domingo, 10 de janeiro de 2010

Encostas do Douro

Com a navegabilidade do Douro assistiu-se à exploração turística deste rio, com viagens de barco e mais recentemente de helicóptero, onde é possível obterem-se fotos fantásticas como esta que são promovidas mundialmente através de vários sites da internet.

Esta promoção gratuita realizada por muitos visitantes estrangeiros permitiria que o nosso Douro, e nomeadamente grande parte do nosso concelho, se pudesse tornar um destino para muitos turistas desse mundo fora gozarem as suas férias.



Infelizmente os mesmos sites divulgam fotos bem distintas com observações bem mais negativas do que se pode encontrar nas proximidades das mesmas margens e bem à vista de quem viaja ao longo do rio.



Para não existirem dúvidas as novas tecnologias demonstram bem como se apresenta o estado de algumas partes do nosso concelho. As manchas brancas que ocupam largas extensões do concelho são exactamente aquilo que o leitor suspeita. Uma análise mais cuidada das mesmas imagens cria pelo menos uma razoável dúvida se a legislação neste tipo de actividade está a ser cumprido. Suspeito igualmente que o licenciamento deste tipo de actividade é da responsabilidade das autarquias.

2 comentários:

  1. Este post obriga-me a um acto de contricção público.Confesso o meu desconhecimento do caos a que chegou a exploração das pedreiras da zona de Alpendurada e outras freguesias ribeirinhas do Douro.Até onde pode chegar a cegueira útil(politicamente falando e quiçá economicista)dos responsáveis pelo escrupuloso cumprimento da legislação,no que concerne às agressões ao ambiente?
    O meu Marco,ribeirinho,merece gestores com outra formação cultural,com um verdadeiro bairrismo,acérrimos defensores dos interêsses dos habitantes dessas zonas e não indivíduos, mais ou menos comprometidos,com interêsses,que nada têm a ver com as funções para as quais foram eleitos.

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  2. O pior é que se não existir uma fiscalização atenta e correcta os próprios empresários da indústria que queiram cumprir escrupolosamente a legislação não o conseguirão fazer e no fim de tudo as populações próximas irão sofrer a seu tempo bastante com os vários impactos do não cumprimento da lei.
    Isto já aconteceu noutros países em actividades similares e o desastre é total. E reafirmo que não tenho nada contra esta actividade económica, antes pelo contrário, logo que cumpra com o definido na lei.

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