quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Luis Vales devia estar mais preparado

Luis Vales comenta no facebook que

"É engraçado ver o comité socialista a comentar em massa este meu Post. Mais engracado se tornam esses comentarios se se constatar que estes sacrificios que hoje se pedem aos Portugueses, sao resultado da Politica Despesista e errante do Partido Socialista. E que tal um pingo de vergonha?"


Mas devia estar mais preparado, ou se tivesse lido o livro "O estado a que o Estado chegou", poderia saber quem realmente foram os responsáveis pelas Políticas Despesistas.



Um pouco de cultura e verdade não fica mal a ninguém.

15 comentários:

  1. Caro Luís Vales,o senhor deveria estar orgulhoso pela atenção,que o seu post obteve por parte do tal comité socialista.
    Imagine por momentos,que esse comité socialista se lembrava antes de comentar a indigitação dos nomes do PSD,para as listas de deputados à Assembleia da República.
    Seria com toda a certeza bem mais deselegante e desagradável,não lhe parece?
    O melhor,é cada um respeitar (respeitar,obviamente não significa aceitar)o ponto de vista de cada um dos outros,não é?

    ResponderEliminar
  2. Caro Jorge Valdoleiros, vamos então ao que interessa:

    Vamos começar por falar em termos comparativos: Em 35 anos de governos (1976 – 2011), 15,5 anos foram de governos PSD (a sós e/ou com coligações) e 18,6 anos foram de governos PS (a sós e/ou com coligações).
    Nestes períodos, os governos PSD /coligações permitiram um valor médio anual de dívida a rondar os 3,5 mil milhões de euros enquanto que os governos PS /coligações permitiram um valor médio anual de dívida a rondar os 6,1 mil milhões de euros. Poder-se-á afirmar que os governos PS foram, sem margem para duvida, bem mais gastadores do que os governos PSD. No entanto, também será justo referir que, NOS ÚLTIMOS 6 ANOS DE GOVERNAÇÃO PS, COM JOSÉ SÓCRATES À FRENTE DO PARTIDO, O AUMENTO DA DÍVIDA FOI SUPERIOR À CONTRAíDA ATÉ ENTÃO POR TODOS OS GOVERNOS PS.
    Aliás, a Dívida contraída durante a governação de José Sócrates, foi SUPERIOR a TODA a DíVIDA CONTRAíDA DURANTE TODOS OS GOVERNOS DA 3ª REPÚBLICA.
    Isto quer dizer que, ENDIVIDOU MAIS O PAÍS, o sr. José Sócrates, em 6 anos de GOVERNAÇÃO, do que todos os outros governos (PS / PSD ou outros) em 29 anos de Governação.

    Realmente, as palavras são muito bonitas e o Sr. Jorge Valdoleiros não deveria utiliza-las de forma "engenhosa" para fazer valer a sua opinião. O facto é que o Governo de Sócrates GASTOU o que não tinha, o que é bem mais grave do que fazer despesa com o que se tem...
    Vamos-nos preparar melhor?

    ResponderEliminar
  3. Caro Luis Vales

    Não sabe mesmo analisar o gráfico.

    O que é o pior na sua argumentação é que até acredita nela. Repare no gráfico verifique onde está o crescimento da despesa e facilmente perceberá que o maior curva de crescimento foi durante os anos de governação de Cavaco Silva.

    A despesa pública subiu de 38,8 para 43,4 o que são 4,6%.

    No tempo de José Sócrates 47,7 para 47,9 o que são 0,2%.

    É uma questão de aritmética. Tem dúvidas?

    Se tiver, desafio-o a discutir publicamente esses números, pois para mim são evidentes.

    ResponderEliminar
  4. Alguém comentou-me no Facebook como era fácil "bater" em Luis Vales.

    Eu só lhe respondi "que não era uma questão de facilidade, mas de números. E os números não mentem"

    ResponderEliminar
  5. Outro gostou do desafio e está pronto para também vir discutir os 7 milhões de euros do buraco das contas que tem vindo a ser aprovadas pelas AM.

    ResponderEliminar
  6. Pareceu-me que o Sr. Jorge está a mostrar um grafico de despesa. O Sr. Luis fala do Endividamento. Acho que os dois estão certos. Mas eu nada sei sobre estas coisas da economia

    ResponderEliminar
  7. Caro Humberto Silva

    Luis Vale falou de despesismo, e mostrei o gráfico da Despesa Pública em percentagem do PIB.

    Não confundir com Dívida dos Portugueses que é muito maior. Depois Luis Vale começa a falar em dívida mas não dá nenhuma fonte, apresenta factos sem consistência e não explica que tipo de dívida que estamos a falar.

    Recorda-me alguns números que o PSD lançou na campanha sem nenhum fundamento, que serviram só para sustentar promessas que vemos agora claramente que não vão ser cumpridas.

    Talvez muitos possam ser enganados dessa maneira, mas outros precisam de argumentos com consistência.

