Provavelmente por distração minha, não conheço outra autarquia que dê tanta atenção à Educação. Há uns anos a esta parte vários foram os eventos onde os responsáveis autárquicos marcam presença ao mais alto nível e, deduzo, se encarregam de publicitar o acontecimento. Da mesma forma, registo que os alunos são presença assídua, deduzo que para tal “convidados”, nos diversos eventos promovidos pela autarquia. Perfeita sintonia entre a Escola e a sociedade! Fico com a dúvida, foi a Escola que derrubou os seus muros ou esses mesmos muros foram derrubados?
Se os eventos são profusamente publicitados, relativamente aos resultados um ruidoso silêncio. Nos últimos 3 anos, a média dos exames no ensino básico (2.º e 3.º Ciclo), foi maioritariamente inferior a 3 (numa escala de 0 a 5).
Hoje, 2 dos 4 agrupamentos pertencem a Territórios de Escolares de Intervenção Prioritária, para o qual são convidados, reunidas determinadas condições, designadamente, “elevado número de alunos em risco de exclusão social e escolar”.
Perante este desolador cenário, não li, novamente distração minha, uma linha anunciando medidas no sentido de reverter a situação.
Fala-se numa fracassada indigitação para a direção de um agrupamento, de pedidos de reunião com eventuais candidatos à liderança autárquica, sondagem de membros do CG no sentido de saber quem pode ser o adversário na corrida à indigitação para o lugar de diretor, um anormal, provavelmente digno de figurar no “Guiness Book”, número de demissões/ exonerações dos membros indigitados para coadjuvar o diretor, fatos que a serem verídicos, deveriam merecer alguma reflexão e ação.
Estranho (o) silêncio!
Para terminar, agradeço ao MCN a disponibilidade para a publicação das reflexões enviadas, aos seus leitores a paciência e as criticas que, de forma aberta ou mascarada, me dispensaram.