2011 tem sido um ano relativamente tranquilo para o Marco. Demasiado tranquilo. Adivinha-se que só a obra da nova Escola Secundária, obra do Governo que a autarquia vai correr a chamar a si, animará um ano (mais um) de inactividade política e não só...
O tema que tem aquecido os ânimos da opinião pública marcoense é o das novas rendas do Bairro dos Murteirados. Para compreender esta questão é preciso sensibilidade. Como percebi em conversa com um representante da Comissão de Moradores, não é num passo apressado que se avalia aquelas casas, não é sem parar, falar e sentir que se percebe o que está em causa. E o que está em causa é a casa de pessoas e com isso não se brinca. É óbvio que, mais uma vez, quem liderou este processo não conhece o problema, não tem sensibilidade, não conhece a lei, não estudou a criação de um bairro que, sem querer, está uns anos à frente em termos da chamada habitação social. O Bairro dos Murteirados, com todos os males que o afligem - a maior parte deles culpa do senhorio, pois quando um senhorio não cuida do imóvel que aluga e o deixa chegar quase à ruína, como pode pensar em aumentar a renda 600% em alguns casos? -, é um exemplo de integração social, pois contém pessoas de todos os estratos e profissões, funcionando como o oposto de um gueto, ao contrário da grande maioria dos bairros sociais criados antes e depois.
Felizmente, desta vez, a sociedade civil da nossa terra uniu-se e não se deixou em enganar. Não cederam nem às ameaças de assistentes sociais ávidas de mostrar serviço nem a políticos que se calhar não estão a servir os interesses da autarquia neste processo. Além disso juntaram-se numa comissão de moradores capaz e que se muniu de ajuda legal, o que já lhes permitiu saber que será possível adiar a decisão ad eternum e, principalmente, impediu a grande maioria dos moradores de assinar um contrato que se mostraria ruinoso.
Se o PSD e os vereadores do MCFT estivessem a servir os interesses dos marcoenses tinham aceite a proposta do vereador socialista de vender as casas, permitindo um encaixe bem superior a um milhão de euros, que tanto jeito daria para requalificar uma zona que se quer nobre.
O tema que tem aquecido os ânimos da opinião pública marcoense é o das novas rendas do Bairro dos Murteirados. Para compreender esta questão é preciso sensibilidade. Como percebi em conversa com um representante da Comissão de Moradores, não é num passo apressado que se avalia aquelas casas, não é sem parar, falar e sentir que se percebe o que está em causa. E o que está em causa é a casa de pessoas e com isso não se brinca. É óbvio que, mais uma vez, quem liderou este processo não conhece o problema, não tem sensibilidade, não conhece a lei, não estudou a criação de um bairro que, sem querer, está uns anos à frente em termos da chamada habitação social. O Bairro dos Murteirados, com todos os males que o afligem - a maior parte deles culpa do senhorio, pois quando um senhorio não cuida do imóvel que aluga e o deixa chegar quase à ruína, como pode pensar em aumentar a renda 600% em alguns casos? -, é um exemplo de integração social, pois contém pessoas de todos os estratos e profissões, funcionando como o oposto de um gueto, ao contrário da grande maioria dos bairros sociais criados antes e depois.
Felizmente, desta vez, a sociedade civil da nossa terra uniu-se e não se deixou em enganar. Não cederam nem às ameaças de assistentes sociais ávidas de mostrar serviço nem a políticos que se calhar não estão a servir os interesses da autarquia neste processo. Além disso juntaram-se numa comissão de moradores capaz e que se muniu de ajuda legal, o que já lhes permitiu saber que será possível adiar a decisão ad eternum e, principalmente, impediu a grande maioria dos moradores de assinar um contrato que se mostraria ruinoso.
Se o PSD e os vereadores do MCFT estivessem a servir os interesses dos marcoenses tinham aceite a proposta do vereador socialista de vender as casas, permitindo um encaixe bem superior a um milhão de euros, que tanto jeito daria para requalificar uma zona que se quer nobre.
Como marcoense, penso que a habitação social, se é que é, deve ser para as familias carenciadas,se algumas familias que estão habitar nesse bairro e hoje não são carenciadas devem dar lugar a outras, aí sim é uma habitaçao social.
ResponderEliminarCaro leitor, pôs bem a questão "se é que é". Como eu disse, o caso dos Murteirados é um caso à parte porque visou suprimir carências que na altura existiam no Marco a nível de habitação. O "boom" da construção aconteceria uns anos mais tarde... E foi esse "erro" de atribuir casa a quem se calhar dela não necessitaria que fez com que este seja um bairro seguro e sem problemas de marginalidade.
ResponderEliminarCaro Anónimo das 11:09
ResponderEliminarJaime Teixeira no seu poste,entre outros aspectos,discutíveis ou não,do problema do Bairro dos Murteirados,deu acento tónico a um aspecto de extrema valia,a sua origem não ter tido os mesmos propósitos daquilo,que hoje,até perjurativamente,se designa como bairros sociais,verdadeiros guetos,focos de marginalidade e criminalidade,onde a sociedade civil e também a classe política dirigente,esconde as suas falhas,a sua incapacidade de realizar uma verdadeira inclusão social.
Entretanto,caro anónimo,sem um grande esforço se poderá constatar,que os custos de recuperação do bairro,dado o estado avançado de degradação das moradias e zonas envolventes (responsabilidade do proprietário),é de tal modo elevado,que seria mais racional a venda das moradias àqueles que o meu amigo considera terem hoje outra situação económica.
