segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Os predestinados, por João Valdoleiros

Nesta fase, verdadeiramente crítica da vida nacional, e também concelhia, quando se traçam e discutem as políticas orçamentais para a próxima anualidade, confirma-se mais uma vez a teoria de bastar ao poder político, para atingir os seus fins, reincidir na prática das habituais mentiras, prometendo ao eleitorado, que os resultados estão logo ali à vista, que as indispensáveis reformas estruturais da Administração Central e Local, da área da Saúde, da Escola Pública, da área da Ação Social já se iniciaram e correm em bom ritmo, que a correção das contas públicas e a diminuição do deficit é uma verdade insofismável.

Outro tanto se argumentará ao nível local, escamoteando pela sua pouca visibilidade e menor publicidade aos menos avisados, que ao longo do ano a execução orçamental, se realiza aos ziguezagues, ou seja, as verbas cabimentadas para as rubricas X ou Y, dada a deliberação da assembleia municipal, quando da discussão e aprovação do orçamento daquele órgão autárquico, acabam desviadas para valer a eventuais “acidentes de percurso” ou “jogadas de bastidores” – veja-se o conhecido uso e abuso dos pedidos de alterações ao orçamento, que baixam anualmente para consideração e deliberação da assembleia.

Ou seja, aqueles que a nível nacional e, ou local, parecem só preocupados em gerir o nosso presente e prevenir o nosso futuro, só podem ser considerados como os predestinados duma raça, certamente orgulhosa de ser descendente dos maiores negreiros do Mundo.

É, ou não é, fato histórico, que a epopeia dos descobrimentos tinha como um dos seus objetivos levar o batismo aos gentios, o conhecimento e a instrução da Fé Católica? E que registo ficou para a História da Humanidade?

Só mesmo de Predestinados, não é? Ou será do nosso fado?

Quanto aos Outros, não valerá a pena escrever as suas estórias de tão vulgares e tão pobres o seu conteúdo. Somos mesmo descartáveis e perfeitamente dispensáveis. Diria mais, desnecessários.

8 comentários:

  1. Dr João, como membro e representante do PS na assembleia municipal, e algumas vezes desconhecedor do que se passa no meio camarário, deixe-me dar-lhe uma dica que poderá usar para interrogar o Sr predestinado em quem estupidamente votei:
    Porque não cumpre e executa os protocolos assinados com pessoas de boa fé que o tentaram ajudar a ele e ao nosso concelho.
    Por favor faça lembrar à alta individualidade que apesar de politico também lhe ficaria bem alguma seriedade.
    Mas enfim, estão a chegar novas eleições e daí a necessidade de novos protocolos, que ao fim de anos ou nunca serão respeitados.
    Com os meus melhores cumprimentos, na certeza de que um dia esclarecerei pessoalmente este assunto com V.Exª.
    ARRE QUE JÁ ME CHEGA DE ALDRABÕES; QUALQUER DIA PARTO A LOIÇA TODA

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    1. Caro Anónimo de 11/12/2012 - 19:17

      Creio ser já conhecedor da matéria da sua dica e sendo tal, compreendo e reconheço,que lhe assiste toda a razão da sua crítica.
      Os protocolos assinados,no caso pelo responsável máximo da autarquia,quaisquer que sejam as partes envolvidas e os seus conteúdos,são desde logo contratos para cumprir,se não de imediato ao menos dentro dum prazo razoável,aceitável,ou no limite dentro do prazo protocolado.Quando tal não se verifica,e parece ser o caso que o meu amigo indiretamente denuncia,poder-se-á sem exagero de expressão,afirmar que a parte incumpridora é alguém sem palavra,ou seja,que demonstra à saciedade,desconhecer o que assinalava os acordos entre cavalheiros,a palavra de honra selada por um vigoroso aperto de mãos.

      Cumprimentos
      João Valdoleiros

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    2. E já agora, que protocolos se refere especificamente?

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    3. Caro Anónimo das 10:30

      A sua questão não merece resposta, mas para que não fique completamente sem resposta,dir-lhe-ei que no próximo sorteio do Euromilhões os números sorteados se encotram entre o nº 1 e o nº 50.Já é uma ajuda,não?

      Cumprimentos
      JV

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    4. Bem me parecia, quanto a factos , ninguem os inumera. Fala-se apenas de de imprecisao. será que existem assim tantos protocolos em incumprimento?

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    5. Caro Anónimo das 22:38

      O menos importante da questão que se levantou com a denúncia de alguém,nesta questão do incumprimento de protocolos,é a quantidade,se são muitos,ou se são poucos,os protocolos não cumpridos.Antes do mais e acima de tudo está a questão da palavra dada,ou da assinatura aposta.Em resumo,que o incumpridor pelo menos se respeite a si próprio,à sua dignidade pessoal,já que o corrente e muto usual entre a classe política é o desconhecimento dessa qualidade que distingue os homens dos moços.
      Essas situações,meu caro anónimo,têm um local próprio para serem enumeradas e denunciadas,se verdadeiras e causadoras de prejuízos a terceiros,ou de benefícios indevidos e pouco transparentes,a assembleia municipal,para que fique objectivamente registado em ata a sua denúncia,para que aos visados,se possam pedir eventuais e futuros esclarecimentos prestados perante os representantes do eleitorado marcoense.
      O futuro a Deus pertence,mas estou convicto que cada vez mais marcoenses,usando dos seus direitos de cidadania,fiscalizarão e exigirão a máxima transparência na gestão da sua autarquia, afinal do modo como são gastos os seus impostos,ou seja o seu dinheiro.E acreditem que,nos tempos de crise financeira e económica que vivemos,não deve,nem pode ser considerado coisa de somenos.

      Cumprimentos
      João Valdoleiros

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  2. Ah... ah.... ah.... o MM incumpridor? mas não é isso que ele canta nos púlpitos ! que falta de respeito desta criatura. Ao contrário da Relva, tem a escola completa ........

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    1. Caro Anónimo das 09:39

      Permita-me recordar-lhe que,infelizmente,o meu amigo vive num país onde a partidocracia subverte quase tudo e todos, já que na luta pela tomada e,ou manutenção,do Poder,todas as artimanhas são boas,todos os truques são válidos(leia-se, todas as promessas e juras de amor,no caso,aos Marcoenses).
      Permito-me ainda chamar-lhe a atenção para um pequeno grande pormenor da partidocracia - esta cria uma estrutura,cujos colaboradores,cujos nomes,são invariavelmente os mesmos de ato para ato eleitoral,garantindo desde logo a sua continuidade na "estenuante e dedicada" vida de serviço à causa pública,como se de profissionais realmente se tratassem apostados em fazer mais e melhor,em evoluir nos seus méritos e competências.
      E depois disto tudo,gostaria de lhe chamar novamente à atenção,que não será por acaso,nem por mera coincidência, que os personagens carreiristas da Política proliferam como os cogumelos.
      Meu caro,vida de mãos e unhas limpas,costas direitas,bem assessorados pelo dinheiro dos contribuintes,que outra "profissão" seria melhor?

      Cumprimentos
      João Valdoleiros

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