Hoje no Jornal da Uma da TVI, saiu a seguinte notícia:
"A Camara de Marco de Canaveses desmente que uma parte da população do concelho esteja a beber água imprópria para consumo. Nos últimos dias a notícia alarmou algumas freguesias que não estão abastecidas pela rede pública."
"Vila Boa de Quires é uma das seis freguesias de Marco de Canaveses que ainda usa água do poço. A rede pública de abastecimento ainda não chegou lá. Nos últimos dias foi levantada a hipótese da população estar a utilizar água inquinada".
Um Marcoense declarava:
"A gente já previa isto. Porque há ai lugares onde há uma concentração bastante grande e nesse lugares onde tem essa concentração de casas, acredito que aconteça por lá problema com a água".
Uma Marcoenses afirmou:
"Quando vem as eleições há promessas de todo o tipo, mas não há soluções. O que a gente vai fazer? É aguentar".
José Mota, o vereador do Ambiente defende-se:
"As pessoas não bebem, não consomem água inquinada. Agora aquilo que tem a ver com zonas onde ainda não há abastecimento público e são várias. E não é uma questão exclusiva do Marco de Canaveses, como devem imaginar, infelizmente o processo já podia estar mais avançado, mas é mesmo assim. Por isso há incentivos para o país e os municípios. O Estado continua a investir nesta área do ambiente que é muito importante para melhorar o abastecimento público de água e tratamento de esgotos, mas infelizmente o país está longe de estar devidamente coberto de infraestruturas. Agora, água inquinada, que eu saiba, ninguém está a consumir".
A notícia continua:
"Em Marco de Canaveses as redes de tratamento de água e de esgotos do concelho não chegam a metade da população. A distribuição anda pelos 40% e o saneamento chega a 30%, são perto de 10 mil as pessoas que ainda só tem água do poço".
Na minha opinião, a Câmara Municipal, representada pelo seu vereador José Mota, não mentiu. Fugiu à pergunta e não a respondeu. Tática já nossa conhecida por ser muito utilizada na Assembleia Municipal.
As populações do Marco estão a beber água inquinada? "Água inquinada, que eu saiba, ninguém está a consumir". E o que já foi feito para verificarem a qualidade da água que se está a consumir?
Depois responde-se com o que se passa no país e não se responde ao que se passa no Marco.
Por fim as percentagens que a notícia dá para a cobertura de água e saneamento não batem, por excesso, ao que já publicamente a câmara tinha informado recentemente. Mas mesmo considerando 40% de cobertura, como a população são 55 mil pessoas, nas minhas contas dão 33 mil pessoas que não tem água da rede pública e por isso tem que beber água do poço.
Pois,a resposta mais fácil e a solução mais rápida,para o senhor vereador responsável pelo Ambiente é dizer à TVI,"que eu saiba ninguém está a consumir água inquinada".
ResponderEliminarExacto,que o senhor vereador saiba.E que medidas tomou para confirmar da veracidade ou não,de tal situação?
Providenciou a colaboração da Delegação de Saúde concelhia?
Acionou os seus colaboradores do pelouro responsável pela Saúde Pública?
Ouvi as palvras proferidas por aquele responsável autárquico aos microfones da TVI e arrepiei-me,como potencial consumidor,com a rapidez com que aligeirou da gravidade do problema das populações,estarem ou não,a beber água inquinada e ainda com a quase infantil justificação,que outros municípios em Portugal,também ainda não tinham uma cobertura sofrível da rede de saneamento básico e de redes de água potável(domiciliária).
Depois de também ter ouvido,via rádio MarcoFM,o responsável máximo da autarquia,justificar que uma parte da população das ditas seis freguesias em causa,só não têm o saneamento básico,porque o preço das ligações das suas moradias à rede pública é exorbitante,que outras justificações nos serão dadas para encobrir a incompetência?
Apetecia-me dizer aquela senhora que falou na televisão,que a gente vai fazer,ora é aguentar que podia saber a que porta deve ir bater.Aprenda senhora a defender os seus direitos.Não se cale.
ResponderEliminarCaro Miguel
ResponderEliminarA questão dos custos das ligações à rede públida é surrealista. Manuel Moreira diz que são escandolasamente caros, como não tivesse nada a ver com isto.
Quem realizou a Mudança Unilateral do Contrato?
Caro anónimo
ResponderEliminarMas diga mesmo à senhora que ela tem de aprender a defender os seus direitos.
Diga também a todos os Marcoenses que puder o mesmo.
Eu sei que os partidos estão muito mal vistos, mas isso só pode mudar com a participação activo dos melhores, e neste caso de todos os Marcoenses. Foi por isso que muito recentemente considerei que devia voltar à política activa e uma dessas maneiras é mesmo militando num partido político.
Agora o que não podemos fazer é estar calados, quando vemos ao nosso lado pessoas que não sabem ou estão condicionadas a não defender os seus direitos.
O tempos das figuras horrendas já passou. Eu sou acreditei no papão até aos meus 3 ou 4 anos.
O vice do Manuel Moreira está completamente equivocado.
ResponderEliminarQue não saiba fazer contas, até compreendo!
Não ter a perspicácia, os conhecimentos da matéria, é que não!