Ficaria a autarquia com a responsabilidade de recuperar as zonas envolventes,dado o enorme excedente de pessoal não especializado(isso são outras estórias,que a seu tempo se contarão),que poderia ser utilizado para justificar os seus vencimentos.
Quanto às famílias,que ainda hoje são carenciadas e com manifesta incapacidade para aquisição das suas moradias,deveria ser a autarquia a requalificá-las,ou não serão estas património municipal?
Caro anónimo,MM preocupa-se muito com o Serviço da Dívida,que o impede,diz ele,de "mostrar" obra.
Eis neste caso do Bairro dos Murteirados,o género de "obra",que MM é capaz de fazer,ir buscar verbas ao bolso dos moradores,para então fazer aquela recuperação e à semelhança de tantas obras e projectos implementados pelo governo de Sócrates,vir depois assumir como seu,esse esforço,essa obra.
Cumprimentos
Miguel Fontes
ola jaime nem sequer deveria falar nos bairros dos murteirados porque o senhor engenheiro e familia nao sao famlias necessitadas tambem la estao a viver e ate sao funcionarios publicos por isso deberia ter bergonha em falar nos bairros .ADAO.
ResponderEliminarMeu caro Adão
ResponderEliminarO meu amigo ainda não percebeu que o Bairo dos Murteirados não foi construido como se de um bairro social se tratasse.
Quem lançou a sua construção não teve a intenção de resolver o problema da habitação social no Marco,mesmo considerando parâmetros, hoje já ultrapassados.
Tratou-se isso sim,duma obra do regime então vigente,das tais para Povo ver.Modos de fazer Política,que aliás estão outra vez na moda cá no nosso Marco,ou seja,caro amigo Adão,"muita parra,mas pouca uva".
Obs: o eng.Jaime Teixeira,não delegou em mim a sua defesa,nem necessita de tal.Limitei-me a elucidar o meu amigo Adão,que habitualmente usa misturar as coisas.
Os meus melhores cumprimentos
Miguel Fontes
O sr. Adão é tão ignorante que diz que eu vivo nos bairros, o que toda a gente sabe que é mentira. Se quiser publico a minha morada... Sabe muito bem quem lá viveu e vive...
ResponderEliminarNão manterei nenhuma altercação consigo porque o sr. não é merecedor disso. Foi só para toda a gente saber que não acerta mesmo uma.
Fonte anónima fez-me chegar aos ouvidos uma interessante teoria sobre o Bairro dos Murteirados,ou melhor,sobre os terrenos onde foi edificado aquele bairro.
ResponderEliminarDisse-me a fonte anónima,que têm um valor incalculável hoje em dia,não que se tenha descoberto qualquer jazida de petróleo,mas para alimentar a gula dos construtores "amigos" do Marco.
Necessário se torna,diz a mesma fonte,correr com a maioria dos moradores,usando o argumento da actualização de rendas - para alguns só de 600%.
Passos Coelho não faria melhor.
"Não cederam nem às ameaças de assistentes sociais ávidas de mostrar serviço nem a políticos que se calhar não estão a servir os interesses da autarquia neste processo."
ResponderEliminarSó uma correcção a esta afirmação do post, que é injusta para uma classe profissional : a Cãmara Muncipal do Marco de Canaveses não tem NENHUM(A) ASISTENTE SOCIAL AO SEU SERVIÇO.
Porque, durante 12 anos, contribuí para a formação de licenciados em Serviço Social (em Lisboa e Beja), sei que, se a Câmara do Marco tivesse técnicos dessa área, com os conhecimentos e a "garra" profissional que existem noutros Serviços ou Concelhos, onde até á Segurança Social fazem frente, talvez a intervenção no Bairro fosse outra. E repito o que já escrevi noutro local : existem JOVENS no Concelho com essa formação técnica, mas Manuel Moreira prefere continuar a manter, recrutar ou avençar "yes girls"....
Se me permite, está enganado. Não faria este texto sem antes me informar com rigor. E, compreenderá, haverá uma ou duas assistentes sociais que não conhecerá. Se não são assistentes sociais pelo menos apresentam-se como tal. Isto a confiar nos relatos de muitos moradores "ameaçados" com a saída se não assinassem os contratos.
ResponderEliminarQuanto ao que disse Miguel Fontes, parece bastante óbvio que aquela zona é nobre e, convenhamos, um condomínio de luxo naquele sítio e com outra conjuntura económica, valeria muitos milhões. Claro que a 5 anos, a teoria da especulação imobiliária ganha outro peso...
ResponderEliminarInsisto: não estou enganado. NÃO EXISTE UM(A) ÚNICo (A) ASSISTENTE SOCIAL NA CÂMARA DE MANUEL MOREIRA, NEM NO QUADRO, NEM A CONTRATO, NEM EM AVENÇA. E se alguem usa esse título, profissional sem ter a formação aadémica devida, para o que quer que seja, comete (ele e quem o instiga) o crime de "usurpação de funções".
ResponderEliminarInformou-se mal, o autor do post.
Informei-me mal ou é usurpação de funções? Serão estagiárias? Que interessa isso? O que interessa é que é grave e o culpado não é o autor do post. Culpado é quem exerce as pressões.
ResponderEliminarConfirmámos com os serviços da Câmara e existe uma Assistente Social, natural de Braga, a estagiar na CMMC. Aparentemente, a outra profissional de que falam os moradores dos Murteirados será uma outra estagiária da mesma área mas que ainda não conseguimos confirmar.
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