Concluído mais um acto eleitoral, analisando os resultados obtidos pelas duas forças partidárias que, aparentemente, sobrevivem, umas breves reflexões.
Assim, tendo por base os resultados obtidos pelo PSD e pelo PS nas autárquicas de 2005, 2009 e 2013, constatamos alguns dados interessantes que podem, ou não, explicar o sucesso de uns e o insucesso de outros.
No PSD, o número de votos obtido pela lista de candidatos à Câmara foi, sempre, superior à soma do número de votos obtido pelas listas de candidatos às Assembleias de Freguesia. No PS verifica-se o contrário, a lista de candidatos à Câmara obteve, sempre, um menor número de votos que a soma do número de votos obtido pelas listas de candidatos às Assembleias de Freguesia.
A diferença entre o número de votos obtido pela lista de candidatos à Câmara e a soma do número de votos dos candidatos às Assembleias de Freguesia, no PSD, tem decrescido sistematicamente, atingindo o valor mais baixo nas eleições de 2013 (553 votos). Pelo contrário, no PS verificamos que a diferença tem vindo a aumentar, atingindo o valor mais alto nas eleições de 2013 (3003 votos).
Nestas eleições de 2013, apesar do PSD ter perdido 2724 votos, o PS recuperou apenas 1476 votos.
Para as Assembleias de Freguesia, entre 2005 e 2013, o PS tem vindo a aumentar o número de votos obtidos, tendo hoje mais 1986 votos que em 2005, enquanto que para a Câmara, no mesmo período, a diferença situa-se em, apenas, mais 402 votos.
Com o aparecimento do actual líder da autarquia, a lista de candidatos à Câmara apresentada pelo PSD, quase triplicou o número de votos. Este efeito não se replicou, nem se aproximou, com nenhuma das listas de candidatos à Câmara apresentadas pelo PS.
Provavelmente o PS, se pretende liderar a autarquia, deve rever os critérios na indigitação do seu candidato a líder, começando por construir uma “Job description” do candidato.
A alternativa é continuar a tentar aprender por “tentativa e erro”.
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