A Democracia começa a ser um pró-forma e nos nem nos apercebemos disso. Todos os dias entram no nosso léxico palavras como rating, hedgin, cds, que sem mesmo se perceber o seu sentido e alcance as interiorizamos e passamos a tomá-las como nossas. Porém, essas palavra têm rosto. São executivos de colarinho azul e botões de punho dourado que definem qual a avaliação que o mercado deverá fazer de empresas e países. Se estiverem dentro dos cânones da economia de mercado, tal qual eles a definiram, a banca pode dormir tranquila, caso contrário, cuidado que há perigo de crédito. Se a memória não fosse curta, certamente viria à memória os estrondosos erros que esses senhores emitiram na véspera da crise que ainda vivemos, mas a voragem do quotidiano depressa apaga o giz, convenientemente. Quem são esses raters? De que modo a democracias dependem do seu douto saber? Como se colocam versus o nosso voto que cada vez mais o sentimos pequeno e sem sentido objectivo? Não haverá muita dúvida em afirmar que a República se privatizou, perdeu a independência do poder económico e foi para o sofá comemorar o seu centenário.
Li recentemente uns livros interessantes sobre estas temáticas que basicamente é um modo complicado de dizer que empresto a este porque sim e não aquele porque não, e a si a taxa tem que ser superior porque é o risco, etc.
ResponderEliminarBasicamente estamos a falar de usura. Engraçado que nos seus inícios esta prática não era permitida pelas religiões cristã e muçulmana, dai que os judeus foram ao longo dos séculos os "banqueiros" do mundo.
Agora roubam todos, e nós ficamos a ver. Se estas actividades fossem fiscalizadas tudo bem, mas basta ir a um centro comercial ver as publicidades tipo "pague em 36 meses sem juros" e depois em letras ilegíveis taxas de 30% ou mais.
E se isto funciona assim para todos nós, menos atentos ou com pouco poder negocial, para os Estados ainda é pior, és um país pequeno sem poder então tens este rating porque dá jeito para a grande banca ganhar muito dinheiro.