quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Independentes?, por António Ferreira

Num momento em que circula uma petição pela alteração do art.º 151.º da CRP, de modo a permitir a candidatura de grupos de cidadãos independentes à Assembleia da República, não deixa de ser estranho que, apesar de previsto na lei, por cá se tenha “medo” de candidaturas independentes à autarquia e, num mero ato de adivinhação, se questione a sua oportunidade e viabilidade. Será que os partidos políticos se sentem ameaçados? Será que “boys” candidatos aos lugares temem ser afastados? Ou será que a situação atual “interessa” aos protagonistas de sempre? 
Deixem-me referir alguns dados. Nas últimas três eleições autárquicas a lista vencedora obteve, sempre mais de 14 000 votos e nunca ultrapassou os 14 500 votos. A oposição, nos mesmos atos eleitorais, conseguiu 12 383, 15 392 e 18150 votos em 2001, 2005 e 2009, respetivamente. 
De referir ainda que o numero de abstenções foi, pela mesma ordem, de 16 190, 10 929 e 12 627 eleitores. De uma breve leitura poderemos concluir que a oposição, quase sempre obteve mais votos que a lista vencedora. A abstenção depois de uma significativa queda, em 2005, voltou a aumentar no último ato eleitoral, cerca de 15%. Que leitura fizeram as forças partidárias? 
Os resultados das sucessivas lideranças, apresentadas pelos diversos partidos e sufragadas pelos eleitores, são sobejamente conhecidos. Também será consensual que só foi possível chegar a este estado graças à ação/omissão que os eleitos assumiram nas diversas votações permitindo a viabilização das propostas sucessivamente apresentadas e, provavelmente, nem sempre suficientemente discutidas. 
Recordo que no passado Cunhal votou em Mário Soares, recentemente assistimos à rejeição do PEC IV com os votos de todos os partidos da oposição. Aos mais céticos, num âmbito mais alargado, sugiro a consulta do processo desenvolvido pela Islândia, onde graças ao envolvimento e mobilização de vontades foi possível reverter uma situação que parecia ser irremediável, a bancarrota. A Islândia “fechou 2011 com um crescimento de 2,1% e que em 2012, este crescimento será de 1,5%, uma cifra que supera o triplo dos países da zona euro. A tendência do crescimento aumentará inclusive em 2013, quando está previsto que alcance 2,7%” Se de facto a oposição pretende derrubar a atual maioria, provavelmente, o caminho passa por somar vontades e reunir esforços em torno de uma candidatura independente.

8 comentários:

  1. A questão está mal colocada. O problema não se põe assim. Aquilo que se discute é o facto de sempre nestas alturas aparecerem os ditos independentes que, quase sempre, são pessoas que os partidos não quiseram, a mostrar o umbigo para ver se arranjam nem que seja um lugarzinho de mandatário de lista.
    Alguém com seriedade pode apontar hoje no Marco, por exemplo, José Carlos Pereira, como candidato do PS!? Quem alvitra uma idiotice dessas está a gozar com os marcuense! Nem pelo PS, nem tão pouco pelo PCP, e muito menos como candidato independente! Mas não é o único caso; é olhar para os seus (dele) amigos e logo verá outros exemplos. O racioncínio é este: vou lançar o boato que vou concorrer pelo partido "a" ou "b" ou por uma lista independente e eles vêm-me buscar!
    Agora é possível alguém ganhar umas eleições autárquicas concorrendo numa lista independente!? Sim, é, é que é muita fraquinha a concorrência dominante nos partidos, mas isso, claro está, exige que no dia em que um deles ganhe as eleições o pretendente inicie o seu trabalho rumo à vitória final. Mas para isso é preciso sujar os sapatos por esses caminhos acima e não ficar ali pelas superficies comerciais a galar as garinas.



