sábado, 1 de outubro de 2011

Disparates, ignorância e infantilidade

Ontem ouvi na transmissão da reunião da Assembleia Municipal, que tenho gravada para não ser mais tarde desmentido, vários disparates um deles foi não reconhecer que a revisão em alta do défice se deve sobretudo ao "deslize" orçamental na Madeira. 

Se quem o disse percebesse alguma coisa de economia ou pelo menos tivesse tido o cuidado de ler os principais jornais económicos poderia ter evitado algumas afirmações ridículas. 

Sugiro a leitura das declarações de Amadeu Altafaj no Jornal de Negócios. Amadeu Altafaj é o porta-voz dos Assuntos Económicos do comissário europeu Olli Rehn.  

Outro disparate foram duas respostas a João Valdoleiros em que os responsáveis pelas mesmas confundiram as críticas às nomeações "políticas" em empresas públicas, nomeadamente no caso escandaloso da Caixa Geral de Depósitos, com as reduções de dirigentes do Estado, que são funcionários públicos. 

Mas o maior disparate foi a tentativa de resposta de Manuel Moreira à intervenção de Rodrigo Lopes. 

Este acusou, e muito bem, que o executivo camarário tenha dado um escandaloso aumento a um assessor quando todos os portugueses, e os funcionários públicos em particular, estão a sofrer cortes nos seus salários.

Este caso é uma vergonhosa demonstração como "todos" os vereadores que aprovaram este aumento não tem o mínimo de consideração pelas dificuldades dos Portugueses e dos Marcoenses em especial. 

É uma atitude infantil não admitir este erro e ainda tentar dar uma qualquer justificação. 

Depois ficam chocados quando percebem que as atitudes dos representantes do executivo camarário do PSD/Marco são comparadas com as atitudes de Alberto João Jardim. 

Estou é curioso em ouvir ou ler as explicações que terão que ser dadas ao Relatório do Tribunal de Contas que aqui divulgamos e que Manuel Moreira no prazo de 180 dias sobre a sequência dada às “muitas” recomendações lá formuladas. O relatório tem a data de 5 de Maio de 2011.

8 comentários:

  1. Caro Jorge, eu por mim, na passada sexta à noite, maldita hora, deu-me para ouvir a Rádio Marcoense !
    Tentar . . . muitos cortes . . . alguns até em bom momento !
    Ouvi um homem durante muito tempo . . . várias vezes . . . sempre muito zangado e com uma linguagem insatisfatória . . . sempre muito confuso . . . pontapé para a esquerda, pontapé para a direita . . . pareceu-me infeliz !
    Lá acabei por adormecer . . . e o Marco de Canaveses deverá sobreviver.

    Beto Moreira

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  2. Foi triste a posição do Presidente da Assembleia Municipal ao tentar silenciar o deputado Rodrigo Lopes, quando pediu a palavra para responder ao Presidente da Câmara, descendo ao nível da discussão mais primária, esquecendo-se que não é um deputado, mas o presidente da Assembleia, e comentou os comentários daquele deputado da forma mais deselegante que poderia ter feito.

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  3. Caro Beto Moreira

    Cada vez mais estou convencido que é estratégico e propositado que as reuniões começem tão tarde se prolonguem pela madrugada e que as intervenções de Manuel Moreira sejam tão chatas.

    Acabamos por adormecer. O meu truque é gravar a AM no meu PC e depois quando tenho paciência vou ouvir uma ou outra intervenção.

    Agora concordo consigo que a linguagem deixa a desejar, e as piadas (quando não existem outros argumentos) não têm graça nenhuma.

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  4. A liderença de António Coutinho deixou outra vez a muito a desejar.

    Já tinhamos tido cenas tristes, como foi o caso de em Ariz TODA a mesa abandonar a sessão. Foi o caso de não permitir que Artur Melo defendesse a sua honra. O argumento era que ele não tinha pedido expressamente que queria falar em defesa da sua honra.

    E agora! Rodrigo Lopes foi claro ao dizer que queria falar em defesa da sua honra.

    E o que eu ouvi foi António Coutinho dizer que não tinha ouvido nada que pudesse ter ofendido Rodrigo Lopes. A lei não permite estes abusos de poder e talvez outros deputados tivessem continuado calados, mas Rodrigo Lopes levou a sua avante e mostrou na sua resposta que tinha sido ofendido.

