sábado, 23 de outubro de 2010

Já se negoceia o Orçamento Geral do Estado

Como se pode ler aqui, o Governo e o PSD começaram as negociações sobre o Orçamento Geral do Estado de 2010.

15 comentários:

  1. Caro Jorge
    É claro que o Orçamento vai passar, até por um questão de estratégia politica por parte do P.S.D., pois poderá ao longo de 2011, fazer cair o Governo, quando este estiver "madurinho", para o deitarem abaixo atrvés duma simples moção de censura e aqui vamos analisar depois, qual vai ser o papel da Esquerda, se alinha com a direita neo-liberal, ou com a dita Esquerda Socialsta. Quase que aposto que é o que vai acontecer no futuro, embora não tenha dons de "adivinho", mas é a tal percepção das coisas, quando se estudou um pouco de Estratégia, seja Politica, Económica ou Militar. Basta, que a Execução Orçamental ao longo do ano não seja aquela, que se prevê que seja e haja um pouco mais de pressão por parte dos Mercados Financeiros para que tudo se desmorone. A ver vamos, todavia como Português e Patriota gostaria que tudo corresse pelo melhor para bem de Portugal. Lembram-se da crise, quando Durão Barroso fugiu para Bruxelas? É bom lembrar que o problema não é de agora, mas vem muito de trás...
    Saudações Democráticas
    José António

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  2. Quem não se lembra?O pargo até parece que tinha pernas!

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  3. Espero que o orçamento não passe. Que o façam de novo e desta vez bem feito. Que cortem onde verdadeiramente devem e não à custa da subida de impostos.

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  4. Rui

    Até poderia concordar contigo, mas neste momento existe um problema chamado "tempo".

    Se estivessemos atentos nos últimos seis meses Portugal foi alvo de ataques especulativos e a taxa à qual conseguimos arranjar dinheiro para pagar as momumentais dívidas pública e sobretudo a privada não pára de crescer. A culpa neste caso até não é nossa e passa muito pela política da Alemanha não permitir que o Banco Europeu empreste directamente aos países necessitados. Assim o BE cobra uma taxa de 1% e os bancos vendem-nos o dinheiro a 6%. Claro que muitos destes bancos são alemães. E se não arranjarmos um orçamento rápido e mostrarmos resultados também rápidos (e uma das únicas soluções é aumentar os impostos) o Estado vai ter muitos problemas, as empresas e cada um de nós por arrasto. O PS, o PSD e o PR sabem disso é por isso que acredito que este orçamento, ou um muito parecido, vai ter que passar. Aliás a receita do FMI seria muito pior.

    A outra possibilidade alternativa ao aumentar impostos tem a ver com diminuir a despesa. O que se passa é que devido a duas décadas de total irresponsabilidade do Estado (incluindo autarqias, regiões autónomas, institutos, empresas públicas) encheram-se de "pessoas" todos estes organismos. Todas as famílias estão cheias de "destes" funcionários públicoS, ou de pessoas cujo emprego depende indirectamente do Estado. O caso da construção civil é um caso típico. Se considerarmos as pessoas que dependem da Segurança Social (reformados e desempregados) temos o grosso das despesas deste orçamento.

    Claro que se pode reduzir aqui e o efeito é também imediato. O orçamento até reduz em cerca de 5%, mas não deixa de ser um "imposto" onde quem paga são uma parte significativa dos portugueses.

    A redução de 5% dos salários dos outros Portugueses não afectaria o orçamento, pelo que o Governo não vai permitir que os privados façam o mesmo nas suas empresas.

    Depois temos os "elefantes brancos": Auto-estradas por tudo o que é lado, magníficos aeroportos (construimos um Aeroporto em Macau para oferecer à República Popular da China), os melhores estádios de futebol do mundo, as maiores pontes da Europa e do mundos, uma data de edifícos criados de raiz do quais dou só o exemplo do Centro Cultural de Belém, realizamos a Expo 98 e o Europeu de Futebol. Agora tudo isto tem que ser pago, porque muito disto foi realizado mas está a ser pago ainda e continuará a ser pago nas próximas gerações.

