domingo, 18 de dezembro de 2011

Infelicidade de Pedro Passos Coelho

Esta semana tem sido francamente infeliz para Pedro Passos Coelho. Primeiro foi vaiado e insultado na inauguração do Centro de Arte Moderna (CAM) Gerardo Rueda, em Matosinhos, como se pode ler aqui.
 
Espantado ficou o ex-primeiro-ministro espanhol, José Maria Aznar, que também estava presente. Poderá levar um aviso para Madrid, que mais importante do que ganhar eleições em tempos de crise,  é cumprir as promessas que se fazem aos eleitores.
 
Depois foi ao não conseguir responder a um grupo de aluno da Universidade de Aveiro, como se pode ler aqui.
 
Por fim sugere aqui a emigração aos professores desempregados.
 
É triste que Pedro Passos Coelho que durante a última campanha eleitoral prometeu resolver todos os problemas do país de uma “penada”, agora se limite a baixar os braços e não consiga apresentar soluções para estas situações.
 
A seguir qual vai ser a solução para os desempregados da construção civil? Que também devem emigrar para um país que continue a aproveitar os fundos comunitários para investir nas suas infra-estruturas, tais como as linhas de alta-velocidade. E para os jovens licenciados que não encontram o seu primeiro emprego? Que devem procurar esse emprego no estrangeiro num país que lhe valorize o esforço que realizaram para tirar as suas licenciaturas.
 
Poucas soluções para quem realizou muitas promessas.
 
Não aumentaria os impostos, nem retiraria os subsídios de Natal ou de Férias, e o que aconteceu? Diminuía rapidamente a despesa do Estado, e o que aconteceu? Iria acabar com a maioria dos institutos do Estado, e o que aconteceu? Não iria “encher” a máquina do Estado com os seus Boys, e o que aconteceu?
 
Falar é fácil, o que é difícil é encontrar soluções para os problemas do país. Não estou desiludido pois nunca acreditei que Pedro Passos Coelho tivesse capacidade para fazer melhor do que servir de “capacho” a Merkel e Sarkozy, como aqui.
 
Mas nem como "capacho" tem tido sorte, pois na última cimeira de Chefes de Estado e de Governo da UE foi rápido a aceitar um Tratado Intergovernamental onde se comprometeria a “escrever” na Constituição que Portugal limitaria o seu défice estrutural a um máximo de 0,5 por cento do PIB, sem ter garantias de conseguir uma maioria na Assembleia da República que suportasse essa alteração.
 
Mas de todo os “mercados” não reagiram positivamente às conclusões desta reunião, como Merkel e companhia esperariam, e esta foi mais uma semana de pressões sobre as dívidas soberanas, que terminou com a descida de rating em dois níveis da Bélgica, como se pode ler aqui.

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