sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Posição do PS sobre o imposto especial

Tivemos acesso à posição oficial do PS Nacional sobre um novo imposto:


Na sequência das notícias que dão conta da possibilidade de criação de um imposto especial sobre os rendimentos dos mais ricos, o Partido Socialista vem por este meio reafirmar a sua posição de princípio favorável a qualquer iniciativa que assegure justiça e equidade às contribuições fiscais dos portugueses, garantindo redistribuição da riqueza nacional e reduzindo sensivelmente a diferença entre os rendimentos dos mais pobres e dos mais ricos.

Neste sentido, o Secretário-Geral do PS solicitou hoje ao grupo parlamentar que estudasse e apresentasse novas formas de taxação sobre rendimentos de capital que garantam uma repartição mais justa e equitativa dos sacrifícios que estão a ser pedidos aos portugueses, em linha com a proposta que o PS apresentou no Parlamento para aplicação da sobretaxa a rendimentos de capital (depósitos e dividendos) e que foi chumbada pela maioria de direita.

António José Seguro considera “profundamente injusto que o Governo tenha sido lesto a tributar extraordinariamente os rendimentos do trabalho dos portugueses, como no caso do subsídio de natal, e hesite tanto em acompanhar o PS nas propostas de taxação dos rendimentos de capital. Mas é apenas mais uma entre muitas hesitações do Governo."


8 comentários:

  1. Já estou a ver a reacção de indignação por parte do Belmiro,se o PSD/CDS aprovar,ou pelo menos, deixar passar qualquer proposta do género.
    No mínimo,sai logo a ameaça de deslocalizar a sede das suas empresas para paraísos fiscais.
    Para quem não tem memória curta,deverá recordar-se de anteriores ameaças suas,deste teor.
    É esta a filosofia de vida dos capitalistas.Os pobres e remediados que paguem a crise.
    E Passos,esquecendo-se,que foram os votos destes mesmos pobres e remediados,que lhe deram o Poder,muito a propósito,penaliza-os primeiro lugar,e depois,em relação aos ricos,ver-se-á.
    Para já,disse que não,pois coitados,não tiveram os lucros tão brutais como aqueles a que estavam habituados.
    Quanto a mudar de ideias,só se a banca e os Amorins,Belmiros,Santos e os outros 25 muito ricos,acharem piada à nova moda de praticar uma caridade anunciada e publicitada,que o multimilionário norte-americano lançou e que parece propagar-se pela Europa.
    E são estes os tais políticos,que se entendem bem com os mentores da Igreja,que ao fim e ao cabo,também se farta de alardear a sua solidariedade caritativa.
    E a mim,que os meus pais me ensinaram outra filosofia de vida,outro tipo de solidariedade,dizendo-me,"aquilo que uma mão der,que a outra mão não o saiba".Provavelmente estariam errados.

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  2. António Pina,no JN escreveu há dias uma crónica excelente,quanto a esta questão duma nova taxação da riqueza dos multi-milionários.
    Em especial,dei umas boas gargalhadas,quando leio,que Pina,com uma ironia requintada,chama "invejosos" aos capitalistas multi-milionários,que se predispõem a pagar uma nova taxa sobre os seus rendimentos.
    Invejosos sim,pelo facto de Passos Coelho ter penalizado,primeiro,os trabalhadores e a classe média.
    Já não lhes chegava serem os donos exclusivos da "soberba",agora também querem apropriar-se da "inveja".
    Só mesmo de multi-milionários,não?

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  3. Caro amigo anónimo das 18:47

    Não concordo consigo que Belmiro e outros façam ameaças de deslocalizar as suas empresas para paraísos fiscais ou simplesmente para países com políticas fiscais mais brandas para estas empresas.

    De facto os grandes grupos económicos já o fazem há muitos anos, assim sempre que entrar numa loja de uma dessas empresas lembre-se:

    ESTOU A AJUDAR UM PARAÍSO FISCAL

    Já agora se for ao IKEA diga:

    ESTOU A AJUDAR UM APOIANTE DOS NAZIS

    Mas até nisto Portugal consegue ficar com os piores, alguns dos muito ricos dos Estados Unidos e da França já "pediram" que lhes subissem os impostos.

    Os nossos muitos ricos não se consideram ricos, possivelmente até eram bom que o governo criasse um RSI específico para essas pessoas tão necessitadas.