Donde virá a água que alimenta o resto da população? Terão todos os Marcoenses a capacidade económica e o conhecimento da necessidade para a indespensável aquisição/montagem dum qualquer sistema de tratamento de água?
Só com muitos milagres, para quem acredita, é que não haverá imensos problemas nas águas das nossas habitações e comércios.
O senhor não conhece a matéria nem o terreno.
Caro Rui Manuel
ResponderEliminarOs outros são os Marcoenses de segunda que são entretidos com promessas e muitas festa.
Caro Jorge Valdoleiros
ResponderEliminarAinda há outra questão, que eu gostava e penso que todos o marcoenses que são abastecidos pela Aguas do Marco, de ver esclarecida estará o Sr. Vereador Jose Mota em condições de garantir que a água distribuida na rede publica é de qualidade.
È que por veses tenho muitas duvidas.
Abraço
CTJ
Caro Anónimo
ResponderEliminarNo caso da água distribuida na rede pública já existiu um caso em que se encontrarm problemas com a qualidade.
Neste momento não tenho conhecimento que ela esteja fora desse parâmetros, mas também gostaria de saber se a Câmara está a realizar sistematicamente testes à água que é distribuida.
Tenho as minhas dúvidas como qualquer outro Marcoense.
Caros Marcoenses,
ResponderEliminarTenho acompanhado com bastante interesse a questão da "guerra" existente num sector público de utilidade básica como o é o abastecimento de água pública e escoamento de saneamento, no concelho do Marco de Canaveses. Pela primeira vez, decidi colocar aqui alguma "lenha na fogueira".
Não sendo eu político, falo na qualidade de cidadão português (até porque nem sou marcoense), porque tenho vergonha de políticas que se praticam neste nosso cantinho da Europa. Causa-me alguma angústia ver pessoas na televisão a dizer que não têm serviços básicos, bebem água inquinada, têm poços de onde consomem água sem qualquer controlo e que respondem "temos de aguentar".
Será que a literacia desta gente é tão pouca que não percebe que existe um "grupinho" de incompetentes que está a brincar com eles? Se estes serviços abastecem cerca de 40 por cento da população do concelho, posso deduzir que 60 por cento são analfabetos, militantes do partido do executivo ou fãs do Sr. Presidente? Porque se calam?
Segundo tenho acompanhado pelos vários fóruns dedicados a este concelho, aquando da passagem da responsabilidade de gestão destes serviços para a empresa privada existiu uma revolta popular que se manifestou na rua. E agora, depois de o tribunal arbitral condenar a autarquia a uma indemnização de 16 milhões àquela empresa, este povo cala-se? De onde acham que vai sair este dinheiro?
A minha manifestação surge porque, enquanto português, sinto que este problema também me afecta porque não entendo porque razão ainda não existiu uma abordagem por parte do poder central. O que anda a fazer o responsável pelo Ministério que tutela o ambiente? Estará preocupado certamente com os estudos ambientais do TGV ou dos novos Aeroportos... Ou estará já a planear as próximas férias?
O povo português (salvo algumas excepções, claro) é um povo apático, que se contenta com o "tem de ser" e, quando tem poder para decidir, o voto cai sempre nos mesmos.
Quanto à qualidade da água, nas minhas "navegações internéticas" descobri o site da tal empresa privada que tanto falam onde constam os resultados das análises à qualidade da água. Mas como não sou expert, deixo apenas o site: www.aguasdomarco.pt
Abram os olhos Marcoenses...
Caro anónimo
ResponderEliminarDeixe-me responder As suas perguntas que se percebem por não ser um Maroense e como tal conhecedor como neste "canto" do país a Democracia existe mas não se pratica.
Primeiro, os Marcoenses sabem que estão a brincar com eles.
Segundo, 60% por cento dos Marcoenses não são analfabetos. O número deve ser elevado mas não é tão grande. Os militantes do partido do presidente em exercício são sempre muitos e por arrasto seus fãs. Mas não é por que gostem deles, mas poruqe tem medo das represálias. E calam-se porque estão habituados a serem ameaçados mais ou menos indirectamente. Eu e a minha família já fomos alvo várias vezes directa e inderectamente desses "mimos". E se eu não tenho medo e tenho possibilidade de enfrentar o poder instituído, quem depende directa ou indirectamente desse "poder" terá de certeza mais dificuldade do que eu de poder enfrentar o Sr. Presidente.
Calam-se porque lhe mentem e dizem que a Câmara não vai ter que pagar esse 16 ou melhor 17 milhões de euros. Calam-se pr medo. Calam-se porque não percebem que esse dinheiro vai sair do bolsos deles.
Depois tenho que defender o Ministério que tutela o ambiente. A descentralização dos poderes trás coisas interessantes. A Câmara tem muitos poderes e só alguém que realmente a pode controlar que são os deputados da Assembleia Municipal. E o que temos? Um conjunto de deputados da maioria que vota sem saber no que vota. Aliás, quando eram minoria votavam nas propostas do ex-Presidente da mesma maneira. Realmente se quer procurar analfabetos o lugar mais fácil de encontrar é na Assmebleia Municipal. Sabem ler, mas não compreende o que leram. E não estamos a falar de pessoas que não frequentaram a escola, estamos a falar de licenciados.
"O pior cego é aquele que não quer ver".