições.

Confusão total no PSD

Eduardo Catroga em entrevista publicada hoje aqui e aqui lança ainda mais confusão sobre as grandes contradições do “seu” programa eleitoral.

Quando lhe é perguntado como compensará os 1500/1600 milhões de euros que a redução do TSU poderia custar, este não nega este custo. Só afirma que “não há bela sem senão”.

Eduardo Catroga ainda recorda que no seu tempo, “havia apenas a taxa mínima e a máxima”.

E claramente conclui que “A taxa intermédia serve para quê? Há aqui um grande potencial de aumento de receita”.

Ontem no debate que Pedro Passos Coelho teve com o líder do PCP, “garantiu não ser intenção do PSD eliminar a taxa intermédia do IVA, o que faria aumentar os impostos sobre a restauração”.

José Sócrates só tinha acusado o PSD de pretender “aumentar fortemente os impostos”, eliminando a taxa intermédia do IVA. O objectivo é cumprir a redução de quatro pontos percentuais na Taxa Social Única (TSU).

Pelos vistos José Sócrates tinha razão e conhece melhor o longo programa eleitoral do PSD (120 páginas que ninguém vai ler) que o próprio Pedro Passos Coelho. A confusão total pode ler-se aqui.

Carlos Moedas, conselheiro económico de Passos Coelho, afirma aqui que a “quebra de receita para a Segurança Social de 600 milhões de euros”.

Depois confunde-se todo a tentar explicar este valor, como é o caso quando diz que a redução da TSU é só para empresas exportadoras e afirma que "O PSD está consciente de que a aplicação da TSU às empresas exportadoras é uma excepção” e "numa situação extrema como a que o país atravessa, o PSD poderá negociar com a União Europeia este ponto. Ou, no caso de a UE não aceitar que seja apenas aplicada às exportadoras, poderemos aplicar soluções técnicas já estudadas em vários países europeus, para evitar que as empresas dos sectores não transaccionáveis gozem deste benefício".

Afinal quem tem razão nos números Carlos Moedas ou Eduardo Catroga, afinal é uma medida viável ou que poderá afinal não ser aceite pela EU.

Mais uma vez José Sócrates mostra-se melhor preparado do que Pedro Passos Coelho.

Vitor Bento diz que a descida da TSU pode ser “ineficaz” ou até “contraproducente”, pode ler aqui. Nada mais que eu não tivesse já dito aqui.

A confusão não está já só dentro dos próximos de Pedro Passos Coelho mas também nos próximos de Cavaco Silva. Dá que pensar.

Já não falo da confusão que o PSD tem criado nos produtos que devem ou não ter alteração de taxa. Primeiro foi o leite com chocolate e os sumos que deveriam ficar na taxa reduzida. Depois era a questão da cerveja, coca-cola, vinho, e por ai adiante sem uma linha estratégica para a política fiscal.

Mas ainda mais grave é Eduardo Catroga afirmar que “o aumento do IVA da electricidade, são cerca de 400 milhões de euros...”

Que confusão nessas cabeças que pretendem apoiar as empresas diminuindo a TSU e esta diminuição seria compensada com o aumento na electricidade, o que afectaria negativamente as mesmas empresas!

Não era melhor para todos que o PSD voltasse a reflectir sobre o seu programa eleitoral e criasse uma versão 2.0?

Abuso de poder de Ferreira Torres prescreve 15 anos depois

Notícia que pode ser lida aqui no JN.

Uma condenação a dois anos e três meses de prisão aplicada a Ferreira Torres foi declarada prescrita. Ao fim de 15 anos, o ex-autarca do Marco sai completamente "limpo" do caso em que colocou trabalhadores da Câmara a fazer obras na sua quinta particular.

