quarta-feira, 21 de novembro de 2012

A Rua, por João Valdoleiros

Decidi trazer à blogosfera marcuense um artigo da revista da Ordem dos Médicos da autoria do Doutor Duarte Serra e Mello e intitulado “A rua”, passando a citar como uma espécie de prefácio as suas seguintes palavras,“ não poderia ficar indiferente às pertinentes e exatas palavras, que definem o estado de alma da maioria dos Portugueses e que caracterizam a escumalha no poder que, enganosamente, exercem”. 

O esbulho é permanente, diário e consistente. Confortavelmente repimpados em cadeirões pagos por todos nós, vomitam ordens, negam promessas, rasgam a Constituição, recusam o Humanismo e as tolerâncias social e moral cumprindo – e não poucas vezes ultrapassando – as medidas algozes e predatórias de uma “Troica” sinistra que nos vai saqueando, qual bando de piratas de “novo” tipo obedecendo a um capitalismo selvagem e impune.
O retrocesso civilizacional é evidente e doloroso. O que pretende esta gentalha? 
Vender o Pátrio retângulo ao desbarato? 
Porque não alienar as Ilhas, como se chegou a propor para a Grécia? Poucas vezes na nossa História, os Portugueses tiveram motivos para sorrir. Mesmo nos momentos mais tristes, nunca a lusitana terra se revoltou seriamente, abdicando da violência contra a violência que as elites sempre lhe impuseram. Porém, com a imprevisibilidade do futuro, esta pobre gente poderá ao olhar “para meia dúzia de olhos famintos”, que todos os dias se multiplicam, trazer para a rua um inferno pior que aquele com que nos têm aviltado.  

Poucas serão as profissões que pela natureza das suas funções estarão tão sensibilizadas a todos os problemas de ordem social, que nos tempos que decorrem afetam um número cada vez maior dos nossos concidadãos. Este artigo do Doutor Duarte Serra e Mello é um grito de alerta para todos quantos privam e vivem lado a lado com esta realidade insofismável.

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