quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

É um facto que António Coutinho falhou

António Santana emenda em parte no post “Ainda a Assembleia”, no Marco2009, o que tinha dito num post anterior, "Intervenção do Público na Assembleia Municipal". Mais a frio, mas com custo, tem que aceitar que António Coutinho falhou. Agora ainda não conseguiu admitir que Artur Melo tinha razões para se ter sentido indignado e que perante tal injustiça, tenha abandonado a sessão.

Quem desrespeitou a Assembleia Municipal e o seu regimento foi António Coutinho e foram também todos aqueles que ficaram calados perante essa injustiça. Foi Manuel Moreira que não permitiu, ao seu adversário político e colega do executivo camarário, responder às afirmações de Hernâni Pinto.

Sobre a falta de verdade a que António Santana alude, penso que chegará também o tempo em que este terá que dar a mão à palmatória. Se António Santana está interessado em saber toda a verdade, deveria lutar por aqueles que a querem transmitir nos órgãos próprios.

Artur Melo foi atacado nesta última sessão da Assembleia Municipal e não se pôde defender. Ainda nesta sessão, uma vereadora da maioria fez insinuações relativamente à empresa do meu irmão perfeitamente despropositadas, mas que todos perceberam que foi com o intuito de intimidar o meu pai na sua qualidade de Deputado Municipal.

Na anterior, eu, e de um modo geral todos os familiares do meu pai, fomos atacados injustamente, e ainda ninguém nos pediu desculpas. De um modo geral todos os bloggers da oposição foram também atacados nessa sessão da Assembleia Municipal e noutras reuniões públicas.

Eu já recebi vários “recados” para moderar as minhas críticas a Manuel Moreira.

Sobre a comparação entre a forma como se fala das finanças do Marco, da gestão de Manuel Moreira e a forma como se fala da gestão do País e do seu governo, António Santana não está a ser justo pois se Manuel Moreira herdou uma situação caótica e tem que ir fazendo ginástica financeira para ir sobrevivendo, José Sócrates também herdou uma situação idêntica do último governo do PSD. Só que José Sócrates arrumou a casa no primeiro mandato para bem do país.

Para saber como o país estava, basta lembrar-se o que Cavaco Silva dizia do governo de Santana Lopes.

José Sócrates sabe como o País está, e qual a gravidade da crise internacional, dialogou com o PSD e estes dois partidos entenderam-se num Orçamento Geral do Estado pelo qual ambos são responsáveis.

Pessoalmente, considero que se tivesse sido possível continuar com as grandes obras defendidas por José Sócrates, talvez não existisse tanto desemprego no Marco. Afinal a crise das obras públicas não é uma das grandes preocupações de muitas das empresas do concelho?

Depois quais são as obras públicas megalómanas? O TGV? Quem lançou esse projecto? O Aeroporto? Qual era a posição do PSD? Megalómana não foi também a compra de dois submarinos atirando o pagamento para a frente? E quem comprou esses submarinos?

E quem foi responsável pelo buraco do BPN? Terá sido também José Sócrates? Ou precisa que eu diga os nomes e as simpatias políticas dos arguidos nesse caso? Será que José Sócrates deveria ter deixado afundar o BPN e desse modo provocado a destruição de todo o sistema financeiro português?

Será que José Sócrates é culpado da maior crise dos últimos 80 anos? É culpado que os governos de centro-direita da Alemanha e de França estejam a dificultar a resolução da crise da dívida soberana dos países do Euro?

Agora se vejo alguém em termos de crise a contratar assessores, comprar viaturas novas, a gastar dinheiros em comemorações ou a realizar qualquer tipo de gastos desnecessários, eu critico. Pelo contrário, tenho assistido a muita gente afecta ao PSD a defender esses erros de outros para justificar as atitudes do executivo camarário.

António Santana colocou ainda a seguinte questão.

“Não seria tudo mais fácil se, em vez de criticar, se apresentassem propostas que nos retirem a todos deste lamaçal onde nos encontramos?”

Toda a oposição, a começar por Artur Melo, o meu pai na Assembleia Municipal e eu próprio temos repetidamente apresentado propostas para corrigir a gestão de Manuel Moreira. Eu pessoalmente ofereci-me para, gratuitamente, ajudar naquilo que eu pudesse e sei que outros também o fizeram. Estas pessoas não estão na política para ganhar dinheiro, mas para ajudar o Marco. Acredito que o António Santana, tal como eu, gosta do Marco e considera que neste momento é o caminho da união e colaboração que deveria imperar para bem do Marco, mas acreditem que não é isso que Manuel Moreira e o seu núcleo duro defende.

