sábado, 6 de fevereiro de 2010

Impressões de uma Assembleia

Fui à Assembleia Municipal. Recomendo como esperiência sociológica. Cheguei às 21h30 e já estava a sala cheia. Há poucos lugares para o público, o que não incentiva à participação popular. Ouvi algumas intervenções que mostraram que não há assim muito a dizer entre quem parece que está ali para ver e ser visto. Há deputados municipais que dá ideia que aceitaram o lugar mas não sabiam muito bem para o que iam e ainda não sabem bem o que andam por lá a fazer. Isto não se aplica só a novos! Há quem ande por lá há 400 anos sem se perceber muito bem porquê. Mas é giro.
O própro presidente da Assembleia não parece que já cumpriu um mandato inteiro e chegou a sair para confraternizar e fazer barulho enquanto um deputado do PS falava.
Aquilo às vezes dá para rir.
O que não dá para rir é que não se fale de nada verdadeiramente importante, a falta de qualidade da maior parte das intervenções, o facto de a bancada do PSD estar lá "para ajudar o executivo", o que não se compreende bem como fazem, já que se limitam a estar bem comportadinhos e só intervir para "engraxar", o facto de quem manda na AM ser o presidente da Câmara e que os vereadores sejam uma espécie de decoração de mesa, sendo obrigados a suportar horas e horas sem possibilidade de intervir porque está ali tudo para assistir a uma espécie de diálogo cruzado em que os únicos momentos de entusiasmo foi quando Manuel Moreira parecia emociado por ver chegar um antigo autarca de esquerda, que parece rendido aos encantos de MM. O que é correspondido pela cumplicidade que foi possível constatar... Acho que uma revista cor-de-rosa seria mais apropriada para cobrir este tipo de eventos.

4 comentários:

  1. O que me impressiona é que existem deputados que não percebem que as Assembleias existem para se debater o que está a ser proposto e quando votam estão a representar os seus eleitorees. Como dizes, e bem, quando se trata da bancada da maioria a situação piora porque se colocam lá para defender as posições do Presidende do executivo. E se ele estiver retundamente errado esses deputados não colocam a sua matéria cinzenta a funcionar?

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  2. O mais impressionante é que assumem essa sub alternização com orgulho!

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  3. Ora querem lá ver!Não me diga,Sr.Jaime Teixeira, que o Sr.Presidente da Assembleia Municipal do Marco de Canaveses, isto é,a segunda maior figura em termos políticos cá do burgo e como tal com grandes responsablidades políticas,perante todo o eleitorado,teve esse tipo de comportamento? Abandonou a presidência do órgão,pelo que se depreende das suas palavras,não para satisfação de imperiosas necessidades fisiológicas,mas para cumprimentar,saudar efusivamente,um distinto "recém-companheiro",que andou transvestido de rosa?
    Que julgamento poderão fazer os eleitores,responsáveis,mais atentos a estas coisas da Política,desta atitude do Sr.Presidente da Assembleia Municipal, abandonando o Salão Nobre da C.M.,onde decorria a sessão da Assembleia Municipal,ainda por cima quando usava da palavra um deputado da Oposição ao seu partido?
    Falta de respeito pelos seus pares daquele órgão autárquico? Sobranceria,por se sentir apoiado por uma maioria absoluta?
    Responda quem souber e deixo a total e mais completa qualificação do acto,aos Marcoenses como nós.

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  4. Mais,parece ter acontecido um outro facto insólito,na mesma sessão da Assembleia Municipal,cujo valor é considerado,pela maioria,como politicamente insignificante.Foi o cumprimento efusivo,entusiástico mesmo,diria gesticulante, que o Sr.Presidente da Câmara Municipal do Marco de Canaveses,dirigiu desde a sua bancada,naquele órgão autárquico,ao também "recém-companheiro" de lides políticas,ex-travestido de rosa.
    Os Marcoenses como nós,estão alerta e vão continuar a denunciar actos,que revelam no mínimo uma falta de pudor,senão mesmo uma falta daquela coisa que os nossos pais nos devem deixar,se mais não tiverem para nos legar.

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