sábado, 5 de novembro de 2011

A lição grega, por João Vieira Pereira

Quando os líderes europeus respondem com indignação, preocupação e alguma fúria contida à intenção do primeiro-ministro grego de chamar o povo a pronunciar-se sobre o segundo resgate financeiro não é preciso dizer mais nada sobre o estado da Europa. Este referendo, um instrumento democrático, tornou-se, num piscar de olhos, o espelho da desorientação europeia. Obrigado, George Papandreu.

No expresso.

1 comentário:

  1. Que a Democracia baseada na decisão individual do cidadão,cada cabeça um voto,está longe de ser um sistema ideal,perfeito,da escolha dos seus "legítimos" representantes,ninguém terá dúvidas.
    E para não introduzir à discussão,todos os argumentos por demais conhecidos,limitar-me-ei a chamar à atenção para a "aflição" demonstrada pela Sra.Merkel e o seu comparsa Sarkozy,no tocante à decisão do Primeiro Ministro grego levar a referendo popular,o novo e ainda mais austero pacote de medidas,imposto pela "troika" à Grécia.
    É que sendo um referendo,uma escolha/decisão pelo método,cada cabeça um voto,correr-se-ia o risco da decisão ser contrária aos "interesses" da banca internacional,do mundo das finanças,que além de verem a solvência dos seus créditos já para além da linha do horizonte,perderiam a possibilidade de continuar a especular,sem decoro,com o presente e o futuro financeiro do povo grego.
    Nada,que lhes possa interessar,não seja a actual crise financeira global,na minha óptica mais do que uma moderna "colonização".
    Quando não se pode usar a força das armas,por evidente desrespeito aos tratados internacionais sobre a Paz,a tomada,a conquista e a formação dos "Impérios" passa a ser feita pelo poder do capital.

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