    Aqui nada podemos fazer.

    No que sobra, pode-se e deve-se apertar, reorganizar, reestruturar, etc. E devem-se obter algumas poupanças, mas não são para 2011. Vai ser um trabalho de uma ou duas décadas, dependendo da coragem política dos governantes.

    É por isso que o problema é o "tempo".

    Acredites ou não, eu penso que José Sócrates e sobretudo Teixeira dos Santos estejam conscientes da situação e tem tentado reformar o Estado.

    Já os PM's anteriores foram um desastre, Cavaco Silva (1985-1995) fartou-se de gastar dinheiro, António Guterres (1995-2002) e Durão Barroso (2002-2004) fugiram tamanho era o desastre económico e financeiro, Santana Lopes (2004-2005) foi aproveitar os "restos da festa".

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  5. Pois, mas eu acho que o problema é o governo neste caso o Socialista ter andado a dormir no último mandato e querer agora à custa da classe média trabalhadora pagar a dívida actual e anterior.
    Com o aumento de impostos e a diminuição da capacidade financeira da classe trabalhadora activa só vai provocar a recessão e piorar ainda mais o desiquilibrio financeiro.
    Por exemplo, porque razão só agora se lembraram de controlar os subsídios a quem não quer trabalhar? Antes foi para ganhar votos. Agora querem controlar a despesa. Amanha volta o descontrolo para ganhar votos novamente.
    No meu caso específico trabalhando no ramo automóvel fazes ideia de quanto vai aumentar o preço dos carros com o aumento do IVA em mais 2%? No mínimo centenas de euros. Sabes o que vai acontecer quando o negónio deixar de ser sustentável? Ou seja, deixarmos de atingir objectivos? A empresa vai despedir vendedores. O resultado vai ser mais gente no desemprego. E para o estado o susposto IVA que iría cobrar a mais vai por água abaixo. Em valor absoluto o Estado não vai obter qualquer rendimento com a medida.
    Tu como gestor continuas a achar que esta é uma boa medida?
    Eu não penso assim, por isso não estar de acordo com a política destes governos socialistas.

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  6. Rui
    Os subsídios ditos "Rendimento Mínimo" é uma medida boa, mas não é para portugueses. Nós arranjamos logo um modo de receber o "Rendimento Mínimo" e depois ir trabalhar a qualquer lado sem declarar.
    Agora não esse valor que são decisivos, mas pelo menos agora o Governo "apertou" neste orçamento. As alterações no RSI têm um impacto de 0,1% do PIB.
    O impacto das alterações no IVA são de 0,6% do PIB.
    Como empresário sou totalmente a favor que se caminhe para uma taxa de IVA única (era esse o espírito inicial na introdução do IVA) e obviamente que preferia que a taxa fosse mais baixa. Mas é indiferente se vou pagar os impostos em forma de IVA, IRS, IRC ou de outro modo qualquer. A carga fiscal total é que tem de descer. E tem que existir uma igualdade entre todos os Portugueses. Uns pagam e não conseguem fugir, outros não pagam ou porque a lei lhes permite excepções ou simplesmente porque não pagam.
    Agora no ramo automóvel a situação do IVA é igual em todos os outros ramos. O impacto maior nas medidas do orçamento para esse sector até é o controlo da "frota do Estado".
    Claro que o automóvel não é um artigo de primeira necessidade, mesmo que precisa hoje pode ir comprar um carro de uma gama mais baixa, e sendo realistas o mercado português está sobrelotado. Com a crise as empresas tentam poupar e a poupança na compra de novas viaturas é evidente.
    Agora pior do subir o IVA é subirem as taxas de juro, pois a grande parte dos compradores de automóveis tem de recorrer à Banca, e se esta subir os juros ou não existir dinheiro para emprestar então é que não há compradores.
    Por isso é urgente termos um orçamento e que seja um orçamento “duro”.

