O Artur fala do seu Colégio, no qual nunca andei apesar de ter morado a menos de cem metros, com tanta nostalgia que não resisti a falar da minha experiência nesse mesmo ano.
Tinha 12 anos e ia entrar para o Liceu, o actual 7º ano, restavam-me duas possibilidade o Colégio à porta de casa ou ir para a escola pública mais próxima que era o Liceu de Penafiel. A opção paternal foi por este último. Mais uma vez iria ter novos amigos, entrava num mundo desconhecido e tinha que enfrentar as minhas próprias dificuldades. Do Marco só estavam na mesma situação meia dúzias de colegas.
Os primeiros dias foram difíceis e calhou-me uma sala num torreão do Liceu. De início parecia a turma dos desterrados todos novos no liceu e poucos de Penafiel. Mas o que foi uma desvantagem incial passou a uma vantagem pois criamos um espírito de grupo enorme naquela turma que se contagiou à outra turma do 7º do pessoal de Penafiel.
A segunda dificuldade que tive foram os horários, tinha aulas às 8h30, a “carreira” da Alpendurada passava no centro do Marco às 7h45 e eu que nunca fui de me levantar cedo tinha que me levantar por volta das 7h00 tomar banho, pequeno almoço e correr para a paragem. Quase todos os dias saia antes de alguém acordar. No dias de inverno ainda era noite cerrada e um frio de rachar. Mas eu ia com entusiasmo pois tinha no Liceu um conjunto de amigos à minha espera.
Regressava de Penafiel normalmente na “carreira” da 18h30 e para não a perder e ter um lugar sentado (ou para ceder a uma colega) dava uma corrida desde o Liceu até à primeira paragem no centro de Penafiel que ficava perto da Biblioteca Municipal. Bons tempos em que ainda tinha folêgo para isso.
Foi um ano intenso desde os namoros tipicos da idade, até aos jogos de basquetebol de que eu era viciado dos dois anos anteriores passados em Moçambique.
Sentia-me livre como um pardal e só me assustei quando o meu pai foi chamado pelo Reitor. Este queria falar com ele por minha causa. Aindei uns dias preocupado com o que teria este descoberto sobre as minhas peripécias. Afinal tudo acabou bem só queria lhe dar os parabéns por eu ser um bom aluno.
Acabou o ano rapidamente e já sabia que no quarto ano do secundário iria para o Marco. A escola secundária abria no Marco no mesmo edifício do Ciclo Preparatório.
Iria estar afastado dos amigos de Penafiel e passaria a estar sobre os olhos atentos da minha mãe que era Professora no Ciclo, mas pela primeira vez em quase quatro anos voltava a ter aulas com os meus amigos de sempre.
Tinha 12 anos e ia entrar para o Liceu, o actual 7º ano, restavam-me duas possibilidade o Colégio à porta de casa ou ir para a escola pública mais próxima que era o Liceu de Penafiel. A opção paternal foi por este último. Mais uma vez iria ter novos amigos, entrava num mundo desconhecido e tinha que enfrentar as minhas próprias dificuldades. Do Marco só estavam na mesma situação meia dúzias de colegas.
Os primeiros dias foram difíceis e calhou-me uma sala num torreão do Liceu. De início parecia a turma dos desterrados todos novos no liceu e poucos de Penafiel. Mas o que foi uma desvantagem incial passou a uma vantagem pois criamos um espírito de grupo enorme naquela turma que se contagiou à outra turma do 7º do pessoal de Penafiel.
A segunda dificuldade que tive foram os horários, tinha aulas às 8h30, a “carreira” da Alpendurada passava no centro do Marco às 7h45 e eu que nunca fui de me levantar cedo tinha que me levantar por volta das 7h00 tomar banho, pequeno almoço e correr para a paragem. Quase todos os dias saia antes de alguém acordar. No dias de inverno ainda era noite cerrada e um frio de rachar. Mas eu ia com entusiasmo pois tinha no Liceu um conjunto de amigos à minha espera.
Regressava de Penafiel normalmente na “carreira” da 18h30 e para não a perder e ter um lugar sentado (ou para ceder a uma colega) dava uma corrida desde o Liceu até à primeira paragem no centro de Penafiel que ficava perto da Biblioteca Municipal. Bons tempos em que ainda tinha folêgo para isso.
Foi um ano intenso desde os namoros tipicos da idade, até aos jogos de basquetebol de que eu era viciado dos dois anos anteriores passados em Moçambique.
Sentia-me livre como um pardal e só me assustei quando o meu pai foi chamado pelo Reitor. Este queria falar com ele por minha causa. Aindei uns dias preocupado com o que teria este descoberto sobre as minhas peripécias. Afinal tudo acabou bem só queria lhe dar os parabéns por eu ser um bom aluno.
Acabou o ano rapidamente e já sabia que no quarto ano do secundário iria para o Marco. A escola secundária abria no Marco no mesmo edifício do Ciclo Preparatório.
Iria estar afastado dos amigos de Penafiel e passaria a estar sobre os olhos atentos da minha mãe que era Professora no Ciclo, mas pela primeira vez em quase quatro anos voltava a ter aulas com os meus amigos de sempre.
Visite liceunacionaldepenafiel.blogspot.com
ResponderEliminarObrigado por me teres lembrado destes tempos.
ResponderEliminarTambém apanhava estas camionetas a partir da Agrela-Vila Boa de Quires.
Foi a partir de Novembro de 1975, depois de vir de Luanda-Angola, como retornado, que me tornei estudante de Penafiel, embora residente no Marco.
Estudei lá, do oitavo( na altura quarto) ano até ao 12º. Comecei pelo Liceu e terminei na Secundária.
Das viagens para Penafiel, lembro-me de imensas situações. Por exemplo, das fogueiras que fazíamos na paragem do autocarro, na Agrela/V.B.Quires para travar o frio. Das pessoas que esperavam do outro lado da estrada, pela camioneta para o Marco. Em especial nos dias de Feira.
Agora, passadaos estes anos, tudo parece bucólico e aprazível.
Ainda bem que a memória filtra e guarda as "coisas" boas.
Valdoleiros, talvez já não te lembres de mim, mas voltaste a encontrar-te comigo, enquanto estudávamos em Lisboa.