A decisão foi tomada no passado dia 4, pelos juízes do Tribunal da Relação do Porto, na sequência de vários anos de sucessivos recursos para os tribunais superiores. Em 2004, no Tribunal do Marco de Canaveses, Avelino Ferreira Torres fora condenado a três anos de cadeia, com pena suspensa, por crime de peculato. Mas na Relação, em 2006, foi entendido alterar a qualificação do crime para abuso de poder e atenuar a pena para dois anos e três meses.

terça-feira, 10 de maio de 2011

Verdade e Rigor (Crescimento da Dívida)

Portugal não foi o país da União Europeia, nem da Zona Euro, onde a dívida mais cresceu, pode ler-se aqui. Interessante é analisar os três gráficos seguintes que representa a Verdade e o Rigor dos números.







Verdade e Rigor (Dívida Externa Bruta)

A dívida externa bruta (gross external debt) é por definição o total da dívida pública mais dívida privada. Em 2010 o valor desta dívida era de cerca 230% do PIB.

Se analisarmos os dados do Banco de Portugal em Dezembro de 2010 este valor era de 396.510 milhões de euros, do qual o valor da responsabilidade do Governo era de 96.482 milhões de euros (e deste só 11.026 milhões de euros a curto-prazo), cerca de um quarto da dívida externa bruta.

Os restantes dos 300.028 milhões de euros são da responsabilidade de autoridades monetárias (59.971 milhões), instituições financeiras (169.816 milhões), outros sectores (50.501 milhões) e investimento directo (19.741 milhões).

Depois temos que analisar a evolução desta dívida desde 1999 a 2010 onde podemos verificar que este aumento tem sido constante, abrandou um pouco o crescimento entre 2005 e 2008. Voltou a acelerar em 2009 no auge da crise e em 2010 começou a descer.

Mais uma vez atribuir o crescimento unicamente a José Sócrates é ser pouco verdadeiro e muito pouco rigoroso. Não só porque este crescimento tem sido mais ou menos constante ao longo da governação de vários governos PS e PSD/CDS, mas a responsabilidade desta dívida só numa parte menor é que é da responsabilidade do governo.

Mas quando se repetem mentiras, sobretudo utilizando termos que muita pouca gente percebe, tenta-se enganar os portugueses. E isto não é realizado por acaso, na minha opinião é porque quem as faz não tem capacidade para encontrar argumento verdadeiros e rigorosos para criticar a governação de José Sócrates.

Verdade e Rigor (Desemprego)

"Pior taxa de desemprego dos últimos 90 anos" é uma afirmação realizada hoje num comentário deste blog mas que foi dita originalmente aqui, pelo cabeça de lista dos candidatos a deputados de Lisboa do PSD, Fernando Nobre, que deveria ter consciência da grande asneira que dizia.

Esta frase é de uma total falta de verdade e de rigor.

Primeiro porque em rigor só existem registos da taxa de desemprego desde 1983, isto é há 27 anos, como se pode ler aqui.

E se este candidato do PSD tivesse memória poderia lembrar-se como era Portugal nos anos 60, como não tem apresento este pequeno texto retirado da Wikipédia para lhe avivar a memória a ele e a muitos outros portugueses.

"No fim da década de 60, Portugal era um dos países com um rendimento per capita mais baixo da Europa, significando que possuía uma mão-de-obra barata e que muita gente vivia da agricultura de subsistência, que não é geradora de rendimentos, embora tal não signifique que existisse desemprego real, ou que não houvesse produção abundante de alimentos. Havia contudo fortes desequilíbrios regionais em Portugal, com as cidades (principalmente as que ficam junto ao litoral) a expandir-se e a beneficiarem do crescimento económico, e as zonas rurais a continuarem a não se desenvolver ao mesmo ritmo, apesar do crescente número de vias de comunicação e outras infra-estruturas (rede eléctrica, etc.) que nelas iam sendo construídas. O atraso no desenvolvimento das zonas rurais, aliado ao súbito aumento da população a chegar à idade adulta (provocado pela melhoria das condições de saúde e pela diminuição da mortalidade infantil), fez com que se verificasse um excesso populacional e uma certa aversão ao atraso que se vivia nos campos, o que levou quase 2 milhões de pessoas, na grande maioria delas oriundas das zonas rurais, a emigrar ou para as cidades que então estavam a crescer, ou para o estrangeiro, principalmente França, Estados Unidos da América, Canadá e Alemanha (entre os que emigraram para o estrangeiro, contavam-se também muitos jovens que desejavam apenas fugir ao cumprimento do serviço militar em África)".

