- As contas de Clientes tinham valores com dificuldades de identificação, como já suspeitávamos aqui;
É importante recordarmos aqui como foram votadas estas contas de 2005. PSD e CDS a favor, e o resto da oposição contra. Sem mais comentários.
Sagrada é a integridade e a razão de o ser.
Recordo aos mais desmemoriados, ou de memória débil, em especial aos sociais-democratas, que já então nas duas últimas campanhas eleitorais (presidenciais e para a AR), os seus candidatos, Cavaco Silva e Passos Coelho, se "armaram" em arautos da Verdade e da Justiça Social, colaborando numa campanha despudorada contra Sócrates e o P.S., montada num paradigma da Verdade,da Honra, da Seriedade.
Ora, todos os dias, o PSD pelas palavras de Passos Coelho, de Miguel Relvas, de Eduardo Catroga e outros, acusava Sócrates de ser um mentiroso compulsivo.
Afinal, e se alguém tinha dúvidas, a leitura do Twitter de Passos Coelho demonstra à saciedade quem é efectivamente um mentiroso compulsivo.
Recordo ainda que foi peça primordial da "suja" campanha eleitoral de PPC contra Sócrates a colaboração muito próxima de Miguel Relvas, que pela capacidade engenhosa de forjar mentiras, acabou conhecido por toda a Oposição, como o "acelerador de mentiras".
E se alguém tinha dúvidas, que de mentiras se tratavam, bastará recordar os desacertos de PPC, em relação a várias das suas afirmações públicas, que se formuladas de manhã, eram tantas vezes desmentidas pelo próprio PPC, da parte de tarde, ou à noite.
Qual a verdadeira interpretação para este desacerto? É fácil.
Na vida, sempre detectei facilmente, quando estou perante um mentiroso, porque se este,"inventou" uma desculpa, ou explicação, para determinado facto ou situação, bastar-me-á deixar passar algum tempo e voltar a questioná-lo sobre aquele facto, ou situação.
Na quase totalidade dos casos, o mentiroso arranjará outra explicação, outra desculpa, já que mentalmente não se preocupou em memorizar o conteúdo da primeira desculpa, ou explicação, crente que "enfiou o barrete ao seu interlocutor" da primeira vez, certo?
Em relação a Cavaco Silva, o Presidente da República, só de 25% dos eleitores votantes, que dizer da sua omissão (intencional?) quanto à paternidade da crise financeira portuguesa, no célebre discurso de tomada de posse?
Que pensar da sua recusa, em plena campanha eleitoral para as presidenciais, em esclarecer o "milagre" das acções do BPN e a negociação para a aquisição da casa de férias na Quinta da Coelha?
E como interpretar as diferenças abismais da sua actuação política,amorfa e abúlica do primeiro mandato presidencial por comparação com a "generosa" política intervencionista deste segundo e último mandato?
Tendo que ser, obrigatoriamente, um observador imparcial mas atento da situação política do país, como se compreende, e como interpretar a sua aparente complacência com a gestão de Sócrates, chefe dum governo minoritário, já rotulada então, pelo PSD de desastrosa e só agora, também por ele próprio?
Pena é que a impreparação política da maioria dos eleitores portugueses não lhes tivesse permitido discernir qual o grau de responsabilidade que Cavaco Silva estava a ter, e que teve de facto, no decorrer do agravamento da crise financeira, pois se atento, interessado e responsável, deveria ter intervido, dissolvendo a A.R. (provocando eleições gerais), ou tendo demitido o Governo de Sócrates e indigitado novo Primeiro Ministro.
O País teria agradecido.
Poderíamos dizer, que Cavaco Silva, é talvez por omissão(?), ou por táctica eleitoral, se não o maior responsável, um dos grandes co-responsáveis da grave crise financeira, que hoje vivemos em Portugal.
A sua atempada intervenção não teria permitido que Portugal tivesse corrido tantos riscos de bancarrota, como chegou a acontecer.
Então, porque não dever ser responsabilizado, pelo menos politicamente falando?
Tê-lo-ia sido, se não fosse a impreparação política da maioria dos eleitores.
E para terminar, só gostaria de recordar aqui uma das muito badaladas acusações a Sócrates, a sua reconhecida política dos "jobs for the boys", por parte de Passos Coelho e do PSD em sintonia com o seu chefe.
Entretanto,em cerca de três meses, Passos Coelho e o seu governo, criaram só quase 800(oitocentos) jobs para os boys e girls do PSD e do CDS.
Para quem tanto tinha criticado a política de Sócrates,eis um dos já muitos exemplos,da ombridade do carácter politico de Passos Coelho.