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  7. Pois é aquela política típica do portuguesinho.Primeiro eu,depois eu e ainda eu e os outros que se lixem.
    A propósito de automóveis,da crise da sua venda,etc.,o jornal "O Público" trazia ontem uma notícia interessante.Venderam-se mais automóveis de luxo que no ano passado,também mais Lomborghinis,mais Ferraris e um número nada pequeno de Porches,130 salvo êrro.
    Isto é a tal crise?
    Senhor Rui Brito,crise existe é para quem está desempregado.
    Crise existe também para aqueles menos avisados,que compram automóveis enrolados pelo paleio dos vendedores que lhes prometem mundos e fundos,isto é,todas as facilidades de crédito e os deixam com o menino nos braços.
    Quanto à culpa do governo socialista,parece-me que é suspeito na sua opinião,pois deixa de fora a crise global mundial e principalmente a da economia e finanças europeia,já para não lhe recordar a herança dos governos de Durão Barroso,Santana Lopes e Cavaco Silva.
    A sua acusação é própria do portuguesinho tacanho que não percebendo da poda se atreve a dar toda a espécie de palpites.,seja qual for o assunto.Leia a história de "O Pintor e o Sapateiro" e tire dela as conclusões,que lhe poderão vir a ser úteis na vida.

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  8. Com toda a certeza o senhor Miguel, amigo do senhor José Socrates, não leu com atenção o que eu escrevi.
    A sua abordagem é típica da mensagem passada pelo actual governo. Também por isso o País está na situação que está.
    Com toda a certeza o senhor não deve ter formação nem experiência em gestão, senão não fazia estes comentários.
    A preocupação deveria estar em garantir a saúde de gestão e finanças das empresas portuguesas, pois estas é que farão a manutenção em baixa das taxas de desemprego. Sabe quantas empresas pediram insolvência este ano? Tente obter essa informação no jornal Público.
    Embora a minha formação académica seja em Engenharia Mecânica, 80% do meu trabalho é gestão. Gestão de RH, Gestão Comercial, Gestão de Empresa, e convivo diariamente com todo o género de clientes. Felizmente trabalho para uma das maiores empresas ibéricas do ramo automóvel que goza de uma saúde notável graças ao esforço de todos os colaboradores e de quem os dirige.
    Isto para dizer que o que falta a este governo socialista são gestores de topo. Pessoas que tenham visão e sejam proactivas nas suas decisões. Que coloquem o País à frente de qualquer interesse político.
    O estado actual não é fruto do Durão, Santana ou Cavaco. É sim fruto das decisões tomadas nos últimos 5 anos que não souberam dinamizar a obra feita até então.
    Por falar em automóveis, de quem é a responsabilidade de haver um crescimento na venda de viaturas topos de gama? Com quantas viaturas contribuiu o governo para o aumento desta média?
    Quanto aqueles que eu digo que não querem trabalhar vou-lhe contar uma passagem entre muitas que tive no meu percurso profissional. Um dia entrou-me um desempregado no meu gabinete a pedir-me para carimbar o postal para entregar no centro de emprego que indica andar à procura de trabalho. Eu perguntei "se o senhor precisa de trabalho eu tenho trabalho para si, pois estou a recrutar lavadores auto para a estação de serviço". A resposta que obtive foi "mas eu não quero trabalhar, preciso é do carimbo para não me cortarem o subsídio de desemprego". Concluindo, naturalmente não carimbei e indiquei-lhe o caminho da porta da rua.
    Este é o resultado de mais uma política do actual governo.
    É graças a pessoas como o senhor Miguel com muita teoria e pouca prática o país está na situação que está.

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  9. Rui

    Gostei muito do exemplo que deste sobre a necessidade do carimbo para não seja cortado o subsídio de desemprego. Dou outro caso, que é a necessidade dos desempregados de participarem nas formações do IEFP. Este caso não só forma as pessoas mas evita que estas façasm uns "biscates" enquanto recebem os subsídios.

    Mas de quem são estas medidas? Como era nos governos anteriores?

    Claro que é muito importante que todos nós, como tu fizeste, que tenham a coragem de não pactuar.

    Eu vou dar outro exemplo:

    "Um dia um bom profissional chegou à minha beira e disse que se queria despedir porque pretendia realizar um curso de pós-graduação. Não tive alternativa e aceitei o despedimento apesar do investimento em formação que tinha realizado nesse profissional.

