quinta-feira, 5 de abril de 2012

Autonomia?, por António Ferreira

A eleição do Diretor do Agrupamento, a aprovação do projeto educativo e a avaliação da sua execução, são algumas das competências do Conselho Geral (CG).
No ato de apresentação da sua candidatura a Diretor, os candidatos fazem entrega do seu curriculum vitae e de um projeto de intervenção na escola. O subdiretor e os adjuntos são nomeados pelo diretor.
Um qualquer diretor que, a meio do seu mandato, já substituiu 80% dos membros que nomeou para o “coadjuvar no exercício das suas funções”.
- “hoje” demite da função de adjunto e “amanhã” nomeia para a função de coordenador o mesmo docente;
- cede os professores do QE e fica com professores com curricula menos valiosos;
- abandona uma atividade/evento anual na sua 4/5.ª edição;
- abandona o projeto do jornal do Agrupamento;
- “banaliza”, o que deveria ser uma exceção, o recurso ao procedimento disciplinar;
- …;
- os resultados obtidos pelos alunos (TI e outros) atingem valores significativamente baixos.
… reuniu, salvo melhor e esclarecida opinião, as condições previstas na alínea b) do n.º 6 do art.º 25.º do Decreto-lei n.º 75/2008 de 22 de abril, isto é, “O mandato do diretor pode cessar: (…) No final do ano escolar, por deliberação do Conselho Geral…”.
A verificarem-se estas premissas e havendo indícios que apontam para a manutenção da atual situação, falamos de Autonomia ou da “paz dos anestesiados”?

15 comentários:

  1. foi o texto mais acertado que li até hoje principalmente no que se refere aos processos disciplinares

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  2. Pois que seja demitido.

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  3. Caro António Ferreira, o Sr é um ressabiado. Tem é dor de cotovelo. Tenha juizinho na carola.
    Conselho: Tome umas pastilhas de Rennie que isso passa.

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    1. Caro Anónimo,

      Já que nos honrou com um comentário, gostaria de conhecer a sua opinião sobre o texto acima.
      Agradeço a sábia sugestão.

      Cumprimentos,

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  4. Ao passear pela blogosfera marcoense, deparei-me com este post que achei deveras interessante, e não resisto a comentar. O autor do post deve estar, neste momento a interrogar-se pela minha irresistível tentação a comentar este post, vou satisfazer-lhe a curiosidade. Em primeiro lugar, gostaria de colocar uma questão, onde estava o senhor aquando o afastamento dos primeiros 60% dos colaboradores da direção? Acho engraçado só começar a fazer a escrever sobre estes afastamentos no momento da exenoração da a ex Subdiretora (julgo desnecessário colocar o nome da senhora, pois penso que a conhece muito bem). Em segundo lugar, relativamente à extinção do jornal escolar, lembrei-me lembrei-me que o meu filho trouxe para casa a ultima edição do jornal, curiosamente nesse mesmo jornal diz que a responsável pelo jornal escolar, e que inclusivamente fez o editorial dessa edição, é mais uma vez a senhora ex subdiretora do agrupamento, não acha curioso? eu sabia que sim e também acho.
    Acho que já lhe dei algumas explicações, e vejo que está a ficar cansado e eu sinto que estou a perder o meu tempo.
    Perante isto, escusado será dizer que o comentário de 5 de abril, não faz qualquer sentido. Para terminar o meu comentário gostaria de deixar uma citação de um autor que adoro.
    "Quando se tenta ensinar um burro a ler, perde-se tempo e cansa-se o burro"

    Paulo Freire

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    1. Para responder ao anónimo do dia 6 de abril gostaria de referir o seguinte:
      É lamentável que um pai assim pense! Concertesa é daqueles que apenas vê o lado político. E o seu filho não importa? Eu sou professor e pai e a primeira cois que fiz foi tirar o meu filho daquela escola. Será que o senhor não questiona o porquê dos melhores alunos, no final do 6º ano quererem sair daquela escola. Pois é, caro leitor! Dialogue com esses pais e deixe-se de politiquices. Pense no melhor para o seu filho. Não veja apenas o que lhe chega a casa, tente observar para lá dos muros da escola. O sr. por acaso viu os resultados dos testes intermédios? Concerteza isso não é tema que lhe interesse.Quanto à Sra. Subdiretora exonerada, o seu conhecimento e dedicação valiam muito e, já agora saiba também que ela só foi exonerada porque alguém aspirava ao seu lugar. Alguém a usou e sem escrúpulos lhe puxou o tapete. É este o modelo de cidadania democrática que pretende como exemplo para o seu filho? Eu não meu caro leitor!!! As minhas bases democráticas são outras.Quanto à "citação" que o leitor deixou, ela é realmente verdadeira, agora faça o exercío de a aplicar a si também, e mais, ao órgão de gestão do Agrupamento de Escolas do Marco de Canaveses. Tenha uma boa Páscoa e reflita sobre o que é realmente importante para o seu filho...
      João S.

