Esta semana tem sido francamente infeliz para Pedro Passos
Coelho. Primeiro foi vaiado e insultado na inauguração do Centro de Arte
Moderna (CAM) Gerardo Rueda, em Matosinhos, como se pode ler aqui.
Espantado ficou o ex-primeiro-ministro espanhol, José Maria
Aznar, que também estava presente. Poderá levar um aviso para Madrid, que mais
importante do que ganhar eleições em tempos de crise, é cumprir as promessas que se fazem aos
eleitores.
Depois foi ao não conseguir responder a um grupo de aluno da
Universidade de Aveiro, como se pode ler aqui.
É triste que Pedro Passos Coelho que durante a última campanha
eleitoral prometeu resolver todos os problemas do país de uma “penada”, agora
se limite a baixar os braços e não consiga apresentar soluções para estas
situações.
A seguir qual vai ser a solução para os desempregados da
construção civil? Que também devem emigrar para um país que continue a
aproveitar os fundos comunitários para investir nas suas infra-estruturas, tais
como as linhas de alta-velocidade. E para os jovens licenciados que não
encontram o seu primeiro emprego? Que devem procurar esse emprego no estrangeiro
num país que lhe valorize o esforço que realizaram para tirar as suas
licenciaturas.
Poucas soluções para quem realizou muitas promessas.
Não aumentaria os impostos, nem retiraria os subsídios de
Natal ou de Férias, e o que aconteceu? Diminuía rapidamente a despesa do
Estado, e o que aconteceu? Iria acabar com a maioria dos institutos do Estado,
e o que aconteceu? Não iria “encher” a máquina do Estado com os seus Boys, e o
que aconteceu?
Falar é fácil, o que é difícil é encontrar soluções
para os problemas do país. Não estou desiludido pois nunca acreditei que Pedro
Passos Coelho tivesse capacidade para fazer melhor do que servir de “capacho” a
Merkel e Sarkozy, como aqui.
Mas nem como "capacho" tem tido sorte, pois na última cimeira de Chefes de Estado e de Governo da UE foi rápido a aceitar um Tratado Intergovernamental onde se comprometeria a “escrever”
na Constituição que Portugal limitaria o seu défice estrutural a um máximo de
0,5 por cento do PIB, sem ter garantias de conseguir uma maioria na Assembleia
da República que suportasse essa alteração.
Mas de todo os “mercados” não reagiram positivamente às conclusões desta reunião, como Merkel e companhia
esperariam, e esta foi mais uma semana de pressões sobre as dívidas soberanas, que
terminou com a descida de rating em dois níveis da Bélgica, como se pode ler
aqui.
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