terça-feira, 11 de setembro de 2012

4630-276, por António Ferreira

A população residente no nosso concelho registou um decréscimo, cerca de 2000 indivíduos, no intervalo de 2009 a 2011. O número de nados vivos registado em 1981, foi de 962, em 2009, foi de 530 e em 2011 foi de 491.
Na legislação que tem vindo a ser publicada é “conferida” aos pais/encarregados de educação, liberdade de escolha da escola para os seus educandos. Nesta escolha, um número cada vez mais elevado de encarregados de educação, terá em consideração a qualidade do corpo docente, o projeto educativo, o bom ambiente vivido na comunidade educativa, entre outros.
Assim, espera-se que, tal como os privados já fazem, os diretores de agrupamento não só ofereçam as condições acima referidas como desenvolvam estratégias com vista a assegurar “clientes”, isto é, alunos. Enquanto até agora os alunos eram “encaminhados” para as escolas da sua área de residência, a curto prazo, a escola privada, passará a ser mais agressiva no recrutamento de alunos. A escola pública sobreviverá se os seus líderes forem suficientemente “criativos”, competindo não só com a escola privada mas também com os agrupamentos vizinhos. O universo de potenciais clientes tende a reduzir. Não antecipar este cenário, pode colocar em causa locais de trabalho e, no limite, a escola. Não havendo alunos, não são necessários professores nem pessoal auxiliar, com as consequências que hoje já se conhecem.
Hoje, ter à frente de um agrupamento alguém que apresente como currículo saber ler a sina, ter frequentado o curso “x” ou ser amigo de “y”, não é uma mais valia, mas sinónimo de menor desenvolvimento. Apresentar uma boa avaliação externa deve ser o objetivo de todos e de cada um dos membros da comunidade, avaliação que será determinante no momento de escolha da escola e com influência significativa nas cotas atribuídas na avaliação do pessoal docente, entre outros benefícios. 
Quando a comunidade educativa assiste e não reage a sucessivas mudanças que implicam a substituição de coordenadores, por demissão de outros sem que se tenha em conta a importância da continuidade pedagógica, bem como a estabilidade pedagógica, que implica impor a docentes o julgamento de colegas, permitindo que os processos disciplinares se vão banalizando, está a criar condições para que os potenciais “clientes” optem por outra Escola. Permitam um parêntesis, há estabelecimentos que conheceram um coordenador a cada ano, docentes do quadro que conheceram, em dois anos, três escolas, …!
Aqueles que hoje se demitem de praticar os valores que é suposto transmitir aos alunos, o exercício da cidadania, estão a ser coniventes com a situação e a contribuir para reunir as condições necessárias para num futuro próximo, serem os atores na procura de escola e, provavelmente, já sem a figura do “horário zero”.
Este é um ano de indigitação/eleição para o cargo de direção em diversos agrupamentos.
Pensem nisto!

12 comentários:

  1. Caríssimo, soube quea reunião do agrupamento com o corpo docente foi vergonhosa, ás várias questões colocadas pelos docentes, a direção do agrupamento não deu respostas .. como é possivel não haver respostas sobre questões básicas e primárias. Como é possivel um agrupamento desconhecer a lei ..também sei que existe um elemento da direcção que é supostamente um expert em gestão de conflitos.Recomendo que estude bem a lição, em vez de se preocupar com os conflitos, que se preocupe coma gestão quotidiana das escolas, que é o mas importante, principalmente para os alunos, que devia ser a preocupação maior da direcção. E não saber se estão agradar a x ou y...

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    1. vamos lá repor os fatos, na dita reunião ninguém levantou nenhuma questão, todos sem exceção se limitaram a ouvir, de acordo com o modelo da mesma. Se levantaram alguma questão foi antes ou depois e ninguém viu ou sabe para além dos interlocutoes.Agora, outra coisa é a gestão dos recursos... isso são contas de outro rosário e que a seu tempo serão alvo de tema. Pois as meninas choram e fazem birrinha e mudam-se para os locais favoritos!~Nada mais enternecedor que estes arrufos das queridas!

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    2. Caro anónimo das 14:28

      Entro nesta "confusão" apenas e só com uma intenção,que não com qualquer "pedra no sapato".
      Não me chocam os fatos ou os pseudo-fatos.
      A única coisa que me choca é a linguagem usada pelo meu caro,nada abonatória da sua argumentação e nada edificante para quem julgo tratar-se dum docente.

      Cumprimentos
      Miguel Fontes

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  2. Uma boa parte da génese da maioria dos conflitos no Agrupamento visado começaram a senhora sub, a partir daí tornaram-se rotineiros e impunes. Assim, generalizou-se uma cultura de "bufedo" repugnante.O rolar de pessoas para o exercícios de funções é de menor monta! Algém tinha de os ocupar, uns sabem do que fazem e fazem-no com brio e dignidade! Outros pautam-se peça mediocridade o que já antes correspondia ao seu desempenho.Até aqui nada de novo! É uma sucessão de mais do mesmo. Quanto à srª de que o autor não fala mas está sempre presente nos seus artigos está a colher o que semeou e podia estar bem pior! Bem pior! E como diz o povo" Não olhes ao mal do vizinho que o teu vem a caminho"; Finalizando é caricato e surrealista o que há três anos a esta parte se passa nesse pseudo- local de ensino.