Outro facto indiscutível é que a somar aos desempregados e a todos aqueles que forma obrigados a emigrar temos 148.000 militares mobilizados "como voluntários" para a Guerra Colonial Portuguesa entre 1961 e 1974 (Fonte: Wikipédia).

A agravar toda essa situação recordo os mais esquecidos, ou a todos os que nasceram depois do 25 de Abril, que não existiam subsídios de desemprego ou rendimentos mínimos assegurados para todos portugueses.

Penso que não é preciso dizer mais sobre as falsidades desta afirmação.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Verdade e Rigor (Ainda a Dívida Pública)

Se formos a outra fonte (CIA The World Factbook) verificamos que Portugal se encontra na 15ª posição do ranking das piores dívidas públicas. Pode ser mau mas em primeiro lugar e à nossa frente está o Japão, e estamos melhores posicionados que países como a Grécia, Islândia, Itália, Singapura, Bélgica, Irlanda, França, entre outros. Muito perto de nós temos a Hungria e a Alemanha, que é considerada como o “motor da Europa”.


Verdade e Rigor (Programa Eleitoral do PSD)

Verdade e Rigor (Programa Eleitoral do CDS/PP)

Verdade e Rigor (Dívida Pública)

Consultado o Eurostat poderemos verificar que a dívida pública (Government consolidated gross debt) em 2005 era de 119.934,1 milhões de euros e em 2010 era de 160.470,0 milhões de euros. Números bastante diferentes daqueles que surgiram neste comentário.

Importa avaliar como evoluíram as dívidas públicas noutros países da união europeia para com verdade e rigor percebermos se o problema é exclusivo de Portugal.



Acedendo à mesma fonte e analisando a dívida pública em percentagem do PIB poderemos verificar que países como a Grécia, Itália e Bélgica tem tido dívidas sempre superiores à nossa. Um país como a Irlanda que era um exemplo da aplicação das medidas neo-liberais quase quadruplicou a sua dívida acabou por nos ultrapassar. Outros países como a Alemanha, França, Hungria ou Malta tem tido um comportamento idêntico ao nosso. Reino Unido ou Países Baixos apesar de ainda terem uma dívida inferior à nossa tem tido nos últimos anos crescimentos muito rápidos da dívida.

Isto são factos que demonstram que nem tudo o que se diz é verdadeiro e rigoroso.

O caso dos Murteirados

2011 tem sido um ano relativamente tranquilo para o Marco. Demasiado tranquilo. Adivinha-se que só a obra da nova Escola Secundária, obra do Governo que a autarquia vai correr a chamar a si, animará um ano (mais um) de inactividade política e não só...
O tema que tem aquecido os ânimos da opinião pública marcoense é o das novas rendas do Bairro dos Murteirados. Para compreender esta questão é preciso sensibilidade. Como percebi em conversa com um representante da Comissão de Moradores, não é num passo apressado que se avalia aquelas casas, não é sem parar, falar e sentir que se percebe o que está em causa. E o que está em causa é a casa de pessoas e com isso não se brinca. É óbvio que, mais uma vez, quem liderou este processo não conhece o problema, não tem sensibilidade, não conhece a lei, não estudou a criação de um bairro que, sem querer, está uns anos à frente em termos da chamada habitação social. O Bairro dos Murteirados, com todos os males que o afligem - a maior parte deles culpa do senhorio, pois quando um senhorio não cuida do imóvel que aluga e o deixa chegar quase à ruína, como pode pensar em aumentar a renda 600% em alguns casos? -, é um exemplo de integração social, pois contém pessoas de todos os estratos e profissões, funcionando como o oposto de um gueto, ao contrário da grande maioria dos bairros sociais criados antes e depois.
Felizmente, desta vez, a sociedade civil da nossa terra uniu-se e não se deixou em enganar. Não cederam nem às ameaças de assistentes sociais ávidas de mostrar serviço nem a políticos que se calhar não estão a servir os interesses da autarquia neste processo. Além disso juntaram-se numa comissão de moradores capaz e que se muniu de ajuda legal, o que já lhes permitiu saber que será possível adiar a decisão ad eternum e, principalmente, impediu a grande maioria dos moradores de assinar um contrato que se mostraria ruinoso.
Se o PSD e os vereadores do MCFT estivessem a servir os interesses dos marcoenses tinham aceite a proposta do vereador socialista de vender as casas, permitindo um encaixe bem superior a um milhão de euros, que tanto jeito daria para requalificar uma zona que se quer nobre.


