terça-feira, 25 de outubro de 2011

Último Segredo


O último romance de José Rodrigues dos Santos "não é verdadeira literatura". "É uma imitação requentada, superficial e maçuda [de outras obras]", acusa o Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura (SNPC), numa nota demolidora sobre O Último Segredo, o romance em que o jornalista da RTP (José Rodrigues dos Santos) se propõe, com recurso a "fontes religiosas e informações históricas e científicas", revelar "a verdadeira identidade de Jesus Cristo". 

Vale a pena ler toda a notícia aqui. 

José Rodrigues dos Santos reagiu num único parágrafo. "O mais interessante nesta crítica é que não é contestado um único facto que apresentei em O Último Segredo sobre a vida de Jesus. Há uma boa razão para isso. É que tudo o que no romance escrevi, no que diz respeito a citações biblicas ou informações históricas ou científicas, é verdadeiro - e a Igreja sabe." 

Eu fiquei curioso por mais esta polémica à volta de um romance sobre a vida de Jesus Cristo que não deixarei de o ler brevemente.

3 comentários:

  1. Tavez mais util primeiro ler a Biblia

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  2. Viva

    Já li várias vezes a Bíblia (alías no meu tempo existia uma cadeira obrigatória de Religião e Moral e como a maior parte das pessoas da minha geração fiz a primeira comunhão, comunhão solene e crisma, li alguns Livros apócrifos e também outros livros considerados sagrados por outras religiões.

    Penso que chegará para poder falar destes assuntos.

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  3. Concordo com o Jorge.
    De facto, há muito que, mesmo Teólogos católicos,não fazem da virgindade permanente de Maria uma matéria essencial, embora, por enquanto, esteja suportado por um dogma, logo, é, aindam, inquestionável.
    Tirando o facto, em si, da concepção de Jesus, foi um tremendo erro a Igreja Católica não admitir que, depois de Jesus, Maria terá tido outros filhos.
    Seria interessante ler contributos de autores católicos recentes, como Chiara Lubich, Pasquale Foresi, Igino Giordani, sobre o sentido espiritual e social do "ser virgem" : não é um estado físico, mas, sim, a disponibilidade para não se "prender" em exclusivo a um só afecto humano, mas poder dar-se, no sentido fraterno, a todos, sem guardar resquícios ou se deixar limitar, na sua dedicação á causa da fraternidae, por qualquer tipo de relação pessoal, familiar, etc.
    De facto, em senido teológico moderno, um "virgem" á alguem disponível para amar o próximo, em qualquer tempo ou lugar, sem se "prender" a afectos específicos. è seu um "Homem Mundo".
    Bom, não vim aqui dar lições de Teologia. Vim, sim, dizer que não me choca pensar que Jesus teve irmãos, ou mesmo, se apaixonou e teve filhos; não deixou de ser "virgem", porque a sua capacidade de amar o próximo continuou universal, sem restrições ou preferências. E nisso fez o seu percurso : começou num discurso só para Judeus e depois universalizou. Aliás, andavam no seu séquito, postitutas arrependidas, antigos agiotas, ignorantes, pobres, intelectuais.
    Obras como a de José Rodrigues dos Santos ajudam a "refrescar" a reflexão. Quem manda na Igreja continua a ser muito "básico" nas suas leituras e não vem a terreiro aproveitar para discutir e aprofundar o que é essencial: a mensagem de libertação fraterna.
    Nota final : não sou católico, por razões "disciplinares"; a Igreja Católica não aceita "recasados", ou melhor, não lhes permite ser membros de pleno direito. Por isso eu, que até aos 32 anos fui membro activo dessa Igreja, deixei de o ser, há 22 anos. Fiz todo o trajecto, pos vim de uma família católica : inclusivé, fiz estudos para ser diácono leigo e ainda exerci essa função.
    Por isso, estes temas dizem-me muito.

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