sábado, 9 de outubro de 2010

Pedro Passos Coelho continua com a birra

O líder do PSD continua com a ameaça de não aprovar orçamento, as exigências sucedem-se. Se num dia exige a diminuição das despesas quando o governo cede ele já diz que assim não vamos ter crescimento do PIB, se noutro dia coloca uma data limite para as decisões de Sócrates, a seguir entra em confronto com a Presidência da República. Ninguém percebe qual o orçamento que Passos Coelho pretende, todos já compreenderam que ele só quer chegar ao Poder.

Sócrates diz que não vai governar com o orçamento da oposição, isto é se alguém da oposição se entender em relação às medidas do orçamento. Se nem o PSD se entende como será possível a oposição chegar a um consenso.

Entretanto Cavaco Silva já se apercebeu que pode estar em perigo a sua reeleição, e dá recados. Mas estes esbarram na parede da intransigência de Pedro Passos Coelho.

Durão Barroso e Merkel, e praticamente todos os outros lideres europeus, devem ter todos os dias pesadelos com a arrogância de uma criança que está a fazer uma grande birra para os lados de S.Caetano.

Quais são então os possíveis cenários que teremos nos próximos dias:

A aprovação do Orçamento Geral do Estado pelo actual líder do PSD está totalmente posta de parte. Os seus conselheiros políticos mais próximos Miguel Relvas, Marco António, Filipe Menezes, Ângelo Correia não passam de profissionais da política e da máquina do partido. Pouco lhes importa o futuro do País, logo que possam ter uma breve passagem pelo corredores do poder. Vão até ao fim apoiando o voto contra o Orçamento Geral do Estado.

O BE e o PCP vão ser coerentes com a sua política, no caso indiferente com os interesses da própria Esquerda.


Será que Cavaco se arrisca a ficar com o problema entre mãos e acabar por perder a sua reeleição para a Presidência da República?

Penso que não. Nem Cavaco, nem um governo de sua iniciativa, nem o próprio país aguentariam sete ou oito meses de instabilidade política.

A este cenário catastrófico é preferível o cenário da revolta dos partidários do Presidente da República, na Assembleia da República, de modo a que estes permitam a passagem do Orçamento. E neste caso o PSD poderia ficar ingovernável, mas Cavaco Silva teria assegurado a sua reeleição, Sócrates o seu governo (para já) e a oposição interna do PSD a sua vingança.

Sem comentários:

Enviar um comentário