quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Normalidade ou …, por António Ferreira

Sou defensor que tudo o que pertence à esfera da vida privada deve permanecer nesse restrito âmbito. Significa que não apoio insinuações de eventuais pedidos de dinheiros, só os lesados podem manifestar a vontade de ser ressarcidos, tal como não concebo que um qualquer administração, instaure qualquer processo a qualquer funcionário por o mesmo ter uma desavença com um qualquer fornecedor e que só a ele diz respeito.

Qualquer administração presta contas à Assembleia, neste caso, ao Conselho Geral. Este órgão que antes aprovou o Plano Anual de Actividades, deve verificar se as actividades aprovadas, onde deve estar previsto a receita e a despesa, foram ou não realizadas. O Conselho Geral, quando e se pede a demonstração de resultados, deve exigir e analisar os documentos solicitados.

É evidente que “… A coscuvilhice não se coaduna com profissionalismo, nem com ética. E, qualquer tipo de organização seja ela qual for, albergará certamente excelentes profissionais, e outros menos bons. Caberá à chefia, aos professores mais experientes, ou mesmo aos mais ciosos e cuidadosos, dar o exemplo e não permitir nem dar forma a essa coscuvilhice, sob pena de se estar a tecer intrigas que podem finalizar num procedimento disciplinar.”

Assim, não será admissível que num dia se escreva que os funcionários são incompetentes e dias depois se diga o contrário, independentemente de ter ou não havido pressão para tal. Um líder deve assumir as responsabilidades dos seus atos e ser coerente.

Só encontro uma possível justificação, “o medo que reinava no antigo regime passou a um outro registo sem desertar dos corpos”. Assim, enquanto na velha atmosfera de medo circulava “de cima para baixo”, manifestando-se numa relação hierárquica de obediência, hoje e vivendo em democracia, “o medo joga-se no enfrentamento possível da competitividade. A relação de submissão hierárquica de obediência não desapareceu, “subsiste, claro, com muito menos força”. Gil afirma que “surgiu e estendeu-se por toda a superfície social, o medo do rival, do colega, dos outros candidatos ao mesmo lugar, à carreira, ao emprego, quer dizer, o medo de todos os outros”.

Quando as situações caem num “impasse” (coscuvilhice), em que uns não abandonam, os outros avançam e o arbitro (CG) não penaliza os intervenientes pelo “queimar de tempo”, indicia que ninguém se sente suficientemente “livre” para assumir as roturas que se impõem, as quais, ultrapassado o normal período de resistência, conduzem ao progresso e restabelecem a paz ou, não há motivos para agir.

… desvio!

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