Há muitos casos de autarquias com programações culturais variadas, interessantes e que criam públicos, muito para além da utilidade que esta pasta tem como propaganda e populismo.
Cito os casos de Aveiro, Montemor-o-Novo, Famalicão e Braga.
O problema é que muitos formatos de sucesso cultural têm falido financeiramente ou quase falido, o que tem provocado reajustamentos. Penso que o melhor modelo para o Marco é o que está a ser ensaiado na Aradum, Associação para a promoção cultural do Douro, de uma espécie de incubadora de Indústrias Criativas à nossa moda. O modelo é pegar em espaços degradados no meio das zonas urbanas, como Alpendorada e na cidade, e recuperar estes espaços através de entidades culturais que se paguem a elas próprias. No caso, uma academia de música, um centro de estudos e um grupo musical. Tudo actividades auto-sustentáveis. Obviamente que isto tem que ser feito com o sacrifício de "carolas", mas são estes que as Câmaras têm que reconhecer como os agentes culturais do presente e do futuro.
Este exemplo da Aradum é muito bom, porque esta associação, da qual sou presidente da Assembleia-Geral (fica já aqui a declaração de interesses), recuperou até agora 8 lojas de um prédio degradado por cima do Mercado Municipal de Alpendorada. E parece-me que não vai ficar por aqui. Parece-me também que o modelo a seguir posso inflectir por atrair outro tipo de empresas de cariz cultural ou não que adiram a este modelo e ajudem a preencher o resto das lojas.
Está aqui um tipo de aproximação que seria útil também no caso do Mercado Municipal do Marco, mas não vamos por aí para já...
Cito os casos de Aveiro, Montemor-o-Novo, Famalicão e Braga.
O problema é que muitos formatos de sucesso cultural têm falido financeiramente ou quase falido, o que tem provocado reajustamentos. Penso que o melhor modelo para o Marco é o que está a ser ensaiado na Aradum, Associação para a promoção cultural do Douro, de uma espécie de incubadora de Indústrias Criativas à nossa moda. O modelo é pegar em espaços degradados no meio das zonas urbanas, como Alpendorada e na cidade, e recuperar estes espaços através de entidades culturais que se paguem a elas próprias. No caso, uma academia de música, um centro de estudos e um grupo musical. Tudo actividades auto-sustentáveis. Obviamente que isto tem que ser feito com o sacrifício de "carolas", mas são estes que as Câmaras têm que reconhecer como os agentes culturais do presente e do futuro.
Este exemplo da Aradum é muito bom, porque esta associação, da qual sou presidente da Assembleia-Geral (fica já aqui a declaração de interesses), recuperou até agora 8 lojas de um prédio degradado por cima do Mercado Municipal de Alpendorada. E parece-me que não vai ficar por aqui. Parece-me também que o modelo a seguir posso inflectir por atrair outro tipo de empresas de cariz cultural ou não que adiram a este modelo e ajudem a preencher o resto das lojas.
Está aqui um tipo de aproximação que seria útil também no caso do Mercado Municipal do Marco, mas não vamos por aí para já...
Publicidade à parte, Jaime, concordo com a tua opinião :)
ResponderEliminarO trabalho que a ARADUM tem feito é muito interessante e encerra um enorme potencial enquanto modelo de dinamização cultural. Dos exemplos que deste, conheço alguns e considero deveras interessante o trabalho desenvolvido em Braga, Famalicão e Aveiro (confesso que desconheço o exemplo de Montemor-o-Novo). A palavra cultura encerra em si tantos significados que é ofensivo chamar cultura à actividade que este executivo tem desempenhado. Mas isso iremos desenvolver mais adiante na JS Marco. Para este caso é importante subscrever o modelo de utilização, dinamização e recuperação de espaços existentes, a cooperação entre instituições (com mútuo benefício) e valorização de capital humano e cultural que existe no Marco.
Votos de continuação de um bom trabalho na ARADUM (que a JS já visitou, inclusivamente, a teu convite) e que se estenda por todo o concelho!
Meus amigos Jaime e Miguel
ResponderEliminarNão posso deixar de lançar aqui uma das minhas habituais provocações.
À semelhança da maioria dos consumidores marcuenses e refiro-me de modo lato ao termo em si,querem formatar-me para considerar os produtos culturais "estrangeiros"(ou seja,de fora de portas),como o que há de melhor no mercado.
Daí a teimosia na sua importação,em desfavor das araduns cá do sítio.
Contudo a acreditar nos seus queixosos consumidores,aqueles produtos de importação não têm merecido a devida avaliação(interprete-se,poucos,ou mesmo raros consumidores).
Asim,ARADUM e afins,por se tratarem de produtos genuinamente marcuenses,em contraponto,não parecem merecer dos responsáveis autárquicos,municipais e de freguesia,a merecida e devida avaliação pelo trabalho cultural desenvolvido junto das populações.Não passa,dirão eles,de cultura para o povéu.
Parecerá difícil para uns tantos admiti-lo,mas a Cultura,que se pretende implementar cá no nosso Marco é assim a modos como vestir um smoking sem que antes se tenha tomado um simples banho de chuveiro.
É o novo-riquismo cultural no seu melhor.
Um abraço
Miguel Fontes