quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Como chegámos aqui?, por António Ferreira

O conceito de territórios educativos de intervenção prioritária (TEIP) teve início, em 1996, com a publicação do Despacho nº 147 – B do ME. Em 2006, Maria de Lurdes Rodrigues, anunciou o relançamento do programa dos Territórios Educativos de Intervenção Prioritária (TEIP2), “dirigido às escolas ou agrupamentos de escolas localizados nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto, com elevado número de alunos em risco de exclusão social e escolar, com o objetivo de promover o sucesso educativo dos alunos pertencentes a meios particularmente desfavorecidos”. 
 De acordo com o despacho normativo n.º 55/2008 que regulamenta a constituição dos TEIP2, o Programa TEIP2 “deverá materializar -se na apresentação e desenvolvimento de projetos plurianuais, visando, sem prejuízo da autonomia das escolas que os integram, a consecução dos seguintes objetivos centrais: A melhoria da qualidade das aprendizagens traduzida no sucesso educativo dos alunos; O combate ao abandono escolar e às saídas precoces do sistema educativo;…” 
No art.º 2.º do citado diploma, “1 — Para efeito do disposto no presente despacho, podem integrar os territórios educativos de intervenção prioritária, adiante designados por TEIP2, as escolas ou os agrupamentos de escolas com elevado número de alunos em risco de exclusão social e escolar, identificados a partir da análise de indicadores de resultados do sistema educativo e de indicadores sociais dos territórios em que as escolas de inserem”. 
Na minha opinião, um agrupamento quando recorre a este programa está implicitamente a assumir, entre outras, a sua incapacidade em combater o abandono escolar e o insucesso educativo. 
Ninguém aprende se não tiver prazer no que está a ser transmitido tal como ninguém ensina se não tiver condições. 
Numa escola que privilegie o “folclore” em “detrimento” das atividades esperadas, desenvolvimento e aprendizagem, está a criar condições para recorrer a estes Programas que, repito, devem ser vistos como um recurso e uma exceção. Depois de por várias vezes, ter aqui questionado os resultados e algumas práticas que fui “conhecendo”, ainda há dias questionava horários e alimentação, deixo a seguinte questão: como chegamos aqui e quem conduziu a esta situação? Afinal, quando ouvíamos falar no sucesso educativo, de que sucesso falavam e de quem?

16 comentários:

  1. Caríssimo, eu que sou uma pessoa sedenta de conhecimento leio tudo, mas por vezes não percebo nada, naturalmente por deficiência minha. Por isso, pedia-lhe que me trocasse essa coisa em miúdos. É que gostava de começar a perceber algo do funcionamento do sistema educativo, nomeadamente das nossas escolas pois, começo a aperceber-me que quase sempre elas são o quintal de alguém e não, como deviam ser, escolas da sociedade em geral. Mas lá iremos... Boa tarde!

    As candidaturas autárquicas começam a desenhar-se. Se pelo PS parece certa a candidatura de Artur Melo, apesar de alguns vaidosos andarem por aí a dizer que não, pelo CDS-PP, o eterno Avelino Ferreira Torres começou o aquecimento para se manter na "pole position", como já é seu hábito e, ao contrário de muita gentinha, diria que é preciso muito cuidadinho, é que com uma pessoa desse quilate todo o cuidadinho é pouco! Por isso ponham-se finos carago e deixem-se de tretas no PSD! É que até um louro sabe que Manuel Moreira é aquele que garante melhor "score", não fazendo qualquer diferença se vai o Mota (o quim ou o Zé, ou até os dois), o Rui Cunha, o José Cruz ou até o coveiro de qualquer cemitério. O povo vota no santo que vai em cima do andor, os restantes nem os vê, salvo se for uma menina que use e abuse de uma mini-saia. É que os marcuenses são muito machos!

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  2. Tambem não entendi nada do que foi escrito pelo Sr António Ferreira. Troque por miudos.

    Alves dos Santos.

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  3. Chegou o corrector ortográfico ao Marco 2009! Finalmente o João Lima vai escrever lindinho! Saudações social-democratas para ele. Não mando para lá porque ele só publica salamaleques a favor do José Carlos Pereira e do outro do Nanta Gate (salvo erro António Santana), se for algo mais desfavorável ao próprio, a esses ou ao ciclista ele censura. Grande democrata! Este sim é um blogue que respeita a liberdade de expressão.

    Artur Melo vai em frente anda por aí a tua gente!

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  4. Não façam perguntas difíceis ao homem. Nem ele próprio faz ideia do que escreveu. Limitou-se a transcrever o que outras pessoas escreveram. Se quiserem, perguntem a quem realmente percebe do assunto. Pôr o Sr Dr António Ferreira a falar de Educação é o mesmo que pôr o Presidente da Câmara a discursar sobre obra feita, em Suma: Falam... Falam... Falam e Falam... e no entanto nada dizem de útil. Por este andar, qualquer dia, Ainda aparece por aqui uma Ex Subdiretora que eu cá sei, a falar sobre Administração Escolar.

    Rubén Oliveira

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    1. Rubén Oliveira não havia necessidade! Apesar de tudo parece-me que António Ferreira entende bem mais de educação, no sentido comportamental, que alguns presidentes e assessores das escolas. Digo eu, que também me prezo de ser uma pessoa de fino trato e apurada sensibilidade moral. Políticos em exercício pagarão bem caro o seu apoio a tais INDIBIDUALIDADES. Acabemos com as quintinhas nas escolas! As escolas não têm dono! Professores, pais e alunos estejam alerta e comuniquem os actos lesivos à inspecção geral da educação, podendo fazê-lo anonimamente.