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  4. Caro Jorge Valdoleiros

    É extremamente salutar para a cultura formativa e informativa duns tantos Marcoenses,a qualidade,o conteúdo e a informação fornecida pela maioria dos seus comentários.
    Elaborados de modo quase sempre muito pedagógico,têm no meu humilde entendimento,uma qualidade,que anda arredia de muitos blogues,que por aí pululam.
    Sem pedantismos bacocos,o Jorge Valdoleiros,através do Marcoense como nós,revela-se uma enorme surpresa para muitos de nós Marcoenses,que por esta ou aquela circunstância,desconheciam este filho e neto da considerada família Valdoleiros.
    Tive o cuidado de me informar e soube,que foi antigo aluno,de classificações excepcionais,na nossa antiga Escola Secundária e depois no ensino superior universitário,no curso de Engenharia Electrotécnica da Faculdade de Engenharia do Porto,aluno de classificações absolutamente brilhantes.
    Que me perdoe o Jorge Valdoleiros,mas esta minha pequeníssima homenagem,é mais que justa,pelo mérito intelectual,que afinal já começou a demonstrar desde muito cedo.
    São Marcoenses como este,que fazem falta ao Marco.
    O Poder Político que governou o Marco durante os últimos quase 30 anos,pouco ou nada se preocupou em criar condições para que estes valores continuassem no nosso Marco e contribuissem para o nosso desenvolvimento.
    Por tudo quanto tem feito em prol do Marco,através deste blogue,os meus agradecimentos ao Jorge Valdoleiros

    Um Marcoense que ama a sua terra

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  5. Caro Marcoense que ama a nossa terra

    Agradeço as suas palavras generosas mas se consegui obter boas classificações na minha vida académica deveu-se em muito aos meus professores, aos meus colegas, à minha própria família e a todos aqueles que me apoiaram e incetivaram (que foram muitos). Eu só aproveitei melhor que pude as oportunidades e a sorte "genética" que herdei dos meus progenitores.

    Mas posso também dizer que a sorte também me facoreceu várias vezes para que conseguisse ter esses sucessos.

    É por isso que sempre defendi o Direito a uma Boa Educação, sempre tentei dar aos meus filhos os melhores ensinamentos, pois se conseguimos ter todas essas armas na mão quando a má sorte nos bate à porta podemos defender-nos.

    E nos tempos de hoje bem precisamos de andar bem armados.

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  6. Cavaco Silva,hoje no DN declara-se contrário a um imposto especial sobre a riqueza,mas entende que devem ser revistas as taxas sobre sucessões e doacções,aumentando essas taxas,com o argumento,que quem herda,ou recebe a doacção nada fez para tal,como tal merece maior penalização fiscal.
    Se não me lembrasse da estória das acções do BPN,que deram em curtíssimo espaço de tempo,um lucro extraordinário e pouco explicável,e sobre as quais Cavaco Silva sempre se recusou a falar,talvez eu conseguisse vislumbrar algum resquício de honestidade intelectual,nesta preocupação/sugestão de Cavaco Silva,quanto à revisão dos impostos sobre sucessões e doacções.
    Recorde-se que,por mera coincidência,também a sua filha beneficiou do "milagre" das acções do BPN.
    Quer dizer,Cavaco Silva marimba-se para o esforço que muitos de nós Portugueses faz na vida,para juntar uns patacos,construir uma casinha e a deixar em herança àqueles que mais amamos no Mundo,os nossos filhos,preocupados em garantir-lhes uma qualidade de vida superior àquela que desfrutamos.
    E zás,aquilo,e foi muito,que te "roubei do teu suor e esforço" do trabalho duma vida,vou complementá-lo com um bom naco no imposto da sucessão,ou doacção.Isto é o neoliberalismo trauliteiro de Cavaco Silva.
    Retirar já,de imediato aos donos da riqueza,aos donos das casas de luxo e veraneio da Coelha,aos que recebem redobradas e avultadas pensões,aos que usufruem de toda a espécie de mordomias,pagas por todos nós,isso não preocupa Cavaco Silva,o Presidente da República de 25% dos eleitores portugueses,antes revela a sua preocupação,que Portas consiga convencer Passos a aliar-se à Oposição e aprove a tão discutida taxa sobre a riqueza,facto que melhoraria a sua imagem aos olhos da própria Oposição.
    Daí a jogada de antecipação de Cavaco Silva,que mais não passa duma advertência ao seu delfim Passos.
    Ah!Como seria bom se o regime virasse presidencialista.