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    2. Prezado João S, apesar de eu não ser professor, e ter apenas o equivalente ao quarto ano de escolaridade, graças a um curso EFA. Quanto à sua questão, claro que me importo com o meu filho e preocupa-me o facto de que ele possa ter um professor que escreve "CONCERTESA". No meu tempo, apanharia logo 3 bolos nas unhas.
      Segui o seu conselho, reflecti e apliquei a mim mesmo a citação. es descobri que quanto mais explico, mais tempo perco, e sinto-o cada vez mais cansado. Não sei quais as razões da exoneração da senhora subdirectora, não conheço a senhora o suficiente para fazer juízo de valores, mas pelo que escreve aqui, parece ser boa pessoa. E não duvido que, como se diz na giria, lhe tenham feito a cama. Mas julgo que as razões devem ser tornadas publicas após o afastamento. Não tenho a certeza do que estou a escrever, é apenas uma humilde contribuição para que a verdade venha ao de cima.
      Os resultados dos testes intermédios, realmente não foram famosos, mas daí a culpar uma direcção, pelos resultados dos alunos... não me parece correcto. Era a mesma coisa que estar a culpar os professores pelas burrices do Ministro da Educação.

      Este texto foi escrito não respeitando o acordo ortográfico.

      Uma boa páscoa para todos, não vou perder mais tempo.

      Paulo Freire

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    3. Caro Paulo Freire,

      Felicito-o por partilhar a sua opinião sobre Educação e agradeço o seu valioso contributo.

      Assim, recordo que de acordo com o quadro legal vigente, “As escolas são estabelecimentos aos quais está confiada uma missão de serviço público, que consiste em dotar todos e cada um dos cidadãos das competências e conhecimentos que lhes permitam explorar plenamente as suas capacidades, integrar -se activamente na sociedade e dar um contributo para a vida económica, social e cultural do País.”. No mesmo diploma, Decreto-lei 75/2008, “Ao Director é confiada a gestão administrativa, financeira e pedagógica, assumindo, para o efeito, a presidência do Conselho Pedagógico” (…) “A autonomia é a faculdade reconhecida ao agrupamento (…) de tomar decisões nos domínios da organização pedagógica, da organização curricular, da gestão dos recursos humanos…”

      Num outro documento, “Os testes intermédios, (…), são instrumentos de avaliação disponibilizados pelo GAVE e têm como principais finalidades permitir a cada professor aferir o desempenho dos seus alunos por referência a padrões de âmbito nacional, ajudar os alunos a uma melhor consciencialização da progressão da sua aprendizagem e, complementarmente, contribuir para a sua progressiva familiarização com instrumentos de avaliação externa.”

      No Agrupamento que o “seu” filho frequenta, realizaram o TI a Língua Portuguesa, 106 alunos do 9.º Ano de Escolaridade, distribuídos por SEIS turmas (média de aproximada de 18 alunos por turma). Os resultados indicam que VINTE E SEIS POR CENTO dos alunos obteve resultado igual ou superior a 50%.
      No TI a Matemática, realizaram a prova, 87 alunos do 8º Ano de Escolaridade, distribuídos por QUATRO turmas (média aproximada de 22 alunos por turma). Os resultados indicam que NOVE POR CENTO dos alunos obteve resultado igual ou superior a 50%.

      O Diretor é coadjuvado no exercício das suas funções por um subdiretor e por um a três adjuntos”, estes, “são nomeados pelo diretor”. Sabemos que, para TRÊS LUGARES já se verificaram, a meio do mandato, SETE NOMEAÇÕES.

      Os resultados obtidos pelos alunos associados a um significativo número de nomeações para um reduzido número de lugares num curto espaço de tempo, deve merecer alguma reflexão dos órgãos próprios ou, a AUTONOMIA foi substituída pela PAZ DOS ANESTESIADOS.

      Permita por último que cite Paulo Freire (o único que conheço) “quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender”.

      Cumprimentos,

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  5. "Excelentes" resultados estes,dos alunos da escola cuja gestão directiva aqui se questiona,capazes pelo que depreendo da leitura do comentário dum pai mais preocupado em transformar derrotas em vitórias morais,evitando romper com a nossa tradição de pobres,mas felizes,em vez de cuidar saber o porquê de tais resultados e,se possível, contribuir para a sua melhoria.