3 comentários:

  1. António Santana tem demasiadas preocupações neste Concelho entre Douro e Tâmega plantado.
    Um partido politico ávido do poder, assim que o alcançou, alimenta-se deste de forma insaciável, deixando de lado projectos de médio longo prazo, aqueles que são possíveis de conseguir e concretizar com entendimentos alargados entre as diversas forças politicas representativas do Concelho, que melhorarão de forma considerável a qualidade de vida dos Marcoenses.
    Há também a preocupação na gestão da recém criada Associação Desportiva Marco 09, que surgiu para emendar a extinção do Futebol Clube do Marco. Criou-se um clube novo com uma paixão antiga, querendo herdar tudo do antigo, menos as dívidas. Viraram-se costas a Associações com história e valor dentro do Concelho, não tendo existido a humildade de chamar à mesa os seus dirigentes, colocando-os a par das intenções pela criação de uma nova Associação Desportiva e apurar da sua disponibilidade para ingressar nos órgãos sociais desta.
    A factura dos subsídios votados e aprovados a atribuir a esta recém criada Associação, tem de ser paga. A melhor forma de a pagar é colocar o corpo às balas na esfera politica. Os resultados estão à vista.
    Os Marcoenses, fruto da vivência de mais de vinte anos de governação prepotente, habituaram-se (infelizmente) a um estilo frontal, muitas vezes de má educação e desrespeito.
    Actualmente, é tudo boas maneiras, cumprimentos, alusão a regimentos, decretos-lei, leis e demais legislação existente. Contudo, além disto existem os bastidores, os aliados sombra que farão o trabalho sujo de intimidação e silenciamento.
    A crítica não é bem recebida, pior ainda quando aparece escrita, pois esta perdurará no tempo acessível a qualquer um!
    Vieira

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  2. A atribuição "subjectiva" dos subsídios sem critérios claros (como já foi muitas vezes neste blog defendido, inclusive por leitores) cria esta situação que não é mais do que a "compra do apoio político" pela parte de quem atribui o subsídio.

    Não basta quando se aprova um orçamento atribuir um valor global para distribuir. É preciso perceber e definir os critérios como o valor será distribuido para que não se entre neste tipo de atitudes.

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  3. Caro Jorge Valdoleiros

    Não acredito que neste Mundo e em especial no mundo da Política,existam "ingénuos",raça que entendo dever ser dada por extinta.
    Isto vem a propósito da política de subsídios praticada por M.M..Subsídios distribuidos sem critérios bem definidos para as diferentes colectividades desportivas e culturais.
    Quanto aos subsídios para diferentes comissões fabriqueiras de variadas igrejas,para festas de carácter religioso e não só,também não se lhes reconhece,serem efectuados mediante quaisquer crítérios.Ou melhor,no caso destas últimas é necessário passar a imagem de verdadeiro crente dessa mesma igreja,discriminando desde logo, quaisquer outros credos religiosos,que existam ou possam vir a existir no Marco.Verdadeira antítese da prática ecuménica que o Vaticano prega e tantas vezes anunciada.
    Em resumo,haverá ainda algum marcoense suficientemente ingénuo,que acredite na distribuição desinteressada de tais subsídios?
    Depois aquilo que me incomoda é saber que estou a contribuir com os meus impostos de municípe marcoense,não para resolver preocupações de carácter social(e são cada vez em maior número e de maior gravidade),mas para alimentar a prosápia de alguns,adoçar o bico a outros tantos,para que teçam os mais rasgados elogios ao seu "benemérito" e justifiquem a sua opção de voto.
    Claro que o Poder tem sempre uma explicação,a necessidade de manter as tradições religiosas,fomentar a prática desportiva,etc.,como se noutros tempos,sem subsidios,as mesmas festas não fossem realizadas e a prática desportiva também não existisse.
    Alcançam-se com esta política um tanto ao quanto discricionária na atribuição de subsídios,dois objectivos,a simpatia política e como tal,a garantia futura do voto e a manutenção duma fachada de bem-estar e progresso da autarquia,escamoteando a dificílima situação financeira,consequência da herança de AFT e agravada pela catastrófica gestão de M.M..
    Nada mais,que melhor possa gratificar o Ego de qualquer político.
    Será que os Marcoenses não merecem melhor sorte?

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