O nosso leitor Miguel enviou-nos os seguintes comentários referentes ao post "Barragens destroem o ecossistema do rio Tâmega", considerei este destaque é relevante para os Marcoenses como Nós.
Caro amigo Jorge, gostaria de responder à última questão que deixa no seu post. Existirão outras alternativas?
Pois bem, a nossa vizinha Espanha aposta forte em parques eólicos e em energia solar por painéis fotovoltaicos.
Quem conhece a nossa costa marítima sabe bem, em especial, no Norte como ela é ventosa. Para além das inúmeras serranias onde também não falta a força do vento. Temos "combustível" suficiente para fazer funcionar inúmeros parques eólicos.
Quanto à energia solar, lembrar-lhe-ei que somos o país da Europa com maior número de horas solares. Tivessem tido os diversos governos que já geriram este Portugal, apostado em conceder benefícios palpáveis a todos, que quisessem apostar na energia solar e uma grande percentagem de moradias familiares e não só, teriam uma poupança enorme na factura da energia.
Não nos podemos esquecer que por detrás da política, estão os grandes interêsses capitalistas, EDP, GALP, a travar o lançamento das energias renováveis.
O Ambiente, para esses senhores, vem depois.
Caro amigo Jorge, gostaria de responder à última questão que deixa no seu post. Existirão outras alternativas?
Pois bem, a nossa vizinha Espanha aposta forte em parques eólicos e em energia solar por painéis fotovoltaicos.
Quem conhece a nossa costa marítima sabe bem, em especial, no Norte como ela é ventosa. Para além das inúmeras serranias onde também não falta a força do vento. Temos "combustível" suficiente para fazer funcionar inúmeros parques eólicos.
Quanto à energia solar, lembrar-lhe-ei que somos o país da Europa com maior número de horas solares. Tivessem tido os diversos governos que já geriram este Portugal, apostado em conceder benefícios palpáveis a todos, que quisessem apostar na energia solar e uma grande percentagem de moradias familiares e não só, teriam uma poupança enorme na factura da energia.
Não nos podemos esquecer que por detrás da política, estão os grandes interêsses capitalistas, EDP, GALP, a travar o lançamento das energias renováveis.
O Ambiente, para esses senhores, vem depois.
Estou inteiramente de acordo com os pontos de vista do nosso amigo Miguel e atrever-me-ia a sugerir que falta audácia,engenho e quiçãs, vontade política de fazer mais e melhor em termos de poupança energética.
ResponderEliminarDiscute-se muito como aumentar a produção de energia eléctrica de modo a satisfazer as necessidades crescentes.Por exemplo,calcula-se que a produção a obter pela entrada em funcionamento das duas primeiras barragens do projecto Tâmega,seja absorvida pelo acréscimo de consumo,em dois anos.
Em compensação,a política educacional de poupança energética está a dar os primeiros passos.
Muito do que se pode fazer nesse sentido é matéria desconhecida pelo grande público.
A única iniciativa que teve algum impacto junto da população,foi a campanha da substituição das lâmpadas ditas de incandescência pelas lâmpadas chamadas poupadoras e de longa duração.
Ou seja,dever-se-ia implementar uma educação da população no sentido da poupança energética e não criar-se a noção,que a construção de mais e mais barragens,dotará Portugal duma produção auto-suficiente.
O Povo usa dizer que "No poupar é que está o ganho",filosofia que não interêssa à EDP e aos grupos distribuidores de energia eléctrica.
José Socrates soube explicar esta questão. As albufeiras bas barragens são uma das poucas formas naturais de armazenar energia renovável. A ideia de distribuir barragens pelo país, ao invés de aumentar a capacidade das existente, resulta da necessidade de aproveitamento da energia eólica para bombagem de água e daí, o armazenamento de energia. Isto resulta das variações de energia consumida e da necessidade de ajustar o momento de produção ao momento de consumo. A propósito, a unica energia renovável de produção contínua é a geo-termica.
