No passado dia 30 de Abril foi aprovada por unanimidade, com todos os elementos desta assembleia presentes, uma moção de censura que foi apresentada à assembleia de freguesia pelo executivo da junta de freguesia.
Esta moção tem como objectivo mostrar o descontentamento deste orgão pelo facto de não haver por parte da câmara municipal uma resposta sobre a construção do centro escolar
A freguesia de Soalhães tem uma vasta comunidade escolar, que apesar de num passado não muito longínquo ter taxas de absentismo e abandono escolar que preocupavam os agentes sociais, políticos e a comunidade docente, tem hoje, com um esforço de todos e por razões inerentes às mudanças sócio económicas resultados muito gratificantes em termos educativos e formativos da população soalhense.
Não obstante, as condições sociais, educativas e económicas terem evoluído, os centros escolares surgem como alternativa a uma Escola em que as condições físicas estão já ultrapassadas, onde o conforto e as condições para o sucesso educativo das crianças estão em causa. Assim surgem as candidaturas aos centros escolares. E o concelho do Marco de Canaveses não foi excepção. O centro escolar de Soalhães foi aprovado pelo ministério da educação no primeiro trimestre do ano 2008.
O município pagou 500 mil euros ( cem mil contos) pela quinta do casal, local onde estava previsto construir o centro escolar de Soalhães. Contudo verificamos passados quatro anos, que afinal o terreno não permite tal construção. Estranho processo este, onde se paga a uma entidade exterior ao municpio o projecto de arquitectura, para construir num terreno onde o PDM não permite a sua construção. Mas mais estranho é a CCDR-N enviar ofícios à câmara municipal a pedir elementos para que esta situação se resolva, e esperar 6 meses por respostas. Esta é uma atitude de irresponsabilidade e de imcompetência. Até á poucas semanas atrás o Sr. Presidente afirmava que o Centro Escolar de Soalhães ainda não estava construído apenas porque o problema do terreno não estava resolvido, à poucos dias atrás já justificava a situação dando conta de que o país atravessa uma situação difícil e que o municipio não tem dinheiro. À Junta de Freguesia nunca a câmara respondeu aos pedidos de informação sobre em que ponto se encontrava o projecto. Colocada a questão pela Sra. Presidente de Junta na última reunião de assembleia municipal, se a freguesia ía ou não ter um centro escolar e para quando, nem uma palavra por parte do Sr. presidente da câmara sobre o assunto.
O executivo da câmara municipal tem faltado à verdade em todo este processo, não tem demonstrado vontade em construir o centro escolar de Soalhães, pois este está aprovado pelo ministério da educação desde 2008, com financiamento em cerca de 80% com fundos comunitários, ou seja num total de investimento elegivel 1.622,658€, era financiado em 1.135,658€, e mesmo assim não vimos por parte da autarquia vontade em avançar com este projecto. É uma opção politica do executivo da camara e que nos exclui de um novo e próspero modelo educativo. Censuramos esta inoperância da autarquia, pois as nossas crianças mereciam uma escola diferente e com melhores condições.
Além do centro escolar a freguesia perde também o polidesportivo que estava agregado ao centro escolar. Um polidesportivo que a freguesia ambiciona há já vários anos. Duas perdas de grande importância para o futuro da freguesia que resultam de opções do executivo PSD da câmara municipal.
Soalhães, 30 de Abril de 2012
O Executivo da Junta
Infelizmente, pelo que se percebe, além de este executivo não estar a fazer nada pelo centro escolar de Soalhães, o mesmo estará acontecer no centro escolar de Fornos.
ResponderEliminarAqui o pior, na minha opinião, está na escolha do terreno onde se pretenderia construir e depois pela mesma opção de não se investir na educação e gastar os poucos recursos, como nós todos sabemos, em festas e comemorações...
Mas a opção política é também da responsabilidade dos Marcoenses que nas últimas eleições já deveriam ter percebido qual o estilo da actual maioria no executivo.
Senhora Presidente da Junta de Freguesia de Soalhães
ResponderEliminarCompreendo a grande insatisfação dos Soalhenses,já várias vezes manifestada através das suas intervenções na assembleia municipal.
Entendo que todo e qualquer investimento na Educação e na Cultura serão sempre prioridades para aqueles políticos,que governam para o Povo que os elegeu.
Os Soalhenses queixam-se e com razão,de discriminação por parte deste Executivo PSD,presidido por Manuel Moreira.
Atrás referi o termo prioridades e aqui é que está o busílis do problema do Centro Escolar de Soalhães (e também do de Fornos).Sim,para Manuel Moreira a prioridade não é a Cultura e a Educação,a primeira prioridade são as obras da requalificação do centro urbano da cidade.
As eleições de 2013 aproximam-se rapidamente e o recandidato Manuel Moreira necessita urgentemente de mostrar obra que se "veja",como diria o nosso povo,que dê no olho.
E o ridículo da questão é o Executivo disponibilizar verbas para complementar as verbas comunitárias para esta requalificação e negar verbas para o centro escolar de Soalhães apesar desta obra estar já autorizada e comparticipada em 80%.
Moral da estória - todas as freguesias e suas populações são filhos dum mesmo exrcutivo,mas para Manuel Moreira não é bem assim.Uns sê-lo-ão, outros são enteados.
Quanto ao facto de se ter avançado com o projecto do Centro Escolar de Soalhães sem que estivesse garantida a legalidade da sua edificação por se tratar de terrenos em reserva agrícola e como tal o PDM não autorizar,quase faz lembrar a política dos executivos do antigamente,quero,posso e mando.
É que sem grande esforço recordo o caso recente da NANTA.Depois da visita duma comitiva do PSD encabeçada por Manuel Moreira às instalações da NANTA,quase por geração expontânea iniciam-se as polémicas obras de ampliação do cais de embarque.
Dir-me-ão,que sou estou preocupado com estas esquisitices.É normal,cada um nasce para cumprir o seu destino.Uns para políticos pouco transparentes,outros para simples críticos escrevinhadores sobre as misérias humanas.
Termino desejando-lhe a melhor sorte nesta sua luta pelos Soalhenses e que nunca lhe faleçam as forças e o ânimo.
O meu aplauso,compreensivelmente é extensível a todos os membros da ssembleia de freguesia,que aprovaram o voto de censura ao Executivo Camarário.
Os meus cumprimentos
Miguel Fontes