segunda-feira, 21 de março de 2011

Habitação Social, por Cristina Vieira

É preciso sensibilidade para desenvolver trabalho na área social.

O Executivo da Câmara do Marco não tem nenhuma!

De facto o trabalho em rede, e a auscultação dos parceiros que conhecem a realidade social e que se encontram no terreno, é uma mais-valia do executivo da câmara de Baião no trabalho que desenvolvem na área social.

Os parceiros da rede social de Baião, têm vindo a colaborar numa estratégia de verdadeira inclusão social. E de facto o executivo do município vizinho tem essa sensibilidade. A habitação social em bairros é um conceito completamente desadequado e desajustado à nossa realidade. O aumento de situações de delinquência juvenil, comportamentos de risco, marginalidade, violências e de insegurança , são hoje no país, consequências da falta de verdadeiras politicas de inclusão social.

A construção dos chamados bairros sociais tem levantado um conjunto interessante de questões no que concerne à eficácia e eficiência das políticas de habitação social. A habitação social em bairros não tem contribuído para uma lógica nem de integração, nem de inserção urbana dos grupos mais desfavorecidos.

A construção destes espaços surge geralmente de forma descontínua em relação ao crescimento urbano, criando sentimentos de segregação e de exclusão. A guetização é um conceito sociológico que nos demonstra as fragilidades do ordenamento, assim como as características arquitectónicas e sociais que rapidamente ganham contornos simbólicos que facilmente conduzem a uma estigmatização dos bairros sociais. A negativização das identidades relativamente ao bairro e o sentimento de exclusão convertem-se em características centrais deste processo de estigmatização. A estratégia de integração social, já não passa pelos guetos ou bairros sociais.

O Executivo da Câmara de Baião encontra-se a consolidar uma estratégia de verdadeira inclusão com a reconversão de escolas em habitação social.

Mas para que esta estratégia tenha tido sucesso, foi feito um trabalho de proximidade e auscultação dos parceiros.

Ou seja, foi preciso ouvir.

Foi preciso debater e aceitar propostas dos parceiros sociais.

Cristina Vieira
Presidente da Junta de Freguesia de Soalhães

1 comentário:

  1. Tens razão, Cristina...; mas para haver uma "política de habitação" era preciso haver "políticas sociais" e, antes destas ou doutras políticas, existir uma ideia de desenvolvimento para o Concelho do Marco, consignada num plano estratégico; é que se os autarcas com poderes e o seu exército de assessores, chefes de departamentos, etc, não fazem isso, servem para quê? Se as instituições sociais que Manuel Moreira apadrinha não o fazem, o "apadrinhamento" é para quê ?
    Que, de facto, não existe, a não ser coisas avulsas, como avulsos e esvaziados de intersse, porque dominados pala "voz do dono", são os espaços de planeamento social que a Lei consigna, como a Rede Social. É o deserto da cidadania e o afagar do "salazar" presente no nosso inconsciente colectivo.
    A esperança que resta está na luta cidadã e, claro, política, contra esta mediocridade e populismo de "vão de escada"

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