    Espantado fiquei quando uns dias depois o mesmo profissional queria que eu indicasse que o despedimento tinha sido por mútuo acordo para ele poder usufuir do fundo de desemprego. Eu disse que não.

    Resposta dele: Eu estava a ser injusto porque toda a gente fazia isso.

    Eu respondi-lhe que eu não faria nada ilegal, além disso desse modo estaria a prejudicar todos os contribuintes.

    Mais espantado fiquei uns tempos depois quando soube que esse profissional teria convencido o IEFP que teria as condições para receber o fundo de desemprego".

    É nestas pequenas coisas que duas décadas de laxismo permitiram chegarmos onde estamos. Por isso é que não vejo que tenha sido José Sócrates "o responsável" de tudo o que está mal.

    Temos que ter memória colectiva e responsabilizar cada um pelas asneiras que fez. Porque responsabiliza-se José Sócrates por medidas que ele não tomou.

    Por exemplo, as famosas PPP (Parcerias Público Privadas) foram introduzidas por Cavaco Silva. Agora o PSD considera essas parcerias como um "diabo em pessoa", então porque é que Cavaco, Durão ou Lopes não acabaram com elas?

    O "Rendimento Mínimo" criado por Guterres é a origem de todos os males. Então poruqe Durão ou Lopes não o terminaram.

    Os aumentos do IVA para resolver os problemas do défice são medidas que não deveriam ser utilizadas, o que eu sei é que o primeiro aumento com esse fim foi com Cavaco, Durão fez o mesmo. Onde está a coerência?

    Claro que te dou razão que no Governo faltam melores gestores. Mas quem vota nos deputados que escolhem os governos? Somo nós. E qual a nossa responsabilidade de não sermos activos na vida política (dentro dos partidos) para se escolherem os melhores para esses cargos?

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  10. Senhor Rui Brito

    Não tenho formação em gestão ou em engenharia desta ou daquela área.
    Tenho a formação da experiência duma vida,já longa e que me ensinou que a maneira mais fácil de explicar os nossos êrros,não é admiti-los,mas é culpabilizar quem está na berlinda.
    Tipicamente portuguesa é a sua crítica apoiada no hoje,esquecendo ou escamoteando o passado,porque não convém recordá-lo ou não poderá servir de argumento,no diferendo de opiniões do momento.
    Curiosas são as suas "afirmações" que o país está na situação que está por culpa da gestão de Sócrates.
    Fiquei perfeitamente siderado com a valia do seu argumento e logo eu que pensava que a situação de Portugal,teria algo de semelhante com a situação da Grécia,da Irlanda,da França,da Grã-Bretanha,dos próprios USA,enfim,que era reflexo duma crise económico-financeira global.
    Quer dizer,que por exemplo,a notícia do jornal "O Público" dando à estampa a muito provável decisão do governo britânico em vender florestas para corrigir as contas públicas,também tem a ver com o Sócrates?
    Já agora,o episódio do tal cidadão,que lhe apareceu a pedir o carimbo para justificar a procura dum posto de trabalho e que recusou a sua proposta de trabalho,também é culpa do Sócrates?
    E todos aqueles que recebem indevidamente o RSI,a culpa também é do Sócrates?
    Etc.,etc..
    Não concorda que para controlar a genética chico-espertice do português,seria preciso colocar um fiscal à porta de cada um?
    E acha isso viável?
    Ou entende o meu amigo Rui Brito,que se trata dum problema do correcto e ético exercício da cidadania?
    Só para terminar e voltando aos automóveis topo de gama.O meu amigo já verificou se os Ferraris,os Lomborghinis,os Porches são comprados pelo Governo ou sê-lo-ão por alguns tais empresários que diz defender?Investigue e irá ter algumas surpresas.