    Manuel Moreira SEM ARGUMENTOS para responder a Rodrigo Lopes acusou de ter mudado de partido. Como mudar de partido fosse algo de mau. Recordo-me logo de Durão Barroso, ou mais perto na nossa terra Coutinho Ribeiro. Se isto fosse muito mau Manuel Moreira não deveria ter convidado CR para seu mandatário que mudou uma ou duas vezes de partido.

    Aliás nos seus apoiantes tem imensas pessoas que mudaram de partido e isso não tem nada de mal.

    Grave é que Rodrigo Lopes nunca esteve noutro partido. O facto de ter concorrido numa lista de outro partido não implica que tivesse sido filiado nesse partido.

    A mesma atitude tem com João Valdoleiros (meu pai) onde o acusa de mudar de partido. Este já lhe repsondeu várias vezes que nunca militou em nenhum partido, mas Manuel Moreira continua a ser a portar-se como uma criança mal comportada. E à sua volta uns dão-lhe cobertura e outros estão calados.

    Infantilidade a mais quando o que está em jogo é o futuro da nossa terra.

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  5. Onde estava MM quando outros faziam o combate, dentro ou fora de partidos, que muito contribuiu para que agora ocupe o lugar que ocupa. Teve coragem de ir a esse combate ou aguardou o melhor momento para aparecer?
    Devia agradecer àqueles que não mostraram medo e deram a cara.

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  6. Manuel Moreira em toda a sua carreira política nunca se importou com o Marco. Obviamente quando percebeu que no PSD pouco mais podia aspirar que arranjar um lugar de Presidente da Câmara e lhe surgiu a oportunidade, obviamente agarrou-a.

    Os Marcoenses tem que perceber que quem nada fez na vida fora da política ou sobe na estrutura partidária ou acaba por morrer politicamente. Manuel Moreira soube isso e agarrou a oportunidade, mas a culpa não é dele.

    A culpa é que os Marcoenses não tenham nunca reconhecido os Marcoenses que há anos que lutam pela nossa terra (e antes que me ataquem não me refiro à minha pessoa), fora ou dentro da política.

    Se repararem o próprio Ferreira Torres veio de Amarante, esteve cá pouco tempo, ganhou a presidência do extinto FCM, e porque ai conquistou vitórias (e muitos Marcoenses sabem como), foi-lhe reconhecido "valor" e ganhou as eleições.

    Ferreira Torres nada tinha a ver com o Marco.

    Mas o problema do Marco é esse mesmo, os de fora são melhores, por cá ninguém é reconhecido.

    Senão vejam quem é reconhecido como Marcoenses de referência:

    - Carmem Miranda, nasceu e saiu com poucos meses para o Brasil. Sempre se sentiu e identificou-se como Brasileira e apesar disso na nossa "humildade" nós estamos sempre a considerar essa "brasileira" como uma grande Marcoense.

    - Poderia mencionar vários outras referências mas a história é a mesma sairam mais ou menos novos tiverma sucesso fora do Marco e depois são altamente reconhecidos por serem filhos da terra. Dou-lhes valor a todos, mas muitos deles poderiam realizado ou ter realizado um pouco mais pela terra.

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  7. Tomei conhecimento, ontem mesmo, numa reunião de pais da associação "A casa" que apoia os alunos nas actividades extracurriculares, que essa Associação esteve em vias de encerrar porque a Câmara Municipal decidiu reduzir a contribuição para pagameto aos professores e funcionários. Só foi possível manter aberta a Casa, porque os professores aceitaram uma redução aos seus vencimentos em verba bastante considerável e os funcionários aceitaram fazer menos horas e prestar trabalho voluntário.
    Aqui está um grande exemplo que nos orgulha e que mostra que devemos primeiro perguntar o que posso fazer pelos outros e não o que os outros podem fazer por mim.
    Li neste blog que, afinal, a Câmara aumentou o salário da pessoa responsável por coordenar estas actividades.
    Aqui está um exemplo que mostra que uns são mais iguais que outros.

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  8. Cara Ana, gostei do que escreveu. Atrevo-me acrescentar que a razão do corte na contribuição para a Casa está bem explicita no dito aumento... tirar a uns para dar a outros.

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