segunda-feira, 30 de abril de 2012

O drama da representatividade

Na viagem entre o Porto e o Marco ouvi parte da Assembleia Municipal de sexta-feira, e, sem querer ser polémico ou demagogo, ouvi dois exemplos de diferente representatividade. A primeira enquanto ex-habitante (durante 37 anos), da freguesia de Fornos e a segunda enquanto munícipe do Marco durante 37 anos e mais uns meses. Primeiro, senti-me representado pelo presidente da Junta de Fornos, Carlos Alberto, meu amigo pessoal e um dos presidentes de Junta que mais tenho criticado pela inoperância e falta de sentido estratégico. Desta vez o meu amigo esteve bem, ao questionar Manuel Moreira sobre as obras do cemitério de Fornos, prometidas em 2009, com cartaz e tudo e até agora não se sabe se há ideia sequer de alguma vez as fazer... Carlos Alberto, apesar de alinhar com o poder, é um homem que tenta representar as pessoas que o elegeram e deve manter a palavra e apostura, sob pena de perder a credibilidade, o que em política é (quase) tudo. Manuel Moreira, como sempre, não teve resposta...
O segundo exemplo de representatividade foi a intervenção da vereadora Carla Babo a propósito das contas do município. Bastou aquela coisa do "DIE, documento estratégico........, documento estratégico......, pronto. é o DIE!" para perceber porque é que estamos como estamos 6 anos depois da "mudança tranquila" e do mascarar constante das contas de modo a tentarmos fazer boa figura em algum anuário quando até a despesa com a electricidade continua a aumentar...
Quem votou PSD em Fornos sentiu-se representado (mesmo que pobremente), na intervenção do Carlos Alberto mas ter-se-á sentido envergonhado com aquele executivo. A não ser assim, quem acredita em Democracia?

4 comentários:

  1. Senhor Jaime não bata mais no céguinho, que é como quem diz,na vereadora responsável pelas contas.Imagine,que na última assembleia municipal,o deputado João Valdoleiros na sua intervenção sobre o relatório de gestão e contas da autarquia,levantou várias críticas, entre elas o facto de Manuel Moreira gastar mais com festas religiosas e cultura do que com o apoio social aos pobres e inúmeros desempregados do concelho e a senhora vereadora fartou-se de lhe responder com todo o argumentário numa acção social escolar.Duma coisa,quem assistiu não fcou certo,é se pelo menos a senhora vereadora saberá distinguir entre o que lhe foi questionado e o que ela efectivamente respondeu.Outra questão foi para que justificasse o desiquilibrio entre receitas correntes e receitas de capital.Mais uma vez a senhora vereadora se desviou do tema,respondendo ao deputado do PS sobre receitas e despesas correntes.Tratou-se com certeza de outra distracção,fruto da ligeireza com que trata desta questão menor que são os nossos dinheiros.
    Miguel Fontes

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  2. Também ouvi uma boa parte da assembleia, via rádio e analisando a mesma fico com a sensação que aquilo parece mais um comício do que uma assembleia municipal, e digo isto porque quando se entrou na ordem de trabalho já passava das zero horas, hora pelo meu cronómetro, estiveram a lavar roupa suja três horas, depois vão-se ouvindo vozes que o Sr. Presidente da Assembleia não respeita o regimento da mesma, segundo dizem, o período antes da ordem do dia é só uma hora, no domingo estive a falar com um deputado da assembleia da bancada dos independentes em que falamos de vários assuntos, um dos quais sobre a assembleia que me disse que a presidente de Soalhâes esteve bem ao interpelar o Sr. Presidente da Assembleia, no sentido de respeitar o regimento, também me disse que as assembleias tem um tempo duradouro por culpa dos deputados do PSD uma vez que vão intervir em todos os pontos repetidamente, e que os deputados da oposição interpelam o Sr. Presidente da Câmara e quem responde são os deputados do PSD, penso que estas trocas de galhardetes não dignifica a democracia local todos deveriam pensar e discutir os assuntos com elevação e respeito, para mais quando ouvimos pela rádio, isto é um facto já o tinha ouvido na penúltimo assembleia em Soalhâes, quando vinha de viagem.

    António Serpa

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  3. Digo-lhe senhor António Serpa,que o amigo tem toda a razão nas acusações,que deixa no seu comentário,em especial quando refere,que aquilo mais parece um comício.
    Nunca uma verdade foi tão verdadeira,perdoe-me,o pleonasmo.
    Recorde as palavras de Manuel Moreira,o líder do PSD Marco,perdão,o presidente da Câmara Municipal praticamente ao abrir do "Comício",habitualmente agendado para as assembleis municipais,disse ao plenário,entre outras diatribes,que os Marcuenses estavam a seguir a sessão pela Rádio Marcuense,emissora de rádio,que a vox populi diz ser a emissora do regime.
    Sendo assim,não considera senhor António Seabra,que Manuel Moreira se limita ao aproveitamento da situação,com a complacência do companheiro de partido António Coutinho,também Presidente da Mesa da Assembleia Municipal?
    Outro político,um pouco mais atento e menos narcisista,sem a voracidade de Manuel Moreira em alimentar o seu ego,ouvindo-se a si próprio,já teria percebido,que a maioria dos ouvintes da emissora suspiram de alívio,quando ele finalmente passa a bola ao adversário,cansados que estão de ouvir a sua cassete propangandística,que soa a falso como o ouro de Midas.

    Cumprimentos
    Miguel Fontes

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  4. DISTRAÍDO & C.LDA

    Algo não está bem na assembleia municipal.
    Poderíamos tentar descobrir outro município na região, que tenha assembleias tão demoradas como as do marco de canaveses. Creio que não há semelhante. Fossem estas reuniões longas para debater os reais e preocupantes problemas dos marcuenses. Infelizmente quase nunca o é. Mas será que o António Coutinho não se questiona porque é que os deputados, de todas as bancadas, se ausentam da sala? e os vereadores, e ele mesmo? Imagino que num vasto conjunto de deputados nem todos tenham a paciência necessária para estar sentados 6 horas ...António Coutinho falha. Já admitiu pelo menos 3 vezes que "estava distraído", em relação ao cumprimento do regimento. De facto as assembleias parecem comícios. Manuel Moreira tem que moderar o tom, e as "caretas". A sua expressão aquando a intervenção do presidente de junta de Fornos e da presidente de junta de Soalhães foram no mínimo lamentáveis. Há que ter mais cuidado, e já agora atenção aos microfones junto dos senhores vereadores, pois há comentários ás intervenções, que passam na rádio e não dignificam ninguém.
    R.S.

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