domingo, 8 de maio de 2011

Dar às empresas mas tirar às famílias

O PSD no seu programa eleitoral divulgado hoje propõe reduzir a contribuição das empresas para a segurança social em 4%, e pelo que muitos comentadores (aqui, aqui e aqui), e até o próprio Presidente da República, já disseram essa diminuição da receita seria compensada pelo aumento do IVA em 3%.

A ideia é de descer os custos das empresas para que estas possam ser mais competitivas e consigam aumentar as exportações, e ao mesmo tempo com o aumento do IVA diminuir a capacidade de compra dos Portugueses e deste modo conseguir reduzir as importações.

Pedro Passos Coelho tinha prometido ir mais longe que a “Troika”, e nesta promessa está a ser honesto. Foi muito mais longe e apresenta uma medida extremamente “Neo-Liberal”. Medida que nem os mais frios técnicos do FMI, BCE ou UE foram capazes de propor.

Analisemos se esta medida terá os efeitos pretendidos.

Para as empresas exportadoras esta medida poderia ser positiva, mas unicamente nas indústrias de mão-de- obra intensiva. Ainda assim, nas minhas contas o impacto seria sempre abaixo dos 1% nos custos dos produtos ou serviços exportados. Agora de facto a concorrência das “nossas indústrias” de mão-de-obra intensiva são países onde os salários são muito mais baixo do que os nossos e não é uma redução deste valor que vai alterar a nossa competitividade.

Para as outras empresas que baseiam a sua estratégia exportadora pelo recurso á inovação e ao aumento da produtividade não acredito que esta alteração vá ter qualquer impacto.

E o aumento da taxa máxima do IVA para 26% que efeito poderá ter?

Sem dúvidas que uma redução de consumo em Portugal, em parte porque as famílias portuguesas não vão ter possibilidade de comprar tantos produtos com o mesmo dinheiro. Mas não podemos ignorar que muitos portugueses das terras próximas de Espanha passarão cada vez mais a deslocarem-se regularmente ao país vizinho para abastecer as suas dispensas. Recordo que esta atitude além de ser inteligente do ponto de vista individual é perfeitamente legal.

O efeito poderá acabar por termos um aumento de importações, pela porta do cavalo, e um efeito nefasto para as empresas portuguesas que irão perder muitos Clientes.

O que poderá acontecer é que este aumento de IVA em 3% poderá em termos absolutos não corresponder ao aumento em valor absoluto esperado. Essa tendência já se tem verificado nos últimos aumentos de IVA.
Com menos Clientes as empresas irão ter mais dificuldades, o desemprego crescerá a uma velocidade maior e aceleramos o ciclo vicioso onde já nos encontramos.

Os técnicos da “Troika” deverão ter testado as suas medidas em modelos económicos para obter as estimativas de crescimento e de desemprego previstas no seu plano.

Os técnicos do PSD, liderados por Eduardo Catorga, deveriam ter realizado os seus próprios testes. Mas parece-me que se terão limitado a utilizar receitas “neo-liberais” tendo fé que elas funcionarão. Eles e Pedro Passos Coelho acreditam no que defendem, ou seja que a mudança do país passa pela adopção deste tipo medidas “neo-liberais”. Se estivessem atentos perceberiam que o “neo-liberalismo” funciona quando a economia cresce.

