quinta-feira, 7 de março de 2013

O poder da rotatividade



"O que chamamos democracia começa a assemelhar-se tristemente ao pano solene que cobre a urna onde já está apodrecendo o cadáver. Reinventemos, pois, a democracia antes que seja demasiado tarde." José Saramago

Todos os dias somos confrontados com a palavrinha “ mudança”. A política dominante em Portugal e os seus politicos atrevem-se a proferir tal palavra como se de uma futilidade se tratasse e continuamente criam cenários utópicos. A sua cobardia pessoal e ideológica contribui para uma cegueira mental, que serve, apenas e só, os seus interesses, nunca no sentido de se aceder à verdadeira visão real. O poder do “sempre os mesmos” está instalado!! O povo vai dando a cara, com bocas que falam, mas com olhos cerrados e ouvidos tapados. E na hora da verdade a aposta/ a escolha é sempre a mesma. Todos sabemos que a mudança, a dita mudança, urge e que é necessária, mas só com atitude e sem medos é que ela é possível, porque o que temos é o que escolhemos, é o que é legitimado pela vontade do povo.
É já neste mês de março que se conhecerá o acórdão do Tribunal Constitucional sobre o orçamento, a sétima avaliação da troika, os dados da execução orçamental (do primeiro trimestre), ou seja, não restam dúvidas… Não podemos, pois, permitir trimestres atrás de trimestres, sempre com as mesmas desculpas de não se atingirem objetivos, geralmente piegas e distorcidos!!!
É importante que todos tenham o poder da reflexão e que se tome plena consciência da realidade. Perante o cenário do governo atual, com ministros que não podem sair à rua, com falsos doutores, pelo desemprego entre os mais jovens, pelos cortes ao nível das pensões e vencimentos, pela subida de impostos, enfim, pelo empobrecimento geral do país. Obrigatoriamente, temos de estar atentos aos novos ventos que começam a agitar: as eleições autárquicas que se avizinham,  como um novo (re) começo, uma oportunidade que cada um terá para exprimir em atos o que lhe vai  na alma. Que se consiga mostrar ao poder central que as escolhas para o poder local contam, falam, somam e seguem.
Por tudo isto, o poder local não pode continuar imune a todas as insatisfações, uma vez que muitos dos “dinossauros “ instalados corroboram as mesmas ideologias políticas, contribuindo em massa para a situação caótica e desastrosa do país.
A atitude está em cada um, a quem compete não deixar que o “ poder político” se transforme num “ comissário político”. Há que deixar de acreditar em falsas promessas feitas in locu e não acreditar em falsas lamúrias. Deixemo-nos de falsos pregadores, eles próprios estão desacreditados do que proclamam... Deste modo, só através da regeneração é possível respirar!


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