Nos últimos anos o número mais discutido tem sido o valor do défice (ou défices) que afinal está na origem da actual intervenção da “troika” ou triunvirato. Os últimos Orçamentos Gerais do Estado e os PEC’s foram altamente influenciados pelos valores altos do défice e quase todos os partidos concordaram que a prioridade deveria ser baixar este valor. Os 78 mil milhões de Euros serão disponibilizados se o Governo, que seja escolhido em função dos resultados eleitorais de 5 de Junho, cumpra esse rigoroso programa de intervenção na economia.
Medidas como cortar o investimento público, cortar os custos no Estado, diminuir as transferências para as regiões e para as autarquias, aumentar a poupança dos cidadãos, aumentar impostos, diminuir apoios sociais, ou medidas como diminuir os funcionários públicos, encerrar institutos do Estado, diminuir o número de concelhos e freguesias, entre muitas outras medidas de cortes de custos vão sem dúvida diminuir o défice (ou défices).
O que eu concordo. Estas medidas além de serem inevitáveis para corrigir erros de despesismos de anos a fio, que a não serem tomadas implicariam consequências muito mais gravosas para todos nós.
Mas estas medidas tem outras consequências na economia menos desejáveis.
Qualquer pessoa com o mínimo de conhecimento de Economia tem obrigação de saber que estas medidas em Verdade e Rigor provocam recessão económica e desemprego.
Se diminuímos o investimento, se encerramos organismos do Estado, se forçamos os cidadãos a poupar ou se exigimos que se cortem nos custos o PIB forçosamente diminuirá.
Se diminuímos os funcionários do Estados, das autarquias e das regiões, se paramos investimentos, se existe menos consumo por parte do Estado e dos cidadãos o emprego forçosamente descerá, o que implicará necessariamente um aumento dos desempregados.
Fico é profundamente admirado com as reacções de políticos e comentadores face aos últimos números apresentados sobre o PIB e o Desemprego. Em Verdade e Rigor ou estão a enganar os Portugueses ou são incompetentes, pois a única certeza que posso dar a todos é que nos próximos meses iremos de certeza ter aumento do Desemprego e diminuição do PIB.
O que neste caso por muito desagradável que seja é inevitável.
Só tenho pena é que exista um político que esteja a prometer um aumento do PIB em 3 ou 4% quando deveria saber que isso é praticamente impossível.
Caro Jorge Valdoleiros
ResponderEliminarVindo da parte de quem vem,já nada deve admirar os Portugueses(os eleitores).
Hoje ouvi no frente a frente na RTP1,esse senhor culpar o governo da gestão do orçamento,que isto e aquilo.
Contudo há um raio duma coisa que não consigo assimilar.
Era,ou não era,o Governo de Sócrates,um governo minoritário?Era.
Então como passaram dois Orçamentos de Estado (2009 e 2010) e três PEC´s?
Dir-me-ão,que o PSD se absteve,mas foi ou não com a sua abstenção,que orçamentos e os primeiros Pec´s passaram?
Nem é preciso ser inteligente para interpretar que essa abstenção é um voto de aprovação.
Porque anda então Passos Coelho a criticar aquilo que o seu próprio partido aprovou?
Politicamente falando,só interpreto esta argumentação,como tiros nos próprios pés.
Quem afinal apoiou os tais supostos erros da gestão governamental de Sócrates?
A resposta é óbvia,o PSD de Passos Coelho.
E não me venham com a treta de Passos Coelho,que aquelas posições de abstenção(aprovação)daqueles orçamentos e primeiros PEC´s,tiveram a exclusiva intenção de ajudar a governar e a salvar o país do desastre económico-financeiro,porque o homem é imaturo,mas não tanto.Nunca iria dar trunfos ao seu principal adversário político,porque a fazê-lo,teria que o qualificar para além de imaturo,de mentecapto.
Cumprimentos
Miguel Fontes
Um a falar com o outro. Sempre os mesmos! Só os dois acreditam no Socrates!
ResponderEliminarCaro Miguel Santos
ResponderEliminarO meu amigo é livre de opinar aquilo que muito bem entender.
Porém se me permite também a liberdade de opinar sobre o seu comentário,dir-lhe-ei que o considero exactamente à sua medida intelectual,curto,grosso,muito limitado,denunciador duma total incapacidade de argumentação,ou melhor,própria daqueles que usam duma política caceteira por limitadíssima ou inexistente contra-argumentação.
Mal iria o nosso Marco,se os seus frutos fossem todos como o Miguel Santos.
Cumprimentos
Miguel Fontes
Caro amigo Miguel Santos
ResponderEliminarSe reparar bem eu nem sequer falei de José Sócrates. Se reparasse melhor é postei as minhas opiniões sobre a situação actual, que até poderão ser diferentes das posições do Governo.
As principais considerações que realizei foram ao facto do memorando assinado pelos três principais partidos com a troika.
Mas o nosso amigo que eu me tenha apercebido não contestou nenhuma das minhas opiniões, limitando-se a seguir pelo caminho da maledicência.
Para conseguir perceber onde eu quero chegar sugiro-lhe a leitura de um livro intitulado "A Origem das Crises Financeiras", de George Cooper. Apesar de só estar a meio do livro não me parece que fale de José Sócrates.
Caro Jorge Valdoleiros, se assim é finalmente o elogio! Renega Socrates! Finalmente percebeu! Quanto ao comentário de Miguel Fontes, só lhe posso dizer que está mesmo parecido com Sócrates... Arrogante e algo prepotente... Continuo a achar que daria um excelente lider do PS Marco!
ResponderEliminarCaro Miguel Santos
ResponderEliminarAconselho-o a mudar de óculos, pois não está a conseguir ler o que eu escrevo.
Ou então a ver porque está sempre a pensar em Sócrates.
Em lado nenhum deste post pode ler que eu renego Sócrates.
Mas posso garantir-lhe que o meu voto irá para o Partido Socialista, o que quer dizer que eu apoio José Sócrates para Primeiro Ministro.
O que não é uma opção difícil dada as alternativas.