quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Polémicas no Marco à Mesa do Café

Duas polémicas continuam a ser discutidas às mesas dos cafés.

A primeira é sobre o Monumento aos Ferroviários defendido pela Presidente da Junta de Soalhães, proposta inserida no seu Orçamento e Plano de Investimentos. Sobre esta polémica já muitos escreveram, até eu, e acredito que a polémica continuará por mais algum tempo. Nem tanto pelo valor em causa, mas pela freguesia "rural" em questão, dizem alguns que se fosse perto da linha não existiriam problemas. Parece-me pois que no fundo existe uma certa "partidarite" na discussão pois alguns dos ataques tem sido pouco estruturados e com a única intenção de atacar a pessoa, como também já referi.

Gostei da resposta de Cristina Vieira, ainda que pessoalmente, considere que hoje todas estas despesas deveriam ser adiadas. Mas tirando isso, e até pelo facto de da Junta de Freguesia de Soalhães ter sabido bem atrair para a sua freguesia investimentos da autarquia, não posso discordar politicamente desta decisão. Se forem analisar com cuidado o Orçamento e o Plano Plurianual de Investimentos, que dia 5 vai ser discutido (e quase de certeza será aprovado), verificarão que uma das principais freguesias beneficiadas nele será Soalhães.

E por fim, está-se a discutir 11 mil euros quando existem algumas juntas de freguesias que tem dívidas de muitas dezenas de milhares de euros, segundo se vai sabendo, e não existe "interesse político" em promover auditorias às contas dessas freguesias.

A segunda polémica tem a ver com a nomeação de Joaquim Mota para assessor de seu irmão José Mota. Concordo que não existe no acto nada objectivamente ilegal, mas politicamente fica mal e atrapalha mais uma vez a tentativa de Manuel Moreira querer parecer ser diferente do seu antecessor.

Quantas vezes nas mesas dos cafés se criticou a entrada de um filho para lugares de importância política ao lado de um pai que era Presidente da autarquia?

Nessa altura a atitude era alvo da crítica severa de muitos laranjas, e bem, nunca ouvi dessas vozes o argumento que a atitude era legítima e que fazia todo o sentido cada um escolher para o seu lado as pessoas que mais confiavam.
Agora, e novamente bem, um responsável do PSD local vem classificar esta atitude de lesar o superior interesse público e atentar contra a imagem do partido. Existem ainda algumas pessoas que são coerentes e que querem mudar alguma coisa.

Também prevejo para esta polémica muitos dias de discussão, mas a grande diferença em relação à outra é que politicamente não existe desculpa para o Vereador José Mota, nem para o Presidente Manuel Moreira.

3 comentários:

  1. Caro Sr.Eng.Jorge Valdoleiros,estou de acordo com o meu amigo,no que diz respeito à polémica de Soalhães.Afinal 11.000 € são uma bagatela,comparativamente com outras despesas mais ou menos sumptuosas.
    Recordo-lhe,por exemplo,o custo do aluguer da tenda da tomada de posse dos eleitos do "Povo" para o mandato 2009-2013.
    Comentam os "detractores" do Presidente recandidatado,com os votos úteis da Esquerda(assunto só abordado a quente no dia da eleição e rapidamente "esquecido"),que aquela despesa,fala-se em 10.000 €(?),não é significativa,pois até parece não ter sido dinheiro da "bolsa" da nossa autarquia,coitada,tão endividada,a pagar tal sumptuosidade.
    Quanto à segunda polémica,a nomeaçâo do irmão,do tal vereador,para seu assessor,não o deve espantar,muito menos escandalizar.Atrever-me-ei até a elogiar a decisão do vereador em causa.Já reparou, penso que o meu amigo já não é assim tão jovem, que é muito raro ver assim uma família tão unida,como a do PSD,perdão,a do Sr.Eng. Mota.Sabe,meu caro Jorge,foi a voz do sangue que falou mais alto,nem lhe passe pela cabeça outras motivações.

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  2. O custo do aluguer da tenda pela informção que o próprio presidente teve que dar aos vereadores foi, salvo erro meu, cerca de 5.800 euros. Mas existiram outros gastos associados que não estão incluidos aqui, pelo que a estimativa que se fala deverá estar próxima do que disse.
    Uns tem uma locomotiva outros uma tenda, só que neste caso para para auto-homenagem!

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  3. As últimas da Assembleia Municipal,quanto a dívidas das Juntas de Freguesia são simplesmente assustadoras.A Junta do Torrão,tem uma dívida acumulada só de 800.000 €.Curioso é que o Presidente da Junta do Torrão,se lamentou naquela Assembleia,que tal dívida se vinha a acumular desde o tempo do "consulado" Ferreira Torres,quer dizer,da ex-Presidente da Junta,uma suposta simpatizante(ou militante do PCP?),que à semelhança de outros,também virou transfuga,tendo "alinhado" no último mandato pelo CDS-Ferreira Torres.
    Ora aqui temos um óptimo exemplo,como se fazem por aí as gestões de freguesias.
    Curioso que alguém já me falou na necessidade de auditar as freguesias.
    Se tal acontecesse,as surpresas seriam mais que muitas,não?

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