quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Conversa de café

Esta coisa do "supra-partidário", com o grande respeito que me merecem o Ferreira e o João Lima, é uma questão um pouco idiota, utópica e derivativa. Parece-me um problema do Marco e dos marcoenses esta ideia que dentro dos partidos não pode aparecer uma candidatura em que as pessoas se revejam. A História mostra-nos que no Marco sempre ganharam os partidos, o que constitui a prova número 1 da minha refutação.
Ora, os partidos são feitos de pessoas e se são pessoas com coragem que assumam que é dentro destes que as soluções se encontram e que o sistema se muda por dentro. É por isso que sou militante do PS, porque me apercebi tanto como estes meus amigos que os partidos não são lugares de completa democracia e justiça. Por isso lá estou, com as pessoas que pensam como eu, para mudar o partido.
Pensa que isso se faz de fora quem não está integrado, ou porque não quer (Ferreira), ou porque está há demasiado tempo num partido monolítico e elitista (João Lima) ou outros que estão em algum partido e ninguém lhes passa cartão por mais quotas que paguem (aqui cabem muitos em todos os partidos). 
Quando somos excluídos ou nos auto-excluimos de alguma coisa caímos em tentação de pensar que somos melhores ou que faríamos melhor, mas o que custa é estar dentro dos processos, trabalhar, perder noites, sofrer, batalhar.
Sentados no café a teorizar sobre alguma coisa em que o termo "supra-partidário" apareça é muito giro mas como exercício teórico. No terreno são os partidos que têm o espaço de intervenção e que se organizam, porque o que interessa não é só a estimulação provocada pelas eleições. Há um trabalho de 4 anos a fazer pelo meio.
Estas pessoas a quem atribuo bastante inteligência deviam pensar nos exemplos dos movimentos independentes que concorreram em 2009 e tirar do seu desboroamento alguma lição para o futuro. Apostem na efectiva mudança, integrem-se e contribuam! Isso é um desafio a sério, o resto é conversa de café.

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