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  6. Como compreender que os alunos tenham sido dispensados das aulas para, acompanhados pelos directores de turma, assistir a um jogo de futebol que se realiza hoje no estádio municipal?
    A única duvida a dispensa das actividades lectivas foram para todo o agrupamento ou sou para algumas escolas?
    Antigamente era assim, fado, fátima e futebol.
    Ao que chegamos!

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    1. E agora temos Fátima,Futebol e Telenovelas.Ah! Já me esquecia.Temos também os morangos com açúcar.

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  7. Há alguém que saiba explicar por que não há leite escolar no dito Agrupamento!!!!!!!!!!!!?????? Numa época em que os apoios são mais alargados face à crise... nós por cá, somos diferentes.

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    1. Não é apenas o leite escolar que faz falta no agrupamento. E porque não refições aos fins de semana e férias, para os alunos mais carenciados? Há escolas que já o fazem. E não me digam que não têm dinheiro quando entregaram a manutenção dos jardins a uma entidade externa, quando cortaram árvores com história para plantar outras que compraram, sabe-se lá a quanto!!! E há ainda o dinheiro dos matraquilhos, já que não saem da escola e perturbam o funcionamento das aulas todo o dia, pelo menos que o seu lucro sirva para dar uma sopa a quem dela precise! Ou será que o sub que tanto passeia pela escola, desconhece esta realidade! Se em vez de se preocupar em fazer declarações amorosas via NET se preocupasse com o bem estar das nossas crianças!!! Mas isso não faz parte da estratégia dele.Ele agora tem que se preocupar em "arrumar" com o diretor, se é que já não o fez!! Aliás já diz à boca cheia que tudo tem que passar por ele, que ele é que decide tudo... Enfim a sorte do chouriço é que o seu sub não tem habilitações académicas para ocupar o cargo, e isso preocupa-o!!!

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    2. Não me tenho intrometido nesta disputa interessante à volta do agrupamento escolar, mas não posso deixar passar uma situação GRAVE que é mencionada neste comentário.

      A existência de matraquilhos que são máquinas de jogo a dinheiro são ilegais na proximidade de qualquer estabelecimento escolar. Muito mais grave é esta infracção que ocorre dentro de um estabelecimento de ensino. A responsabilidade não é só da direcção do agrupamento, mas também da "força política" que governa a seu belo prazer este concelho.

      O interessante é que me garantiram que numa inspecção ao agrupamento os matraquilhos desapareceram para regressar mais tarde.

      Para aqueles que queiram "correr" com a actual direcção deixo um conselho, é muito mais fácil "correr" com a direcçãopor um caso deste, que por qualquer outra razão. Assim aproveitem o conselho.

      Outra GRAVE irregularidade que alegadamente existe, que tive conhecimento por terceiros, é que a alimentação dos professores sairá da "cozinha" para a "sala" dos mesmos circulando pelos meus corredores onde poderão circular os estudantes. É grave porque qualquer vasilhames mais quente pode provocar algum incidente nas criansças, por isso esta situação também é irregular e já várias vezes provocou a "quedas de direcções escolares" muito facilmente.

      Recolham testemunhos e facilmente podem "correr" com a direcção sem grande esforço.

      "Senhor Director" corrija estas situações e poderá ainda ir a tempo de se "safar".

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  8. Tenho conhecimento que o que aqui se publica tem provocado reações diversas junto daqueles que se possam, erradamente, sentir visados, aparentemente, preferem ignorar a situação quando conhecer a sua opinião seria um bom contributo.

    Já o escrevi, não me preocupo com pessoas, critico práticas que, na minha opinião, devem ser revistas. Assim, quando me insurjo pelo fato de a Escola assinalar na pauta os alunos com NEE, não viso o autor do ato, preocupo-me com os visados os que são rotulados e não deviam, numa escola que se define como Inclusiva.

    Pelo que aqui tem sido escrito, algumas sob anonimato, há indícios de situações que deveriam merecer atenção. A situação descrita pelo anónimo das 10.33, deveria ser investigada. Como pode a Escola dispensar os alunos de frequentar as aulas (dois tempos?) e dispensar os Professores de exercerem a atividade pela qual são remunerados? Seria interessante perceber se esta atividade constava do Plano de Anual de Atividades? E sobre este tema seria interessante saber se o Conselho Pedagógico se pronunciou e se os Encarregados de Educação autorizaram a saída dos seus educandos, previamente.

    Obviamente, não tivesse sido aluno, que os alunos adoraram os feriados, não estou tão certo que, os profissionais envolvidos, tenham aderido à situação com tanto “encanto”.
    Populismo?

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