Se Pedro Passos Coelho tivesse estudado (em vez de andar a colar cartazes na sua juventude) saberia que a solução para as crises de crescimento (ou seja depressões) estão no recurso ao investimento e em conseguir que a população reconquiste poder de compra. Mas essas medidas são Keynesianas, que ao contrário das medidas “neo-liberais” já deram resultado positivo.

Pode parecer estranho a muitos mas a solução para a crise terminar, passa por uma intervenção estatal que aumente a procura efectiva através do aumento dos gastos públicos.

Eu sou empresário e sendo a minha empresa prestadora de serviços teria um benefício nesta redução da contribuição para a segurança social, mas sou inteligente e percebo que o aumento do IVA vai estagnar ainda mais a economia e desse modo o que me vale de ter uma diminuição da contribuição para a segurança social se não tiver Clientes a quem possa prestar os meus serviços.

É por este tipo de medidas que muitos Portugueses cada vez menos acreditam na capacidade de Pedro Passos Coelho para poder liderar um governo que consiga combater a enorme crise que atravessamos.

Fica-me uma dúvida.

Com este programa não seria mais Verdadeiro e Rigoroso que o PSD mudasse de nome e renegasse de vez a Social-Democracia?

sexta-feira, 6 de maio de 2011

AARO na Folhada

Folhada será a próxima freguesia do concelho do Marco de Canaveses a ser explorada por caminheiros ávidos por conhecer novos trilhos, novos locais, novas culturas e novos costumes.
Dia 15 de Maio, caminhe connosco pela encosta da serra da Aboboreira e delicie-se com um conjunto de locais aprazíveis e convidativos ao descanso.


Actividade: Caminhada em Folhada – Marco de Canaveses

Data: 15 Maio de 2011

Local de concentração: Junta de Freguesia da Folhada – Marco de Canaveses

Hora: 09h00

Tipo de percurso: desportivo, ambiental e paisagístico

Distância a percorrer: 11 km em circuito

Duração: cerca de 3h30

Grau de dificuldade: médio-baixo


Contactos para inscrições/informações

918 608 499 / 961 580 149 / 962 631 337

Email: pedestrianismoaaro@gmail.com

Blogue: http://pedestrianismo-aaro.blogspot.com

Feira de Negócios abre amanhã




In
averdade.com:


A Alto Grau, em parceria com a AEMarco, organiza a Feira de Negócios que irá realizar-se nos dias 6, 7 e 8 de Maio, no Pavilhão da Escola EB 2,3 do Marco de Canaveses.

O objectivo é reunir diversas áreas de negócio, desde vestuário, calçado, decoração, mobiliário, stand automóveis, agências de viagens, entre outras, possibilitando aos expositores a venda directa e a promoção da(s) sua(s) marca(s) ao público. Poderão ser vendidos na feira artigos novos (ao preço de mercado) bem como artigos antigos (stocks, com descontos apelativos).

A entrada ao público é gratuita, “fazendo assim com que haja adesão total à feira e, haverá imensas surpresas, concursos e animação!”, refere a organização.

Limpeza do Percurso Pedestre “Pedras, Moinhos e Aromas de Santiago”

A Junta de Freguesia de Soalhães vai proceder à limpeza do Percurso Pedestre “Pedras, Moinhos e Aromas de Santiago”, a realizar no próximo dia 07 de Maio.

Esta acção tem como objectivo a manutenção do PR1 e promover o voluntariado na área da protecção ambiental.

Contamos com a presença do Digníssimo Governador Civil do Porto, Dr. António Fernando Moreira.
O trabalho de parceria é de fulcral importância, e para isso contamos com a habitual participação do Grupo Desportivo e Recreativo de Soalhães, Casa do Povo de Soalhães, Associação dos Amigos do Rio Ovelha e Bombeiros Voluntários do Marco de Canaveses.