    ResponderEliminar
  8. Parece-me que pelos números referidos se está a falar sobre divida publica portuguesa... andei a ver e encontrei isto:
    http://portugalcontemporaneo.blogspot.com/2011/01/1926-em-2010.html

    ResponderEliminar
  9. Jorge, há alguma dúvida quanto à responsabilidade do anterior governo PS, nomeadamente José Socrates?
    Eu já o disse uma vez que um bom gestor é aquele que prevê os problema e antecipa as soluções e não aquele que se limita a reagir aos problemas.
    Não estou aqui a defender os Sociais Democratas mas quanto a factos não há argumentos.
    O anterior governo geriu efectivamente mal. Tal como acontece na CMMC onde há de tudo menos bons gestores.

    ResponderEliminar
  10. Todos os governantes tem mais ou menos responsabilidade sobre a situação que o país atravessa, ainda que temos que perceber que existem responsabilidades que são externas ao nosso país.

    Mas claro que não considero José Sócrates nos mais responsáveis pela situação actual. A despesa aumentou fortemente com Cavaco Silva, o funcionalismo público cresceu de um modo avassalador também nesses governos.

    Existiram megalomanias como Expo ou o Europeu que criaram despesas desnecessárias.

    Não se aproveitou os dinheiros de integração europeia, e criaram-se infraestruturas exageradas para o nosso país.

    Dou um exemplo, quantas Universidades é que este país com 10 milhões de habitantes possui?

    Um exagero.

    Mas o mesmo se passa em quase todas as areas dos serviços públicos. Foram 30 anos de erros acumulados e de poucas reformas.

    No seu primeiro mandato e com uma maioria no parlamento JS conseguiu realizar muitas reformas interessantes.

    No segundo mandato em minoria e com a oposição do PR, e com uma grave crise internacional, o que é que poderia fazer melhor?

    Será que JS também é culpado do que se passa na Grécia, Irlanda, Espanha, Itália, França, Bélgica ou Aústria (isto só para mencionar alguns países do Euro que está a passar um mau bocado)?

    Mas dá-me um exemplo da má gestão e eu até poderei concordar contigo, ou simplesmente explicar-te porque considero que não foi um erro de má gestão.

    ResponderEliminar
  11. O sócrates gastou e continua a gastar mas agora em Paris onde todos os dias gasta 50 euros para almoçar. Meus senhores...o país nunca esteve tão mal como agora mas segundo sócrates não havia crise nem motivo de preocupação. Está na hora de deixar de olhar para partidos e encarar a realidade!

    ResponderEliminar
  12. Caro amigo

    O seu comentário merece três respostas.

    A primeira é como a grande maioria dos portugueses não é objectivo nas críticas aos políticos e começa por criticar os alegados almoços de 50 euros de JS. Caso fosse verdade seria uma crítica irrelevante e que só ao próprio deveria interessar. Se almoçar por 50 euros fosse um crime deveria ser proibido e quanto eu sei não é.

    Segundo, e sendo objectivo, foi JS que lançou os PEC's que cortou mais do que nunca nas despesas. Deve estar a confundir-se com aqueles que só culparam JS, dizendo que não existia uma crise financeira desde 2009 e que caso ganhassem as eleições facilmente resolveriam tudo, sem aumentos de impostos ou de sacrifícios, etc.

    Terceiro, os partidos são parte integrante das Democracis Ocidentais, quando se fala contra os partidos está-se a abrir portas para regimes totalitários, que até normalmente aparecem em situações de crise como estas. A solução, na minha opinião, deveria passar peças pessoas darem mais importância à militância partidária, e quando escolherem um partidos, e dentro de um partido os seus dirigentes, o façam conscientemente e não por interesse imediato.