    Cumprimentos
    Miguel Fontes

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  7. Esta questão do assunto de um imposto para os mais ricos tem colocado os nossos políticos portugueses numa situação muito complicada.

    A realidade é que até os próprios extremamente ricos já perceberam que é do seu próprio interesse dar uma ajuda forte à resolução desta crise.

    Tristemente os nossos muito ricos já nos deram indicações que não vão ajudar voluntariamente e só olham para esta crise como mais uma oportunidade de ganhar mais dinheiro.

    Depois temos os nossos políticos.

    Para se perceber os impostos podem ser aplicados quando ganhamos uma remuneração (que é o caso do IRS para os contribuintes individuais ou o IRC nas empresas), quando consumimos, ou seja quando gastamos, que é o caso do IVA e de alguns impostos especiais, ou sobre o capital (que é o caso do IMI).

    De um modo geral TODOS nós estamos a ser alvo de grandes aumentos de taxas em todas estas situações que são transversais a TODOS os portugueses. O mais injusto dos impostos é o IVA (as palavras não são minhas mas eu concordo). Por muitas dificuldades técnicas que sejam impostas ao cálculo destes impostos o ESTADO tem recorrido a várias estratégias para recolher mais impostos. (Um dia falarei de novo do modo como o PM Cavaco Silva, aumentou sem aumentar os impostos há uns anos atrás).

    Eu, e alguns portugueses mais inteligentes e menos clubistas, não percebem qual a dificuldade técnica de englobar os ganhos financeiros (na bolsas e outros instrumentos financeiros no cálculo do IRS) . Também não percebo porque não se pode aumentar as taxas de IRS para quem ganha MUITO, mesmo MUITO, e seguir os passos de outros países mais ricos de que nós (atenção que o anterior governo já tinha avançado com algumas medidas neste sentido).

    Pessoalmente não percebo porque é que quem ganha MILHÕES não pode pagar bem mais do que a classe média tem sido obrigada a pagar.

    E por fim não percebo, ou percebo, porque é que Aníbal Cavaco Silva vem falar agora de Impostos sobre as as heranças, quando nós sabemos mais uma vez que para os MUITOS RICOS é muito fácil fugir a esse tipo de impostos.

    O que está em causa são os ganhos de quem especula financeiramente, ou daqueles que ganham milhões por ano, quando o comum dos portugueses ganha pouco mais do que o salário mínimo mas é obrigado a pagar IVA absolutamente escandalosos nos produtos alimentares de que necessitam para sobreviver.

    Dou um conselho aos RICOS PORTUGUESES, a Líbia fica logo ali à beira do Algarve, criar condições iguais às que lá existiam não é uma atitude muito inteligente. Leia a última visão e perceberão que os Portuguese não são um povo de brandos costumes.

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  8. Em França,no pré-período da Revolução Francesa,também os Nobres e os Burgueses ricos,acreditavam a acreditar,que o Povo,esmagado pela miséria,pela fome,pelas epidemias,vivendo em condições de insalubridade inenarráveis,nunca teriam a força para se revoltarem contra as forças que o espezinhavam.
    Foi exactamente,essa errada crença,que o Poder estava no estatuto social,no poder do dinheiro,que perdeu a Nobreza e a alta Burguesia francesa,ou melhor,que lhes fez perder a cabeça,literalmente falando.
    A sociedade civil começa a agitar-se,as bolsas de pobreza alastram,a fome cresce,o número de desempregados aumenta todos os dias,trazendo um desespero crescente a cada vez mais famílias,a criminalidade sobe sem cessar manifestando-se com uma violência nunca vista,a insegurança de pessoas e bens idem.
    Ponderemos todos,se os necessários "condimentos" para uma grave convulsão social,serão ou não já suficientes.
    Eu cada vez me convenço mais,que sim,apesar da conhecida afirmação do então Almirante Pinheiro de Azevedo,"O Povo é sereno".
    E os meus receios agudizam-se,até porque considero,que dum modo geral,as nossas classes política e capitalista não revelam,nem a sensibilidade necessária e indispensável,nem manifestam a qualidade intelectual,para analisar correctamente os problemas e arranjar soluções,que não penalizem só os mais desfavorecidos da sorte.
    Sofrem de excessivo egocentrismo,que acabará por lhes ser fatal,estou crente de tal,será apenas uma mera e curta,questão de tempo.

    Miguel Fontes

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