Na acção de limpeza do PR1, estará presente o Comandante dos Bombeiros, Albino Loureiro, o Presidente da Casa do Povo Hernani Pereira, o responsável da AARO, Gil Magalhães, e o Presidente do GDRS, Antonio Monteiro.

Programa:

9h00m – Sede da Junta de Freguesia de Soalhães

9h30m - Inicio da acção de limpeza

12h30m - Fim da acção de limpeza

12h45m - Almoço de Confraternização na Tasca do Fumo

Mais informação

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Reformas à força

Sempre foi assim. Só fazemos reformas, mudanças, à força. Foi preciso vir uns tipos de fora dizer-nos que temos que acabar com freguesias a mais e outra gordura que flutua em tantos "sítios" da administração pública. Irrita que só se façam as coisas que são verdadeiramente importantes quando alguém de fora manda, seja a União Europeia a nível de regulamentos e exigências, seja o BCE e o FMI a dizer como devemos gerir o nosso país. É uma prova de incompetência muito grande. Maior só a da Câmara do Marco, que encomendou um estudo a um tal de Daniel Bessa - que agora até parece que anda a colaborar com o PSD no programa eleitoral (grande coincidência, pagámos a "compra" de um "activo " para o PSD...) -, estudo esse que, ao que dizem, custou 50000 euros e não serviu para NADA.
Ao pagar a peritos de fora que sirva para alguma coisa, que se retire de lá algo. Imaginem o que seria uma empresa privada pagar um balúrdio por uma consultadoria e esta dar em nada. Incompetência? Pois.
É esta a diferença entre o Governo do PS e o executivo do Marco do PSD. O Governo nem precisou de pagar a uns tipos para nos dizerem como gerir o país, o PSD no Marco pagou a um tipo para lhe apontar o futuro e simplesmente ignorou-no...

Intervenção de Cristina Vieira na Assembleia Municipal

Considero importante destacar esta intervenção de Cristina Vieira, Presidente da Junta de Freguesia de Soalhães e dirigente nacional do PS, que foi realizada na última reunião da Assembleia Municipal. Na minha opinião esta intervenção repõe a VERDADE e o RIGOR no discurso de alguns políticos locais que quando estão a inaugurar ou apadrinhar determindas obras elas são mérito do executivo camarário, mas se por qualquer razão existe um atraso ou não avançam a culpa é do Governo.

Nas últimas reuniões de assembleia municipal, e ainda hoje mesmo no discurso do Sr. Presidente, podemos constatar que a bancada do PSD tem apresentado e integrado no seu discurso várias criticas (opiniões legitimas) ao investimento (ou neste caso, a falta dele) pelo governo do partido socialista no concelho do Marco de Canaveses .

A minha intervenção surge neste contexto, para acrescentar algum rigor a esse discurso.

Quero lembrar os deputados desta assembleia e os marcuenses que nos ouvem, que o governo do Eng. Sócrates, tem investido no Marco de Canaveses, e vou avivar a memória a todos com alguns exemplos de grandes investimentos, nomeadamente na área da Educação.

- A construção do Centro Escolar (C E) de Sande (900,000€);
- A construção do CE de Vila Boa Bispo (1,5M€);
- A requalificação da Escola Secundária, que custará 12M€;
- Para não elencar aqui um conjunto de medidas do governo socialista que estão implementadas no Marco, nomeadamente a escola a tempo inteiro, o Inglês para todos, o programa do serviço de refeições nas escolas, o computador Magalhães, o programa da fruta escolar, etc, etc..

Na área da Saúde destaco a construção da USF de Alpendorada, uma medida do governo socialista, que melhorou muito a prestação de cuidados de saúde em Alpendorada, o investimento nesta USF, foi de 350,000€.

O alargamento da USF do Marco (centro), que perfaz um investimento de 35,000€. Tal com o as obras na Extensão de Saúde de Soalhães, 20,000€. Na Extensão de Saúde da Livração, o governo socialista investiu 50,000€ nas obras de requalificação. Esta extensão espera-se que vá entrar de novo em funcionamento na 1ª quinzena de Maio.