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  11. Senhor Rui Brito

    Só por lamentável lapso da minha parte é que não lhe observei que a gestão e saúde financeira das empresas portuguesas,no meu entendimento,deverá ser garantida em primeiro lugar pelos seus gestores,administradores,funcionários e só depois pelo dinheiro de todos nós,ou seja por este ou qualquer outro governo.
    À sua questão,se sei quantas empresas pediram insolvência este ano,responder-lhe-ei se sabe quantas destas o fizeram em moldes fraudulentos,preocupando-se antes os seus proprietários em colocar os seus dinheiros em off-shores e outros destinos,nada preocupados com o futuro dos seus colaboradores?
    E nesse número total,quantas eram consideradas micro-empresas,de pequena dimensão ou de média dimensão?
    E quantas por incompetência gestora dos seus empresários faliram?
    E quantas se tornaram tecnologicamente obsoletas por avidez excessiva dos seus donos,nada dispostos a reinvestir parte que fosse dos seus lucros?
    Também seria interessante que se informasse sobre o montante da chamada dívida privada,que como bem sabe é bastante superior à dívida pública.Será também culpa de Sócrates?Ou uma consequência de múltiplos factores,alguns dos quais me atrevi a sugerir atrás no meu comentário?
    Etc.,etc..
    Meu caro amigo Rui Brito,somos tal gente,que se usa dizer que "Em Portugal,só trabalha,quem não sabe fazer mais nada",ou seja,enquanto a chico-espertice der para levar a vida,não vale a pena trabalhar a sério.
    Já agora aproveito para lhe deixar uma última sugestão.
    Formule aos nossos emigrantes uma simples questão.Onde se trabalha a sério,em Portugal ou nos países que vos acolheram?
    Depois de ouvir a habitual resposta,concluirá talvez,que também Sócrates é o culpado.

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  12. Senhor Miguel. Dá para perceber que existe aqui algum fundamentalismo na defesa das políticas socialistas aplicadas pelo governo.
    Permita-me que lhe responda.
    Sabe de quem é a culpa da atribuição de RSI indevidos? Naturalmente do governo. Pois as medidas que tomaram agora, e muito bem pois agora estou completamente de acordo, no controlo de quem realmente necessita do RSI, deveriam ter sido tomadas à anos atrás. Só que antes haviam interesses políticos associadas, tal como ganhar votos. E agora há a necessidade de colocar as finanças em ordem. Andamos anos a deitar dinheiro fora, ou a patrocinar os tais "chico-espertos" de que fala.
    Veja o que se passa com a comparticipação de medicamentos. Quando os votos interessam, alguns reformados não pagam. Agora...
    Já aqui disse uma vez que sou completamente contra os subsídios, pois para mim patrocinam a preguiça e a "chico-espertice" como acima apelida. RSI sim, mas para quem realmente necessita feito com método e controlo.
    Voltando à área que realmente domino, vou esclarece-lo com o número de automóveis. O valor acumulado a Setembro é de um crescimento nas vendas de 43% (valor provisório ARAN) e isto porque o mercado está a antecipar vendas graças a duas principais ameaças. A primeira será o aumento do IVA em 2% e a segunda a ameaça no fim dos abates a veículos em fim de vida. Isto vai condicionar a renovação do parque automóvel.
    Para o esclarecer, este ano venderam-se mais 145 Porches que no ano passado, mas menos 4 Ferrari, menos 9 Aston Martin, menos 6 Bentley, etc etc.
    Na relação de viaturas de luxo, um Porche Boxster ou um Cayman é mais barato que um Audi A8 ou um BMW 740.
    Sabe o que vai acontecer às receitas com IVA proveniente do mercado automóvel?
    No caso do governo, sabe quantas viaturas Audi A8 ou BMW serie 7 foram adquiridas? Faz ideia da frota de viaturas de serviço que existe ao serviço? Acaba por ser uma regalia e não uma ferramenta de trabalho. Acreditando nas notícias que passam sobre estas matérias, gostava que as entidades públicas adquirissem apenas viaturas do Grupo VW...
    Da mesma forma que se exige contenção aos autarcas nesta matéria, a regra deveria aplicar-se em qualquer área de negócio.
    Como o Jorge diz em cima, se não queremos aumentar os impostos, tem de haver um foco na redução de custos.
    Falando de mais uma área que domino, recomendo-lhe a pesquisa sobre o "Lean Process". Ou a leitura do livro "lean thinking" de James P. Womack, onde concerteza obterá alguns ensinamentos para propor na blogosfera e não só.