    ResponderEliminar
  13. Meu caro Luís Vales

    Mais uma vez o parabenizo,agora por constatar que,quanto a retórica,prova estar a ser um aluno atento,esforçado e com provas dadas,já que quanto a números parece ser matéria,que lhe passa ao lado.
    Obviamente,que nem todos podemos ser bons em matemática(as estatísticas escolares fartam-se de revelar ser uma das grandes fragilidades da maioria dos nossos estudantes),mas necessário se torna que,para quem aceitou desempenhar um cargo de representante do Povo Português,que o rigor do raciocínio,do discurso,não se deixe afectar pela política partidária,antes se guie pela verdade dos números e dos factos.
    Não vou entrar em polémica com o meu caro doutor,limitar-me-ei a questioná-lo,se não me leva a mal,em dois pontos da história recente da nossa vida política.
    No primeiro ponto questioná-lo-ia,se se recorda do valor da taxa de juros dos empréstimos a Portugal,antes da reprovação do PEC IV(ainda governação de José Sócrates) e que aconteceu ao valor dessa taxa, de imediato,após a reprovação do PEC IV pelo seu PSD?
    Talvez possa ser útil,recordar-lhe a afirmação do seu companheiro Miguel Relvas (hoje ministro)ao afirmar (e há registos,como o doutor muito bem sabe),que com a reprovação do PEC IV,essa mesma taxa DESCERIA DE IMEDIATO UNS PONTOS e depois foi o que se viu,nos primeiros 3 dias uma SUBIDA EM FLECHA,penalizando fortemente as finanças do país.
    Pode constatar essa brutal subida,num gráfico que o Jorge Valdoleiros,postou nessa altura no Marcoensecomonós,aliás de leitura e interpretação muito fácil.
    A segunda questão,também demonstrativa,que a culpa da "má gestão" foi e é sempre do Sócrates(como é fácil,em geral,ao português opinar sobre tudo e sobre todos!),é ainda não ter visto alguém debruçar-se sobre uma questão,que não me parece de somenos,as posições de voto do PSD em relação aos PEC I, II e III.
    Essa posição como bem se recorda,meu caro doutor Luís Vales,foi de APROVAR esses PECs (planos de estabilidade e crescimento),donde se poderá concluir,que o PSD estava de acordo com a política de Sócrates.Ou terá o PSD usado de má
    fé,preferindo a política de quanto pior melhor,por razões de interesse estritamente partidário,preparando assim o terreno para o assalto ao Poder e "maribando-se" para as consequências financeiras a pagar por todos nós?
    Só a talhe de foice,aproveitaria para lhe recordar as palavras de Passos Coelho justificativas do "chumbo" do PEC IV - este PEC não é suficientemente exigente ou seja,Passos entendia,que as medidas de austeridade eram insuficientes.
    Talvez tivesse razão,nessa data,mas como explicar então todas as suas afirmações durante a campamha eleitoral,em sentido contrário?Que não subia impostos,que não penalizava os pensionistas,que desceria a TSU,enfim,todo um rol de promessas.E afinal,doutor Luís Vales,que temos de facto?
    Um carreirista da política,travestido de demagogo,de falso pagador de promessas promovido a primeiro-ministro duma verdadeira república de bananas,capaz de fazer inveja aos "lideres" duma qualquer ditadura sul-americana?
    Ou um homem cuja ambição desmedida pelo Poder o cega a tal ponto,que não se impôe a si próprio limites de qualquer espécie?
    Ou ainda um simples "servidor atento e venerador" do Capital,o único e verdadeiro progenitor desta terrível crise financeira,que nos atinge a todos na Europa e mesmo a nível global?

    Cumprimentos
    Miguel Fontes

    PS: já agora,meu caro doutor,será capaz de me dizer qual é a actual taxa de juro dos empréstimos?E qual o nível de rating(leia-se de confiança) atribuido pelas agências a Portugal?

    ResponderEliminar
  14. Caro Eng.Jorge Valdoleiros

    Gostaria de conhecer a sua interpretação em relação às palavras de Passos Coelho na entrevista concedida à TV,no que se refere à possibilidade de em 2012 serem necessárias mais e novas medidas de austeridade,ainda mais gravosas,para corrigir a dívida pública.
    No meu entendimento,tais palavras proferidas logo após a aprovação do Orçamento para 2012 pela maioria governamental PSD/CDS,só podem ser interpretadas como uma assumida confissão de reconhecimento,que este orçamento é um fracasso logo à partida,ou seja um nado-morto mais que anunciado.
    Recordo,que Passos Coelho argumentou,que o êxito,ou melhor,o mais que provável inêxito das medidas propostas no orçamento,poderia ser causado pelas convulsões da restante Europa.
    Ao ouvir tal hipótese colocada pelo próprio Passos Coelho,desde logo dois sentimentos me assaltaram.
    Um primeiro,aliás para mim confirmativo,que ele próprio não tem fé no trabalho de Vítor Gaspar e,um segundo,também confirmativo da hipocrisia e ligeireza com que trata o intelecto de muitos e muitos portugueses,que ousam revelar alguma preparação e não aceitar serem governados por um político imaturo,que hoje diz uma coisa e amanhâ afirma o contrário,sem qualquer espécie de pudor.
    Obviamente,que me refiro aos argumentos críticos usados por Passos Coelho em relação à gestão de Sócrates.Nessa altura,pelos vistos,a nossa crise não sofria já a influência da crise dos mercados financeiros internacionais.
    Termino com uma máxima "pimenta no cú dos outros é...."

    Cumprimentos
    Miguel Fontes

    ResponderEliminar
  15. Miguel

    O que se pode dizer. Pedro Passos Coelho pensa que ainda está na oposição, e como tal tem estas saídas. Vai de certeza culpar tudo e todos pelo insucesso do OGE de 2012 e esta atitude é já o primeiro passo para preparar-se para nos dar MÁS NOTÍCIAS dentro de pouco tempo.

    Pedro Passos Coelho tem a escola de que não é necessário fazer nada de especial, a não ser arranjar um culpado.

    Se pensar bem não é o que se passa na nossa terra?

    ResponderEliminar