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    1. Caro anónimo/a,
      O seu comentário, se suportado em fatos, confirma que o cenário que admiti, é uma realidade. A ser sustentado, deve deixar alarmada a Comunidade Educativa e não pode ser motivo satisfação para ninguém minimamente bem formado.
      Assim, consegue identificar a origem do “bufedo”, início do exercício de funções da subdiretora, mas não concretiza. Mais ainda, afirma que esta prática “generalizou-se”, isto é, o rótulo cabe a todos, ninguém ficou imune. Lá saberá em que se fundamenta. Não se percebe o que é “bufedo” e o que isso o/a incomoda.
      Na sua opinião, as pessoas pouco contam, basta preencher os cargos existentes em organograma. Se é assim, não devia ser. É da responsabilidade de quem nomeia escolher em função do cargo de modo a obter a máxima rentabilidade e não limitar-se a preencher o cargo.
      Consegue classificar o pessoal, “medíocres”, na minha opinião, na escola não há docentes medíocres!
      Aquilo que em tese, e só em tese admiti, o fecho da escola, o caro anónimo afirma que “o que se passa é surrealista”, sem concretizar e acrescenta que há três anos não existe Escola, “nesse pseudo-local de ensino” “pseudo- grego pseûdos, -eos, mentira, falsidade. pref. Exprime a noção de falso”, enganador. (In Dicionário Priberam),.
      O que terão a dizer os órgãos próprios do Agrupamento?
      Como deve ter reparado assino o que escrevo, procuro com o conhecimento que tenho, suportar as minhas afirmações e sempre estive disponível ao contraditório. Como utilizo o meu nome, é a expressão da minha opinião, que vale o vale e enquanto vivermos num pais onde a liberdade de expressão é garantida.
      Por último, deixo uma afirmação do mais alto magistrado da Nação, "”todos” têm a obrigação de "dignificar, valorizar e respeitar" os professores”, neste “todos”, incluem-se, na minha opinião, também os anónimos.
      Agradeço-lhe o seu valioso e oportuno comentário!

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    2. Compreende-se o incomodo ! Ninguém gosta que lhe toque nos familiares. E as verdades doem. Não sabia que a Srª sub era sua familiar, contudo ela encetou várias perseguições e acções muito mediocres. Quanto aos cargos há quem esteja à altura e quem não esteja- na actualidade. Quanto aos mediocres, é verdade que os há, como também havia no tempo da srª sub. Por favor não seja tão rancoroso como ela... Olhe, ela rolou por ter feito tanta maldadezinha!Quanto às "cortesias" e ao políticamento correcto, só para dar ar de " gente de bem", por favor!... Não estamos numa casa de chá, e o chá toma-se em tempo útil para não vir para a sociedade contaminar, ou quando se tem o cargo fazer a vida negra aos outros como foi o caso da sua famíliar. E diz-se com a sua afinada pontaria! Sabe o srº substima os outros e entende-se muito democrático, eu diria demo- crático!

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  3. Tal como na governação do país e,ou da autarquia municipal,os marcoenses têm apenas o que merecem.A escolha foi sua e não podem atribuir a terceiros a responsabilidade pelas escolhas,boas ou más.


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  4. Concordo a 100%. Mas eu não tenho culpa em nenhuma dessas escolhas.

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  5. Carissímos, é certo que muitos não têm nada a ver com as muitas escolhas retrocitadas, diga-se de passagem e em laia de solidariedade:eu também não,mesmo!
    Relativamente ao concelho foi o povo que escolheu,o meu voto foi noutra direcção. Quanto a estes senhores do ensino, é que nunca. Resta a muitos, a consolação de que não trabalham com eles e nem sob a alçada deles. Imaginem agora o que será trabalhar sob o clima de "bufedo", ditos e mexericos, falta de rigor e rectidão sob a ameaça sistemática de inquéritos e aleivosia...Parece-lhes pouco!? E para que conste foi a opção da actual autarquia de conluío com uns quantos iletrados que se entendem muy(i)lustres letrados! O que em bom rigor só classifica os eleitores- vulgo conselho geral. Que devem estar todos à altura da opção tomada! É que até havia várias candidaturas, não foi por falat de mercado de oferta! Tenham dó de quem lá trabalha...

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  6. Pois mexam os cordelinhos e façam com que o agrupamento seja extinto! EXTINTO!

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    1. Caro anónimo das 23:16

      Como compreenderá o agrupamento de escolas nunca poderá ser extinto,nem isso seria solução para resolver o problema de base.
      Em questão e em discussão está a metodologia usada na gestão do agrupamento escolar.
      Na voz pública não cabem elogios à atual gestão,antes pelo contrário e,para quem tem e deve ser exemplo para memória das gerações futuras,exigir-se-á aos atuais responsáveis,que no limite façam uma introspeção às suas decisões e aos seus atos.
      Se a conflituosidade persistir,se a incapacidade de diálogo se mantiver pelo autismo dos atuais gestores responsáveis,então deverá a comunidade escolar apelar à intervenção do Conselho Geral,já que os seus titulares dispõem de mecanismos legais para repor a necessária e desejada estabilidade na gestão do nosso agrupamento escolar.
      Exija-se aos docentes atuais e aos discentes,aos encarregados de educação,aos responsáveis autárquicos,enfim,a todos quantos constituem aquele conselho geral,que não virem a cara para o lado,pois é a qualidade do ensino e o futuro dos nossos filhos,que está em causa.
      Não duvido das qualidades pedagógicas da larga maioria dos docentes,da sua motivação,da sua dedicação profissional,mas nau que navega em mares alterosos e cujo timoneiro não se revela capaz,só tem um destino,o mais completo naufrágio.

      Cumprimentos
      Miguel Fontes

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  7. "Direção"?! Onde está? Por onde é o caminho? Nem "eles" sabem?....

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