segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Plano Estratégico dos Transportes

De uma leitura rápida do Plano Estratégico dos Transportes cheguei a algumas conclusões que afectam o directamente o nosso concelho.

Relativamente às Infra-Estruturas Rodoviárias está a ser estudado o cancelamento, a suspensão ou a revisão de um conjunto de troços incluídos nas subconcessóes en curso, nomeadamente a Subconcessão Douro Interior. 

E ao Sistema Ferroviário é dito que a vocação do modo ferroviário pesado de passageiros reside nos segmentos de transporte de grande volume de passageiros e nas médias/longas distâncias, entre centros urbanos com massa crítica suficiente.

Assim chega-se à conclusão, que o custo incorrido pelo sistema ferroviário no transporte de cada passageiro por quiilómetro aumenta de forma exponencial nas linhas de menor procura, chegando na Linha do Tâmega aos 2,5 euros por passageiro e quilómetro.


E do ponto de vista ambiental, o transporte ferrroviário apresenta desvantagens nas linhas de baixa procura, uma vez que os consumos de automotora diesel convencional são bastante mais elevados que a alternativa do transporte em autocarro.

Com base nestas conclusões foram já implementadas um conjunto de medidas de racionalização, nomeadamente a suspensão do processo de reactivação da Linha de Tâmega.



Estas conclusões não me surpreendem, mas estão em total desacordo com o que os partidos da actual coligação governamental prometeram às populações do nosso concelho e do de Amarante.

Era interessante que os responsáveis locais do PSD e do CDS comentassem este documento, que na realidade mantém no que nos diz respeito, a política do anterior governo, com uma diferença para pior.

Tal como noutras medidas deste governo, neste caso estas vão ainda mais longe do que seria necessário...

1 comentário:

  1. São dados importantes. O esquecimento permanente da linha do Tâmega é certo e seguro. Mas não sei até que ponto isso será mau, como é demonstrado pelos gráficos. Era muito interessante termos comboios por todo o país, linhas em abundância e aldeias preenchidas pela passagem do comboio mas, a serem verdade estes números, a desativação e substituição pelo transporte rodoviário pareceu-me ser a melhor opção, desde que chegue a todos de igual forma. O que não me parece nada sensato é a possibilidade de extinção destas ligações de autocarro. Com isso deviam estar já as devidas câmaras municipais preocupadas.

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