A nova USF da Feira Nova, que vai ser brevemente construída custará 1M€! Obra do Eng. Sócrates!
Também o apoio às instituições solidariedade social não foi esquecido pelo governo socialista, nomeadamente:

- A instituição Alegria de Crescer, de Rio de Galinhas, de apoio á terceira idade, que foi financiada em 200,000€ pelo programa comunitário PRODER.
- A Casa do povo de Tabuado, financiada em 200,000€ pelo programa comunitário PRODER.
- A Cercimarco, com um projecto de 1M€, de apoio para construção de um Lar para os deficientes. Apoio do programa PARES.
- A IPSS de S. Romão de Carvalhosa, de apoio á terceira idade, com Lar de Idosos, recebeu do governo 381,000€.
- O projecto CAERUS, que é um Contrato Local de Desenvolvimento Social, já tantas vezes aqui referenciado, é financiado pela Segurança Social em 150,000€ ano. Também este é um programa de combate á pobreza e exclusão social, do governo socialista.

E não vou aqui elencar todos os projectos de infra-estruturas, nomeadamente rodoviárias, tais como:
- Variante à EN 321, o governo investiu 1,5M€.
- A supressão das passagens de nível , o governo investiu 8M€.
- A tão desejada ponte sobre o Rio Ovelha (EN 210), consubstancia-se num investimento de 1,5M€.
- O Parque Fluvial , em Sobretâmega, teve um apoio do governo socialista em 800,000€.
- Os caminho rurais em algumas freguesias, tais como Soalhães, financiados pelo programa comunitário PRODER, teve um apoio de 1,05M€.
-O Saneamento também realizado em algumas freguesias, teve um apoio comunitário de 3M€.
- As piscinas de Alpendorada tiveram um apoio de cerca de 700,000€, do governo do Eng. Sócrates.
- O outras pavimentações realizadas ao longo do concelho, as quais o governo de Portugal apoiou em cerca de 700,000€.

Cristina Vieira

quarta-feira, 4 de maio de 2011

O que faz falta é animar a malta



Vale a pena ouvir esta conferência de imprensa dos Homens da Luta. E até anima a malta.

Impacto do Acordo com a "Troika" nas Autarquias

Existe um conjunto de medidas previstas no acordo realizado entre o Governo, os principais partidos nacionais e a "Troika" que vão ter impacto directo nas autarquias, praticamente de imediato, e que obrigarão a uma reacção rápida das mesmas.

Essas medidas, que podem ser lidas aqui e aqui, são:

- Nos próximos dois anos, estas vão sofrer um novo corte nas transferências do Estado, que chegará aos 175 milhões de euros anualmente;

- Ficam congeladas as admissões na administração local;

- Vão ser obrigadas a uma redução total de dois por cento no número de trabalhadores anualmente, entre 2012 e 2014;

- Terão que emagrecer os seus lugares de gestão e unidades administrativas em pelo menos 15 por cento até ao final de 2012;

- A taxa de IVA sobre a electricidade, que é actualmente de seis por cento, vai aumentar, o que deverá ter efeitos nos preços finais, e por consequência um impacto negativo nas contas;

- E, a mais emblemática de todas, será a redução do número de freguesias e municípios, antes das próximas eleições autárquicas, em 2013.

A pergunta que eu faço a todo executivo camarário, a todos deputados municipais, aos 31 presidentes das 31 freguesias e a todos eleitos para as 31 assembleias de freguesia de concelho de Marco de Canaveses é:

“E agora vão tomar alguma atitude ou vão esperar, mais uma vez, que sejam obrigados por terceiros a (re)agir?”

terça-feira, 3 de maio de 2011

Mobilidade do Cidadão Deficiente

Na reunião de Câmara Municipal do passado dia 28/04, o vereador do PS, Artur Melo, apresentou uma proposta para a "Mobilidade do Cidadão Deficiente" que foi aprovada por unanimidade, depois de bastante discussão sobre a sua inclusão na ordem do dia e depois no período de discussão sobre a mesma.