      Artur Melo é candidato! O que é natural é bom!

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    2. Meu caro Rúben Oliveira,
      Agradeço-lhe o comentário. Fez um diagnóstico correto, concordo consigo, sei muito pouco de Educação. Nesta área tenho muitas dúvidas e poucas certezas. Recentemente iniciei um projeto de investigação, por acaso na área da Educação, onde seu contributo, estou certo, seria uma mais-valia. No caso de tal não ser possível, convido-o, desde já, para a apresentação dos resultados que espero ocorra no final de 2013, pelo que lhe solicite me indique um endereço para enviar o convite.
      Cumprimentos

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    3. Aceito o seu convite com muito gosto. Como deve imaginar, não colocarei endereços neste meu comentário. Mas farei chegar até si, através da administração do MCN. Enviarei de de seguida um email para o MCN, que penso, farão o favor, de enviar para o email do Sr. Dr.
      Será uma honra estar presente.
      Muito Obrigado.

      Ruben Oliveira

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  5. Não tenho "visto" por aqui Jorge Valdoleiros. Sempre que alguém com as suas qualidades se ausenta perdemos todos.

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  6. O jornal "Publico" publicou, em 05/12/12, um artigo com o titulo: Verbas para escolas TEIP,disponível em: http://www.publico.pt/sociedade/noticia/verbas-para-escolas-teip-mais-do-que-quadruplicam-1576277
    Deste artigo retive, "... As escolas que entraram no terceiro programa TEIP foram convidadas pelo MEC a integrar a iniciativa. Este programa destina-se a escolas que, para além de se localizarem em meios problemáticos, contam com um elevado número de alunos em risco de exclusão social e escolar".

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    1. Ora aqui está uma dica exemplar,esta de que este programa se destinar a escolas localizadas em meios problemáticos e que contam com um elevado número de alunos em risco de exclusão social e escolar.À atenção,pois,da senhora vereadora do pelouro da educação e da ação social.
      Será preocupante para a imagem do município marcoense que tenhamos algumas das nossas escolas ou agrupamentos escolares "seleccionados" para este tipo de escolas TEIP,A não ser que os rankings escolares estejam falseados,julgo não haver cabimento para que se criem escolas com este estatuto.Ou será tudo uma questão de interesse pelas verbas significativas atribuidas a estas escolas,esquecendo tudo o restante?

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    2. Até que enfim alguém tocou no ponto!!! É tudo uma questão de dinheiro. Agora é que os usurpadores que chefiam o agrupamento em questão esfregam as mãos de contentes. Pode ser que o diretor deixe de pedir dinheiro emprestado!

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  7. Caro Anónimo, verifico que anda muito mal informado. Já lá vão uns anitos desde que o Concelho do Marco possui escolas TEIP.
    Mude de fontes pois anda a beber água contaminada.
    A Escola EB 2,3 de Sande é TEIP desde que foram autorizados pelo governo tais territórios.

    Um abraço

    Alves dos Santos

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    1. Caro “Alves dos Santos”,
      É do conhecimento dos Marcoenses minimamente informados, a existência de um agrupamento que integra o Programa TEIP. O Agrupamento Vertical de Escolas de Sande, de acordo com o Relatório da Equipa de Monitorização, desde o ano letivo 2009/2010, passou a integrar o programa TEIP 2.
      Os critérios para integrar este programa estão perfeitamente definidos. Por alguma razão este programa não tem aplicação generalizada e, salvo melhor opinião, a Comunidade Educativa deve questionar-se sobre os motivos que conduziram a esta situação. O que mudou? Pode, convenientemente, atribuir a responsabilidade pela situação aos alunos que não estão motivados, são indisciplinados, etc. Mas, ao seguir tal racional, não mais será que tentar “tapar a luz solar com a peneira”!
      Quando verificamos que há dois agrupamentos que partilham a mesma área de influência, com o mesmo ciclo de ensino, devemos questionar porque motivo um reúne os critérios para ser “convidado” a participar no programa TEIP e outro não. Será dos alunos?
      O que está a ser questionado não é a pertinência do programa, mas o caminho percorrido que conduziu ao ponto de sermos “convidados” para integrar o mesmo.
      Por último, não faça dos Marcoenses o que na opinião de Marques Mendes, Vitor Gaspar faz dos portugueses.

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    2. Devido a colocarem o meu nome entrte aspas... aqui vai.

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    3. Esta na hora de ter coragem e colocar a sua foto

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  8. Caro "António Ferreira",

    A minnha intervenção foi no sentido de corrigir imprecisões que foram postadas por um anónimo. Mas, pelos vistos. o Sr sentiu-se atingido - será pelo facto de tentar emitar Fernando Pessoa com os eus hetenónimos?

    Quero deixar aqui bem patente que não quero fazer dos marcoenses aquilo que MM (Marques Mendes ou Manuel Moreira) e VG faz dos Portugueses. Apenas sou de opinião que se as escolas podem usufruir de fundos comunitários por um qualquer motivo, o devem fazer.
    A bem da Nação. Peço descilpa, da Escola.

    Um abraço,
    Alves dos Santos.

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