terça-feira, 17 de julho de 2012

LINHA DO TÂMEGA: Antiga secretária de Estado dos Transportes diz que requalificação parou por imposição do PSD


A deputada do PS e antiga secretária de Estado dos Transportes, Ana Paula Vitorino, disse hoje que a suspensão da requalificação da linha do Tâmega, entre Amarante e Marco de Canaveses, foi uma imposição do PSD.
“No quadro da negociação do Orçamento do Estado (OE) para 2011, em 2010, uma das exigências do PSD ao então Governo do PS foi que ficassem suspensas todas as obras públicas que não estivessem já em execução”, disse hoje a deputada, em declarações à Lusa.
A deputada, que integrou um grupo de parlamentares que visitaram o interior do distrito do Porto, sublinhou que a obra de requalificação da linha do Tâmega, dividida em três fases, já tinha concluída a primeira, que passou pelo levantamento dos carris.
Quando se anunciava a segunda fase, que previa o nivelamento do pavimento, ocorreu, de acordo com Ana Paula Vitorino, a imposição de suspensão da obra, “contra a vontade do Governo do PS”.
A antiga secretária de Estado insiste que foi só no atual executivo PSD/CDS que, no contexto do Programa Estratégico de Transportes (PET), foi tomada a decisão de encerrar as linhas de via estreita, nomeadamente a do Tâmega.
“Esta era uma coisa que o Governo anterior não queria, pois pretendia uma requalificação profunda dessas linhas”, frisou a atual deputada.
Em 2009, quando foi suspensa a circulação na linha, Ana Paula Vitorino, então no Governo, garantiu em Amarante, perante o autarca local e o do Marco de Canaveses, que as obras iriam mesmo avançar.
A então secretária de Estado procurava na altura tranquilizar os autarcas e a população que temiam pelo encerramento definitivo da linha, o que veio a confirmar-se já com o atual Governo.
À Lusa, Ana Paula Vitorino reafirmou hoje que as obras eram necessárias por questões de segurança, de acordo com uma auditoria realizada às linhas de via estreita, na sequência do acidente na linha do Tua, em agosto de 2008.
A mudança de Governo e de política para o caminho-de-ferro acabaram por ditar que o processo de requalificação evoluísse de forma muito diferente do previsto pelo executivo socialista.
“Foi um erro estrutural do atual Governo”, disse, explicando:
“A decisão de encerrar a linha é uma falsa poupança. Deixámos de ter o défice de exploração, mas há outros défices ambientais, energéticos, de orçamento familiar e desenvolvimento económico e social da região”.
Ana Paula Vitorino referiu à Lusa não se esquecer do compromisso que assumiu com a região, garantindo que continua a bater-se, agora como deputada, pela necessidade de o Governo investir no transporte ferroviário.
A propósito, disse ser “um erro crasso” o Governo estar a deixar cair a linha do Douro, ao não permitir que prossigam as obras de modernização, nomeadamente a eletrificação do troço entre as estações de Caíde de Rei (Lousada) e do Marco de Canaveses.
Em 2010, o último Governo de José Sócrates mandou suspender aquela empreitada, para a qual já tinha sido lançado concurso, uma decisão, segundo Ana Paula Vitorino, imposta pelo PSD no contexto de negociação do OE.
Desde então, apesar da mudança de Governo, nunca mais foi possível desbloquear o processo, nada valendo os protestos dos autarcas e da população.

5 comentários:

  1. A ser verdade Manuel Moreira vai ter que engolir muitos sapos vivos.Ui! que nojo.

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  2. E esta Manel? Estes gajos só me trazem dores de cabeça.Já não chegava o Meneses.

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  3. Marcuenses, a ser verdade esta entrevista da antiga secretária dos transportes Ana Paula Vitorino, alguém vai ter explicar aos marcuenses a verdade sobre esta entrevista, que considero grave, é que pelos vistos andam-nos a atirar areia para os olhos, e a culpa não pode morrer solteira, mais uma vez apelo às forças vivas deste concelho que vão avigorar este assunto e que os responsáveis, sejam eles quem for, agora dou razão ao D. Januário Toga

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  4. Meus caros Anónimos

    Chamo à atenção para que o poste colocado no blogue é a transcrição da fonte "Tâmegaonline.info".
    Se a fonte não pode ser considerada idónea,assumam aqui a acusação dando a cara,isto é,o nome.
    Terá sido uma grande surpresa para muitos dos marcoenses,gente boa,mas simplória,que ainda acreditam em falsos profetas.
    Afinal os vendedores de banha de cobra das feiras do Marco da minha infância,apenas se transvestiram de políticos,já que os métodos são semelhantes e os fins os mesmos,"enganarem" a clientela.

    João Valdoleiros

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  5. Da notícia transcrita do tamegaonline.info, retenho duas afirmações, “…Em 2010, o último Governo de José Sócrates mandou suspender aquela empreitada, para a qual já tinha sido lançado concurso, uma decisão, segundo Ana Paula Vitorino, imposta pelo PSD no contexto de negociação do OE.” e “… No quadro da negociação do Orçamento do Estado (OE) para 2011, em 2010, uma das exigências do PSD ao então Governo do PS foi que ficassem suspensas todas as obras públicas que não estivessem já em execução”, disse hoje a deputada, em declarações à Lusa.” Afirmações feitas por quem esteve presente e que, objetivamente, até ao momento não foram contraditadas.
    Também retive uma passagem de um post publicado no Marco 2009, “… Mas Virgílio Macedo confundiu tudo. E, ao confundir, pode ter arranjado um problema grave. Tal como tive oportunidade de lhe dizer, por escrito, quando soube que andava a tentar promover a presidente de um agrupamento de escolas um dos tais que há anos tentam dinamitar o PSD do Marco, em política não vale tudo. Nem mesmo quando se trata de ganhar uma Câmara….”.
    Esta afirmação também não mereceu qualquer réplica e o seu autor, Coutinho Ribeiro, é insuspeito!
    Por último do PROCESSO DE SOALHÃES - MARCO DE CANAVESES, “ … Motivação: um cunhado amigo da vítima e várias outras pessoas juntaram-se em casa de uma mulher possuída por duas almas, uma boa e outra má, como sapientemente diagnosticara uma mulher de virtude de Vila Nova de Gaia”.
    Tudo isto para concluir que, salvo melhor e esclarecida opinião, ao longo dos anos, a nossa história tem sido condicionada por “paraquedistas” e nem sempre com os resultados desejados!
    Obviamente apoio a ideia de uma “Alternativa independente e agregadora” que considero é necessária e desejável!

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