    É à custa da resistência à mudança e a inadaptação às novas realidade dos mercados que muito do futuro das empresas está condicionado. Talvez pelas pessoas que pensam que a experiência de uma vida se sobrepõe a valores como a formação contínua, o empreendedorismo, a visão, etc etc.
    Quem melhor sabe gerir este equilíbrio, é quem melhor consegue garantir o futuro.

    O melhor, é aquele que consegue aprender com os seus próprios erros e com os erros dos outros.

    Recomendo-lhe o visionamento deste link:
    http://www.youtube.com/watch?v=BDwSzZAYRMU

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  13. Senhor Miguel, só para acrescentar que o problema dos Portugueses não é "não saber trabalhar".
    O meu percurso profissional permitiu-me enúmeros contactos com mercados internacionais, nomeadamente nestes últimos anos, e posso assegurar-lhe que o problema dos nossos trabalhadores é não terem método de trabalho. Mas pelo contrário são excelentes adaptando-se aos métodos dos outros. Por isso são tão produtivos no estrangeiro e em Portugal é o resultado que se vê.

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  14. Caro Rui e Miguel

    Deixem-me dar aqui a minha ideia da falta de produtividade dos Portugueses, pois sendo ligeiramente diferente de ambos, acaba por dar razão aos dois.

    Economicamente falando a produtividade mede-se pelo valor dos produtos produzidos.

    Muitas vezes nesta discussão da nossa falta de produtividade escquece-se que em Portugal produzem-se muitos produtos de baixo valor acrescentado. É a nossa realidade económica, o que nos dá uma "fama" que não corresponde muitas vezes à realidade.

    Claro que tanto podemos encontrar exemplos particulares dos dois extremos, muita ou pouca produtividade.

    De facto a nossa produtividade está muito na média de muitas realidades, mas infelizmente não produzimos produtos de grande valor acrescentado. A culpar alguém serão as nossas políticas de séculos de má formação, de algum obscurantismo e não darmos a importância devida à investigação e inovação.

    Se eu fosse dar aqui a minha opinião sobre a causa desse atraso era seguramente "excomungado", pelo que prefiro ficar por aqui.

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  15. Senhor Rui Brito

    Afinal o meu amigo acaba por estar de acordo com as minhas principais interrogações levantadas nas questões que lhe coloquei no meu comentário de 25/Outubro.
    Passo a citar o meu amigo "É à custa da resistência à mudança e à inadaptação às novas realidades dos mercados que muito do futuro das empresas está condicionado.Talvez pelas pessoas que pensam que a experiência duma vida se sobrepõe a valores como a formação contínua,o empreendedorismo,a visão,etc.,etc..",fim de citação.
    Daqui só posso concluir que me dá razão,pois a reacção à mudança,a inadaptação às realidades dos novos mercados,etc,etc.,não são,nem nunca poderiam ser da responsabilidae da governação socialista,mas sim como sublinhei frutos da tacanhez dos nossos empresários,que interiorizaram erradamente,que a governação socialista existe neste país para subsidiar a sua falta de iniciativa,a sua falta de visão,etc.,etc..
    Quanto à capacidade de trabalho,ou falta dela, dos nossos trabalhadores não escrevi nessse sentido.Escrevi sim,que se questionados os emigrantes,no sentido de apurar a sua opinião,onde se trabalhava a sério,se em Portugal,ou se nos países,que os têm acolhido ao longo de muitos anos,a resposta óbvia seria que tal se processava nos países de acolhimento.
    E porquê?Quem deve implementar métodos de trabalho actualizados,quem deve inovar na gestão,etc.?
    Aí voltamos a estar de acordo.Falta de métodos,etc.,etc..Mas de quem é a culpa?De Sócrates?
    Quer no caso anterior,quer neste caso,entende o senhor Rui Brito que a culpa é da governação socialista?
    Não estará a confundir sistemas socialisrtas democráticos com sistemas socialistas totalitários?

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