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  2. Sei também que a nível das freguesias se avança com muitos nomes. Dois deles merecem-me muitas reservas. Falo da putativa candidatura de Ernani Pinto e de António Loureiro, a secundar, à junta do Marco.
    O Ernani é um bom homem, mas é muito conflituoso, muito complicado. Para ele as leis têm que ter sempre muitas curvas e o seu vizinho é que está sermpre enganado. Seria uma perda de tempo. Passaria o mandato a falar, falar, falar. E além disso é comerciante, o que não se coaduna muito bem com o perfil de um sefvidor público.
    Já António Loureiro, rais conhecido por Nocas, é um perdedor. Perdeu as eleições em Tuías para o seu familiar, depois de, segundo narrou a imprensa local, ter assegurado que quer ganhasse quer não ganhasse teria sempre um lugarzito na Junta. Mas o familiar, o actual presidente da junta, mandou-o pôr-se no seu lugar e acatar a vontade do Povo. E falam muito mal dele também na escola. Acho que é muito duro. Impõe uma disciplina de ferro, quase militar. Os alunos, coitados, nem respiram. E os funcionários se se atreverem a contrariá-lo levam logo com a ameaça de um processo disciplinar. Há quem diga até que ele tem muitas ambições, que quer ser director e que, para o conseguir, "matará o próprio pai". Mas quem passar na escola poderá tirar isto a limpo. Ganhando a junta, o que não creio porque ele não vale nenhum, o Marco passaria a andar ao som da corneta da tropa com um tipo que me faz lembrar um gajo que pôs à algumas dezenas de anos atrás a Europa a ferro e fogo. Façam-no fazer uma dietazinha rigorosa para perder a barriga e a banha acumulada e um bigode e vão ver de quem falo. Ponham-lhe ainda mais uns cabelitos na nuca e uma madeixa na testa.E tem muitos interesses comerciais que passaram pela falência (consta) de um restaurante no centro da cidade e por um aluguer à Câmara(?) de um restaurante junto ao rio Tâmega. Eu já comi lá, mas a comida não presta. Paga-se muito, mas come-se mal. É aquele que faz muita publicidade no facebook.
    O futuro está nas mãos dos homens bons desta cidade. E neste naipe de homens incluo-o a si, António Ferreira. Força!...

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    1. Discordo em absoluto com algumas das atoardas que lançou no seu comentário, não obstante ser obrigado a reconhecer que há por aí muitas pessoas mediocres que, quando confrontadas com um desafio eleitoral, quiçá o encabeçarem uma lista, logo tratam, antes do resultado eleitoral, de assegurar um tachito em alqum lado para a eventualidade, quase sempre certa, de saírem derrotados. Assim foi, alegadamente, com esse e, segundo também se comenta por aí, com Manuel Moreira. Dizem, ignoro se é verdade ou mentira, que o dito antes de aceitar o convite que lhe foi efectuado por José Cruz, então Presidente da Concelhia laranja, tratou de ir falar com Marques Mendes para assegurar o tachinho na lista de deputados que a distrital do Porto lhe tinha recusado, para a eventualidade de saír derrotado, o que o próprio dava como certo.

      Mas Nuno Spínola, como parece muito bem informado àcerca da escola, que presumo ser a secundária, diga-me, o que se passa por lá que só oiço por aí falarem mal de quem a dirige!? É professores a queixar-se, alunos a queixar-se, funcionários a queixar-se... Quem é actualmente o presidente? (Peço desculpa por, no que respeita ao ensino, andar totalmente desfazado. Da área edducativa só a vereadora com o pelouro me suscita alguma curiosidade, mormente quando se passeia pela câmara como se fora uma top model numa passerelle, para regozijo dos meninos do elenco governativo e deliberativo municipal e do bloguista dos pedais.)

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    2. Obrigado Sr. Spinola pela bela descrição que faz da minha pessoa e do espaço comercial que concessiono.Concordo inteiramente consigo. Se quiser conversar um dia destes comigo,apareça. Sei coisas terriveis a meu respeito que lhe posso contar. Obrigado pela publicidade

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    3. Também posso ir!? Esta sua resposta abriu-me o apetite! Muito giros os seus salamaleques.

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    4. Agora também fiquei curioso com essa tertúlia à boa maneira da escola secundária, por isso também vou, e se o Zé também for ainda melhor. E se lhe juntarmos o Manel alinhavamos já o acto. Oh Sr. António Loureiro alguns julgam que todos os restantes são morcões! Gosta de Ipads ou nem por isso? Eu até os acho fixes, mas que são uma grande chatice quando entram nas reuniões partidárias ou nas escolas, lá isso são. E então quando começam a fotografar! Obrigado.

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  3. O MCN quer pedir desculpa ao António Loureiro pois não nos tínhamos apercebido do teor deste comentário. Quando o publicamos parecia mais uma série de boatos dos que andam sempre por aí e como vinha assinado foi publicado. Apenas quando respondeu deu para perceber que o teor não era assim tão inocente e que a "assinatura" não era "fiável". No entanto, o visado respondeu com elevação e capacidade de encaixe.

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    1. Concordo, de facto o visado "encaixou" bem a coisa.

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