Não que admire muito Pedro Santana Lopes, mas no tema da Alta Velocidade está a ser coerente.
Primeiro, porque aqui reconhece que Portugal esta cada vez mais longe. O que estava em causa era a inauguração na Galiza (Corunha, Santiago de Compostela e Ourense) de 150 kms de Alta Velocidade (com esta inauguração a Espanha atinge 2.900 kms de linhas de Alta Velocidade).
Tal como Pedro Santana Lopes eu sinto-me triste como português, mas mais perto da Europa a Alta Velocidade apesar de tudo. Afinal vejo afastada a possibilidade de ter perto de casa o acesso a um sistema de transporte do século XXI, e de continuar a limitar-me a ter a possibilidade de andar em linhas de caminho de ferro construídas no século XIX, mas poderei sempre ter a possibilidade de me deslocar à nossa vizinha Galiza para poder viajar rápida e comodamente por essa Europa fora.
Depois, porque é raro assistirmos a políticos que sejam congruentes com as suas posições anteriores, como podemos ler aqui.
Mas o que Pedro Santana Lopes não refere, e que eu não quero deixar de salientar, é que Portugal ao não aproveitar os apoios financeiros (ou seja o dinheiro) europeu que estava disponível para estas infraestruturas não perde só a oportunidade de modernizar as suas linhas de comboio, mas também impede a criação de um número significativo de postos de trabalho. Pois não tenhamos a ilusão que as "nossas" linhas idealizadas e construídas no século XIX permitam responder aos desafios do século XXI, e que mais tarde ou mais cedo serão desactivadas.
Quando assistimos os responsáveis políticos do nosso concelho a lutarem pela eletrificação da linha do Douro, entre Caíde e Marco de Canaveses, fico desiludido que se esteja a lutar por uma infraestrutura que está a ser substituída pela Europa fora. Para mim seria óbvio que este tipo de investimentos deveriam ser pensados para colocar a nossa terra pelo menos nas mesmas condições das outras cidades da península. Só essa igualdade permitiria que os investidores locais, nacionais e internacionais ponderassem a mera possibilidade de concretizar os seus projectos neste espaço ladeado pelo Tâmega e pelo Douro.
Claro que Ourense tem (só) o dobro dos habitantes de Marco de Canaveses. Isto também porque tem tido condições que nunca foram disponibilizadas pelo poder político à nossa terra. Ourense já era bem servido por comunicações rodoviárias e agora também passou a ter acesso a uma linha de Alta Velocidade.
E nós, nem a uma linha electrificada temos direito, os acessos à A4 encontram-se no concelho vizinho, e a rede rodoviária intermunicipal é pobre. Poderei estar a ser sonhador a tentar comparar Ourense com Marco de Canaveses, mas se não formos nós a desejarmos o melhor para a nossa terra, não vai ser um Gaiense qualquer que o vai fazer.
PS: O Gaiense a que me refiro é o mesmo que tem mantido o nosso concelho com redes de àgua e de saneamento do tempo da "antiga senhora".
Mas, estavam mesmo á espera que um qualquer Gaiense que vai todos os dias dormir a Vila Nova de Gaia,com carro e motorista á custo do povo Marcoense, estivesse preocupado com a agua e saneamento do Marco?, quanto mais com linhas de alta velocidade, Só se fosse para chegar mais rapido a casa.
ResponderEliminarCTJ
Permita-me que o corrija,CTJ.O tal Gaiense (a confirmar),já não vai dormir a Gaia,mas sim ao Porto.
ResponderEliminarQuanto à sua acusação,que o dito não se preocupa com a água e o saneamento do concelho do Marco,gostaria de poder dizer-lhe,que estaria enganado,mas infelizmente é verdade.
Assunto de primordial importância para a Saúde Pública,esta questão do saneamento e água potável em redes de distribuição ao domicílio, tem aos olhos de sua Ex.cia,o Presidente da Câmara Municipal menor importância que,por exemplo,a requalificação da cidade do Marco.
Até parece,que fazer obra para alindar o centro da Cidade do Marco e gastar nesse projecto,diz-se,para cima de 6 milhões de euros tem maior prioridade,que garantir aos Marcoenses,infra-estruturas básicas,que qualquer país civilizado já possui desde finais do Século XIX.
E nós,Marcoenses,somos pessoas,para além de contribuintes,que pagam impostos.
Exigimos ser tratados e respeitados como tal e que se definam com a máxima transparência,as prioridades desta gestão autárquica.
Se deveremos aplaudir o gasto previsto na requalificação da cidade do Marco ou,se deveremos exigir,que tais verbas sejam destinadas à melhoria das condições sanitárias das nossas populações,para que tenhamos mais e melhor Saúde.
É que,a defesa da nossa Saúde deverá começar sempre pela prevenção das doenças e só depois pelo seu tratamento,caso ainda possam acontecer.
