sábado, 31 de dezembro de 2011

Deputados de férias

Os deputados da Assembleia da República tem aprovado propostas que tem reduzido o número de férias, o número de feriados e aumentado para o sector privado o número de horas de trabalho.

Na última campanha eleitoral tinham prometido que iriam trabalhar durante o período de férias, pois que a situação do país assim impunha, mas logo nas féria de verão não foi bem assim, como se pode recordar aqui.

Agora não tem problemas nenhuns é ir outra vez de férias de 22 de Dezembro a 3 de Janeiro. Treze dias em que uns estão crise e tem os seus direitos “adquiridos” reduzidos e outros continuam a usufruir das mordomias dos “eleitos”.

E a “lata” é tanta que não têm problemas é o admitir, como se pode ler aqui!

1 comentário:

  1. Apesar da minha experiência de vida,sofro ainda,e reconheço-o,de alguma ingenuidade,por vezes quase infantil.
    Quando no Verão,os novos feitores da Quinta Portugal(que me perdoe AFT por abusivamente ter adoptado o seu termo)tomaram posse da gestão da mesma,logo,nada demagogicamente,proclamaram,que não iriam de férias para trabalhar em prol dos seus eleitores,a fim de salvar a Quinta da bancarrota.
    E quase todos,oa mais e menos ingénuos,como eu,admitiram,que era extremamente louvável a manifesta vontade dos senhores deputados da nação,em trabalhar para combater e nos salvar da tão propalada crise financeira,na altura ainda SÓ NACIONAL (obviamente no seu douto entendimento).
    Estavam aí,os novos Donos da Quinta(leia-se,os mandantes da troika),havia portanto,que demonstrar genuíno e esforçado empenho no labor da quinta.
    Decorreu o tempo e o "mau tempo financeiro,afinal europeu e mesmo internacional",acabou por prejudicar a maturação dos frutos daquele abnegado esforço dos senhores deputados,apesar da dádiva de metade do seu usual período de férias de verão (calcule-se o prejuízo dos hóteis do Algarve e das agências de viagens).
    Os juros da dívida sobem cada vez mais,a recessão anuncia-se maior,que a prevista,o desemprego torna-se galopante,as falências de pequenas e médias empresas,multiplcam-se,as gravosas medidas de austeridade asfixiam a economia dos portugueses,os comerciantes inventam descontos em cima de saldos,para sobreviver,enfim,todo um rosário de "pestes",que atacaram a produção da quinta e sabotaram o trabalho árduo dos nossos esforçados trabalhadores da Assembleia da República,obrigando-os a replicar com doses de trabalho redobrado.
    Assim,e outra coisa não seria de esperar,a necessidade reconhecida pela Presidente da Assembleia da República,dum período de férias de 15 dias,para retemperar,em especial,a sua saúde mental,dado o stress vivido nas sessões do parlamento,descanso que alguns,demagogicamente(diz a Presidente da A.R.),acusam de injusto.
    Afinal,das palavras da senhora presidente,conclui-se ter havido uma errada interpretação,no verão passado.
    Os senhores deputados,não queriam ter dito,que abdicavam das férias em prol da Quinta,mas sim, que antes do ano terminado e por incapacidade de acumulação de férias para o ano de 2012,tratavam já de gozar as "merecidas" férias a que tinham direito,pois nunca teriam declarado abdicar delas.
    A confusão estabelecida,teria sim a ver,com o futuro corte de feriados civis e religiosos,assim como a redução do número de dias de férias aos vulgares cidadãos e não de quaisquer feitores.
    Bem haja,senhora Presidente da A.R.,pelo seu esclarecimento,também pela sua humana preocupação,quanto ao estado físico e mental da larga maioria dos senhores deputados,pois só assim nós,a gente da arraia miúda,poderemos dar o devido valor ao trabalho profícuo dos nossos eleitos,muito em especial no que concerne ao saturante trabalho para pensar e estruturar as já famosas medidas de austeridade(já aplaudidas pela senhora Merkel),absolutamente necessárias e indispensáveis para garantir a manutenção do pagamento dos subsídios de férias e de Natal,quanto mais não seja,aos senhores funcionários públicos do Banco de Portugal e garantir também os vencimentos dos senhores assessores do gabinete do senhor Primeiro-Ministro,que de tão numerosos e para os escamotear,foram adstritos à Assembleia República,que terá de garantir as necessárias verbas.

    Miguel Fontes

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