O Povo, enganado e massacrado com impostos, pela actual política do governo PSD/CDS, fará a sua leitura e dirá da sua justiça nas próximas eleições.
Cumprimentos
Sou um contribuinte da classe média e de acordo com os meus reais rendimentos, direi da média/média.
Desde já esclareço que não votei nos partidos do Poder, pois considero-me suficientemente lúcido e informado sobre esta crise financeira, que nos afecta a todos, a nível global, tendo conhecimento seguro que aquela crise nunca foi da responsabilidade do governo de Sócrates.
Iniciou-se esta crise financeira nos USA, quando do escândalo dos chamados produtos tóxicos bancários,que levaram à bancarrota de dois gigantes bancários norte-americanos e por arrastamento toda a estrutura capitalista acabou fortemente afectada.
A Grécia e a Irlanda (embora com uma génese diferente da Grécia), foram os países europeus que primeiro entraram em crise financeira.
Outros se seguiram,entre os quais Portugal,a Bélgica,a Espanha,a Itália,etc..
Não vou apontar as múltiplas causas que contribuíram para que estes países, em particular interessa-me Portugal, chegassem a uma situação financeira tão crítica, mas poderíamos dar como causa principal a política do consumismo excessivo, do facilitismo do crédito, da qual ninguém (governo, autarquias, população em geral), mesmo ninguém, está isento de culpas.
Não vou falar também da especulação desenfreada dos mercados capitalistas internacionais,apoiados por decisões por eles controladas das agências de rating internacionais,que como em qualquer guerra,atacaram primeiro os países de economia mais frágil,casos da Grécia e Portugal(a Irlanda entrou em forte crise,exactamente por o seu maior banco privado,falir em consequência dos tais produtos tóxicos).
Depois, e a seguir, é o conhecido fenómeno da bola de neve. Mais empréstimos, mais juros, mais dívida, mais empréstimos, etc., etc...
Contudo e por tudo quanto ouvimos a diversos economistas dos mais variados quadrantes, mais ou menos conceituados, a crise parece ter sido obra de Sócrates e do seu governo.
Como diria o nosso bom Povo,"presunção e água benta,cada um toma a que quer".
Pois, até sua Excelência o Sr.Presidente da República, Prof. (economista) Dr.
Que poderiam pensar as muitas centenas de milhares de eleitores, que sobre estes assuntos confiam sempre na opinião em determinadas personalidades, que pelo seu cargo público, lhes merecem todo o crédito?
Lógico raciocínio, a crise é portuguesa, a culpa é do Sócrates e de mais ninguém.
Claro que,se alguém ousasse acusar Cavaco Silva de fazer baixa política, cairia o Carmo e a Trindade, como se sua Excelência o Presidente da República fosse o oráculo da Nação e de modo algum pudesse cometer tal atentado à Verdade.
A telenovela com o enredo da crise (portuguesa), que se desenrolou a seguir é sobejamente conhecida de todos.
O "artista", o "herói" era protagonizado por Pedro Passos Coelho e o "bandido", o "criminoso" por José Sócrates.
Na "entourage" destes surgem personagens menores, como um tal Portas, um Relvas, um Catroga (este a desempenhar o papel de economista barato, que resolvia tudo com mais ou menos "pintelhos"), enfim, inúmeros personagens sempre ávidos de aparecerem nos telejornais e revistas cor de rosa (também).
Perdoem-me os eventuais leitores do meu comentário, pela dispersão com que "ataquei" o tema do post do Jorge Valdoleiros.
Ele diz e bem, que Vítor Gaspar, passa o tempo a matutar, como fazer para só parar de nos ir ao bolso, quando apenas restar o cotão.
Ora, para ser ministro das finanças à portuguesa, que consiste em sacar, sacar, não era preciso o Gaspar, pois o Sr.Manuel (é o nome do meu merceeiro, ainda sou cliente do pequeno comércio), com a sua 4ª classe do antigamente, faz-me o mesmo, quando vem com aquela conversa.
Oh sr.dr. (trata toda a gente por doutor ou engenheiro - sabido como é), o arroz subiu, o açúcar também, a batata está como os olhos da cara, então aquela pinga especial, que lhe arranjo, nem queira saber, vou ter que lhe cobrar mais uns trocos.
Que remédio tenho, quando o meu merceeiro começa com a ladainha dele, pois, pagar até ao dia, como no antigamente, que tenha que lhe dizer, oh Sr.Manuel aponte, aponte lá no livrinho.
Não faltará nada para que nós, Portugueses, os contribuintes, que são cumpridores das suas obrigações fiscais, tenham que lhe dizer, Oh Gaspar, aponta, aponta.
Cumprimentos