Atente pois,amigo(?)CTJ e todos os Marcoenses,para a prática política duns senhores a quem o Povo,enganado por todo um chorrilho de promessas eleitorais indesculpáveis,porque previamente sabedores da total incapacidade para a sua concretização,deu o Poder Político no nosso Marco,com maioria absoluta,permitindo-lhes assim todo o tipo de práticas discricionárias.
E só mesmo,quem como alguns se vangloriam por aí,de ter contribuido com o seu trabalho político para que aquela maioria acontecesse,se poderão sentir realizados e felizes pela actual gestão dos interesses dos Marcoenses.
Eu,e creio,que uma muito larga maioria dos meus conterrâneos,só nos poderemos lamentar pela visão egoísta desses alguns,pressupostos "profissionais" da Política,que em nome de lutas privadas,de gestão de conflitos de interesses,de anunciadas vinganças pessoais,tudo e a todos os Marcoenses,sacrificaram.
O fado da nossa terra tem que mudar.
Chega de vendilhões de promessas,chega de oportunistas de ocasião,chega de chicos-espertos,chega também daqueles,que se dizem "donos" da política,como se tal "curriculum" lhes atribuisse mais competência,mais seriedade e mais dedicação à gestão da coisa pública.
Com os meus cumprimentos
Miguel Fontes
Caro Miguel
ResponderEliminarAs eleições aproximam-se rapidamente e é necessário realizar alguma obra que se veja, ou pelo menos exitir a promessa que após as eleições se faça alguma obra.
As redes de água e saneamento básico não são tão visíveis e por isso nesta altura são esquecidas.
Pelo que eu sei é essa a estratégica orçamental que Manuel Moreira tem para os próximos dois anos de mandato.
Senhor Jorge já se diz por aí que o orçamento para o próximo ano só tem olhinhos para as obras da cidade e que é um orçamento do faz de conta.
ResponderEliminarÉ verdade, mas mais do que o orçamento só ter olhos para as obras da cidade (muito à custa de cortes em obras noutras freguesias), é um orçamento que só dá valor ao que se pode olhar.
ResponderEliminarNão tenho nada contra as obras da cidade, mas preferia que se tivessem realizado o ano passado muitas das obras previstas e que não foram realziadas. Sobretudo as que não são visíveis, mas que são fundamentais para a saúde das populações. Ou seja nas redes de àgua e saneamento.
Mas eu ainda não acredito que as obras na cidade sejam realizadas e se forem não sei se os moradores das ruas afectadas sabem que vão passar a ter um pavimento de empedrado que causará de certez muita mais poluição sonora do que o actual tapete. (Eu até concordo que se deve dar trabalho a algumas empresas do concelho que de certeza fornecerão esses pavimentos)
Outra alteração que eu não sei se as pessoas entederão são as mudanças de trânsito e a redução da faiza de rodagem. (leia-se também a maior dificuldade de estacionamento, ainda que com o maior benefício dos peões)
Vamos ver.
PS: Já agora quando é que o CMMC vai regularizar os 7 milhões de dívidas não registadas nas contas. Não era com o tal emprêstimo que o governo socialista não aprovava? Mas afinal aprovou e que eu saiba as dívidas continuam por regularizar.
Senhor Jorge devo informá-lo pelo que ouvimos ao senhor presidente da camara que há e não há o dinheiro do emprestimo.Ou seja o emprestimo de 7 milhões foi autorizado mas a banca,diz o senhor presidente,que por falta de liquidez (eu acho que será por falta de credibilidade do cliente)não cede o dinheiro e os juros estão sempre a subir.
ResponderEliminarNão sei se haverá a intençao do senhor presidente em falar ao ouvido do Gaspar (os amigos são para as ocasiões),para convencer o Oliveira e Costa a emprestar o dinheiro,ou o Isaltino ou quem sabe o Mira Amaral,lá do BIC.
De qualquer modo,fica o senhor jorge a saber que a banca emprestava por especial favor e por ser para quem era,a metade,mais ou menos 3,5 milhões de euros,proposta que foi e bem,diga-se de passagem,recusada pelo senhor presidente.
Ora,como ve senhor Jorge,as massas não chegam para tudo,para as obras para alindar a cidade e para pagar aos empreiteiros credores da camara há já uma data de anos.
Parece estar decidido gastar nas obras,que têm que estar prontas para dar no olho,quer dizer,nas vistas do Zé Parolo a tempo das próximas eleições.
Quanto aos empreiteiros,assim como assim,quem esperou tanto tempo e até tenha acabado por falir também pode esperar mais algum tempo.
Sim,porque o senhor presidente e a senhora vereadora das contas tem repetido que a camara agora é uma pessoa de bem,até já paga atrasado mas num periodo aceitável.É obvio que paga a quem paga,ou seja,para a camara uns são filhos os outros são enteados.
E cá pelo Marco é que se ouve.
O Observador