O teor da proposta é o seguinte:

"Considerando que:
  • No concelho existem cidadãos portadores de deficiência física ou motora;
  • Estes não podem ser alvo de situações que os impeçam de se movimentar em espaços e vias adequadas à sua condição;
  • A Avenida 25 de Abril não confere a estes cidadãos as condições de segurança de circulação condizentes com a sua condição;
  • Nesta artéria não se visualizam passadeiras, passeios e outras condições que lhes permitam aí circular;
  • A manutenção desta situação acarreta perigo para os cidadãos portadores de deficiência física ou motora que nela circulam, sobretudo atentatórios à sua integridade física;

O vereador do Partido Socialista propõe que a Câmara Municipal em reunião pública do dia 28 de Abril, aprove o seguinte:

  1. Implementação de todas as condições de circulação pedonal para os cidadãos portadores de deficiência física ou motora, desde o ínicio da Avenida 25 de Abril até à Rotunda do Ferroviário;
  2. Elaboração de um estudo, por parte dos serviços técnicos, relativo às condições de circulação em toda a área urbana para estes cidadãos o qual deverá ser apresentado em reunião de Câmara Municipal, no prazo de 3 meses."

O segundo ponto foi retirado por sugestão do presidente da Câmara com o argumento de que esse estudo já estava elaborado no âmbito da requalificação da cidade.

Aguardemos para ver esse plano e, principalmente, quando começam as obras aprovadas.

Reunião tipo Bollywood

O ambiente nas reuniões públicas de câmara está ao rubro. Quem assiste a estas sessões pode presenciar as constantes agressões verbais entre dois personagens que teimam em não se saber comportar devidamente perante quem os elegeu. Desta vez foi a duração do regimento daquele órgão, tema que também é actual e recorrente na Assembleia Municipal. Para que todos fiquem esclarecidos vamos aos factos.


O período de antes da ordem do dia começou com a habitual informação do presidente da CM. Posto isto, o vereador do PS fez uma declaração para acta sobre as celebrações do 25 de Abril e do seu desconforto por ver sucessivamente o presidente do executivo fazer intervenções em que discorre sobre a sua actividade enquanto autarca em aproveitamento politico-partidário, e de seguida propõe a inclusão de uma proposta sobre a mobilidade do cidadão deficiente, da qual daremos conta posteriormente.


Acontece que Manuel Moreira não queria aceitar aquela proposta e demorou bastante tempo a discutir com Artur Melo sobre a proposta, em vez de ter aceitado ou recusado a mesma.


Quando chegou a vez de Ferreira Torres intervir, este começou de imediato com tom azedo e dizendo que não queria resposta ao que ia dizer. A sua intervenção foi longa e terminou para lá dos 60 minutos regimentais. Quando MM lhe ia responder, este elevou o tom de voz e saindo do lugar foi prostar-se em frente da mesa e de MM, não deixando este falar porque tinha sido ultrapassado o tempo estipulado no regimento. Após várias tentativas para falar, MM suspendeu a reunião, a qual foi retomada mais tarde com a proposta do PSD de se estender o tempo de antes da ordem do dia, de modo a possibilitar a resposta ao vereador do MCFT. Posta à votação, esta foi aprovada com os votos do PSD e PS e contra do MCFT. Mais uma vez, FT postra-se em frente da mesa e não deixa MM falar. O vereador do PS apela ao bom senso para que o presidente pudesse falar. FT insiste que não, a situação cai num impasse e MM retira a sua vontade de falar "por respeito ao órgão". Posto isto, a reunião continua.


Esta cena foi presenciada por alguns munícipes e comunicação social presentes.


Não sabemos se este tom é para manter, mas a sê-lo as reuniões de CM tornar-se-ão num filme quinzenal que ninguém quererá perder.


À boa maneira de Bollywood, na Câmara Municipal perto de si.