ResponderEliminarCaro amigo Anónimo, sobre o que disse é melhor explicarmos o funcionamento das barragens hidroeléctricas relativamente ao tipo de aproveitamento, podem ser a fio de água (como as do Douro) e de albufeira, com ou sem bombagem (Pisões e Castelo de Bode, respectivamente).
ResponderEliminarÉ verdade que as albufeiras constituem um meio de “armazenar” energia ao longo de mêses (como no Zêzere), ou mesmo por anos (como em Pisões). As instalações de bombagem permitem “recarregar” a barragem colocando a água a um nível superior aproveitando a energia produzida nas horas de vazio (ou seja quando existem gastos menores de energia).
Agora temos algumas limitações. A escolha de construir um tipo ou outro de barragem depende muito do caudal do rio e outros factores, até legais e de acordos internacionais. É por isso que no Douro as barragens são quase todas de fio de água.
Não me parece que a estratégia de construir novas barragens se prende com a necessidade de distribuir as mesmas pelo país. Terá mais a ver com a razão de não ser fácil aumentar a capacidade de uma barragem já construída. Pois a “energia máxima” que é possível obter depende da altura da mesma e do caudal do rio. Não estou também a ver nas barragens de fio de água se aproveitar a dita recarga recorrendo à enrgia produzida pela eólicas.
Claro que a existência de uma rede grande de barragens permite gerir melhor e tirar uma maior rentabilidade da energia por elas produzidas.
Concordo que é uma energia renovável, com estas limitações é possível naturlamente armazenar, mas existe um impacto ecologia na construção das mesmas que deve ser avaliado. É um energia limpa, não é por causa da barragem que passará a existir mais poluição mas cria na sua albufeira um lençol de água “mais parado”, sobretudo nas que não são de fio de água.
Prefiro um barragem a uma central eléctrica sobretudo com produção a partir de hidracarbonetos. A energia nuclear é uma produção “perigosa”, com “risco elevado de não ser limpa” e com a dificuldade de armazenamento do combustível já utilizado.
A produção de energia eléctrica a partir do sol é ainda cara.
A eólica também tem algum impacto ecológico.
Mas o aquecimento a parte da energia solar, a utilização de materiais mais isoladores, e sobretudo a utilização de equipamentos eléctricos com rentabilidades superiores são as melhores formas de reduzirmos as necessidade de produção de energia eléctrica.
Caro Valdoleiros
ResponderEliminarQuis apenas chamar a atenção que é um problema para o distribuidor de energia estar parcialmente dependente de solar ou eólica. Ao nível da rede de distribuição nacional, não é só escolher a mais rentável. Nos diagramas de carga verificamos que a seguir ás poluidoras termicas respondem as hidricas. E não podemos contar com a solar ou a eólica. Há pouco tempo um colega informado nestas matérias disse-me que parte da energia eólica e dos investimentos hidricos previstos para o curto prazo se destinam a que parte da eólica faça bombagem (armazenamento) do recurso hidrico. Pareceu-me que na passada entrevista ao PM ele tentou começar esta explicação quando o Miguel Sousa Tavares perguntou "pq não aumentar a capacidade das existentes". Mas confesso que estas matérias não são a minha especialidade
Ricardo
E chamou bem a atenção pois de facto não podemos nem devemos estar dependente só de um fonte de energia.
ResponderEliminarE mesmo não sendo esta a sua especialidade mostra conhecimentos. Eu fui obrigado a estudar Produção e Transporte de Energia Eléctrica para como trabalhar em informática e os meus conhecimentos são dessa época.
É por isso que se faz todo o sentido armazenar a energia elétrica em baragens o problema é que só em algumas é que isso é possível.
Agora a pergunta de Miguel Sousa Tavares é que faz pouco sentido, pois como disse poder-se-iam colocar turbinas mais "eficazes" e pouco mais.
Mas o que era importante é que esta discussão fosse pública clara e que todos percebessem os impactos.